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História Caindo na escuridão (Jikook - abo) - Repostando. - Demônios do passado.


Escrita por: MinYukki

Notas do Autor


Oi bolinhos de arroz ❤

Boa leitura e desculpe os erros✨

Capítulo 52 - Demônios do passado.


Fanfic / Fanfiction Caindo na escuridão (Jikook - abo) - Repostando. - Demônios do passado.

Washington, EUA.


O céu do fim da tarde continha um tom alaranjado misturado ao azul bonito e nuvens branquinhas, o sol era o protagonista daquela cena tão comum, mas ainda assim tão linda, ele dava seus últimos raios antes da noite chegar. No alto do edifício facultativo, Jimin observava com um sorriso o alfa de fios escuros, longos e meio ondulados ler um livro sentado embaixo de uma das árvores do campus, estava contente por vê-lo em uma vida normal, afinal, querendo ou não, ele sempre sentiria algo por aquele garoto — que agora havia se tornado um belo homem — ele era uma parte da sua história.

— Já faz um bom tempo. — a voz familiar soou atrás do ruivo.

— Bastante. — proferiu calmamente com as mãos apoiadas no parapeito de tijolos.

— Por que escolheu aqui? — o homem perguntou enfiando ambas as mãos nos bolsos da calça.

— Queria rever um amigo, apesar de não poder falar com ele. — se virou ficando frente a frente com um dos demônios do seu passado. Park analisou de forma calma o beta de cima a baixo com sua típica expressão neutra no rosto.  — Kim Xiumin... ou Kim Minseok, tanto faz. — deu de ombros.

Xiumin riu vendo que realmente Jimin não era mais o mesmo.

— Kim Xiumin é meu nome de verdade. — balançou a cabeça — Minseok é o nome que uso quando vou fazer algum serviço.

— Como eu disse: tanto faz — desviou o olhar. O vento forte fazia os fios coloridos de ambos serem jogados para todos os lados, além da sensação gostosa do friozinho por conta do início do inverno.

— Sei que te devo desculpas. — se aproximou do parapeito, apoiando os braços ali enquanto fitava o alfa ao longe. — Eu fui uma pessoa horrível com você, e eu-

— Não precisa se desculpar. — o ômega novamente se virou, dessa vez tendo a visão das costas do loiro, os ombros antes não tão largos pareciam maiores. Talvez estivesse malhando, pensou Jimin. — Eu sei da sua irmã, sei da doença e dos tratamentos e sei que a conta do hospital é alta. — jogou sem escrúpulos — Todos nós temos nosso motivos para fazer coisas horríveis. Acredite, eu sei. — confessou escondendo as mãos nos bolsos do sobretudo de cor creme, caminhando até estar ao lado do outro — Mas se te fizer sentir melhor, aceito suas desculpas.

— Obrigada. — foi sincero. Xiumin havia se apegado ao Park mais do que devia, o considerava, e seu coração sempre doía quando lembrava do que havia feito com ele. Mas o que poderia fazer? Sua irmãzinha era mais importante, tinha que cuidar dela. 

 — Ele cresceu bastante — disse, se referindo a Jaebeom.

— É, ele cresceu. — Jimin concordou com a cabeça. — Posso aceitar suas desculpas pelo que fez comigo, mas nunca vou te perdoar por usá-lo.

— Não o usei.

— Não? — sorriu debochado — Você mesmo disse que ele era apenas uma garantia de seus planos não irem por água abaixo, seu babaca. — rangeu os dentes. 

Ainda tinha raiva do beta, mas ao mesmo tempo sentia afeição por ele, não sabia explicar. Vamos e convenhamos, ele foi um dos únicos amigos de Jimin, e isso contava no coração do ruivo.

— Aquilo foi da boca pra fora. — soltou com pesar — Ele está bem melhor sem mim.

— Xiumin...

— Tá, tá. — respirou fundo passando as mãos pelo rosto antes de falar — Eu o amava, ok? Ainda amo. Não queria que ele se envolvesse nessas coisas, sabe? Coisas do submundo. Por isso o deixei. É perigoso e eu não o quero em perigo. Me apaixonar por ele foi um erro e eu não ia continuar com esse erro. Ele merece algo melhor que tudo isso. — desabafou. Ele sentia saudades de Jaebeom todos os dias, mas aliviava seu coração saber que ele estava bem, estava cursando o que gostava e estava longe daquela "família" que tinha. — Algo melhor que eu.

— Tenho que concordar.

— É, Jimin, parece que nós dois estamos destinados a esse sofrimento contínuo.

— Temos que ficar loucos para ficarmos sãos. — suspirou — Sinto que estou cada vez mais fundo na escuridão e o único feixe de luz que me agarra a vida é o meu filho, se não fosse por ele eu não estaria aqui. Então se no final desse caminho sombrio o que me espera é a morte, que seja. Contanto que o meu filho esteja a salvo. — afirmou com todo o coração. 

