História Call me senpai (ShikaTema) - Capítulo VIII

Temari

Esta foi a experiência mais traumatizante que eu já vive. Só conseguia chorar Shikamaru me dispensou e eu fiquei em casa de Gaara por uns tempos, Kankuro foi até ver como eu estava, visto que ele trabalha muito e raramente  tem tempo para nos ver. Fiquei feliz. Gaara também trabalha muito, então fico maior parte do tempo com o Lee ele trabalha aos fins de semana por isso fico com ele. Adoro a energia que ele tem quando estava para baixo ele me fazia rir. O dia chegou ia com Nara e Yoshino na polícia. Eu sabia; sabia que tinha sido Kimimaro.  Podia estar bêbada mas não estava cega. Dava graças a Lee e a Shikamaru, se não fossem eles eu estaria sei lá onde. Mas aquela garota eu já a tinha visto. Aqueles cabelos rosa lembravam um certo alguém. Tayuya. Não impossível, devia ser da bebida. Talvez ela nem tivesse cabelos rosa. Mas uma coisa era certa. Aquele cara era o Kimimaro.  A Yoshino veio me pegar de carro. Ela disse que o Shikamaru ia lá ter, ele estava ocupado com toda aquela mudança. Queria estar lá para ajudar, queria meter aquelas pessoas na linha. Não era a primeira vez que algo assim conseguia. Meu pai, ele era super abusivo e eu sendo a irmã mais velha tinha de fazer algo. Ele era legal até ao nascimento de Gaara. Por conta de algumas complicações durante o parto minha mãe acabou falecendo. Ela era como uma melhor amiga para mim. Eu tinha as garotas mas ela, eu podia sempre contar com ela. Ela sempre resolvia as brigas entre o Kankuro e eu. Com ela meu pai estava sempre de bom humor. Mas após Gaara nascer, ele tornou se um demónio em pessoa. Descontava em nós. E acredito que ele culpava Gaara pela morte da mãe. Ele sempre foi muito frio com Gaara gritava com ele por tudo e por nada, e tenho quase a certeza que quando eu e o Kankuro não estávamos em casa ele batia no Gaara. As coisas pioraram quando ele descobriu que Gaara era homosexual. Nesse dia Gaara teve de ser levado ao hospital. Nosso pai bebia muito, e acho que também andava nas drogas. Um dia achamos ele em casa. Morto. Overdose. Um trauma que nunca esquecerei, nem eu nem Gaara e Kankuro. As luzes da ambulância nunca vão sair da minha cabeça. Na altura já tinha 18 anos por isso consegui a guarda dos dois Kankuro tinha 17 e Gaara 15. Foi nessa altura que ele conheceu Lee. Por conta do nosso pai ele não tinha muitos amigos. Quando conheceu o Lee fiquei feliz. E quando começaram a namorar ainda mais. Ler trazia ao de cima um lado de Gaara que eu nunca tinha visto antes. 

Estava perdida nos meus pensamentos que nem notei que já tínhamos chegado. Shikamaru me esperava na porta da delegacia e quando saí do carro ele correu para me abraçar. Ele estava tão preocupado comigo. Era até... fofo. Chegamos lá e Shikamaru não se calou. A única coisa que fiz foi responder a umas perguntas. Não sou burra por isso denunciei Kimimaro, mas quando falei dele e da garota de cabelos rosa o Nara pareceu reagir de um jeito estranho. Ele falou que o conhecia mas não se lembrava de o convidar para a cerimónia. Infelizmente com a falta de provas não conseguimos fazer nada. Mas Yoshino insistiu que passasse uns dias com o Nara. Para ficar mais segura. Concordei pois não queria trazer problemas para Lee e Gaara. 

O caminho até a casa do Shikamaru foi feito no silêncio, eu realmente não queria falar. Eu tinha que ultrapassar isso e começar a trabalhar o quanto antes. Mas não deixaria esse assunto da Tayuya pendente.