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História Café com leite. - Você é tudo que eu tenho.


Escrita por: runchmonie

Notas do Autor


Oieeee.
Antes tarde do que nunca, uh?
Vim com essa coisinha pequeninha só porque o plot veio na cabeça enquanto via a live do joonie e consegui desenvolver legal.
Desculpem os errinhos): Tô ansiosa pra postar então pode ser que eu tenha esquecido algo. Do mais, enjoyy.

Capítulo 1 - Você é tudo que eu tenho.


Fanfic / Fanfiction Café com leite. - Você é tudo que eu tenho.

Eu fumava sentado na cadeira de frente pra cama. Seokjin era realmente belo. Sua pele morena era banhado pela luz lá de fora e eu nunca havia visto algo mais sexy que isso.

Seus olhos na mesma intensidade. Esparramado pela cama, o lençol cobrindo o necessário. Olhava pra mim com um sorriso travesso, o dedo brincando com os próprios lábios.

Traguei o cigarro até onde meus pulmões me permitiam. Soltei devagar, sentindo a tensão do ato do mais velho, indo embora na fumaça. Mexi as pernas, seu olhar me acompanhou. Ele se esparramou mais, eu entendi. Dei a última tragada antes de me levantar e em passos lentos, -  demorando ao ver o suspiro deleitoso do mais velho na cama quando me viu aproximando. - deitei em cima de si.

Tinha sido nosso terceiro round.

E teve mais outros dois depois daquilo.

{..}

Isso pode parecer o clichê mais bobo da face da terra, mas conheci Seokjin em uma cafeteria. Bem, ele me conhecia fazia bem mais tempo mas acho que isso posso explicar depois. Ele tomava algo, perto da janela. Sua cabeça tombava vez ou outra para os lados em uma ação típica de quem estava desenhando - o que eu, claro, só descobri depois - e os dedos tamborilando na mesa quando parava, e analisava o que estava fazendo.

Fiquei observando ele mais tempo do que eu julguei necessário e mesmo assim, não sabia absolutamente nada de si além de: Ele sempre chegava depois das duas e trinta e cinco, e ia embora por volta das três e meia. Seus dedos eram tortinhos e ele sempre pedia um café com leite e bolo. Só.

A primeira coisa que eu disse pra ele, fora: ''O bolo está bom?'' Me arrependi nos primeiros dez segundos, depois ele abriu aquele sorriso e disse: ''Está uma delícia. Porque não pega um pedaço e vem comer comigo?''

Depois disso eu nunca mais passei meu dia das duas e trinta e cinco, até às três e meia, sozinho. Ele me contara que trabalhava em uma floricultura virando a esquina e que desenho era uma de suas paixões. Descobri que ele gostava de cheiros - pois de acordo com ele, cada cheiro remetia a ideia de um lugar, ou pessoa, ou filme, ou música.- gostava de pessoas com cheirinho de sabonete e mais outras trezentas coisas que ele sempre me falava naquelas tardes. Contei a ele tudo que sua curiosidade o deixava perguntar e desde então, eu me vi perdido. Ele me contara que me conhecia da loja de CD. - eu trabalhava em uma, já que meus pais eram donos dela. -

Nosso primeiro encontro foi dentro de um banheiro. Pois é. Depois de meses apenas conversando por mensagens de texto e naqueles minutos no café, eu o chamei pra sair. Me lembro, que no meio do caminho, em meu carro, ele disse que precisava parar pois sentia enjoos. Passei as próximas horas segurando um copo de água enquanto amparava um Seokjin mole, vomitando na privada de um posto no meio do nada.

Nosso primeiro beijo, foi tão estranho quanto. Andávamos em uma praça.  Tudo tava tranquilo, a noite serena, fresquinha, e eu ia lhe dar um beijo. Bem, se não fosse por um sapo, claro. Seokjin levou um puta susto e no segundo seguinte, gritava meu nome enquanto se debatia na água de um lago, no meio do lugar onde estávamos. Pulei para lhe ajudar a sair e entrei em pânico quando notei que seu pé estava preso em algumas algas. Éramos azarados o suficiente pra ninguém nos notar ali e tive que me virar para salvá-lo. Conclusão: Os dois molhados, Jin chorava em meu colo e só consegui o acalmar com um selar. - que claro, se aprofundou num beijo que damn it, foi maravilhoso.-