Seu filho era o que importava ali. 

O silêncio entre os dois se prolongou, ambos observavam Jaebeom embaixo da árvore, o universitário que lia o livro serenamente foi abordado por alguns colegas que sentaram perto dele e todos começaram a rir de algo, provavelmente uma piada.

E por um momento, Jimin sentiu inveja daquilo, inveja por não poder ter uma vida normal, mas passou em menos de dois segundos. O que importava não era a sua vida, e sim a de Jeongsan. Ele era tudo o que importava.

— Me diga, o que me fez ter a honra de ser chamado pelo cisne negro? Por que me chamou aqui exatamente? — se virou já encabulado com aquilo. 

Jimin sorriu.

— Te chamei porque preciso entrar em um lugar, e você é o ajudante perfeito para isso, até porque — continuou a sorrir, sorrateiro, ficando em frente ao beta que era praticamente da sua altura. — Sei que foi você que matou a senhora Jeon, o Gdragon me contou. — os olhos do loiro se abriram levemente. — Não se preocupe, não vou contar a ninguém, na verdade, não me importo.

O beta suspirou, aliviado, se Jeon Jungkook ficasse sabendo de tal coisa ele o mataria.

— Porém, fiquei surpreso em saber que você era capaz de entrar e sair de lugares sem ser descoberto. — o ômega continuou — E vamos concordar, eu posso ser bom em matar, mas você é melhor que eu quando o assunto é entrar sem ser visto. Além do mais… sua irmãzinha precisa de remédios e tratamentos,não é mesmo? — jogou as palavras como uma teia de aranha, esperando o mais velho se emaranhar nelas assim como um inseto.

— Não acho que você seja incapaz de fazer algo assim... — murmurou desconfiado. Ele sabia que Jimin era o Cisne negro, e sabia que ele era capaz daquilo tanto quanto si. — O que quer realmente?

— Ah, por favor — o Park voltou a sorrir passando a mão em seus fios. — Não aja como se eu não precisasse de ajuda.

— Você não precisa. — afirmou — Sabe disso.

— Ótimo. — bateu o pé cruzando os braços.  — Que tal trabalharmos com números? Hm? — levantou uma das sobrancelhas — Diga um número.

— Er... Oito?

— Oito, hm.  — fingiu pensar — O que você me diz de seis zeros atrás desse oito na sua conta daqui a dois dias? — questionou.

— Eu vou ter que matar alguém?

— Não se preocupe, a parte da matança é minha. A única coisa que vai ter que fazer é me ajudar a entrar e a plantar uma bomba. — sorriu ladinho ao que a palavra bomba foi proferida.

Jimin havia pego um fascínio por explodir coisas.

— Em dólares? 

— Em euros. — o ômega levantou ambas as sobrancelhas, sugestivo.

Precisava de Xiumin, e não o deixaria escapar.

— Feito. — disse vencido.

— Ótimo, será daqui há algumas semanas, mando todas as coordenadas por mensagem. — se virou, dando a entender que iria se retirar, mas parou ao dar dois passos. — Sabe, eu acabei de lembrar que você me deve um pedido. — soltou sagaz.

— Pedido?

— Lembra quando arrumamos a biblioteca e você disse que o perdedor iria conceder um desejo ao ganhador? — cada passo que dava,seja em palavras ou atitudes tinham sido planejados pelo ômega. — E eu ganhei — estalou a língua — Você é um homem de palavra, Xiumin? — se virou, ficando de lado, olhando fixamente para o loiro com aqueles olhinhos traiçoeiros.

— Eu sabia. — o loiro sorriu — O que você quer, Jimin? — pôs as mãos na cintura. 

Jimin sorriu matreiro, como uma criança que está prestes a aprontar.


[...]


O ruivo e o loiro andavam com cautela pela mansão Jeon, não havia sido difícil entrar, visto que as habilidades de ambos eram impecáveis. No meio do caminho, Jimin foi forçado a tirar a vida da maioria dos seguranças e de alguns empregados de forma que ninguém os notasse, nada que já não tivessem previsto, enquanto Xiumin apenas observava — ele não queria sujar as mãos.

Uma imensa nostalgia invadiu o ex-loiro ao caminhar pelos corredores. As risadas que deu, os momentos tensos e sensuais com Jungkook, os medos... tudo voltava a sua mente como um tiro. Não sabia que voltar aquele lugar o deixaria desestabilizado. Contudo, por mais que naquela época momentos bons tenham acontecido, os tempos eram outros e ele estava ali com um propósito e iria cumpri-lo.

— Pronto, está programada para daqui a dez minutos. — informou Xiumin.

— Ótimo. — foi o que disse cronometrando o tempo no relógio em seu pulso, apertando o botão do comunicador encaixado em seu ouvido em seguida.

