História Cakes & Princes - Coffe

Jongdae acordou tranquilo em seu novo cômodo, fez sua higiene e se arrumou para ir trabalhar.

Assim que abriu a porta teve uma surpresa.

- Príncipe... O que faz aqui?

Xiumin estava encolhido na frente da porta abraçando os próprios joelhos.

- Me sinto sozinho.

- Ah, mas e Luhan Hyung? Se você ficar aí irá pegar um resfriado...

- Luhan foi embora. - Ele se levantou e sorriu para o mais novo. - Já me sinto melhor Chenchen. - Ele deu um beijinho no rosto do outro e se retirou.

O confeiteiro levou sua mão até seu coração de imediato, seu órgão que bombeava seu sangue parecia prestes a explodir com aquele simples gesto.

Não ame um príncipe

Não ame um príncipe.

Ele repetiu a frase várias vezes até chegar na cozinha.

Minseok não tinha idéia do por que tinha feito aquilo. Suas bochechas gordinhas queimavam e ele queria continuar com Jongdae. Ele não admitiu, mas ele tinha esperado na porta apenas para ouvir a voz do rapaz, pois não teria tempo de vê-lo naquele dia. A razão era que seu pai havia o solicitado para as tarefas reais.

Tarefas de um imperador.

Xiumin estava sentado na mesa com seu pai de frente para o mesmo. Planos, estratégias de guerra e econômica eram os assuntos mais discutidos entre os dois.

- O que achou do confeiteiro novo?

O Imperador perguntou para seu filho. O pequeno ficou nervoso mas conseguiu se controlar.

- Ele é bom no que faz. - Ele respondeu olhando as escrituras que estavam na mesa.

- Pensei em você quando o contratei. - O príncipe olhou seu pai confuso. - Não é você que ama pães e doces ? - Ele sorriu para sua criança.

- Ah, sim. - Foi a única coisa que conseguiu responder antes de um silêncio assustador tomar conta do ambiente.

- Sabe que não tenho nada contra sua Orientação sexual. - O Imperador Aerak quebrou o silêncio e Xiumin o olhou angustiado.

- Pa-pai eu não...

- Já conversamos sobre isso Minseok. - Seu tom era ríspido. - Você vai ter uma esposa e se quiser concubinos masculinos se vire depois. Imperadores não tem "felizes para sempre".

O pequeno permaneceu em silêncio.

- Eu deveria te lembrar o fim que teve seu último namoradinho?

- Não, eu já entendi. - Ele se levantou. - E eu não me importo, você tem 6 filhos para casar com uma mulher e ter descendentes de sangue, mesmo que eu case com uma, você acha mesmo que eu vou conseguir ir pra cama com ela e ter muitas crianças?

Ele riu debochado de seu pai.

Aerak levantou furioso e foi até o menino, ele se encolheu automaticamente quando seu pai lhe deu um tapa no rosto e segurou seu pescoço.

- Quem você pensa que é pra falar assim comigo? Eu já permitir que transasse com aquela bonequinha filho do imperador chinês, não ouse querer mais que isso, seja o homem que você deve ser. - Ele jogou o garoto próximo a porta da sala.

Minseok se levantou e limpou suas vestes.

- Se nem você é homem que deveria ser "pai" - Ele falou a palavra pai com nojo e abriu a porta. - Heeno deve estar cansado de esperar.

Ele saiu do local e correu.

Ele estava com medo que seu pai o seguisse. Minseok entrou na porta dos fundos de seu local favorito e se escondeu em um armário ali.

E chorou.

Ele se sentia fraco por chorar tanto todas as vezes que seu pai falava sobre isso.

Por que só ele ouvia?

Todos seus irmãos eram como ele, por que só ele tinha que sofrer com as palavras que seu pai proferia?

Jongdae voltou a cozinha, o chá da tarde tinha acabado de ser servido. Sorrindo o mesmo começou a passar um pouco de café, enquanto a bebida era feita ele colocou seus pães no forno.

Lhe faltava açúcar então o jovem foi até o armário pegar mas ao abrir o mesmo surpreendeu-se ao ver o príncipe Minseok dormindo ali. O rosto do pequeno estava vermelho e seu rosto úmido.

- Minnie... O que está fazendo aí?

O herdeiro acordou assustado mas assim que viu Jongdae se jogou nos braços dele surpreendendo o mais alto.

- Ahm... Aconteceu algo?

Chen levou suas mãos até os cabelos de seu "Hyung".

- Só me abraça. - Xiumin falou. O outro sorriu e assentiu.

- Tudo bem. - Ele não fez mais nenhuma pergunta.

Isso por que ele sabia como era estar no lugar dele.

Jongdae entendia aquela situação, já tinha se escondido e chorado muito e quando lhe perguntavam sobre apenas dizia estar bem e sorria, então ele não pediria para que seu superior lhe contasse coisas que o machucavam.

- Hm Eu fiz café Minnie.

- Café ? - Ele olhou o outro e sorriu. - Eu quero café Chenchen!

- Levanta e vamos beber juntos Okay?

O menor assentiu e se levantou do chão para sentar na cadeira. Não demorou muito para que ambos estivessem bebendo e comendo juntos.

Já era toque de recolher.

Chen e Xiumin conversaram por horas na cozinha. Após terminar seu trabalho Chen foi para seu quarto e tomou um banho para descansar.

Seu quarto era próximo ao de Xiumin e ele pode jurar que ouviu o outro chorando durante a noite.

Mas ele não podia fazer nada, ele não devia fazer nada.

Por que Kim Minseok era um príncipe.

×××

- Aerak?

- Já falei que no palácio eu sou seu imperador!

- Claro senhor. - O conselheiro do mesmo assentiu. - Por que me solicitou?

- Por que estou furioso Heeno!

- E o que eu deveria fazer meu "imperador". - Heeno se aproximou do nobre e levou suas mãos até a cintura do mesmo.

- Você sabe o que deve fazer.

- Certo. - Ele sorriu e beijou o outro.