Tivemos encontros fofos, é claro. Saímos pra tomar sorvete e comer pipoca em parques de diversões. Nunca fui afim de encontros como esse mas, ver o rostinho de Seokjin, feliz, compensava. Comíamos aqueles lanches de rua, no meio da madrugada depois de fazer uma maratona de ''CDs que precisam ser ouvidos ao menos uma vez pra fazer a vida dos criadores valerem a pena'' Como dizia ele. Até tentei levar ele em um restaurante caro com as economias que eu tinha, mas ele insistiu muito - no caso, se trancou no banheiro por quatro horas dizendo não ir porque não gostava de restaurantes assim e que comer macarrão com carne era bem mais gostoso. Deixei pra lá.

Conheci seus pais depois de que? 6? 7 meses. E sabe o melhor? Nem havia pedido ele em namoro. A gente nem mesmo havia transado. Depois que descobri que ele era virgem e nunca tinha namorado, sabia que precisaria esperar até ele se sentir cem por cento confortável. Que foi claro, quando estávamos na casa de seus pais, no natal. Foi totalmente louco. Eu estava bêbado, ele estava bêbado, estávamos na casa de árvore, jogando verdade ou consequência. - Não me pergunte como, já que só tinha nós dois.-

Naquele momento eu vi o tanto que eu estava fodidamente apaixonado. Seokjin era maravilhoso em tantos sentidos, que eu sempre me sinto idiota quando percebo que ele era meu. Todo meu. Cada centímetro dele era meu.

O pedido de namoro foi engraçado. Até Yoongi que sempre se mostrou indiferente, me xingava quando eu falava que ainda não havia o feito.  Tava todo mundo no aniversário da avó do Taehyung, eu estava cheio - havia comido o suficiente pra passar uns dez meses hibernando - o lugar tava um calor terrível e um primo esquisito do Tae insistia em chamar Jin pra dançar. Naquela hora, eu percebi que não só Yoongi, - e Jimin, Jungkook e Hope- se incomodavam com a falta do pedido. O mais velho também. No auge do meu ciúmes, eu levantei da cadeira e interrompendo o discurso de uma das tias do Tae, pedi educadamente que me desse o microfone. Disse coisas que parando pra pensar, foram desnecessárias dizer na frente de pessoas que eu nunca havia visto na vida. Saiu tudo tão naturalmente que quando me dei conta, não só Jin, mas a festa inteira, chorava. - Até mesmo Yoongi tentou disfarçar e limpar uma lágrima enquanto Hope o abraçava- Depois disso escutei um coro de velhas gritarem ''Aceita, aceita'' e Jin correr para os meus braços, me abraçando forte, soluçando vários ''sim'' no meu pescoço. Até hoje fazem piada com aquele dia. Mas não me arrependo.

Nossa primeira briga foi terrível. Quer dizer, aqueles dois meses foram definitivamente os piores da minha vida. Apareceu um cara totalmente estranho. Vivia indo na floricultura e vez ou outra, ia na cafeteria falar com Jin. - sabendo que eu era seu namorado-. O mais velho, inocente, não notava os olhares, os toques e mesmo eu insistindo para ele se distanciar, sempre escutava um ''Deixe de ser paranoico, quero ter minhas amizades, Joonie, por favor'' . Certa noite, Jin chegou chorando no meu apartamento, desnorteado, e eu sabia que aquele cara tinha feito algo. Até então, fora uma tentativa - muito forçada - de beijo. Nossa primeira briga. Eu fui um babaca por ter gritado com ele naquele estado mas eu tava tão puto porque eu sabia as intenções do outro desde o início e fui ignorado. Naquela noite Jin foi dormir com Tae enquanto eu chorava como uma criança no meu quarto. Foi a primeira vez que eu chorei até dormir, de exaustão.

Me arrepio sempre que lembro daquele dia. Eu e Seokjin não estávamos bem. Combinamos de nos encontrar no café às oito e meia. O mais velho ia descarregar o caminhão com as novas plantas então iria ficar até mais tarde. Oito e quarenta e cinco, fui atrás dele. Floricultura fechada, celular chamava e caía na caixa postal, nenhum dos meninos com ele, ninguém em casa, eu gelei. Até aquela hora, eu nunca senti o real significado de pânico. Eu estava completamente desesperado. Passou duas mulheres perto de mim sussurrando baixinho ''Deveríamos ligar para a polícia?'' Enquanto olhava para trás, onde havia lixeiras e um beco que dava para os fundos de algum bar. Meu corpo se arrepiou de uma forma assustadora e automaticamente fui para o beco.