Já está pronto? — Jiyong perguntava do outro lado da linha.

— Em dez minutos essa linda mansão irá pelos ares. — informou com um sorrisinho.

Muito bem, mi chico. Atrasarei os bombeiros como combinamos.

— Certo. Tenho que ir agora. — desligou.

— Vamos, temos que sair daqui. — o beta o chamou, apressado.

— Pode ir. — disse olhando ao redor — Tenho coisas a fazer.

— Coisas? O que está tramando? —

O Park lhe deu um olhar nada bom. 

— Cale a boca e saia daqui. Você não foi pago para me questionar. 

Xiumin levantou as mãos, não querendo contrariar o assassino.

— Estou indo.

— E não se esqueça do que combinamos.

— É claro, afinal, você venceu. — foi a última coisa que Xiumin disse antes de sair dali.

— Ah Jungkook... — estalou a língua no céu da boca. — É uma bela mansão, uma pena.

Sem demora ele saiu dali, precisava encontrar seu alvo da vez. A passos despreocupados ele andou até o quarto dos Kims, encontrando Seokjin e Yura ali, os dois estavam conversando — a senhora de fios grisalhos estava de costas para si — então ele suspirou sabendo o que devia fazer.

— Jimin? — Seokjin estranhou, porém antes que pudesse fazer algo o ruivo puxou sua arma sem cerimônias e atirou na cabeça da mulher que ainda estava virada. O corpo sem vida foi ao chão e o grito do mais velho ecoou enquanto ele levava as mãos à boca — O que você fez?! — exclamou em choque. 

O ruivo revirou os olhos.

— Não temos tempo para isto. — respondeu fitando o crânio com um buraco de bala jorrando sangue sobre o carpete cinza sem esbanjar nenhuma emoção.

O Kim correu de encontro com a mulher morta em puro desespero, tocando-a.

Jimin estava triste, afinal a Yura cuidou de si, mas já estava acostumado a matar pessoas, seu interior já estava dilacerado o suficiente para aguentar mais uma. O pouco que doía antes parecia não doer tanto depois de Taehyung.

— O que veio fazer aqui seu assassino?! — o Kim berrou com lágrimas nos olhos. 

Jimin riu diante de tal xingamento. 

O marido dele também era um, não?

— Vou direto ao assunto — se aproximou.

— Sabe o que o Jungkook vai fazer com você? — disse entre dentes.

— Ele não está aqui, está? Nem ele, nem seu doce maridinho. — continuou com o sarcasmo explícito em sua fala.

— Não fale dele! — rosnou.

— Continuando: você recebeu a mensagem?

— Então foi mesmo você que mandou aquilo em código morse? — fungou o olhando friamente com as mãos sujas do líquido escarlate.

— Sim. — o olhou sério — Vai me ajudar?

— Acha mesmo que eu vou cair nessa?! Um filhote? — perguntou se levantando — Sei do que é capaz, e sei que aquilo tudo é pura invenção sua! 

— Não estou mentindo.

— Que se dane o que você diz! Não vou ajudar! Você matou o Taehyung e quer me pedir ajuda? — gritou aos quatro ventos.

Jimin respirou fundo, não podia forçá-lo, claro que não podia, se não ele desconfiaria ainda mais de si, e não era isso que o Park queria, precisava que Seokjin o ajudasse por vontade própria, afinal, ele era uma das peças principais do jogo.

— Essa é sua palavra final? — levantou ambas as sobrancelhas.

— Sim. — afirmou, rosnando.

— Está bem.

— Não vai me ameaçar?

— Por que faria isto? — o olhou de cima a baixo. — Mas sugiro que você saia dessa casa o quanto antes. Aliás — olhou o relógio em seu pulso — você tem apenas cinco minutos para sair, a não ser que queira explodir junto a ela e a todos os outro dentro dela. — pronunciou bem humorado.

— O que?

— Aviso dado. Te vejo em breve, Seokjin. — cantarolou saindo pela porta que entrou.

Atordoado o loiro piscou algumas vezes pegando celular mesmo com as mãos sujas, e então ligou para Namjoon, não sabia o que estava acontecendo, mas sabia do que o Cisne negro era capaz.

Já Jimin saia da mansão sem preocupação, não estava triste com a matança em massa que ocorreria em poucos minutos, já havia aceitado aquilo, seu filho vinha sempre primeiro em lugar, e ele não iria parar até tê-lo em segurança. Todavia, estava preocupado com a não aceitação de Jin em lhe ajudar. Porra, precisava dele e não podia mudar o plano, Seokjin era crucial para o futuro, além de que, também precisava dele para fisgar o peixe maior, precisava dele para pegar Jeon Jungkook.


Notas Finais


Quem quiser entrar no grupo da fic pra interagirmos pode ir no meu perfil, vai estar lá :D

Bia💜


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