Definir o que eu vi lá, é infinitamente pior do que tudo que já passei. Ele estava nu. Completamente nu, com os olhos inchados e vermelhos. Aquele cara que eu rezei pra que tivesse saído de nossas vidas, estava em cima de si. O restante eu confesso que passou mais rápido do que eu desejava. Lembro dele no chão, cheio de sangue, rindo da minha cara; Do mais velho encolhido no canto chorando compulsivamente tentando se cobrir com os braços. Só quando eu finalmente vi que o rapaz abaixo de mim, não respondia mais, eu me permiti levantar, e ir até o mais velho. Aquele curto tempo em que me aproximava, me destruiu de tantas maneiras que eu provavelmente nunca conseguirei dizer ao certo. Ele estava tão vulnerável, tão destruído, e eu só queria protegê-lo, queria curá-lo de tudo aquilo.

 

Disse seu nome baixinho antes de lhe tocar e quando o mesmo me olhou, esticou os braços em um pedido mudo que eu lhe pegasse no colo. Lembro que quando chegamos em casa, dei um banho nele com o maior cuidado do mundo, como se fosse a peça mais valiosa que existia - o que de fato, era, pra mim. - Segurei o choro todo o tempo e muitas vezes me pegava praguejando pelos cantos da casa do porque aquilo tinha acontecido com meu Jinnie. O restante daquela noite e das próximas duas semanas foram carregadas de um Seokjin acordando várias vezes na madrugada, chorando e gritando enquanto revivia em seus sonhos aquela noite. - No qual eu o abraçava forte, o aninhava em meu corpo e sussurrava o quanto eu o amava e que iria sempre protegê-lo. Só assim eu conseguia ver a respiração do mais velho voltando ao normal e sentir ele leve, dormindo.

Foram longos meses onde eu fazia de tudo pra cuidar do mais velho e substituir aquelas lembranças. Eu não o toquei por muito tempo com medo de que ele entrasse em pânico e chorasse como havia feito. Queria ele bem e eu não me importava de esperar.

E bem, tivemos nossa segunda primeira vez.
Aquela noite fora definitivamente a melhor da minha vida.

Eu tinha saído da loja de CD, feliz porque Jin estaria me esperando. Sentado, na sacada, eu fumava meu terceiro cigarro - depois daquela noite, eu desenvolvi esse vício podre de fumar. O mais velho se aproximou devagar e eu estava pronto pra lhe encarar quando ele deitou no meu colo. Se aninhou no meu peito e eu automaticamente joguei o cigarro fora e coloquei ambas as mãos em suas costas, num carinho leve. Ficamos ali trocando caricias até aquela voz gostosa soar. ‘’Joonie, faz amor comigo?’’

Eu o amei naquela noite como nunca antes. Mesmo Jin falando que a nossa primeira vez ‘’oficial’’ não fora aquela, eu ainda insistia em dizer que era, ao menos pra mim.

O jeito que ele me tocou, as nossas carícias, os murmúrios, os beijos, cada segundo daquela noite só me dava a certeza de que sim, era a nossa primeira vez. E me lembro da nossa terceira primeira vez, a quarta, a quinta e hoje, estamos em algum lugar que eu não lembro o número, mas sei que foi tão especial quanto.

Seokjin era literalmente, tudo que eu tinha.

Antes de tudo isso, até mesmo antes de conhecer o mais velho, eu lutava contra a depressão. Era terrível me sentir mal sobre tudo, não ser o suficiente e não me sentir bem com nada. Depois daquela tarde, ou melhor, depois especificamente de Kim SeokJin, o carinha com dedinhos tortos que só comia bolo e leite com café, eu achei um motivo pra viver todos os dias da minha vida intensamente, ao lado dele.

 


Notas Finais


Espero que tenham gostado []

Eu estou com uma ideia MUITO legal pra yoonseok e bem, se quiserem saber mais/me ajudar ou só conversar comigo, estarei no @joonieno (eu criei ontem, mals mores hushsushd)
Foi isso, tchau. <3


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