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História Calm the soul - Dont need a reason to kiss her


Escrita por: vibesjdb

Notas do Autor


TO DE VOLTA MORESSSSSSSSSSSSSSSS

Capítulo 6 - Dont need a reason to kiss her


Ella’s POV

Mas uma semana tediosa tinha se passado, era como se o meu relógio voasse mais rápido que o das outras pessoas, todos os dias eram um sucessão de mesmice, eu ia para a escola, e dormia em todas as aulas porque depois da escola eu ia procurar emprego e só voltava tarde para casa, e ainda tinha que fazer os afazeres domésticos e da escola, não conseguia dormir, ficava rondando em minha mente mil maneiras de conseguir desse aperto, então, cedo meu despertador tocava e eu era obrigada a me levantar e viver tudo isso de novo. Estava um inferno.

Fiz uma promessa a minha santinha, que se eu conseguisse um emprego, seja ele qual for, eu iria até o Cristo Redentor, o ponto mais lindo da cidade, e acenderia uma vela para ela lá. E eu sei que ela não falha.  Nunca fui de fazer muito drama, sempre encarei meus problemas de frente, apesar de até então eu não ter conhecido um problema de verdade, mas tenho que confessar que viver assim estava cada vez mais difícil. Eu olhava cada canto dessa casa á procura de algo que me distraísse que me fizesse esquecer a solidão, mas era difícil, mesmo que as pessoas do morro fossem muito solidárias e carinhosas, e algumas estarem me ajudando com comida, eu ainda não me sinto acolhida, eu ainda quero alguém que me ponha no colo e tome para si todas as minhas dores e problemas, e diga que estará comigo para sempre.

 Era uma noite quente de terça feira, me recusava a acreditar que amanhã eu teria que viver tudo de novo, estava sentada no sofá da minha casa, sentava em frente a TV, estava passando uma novela, mas eu não estava prestando a atenção, o ventilador de teto estava ligado, mas mal fazia vento, estava um inferno de quente dentro de casa, olhei no relógio da parede e era quase dez e meia da noite, e eu não poderia esperar mais nada daquele dia. Fechei o olho e o abri rapidamente, assim que o telefone tocou, estiquei meu corpo pelo sofá para alcançar o telefone que estava na mesinha, encostado com o sofá.

-Alô. –atendi.

-Alô, eu gostaria de falar com a Ella. –era uma mulher que falava, mas eu não reconhecia a voz.

-Sou eu, quem é?. – disse meio preocupada, geralmente quando ligam á essa hora, nunca é coisa boa.

-Oi querida, tudo bem, eu estou ligando porque você deixou o seu currículo aqui com a gente, e nós estamos dispostos a contratar você. – dei um pulo do sofá, quase desconectando o telefone da tomada.

-Ai meu Deus, é serio? Muito obrigada, muito obrigada mesmo.

-Imagina querida, tenho certeza que será um bom negócio para nós duas, será que você pode passar aqui amanhã, para acertar as coisas?

-Obvio que posso.

-Ok, então, estou esperando você! –ela desligou o telefone.

Coloquei o telefone em cima da mesinha, estava tremendo tanto que não conseguia fixa-lo no suporte, corri para o meu quarto e coloquei meus tênis com presa, mas me olhei no espelho e vi que não estava vestida para sair de casa, pois estava com uma camisolinha fina, e surrada. Então, coloquei um blusão branco com a imagem de um cantor que eu curto, um short jeans, e o tênis novamente, peguei meu passe de ônibus, umas velas, que eu guardava no meu quarto já que volte e meia falta luz, fósforos, joguei dentro da minha mochila. Passei correndo pela sala, assim que sai de casa, me certifiquei que todas as portas estão devidamente trancadas.

Corri pela ladeira, em alta velocidade, sem me importar com os perigos que estavam rondando ali. Corria assim, porque o ônibus que me levaria para o corcovado passa daqui á cinco minutos, e desde a minha casa até o ponto ao lado da favela é muito chão. Então eu corria, porque o próximo só passaria ás 00:00, daqui á uma hora e meia, e eu preciso cumprir essa promessa ainda hoje.

Justin’s POV

Estava deitado na minha cama, assistindo há um jogo de futebol, não tenho nenhum time preferido, só estava assistindo por assistir, não era um jogo interessante, o Santos estava perdendo, eu me sentia entediado, mesmo tento um morro inteiro para governar, todas aquelas pessoas que eu podia brincar, nada daquilo me animava. A casa estava silenciosa, nem o barulho das panelas da empregada eu ouvia, aquele silêncio tava me estressando, mas meu celular começou a tocar, quebrando o silencio, atendi.

-Alô, patrão?

-Qualé?- disse.

-Aí, tá ligado aquela mina o que Senhor mandou nois cuidar? –Já tinha me esquecido, mas depois daquele dia, eu mandei dois seguranças cuidarem da casa dela.

Claro, a paisana, porque se ela descobrisse que eles estavam de olho nela, ela provavelmente não aceitaria, teimosa do jeito que é.

-O que tem ela?- disse meio grosso.

-Então, ela acabou de sair de casa correndo, parecia uma louca, achei estranho e achei melhor ligar.

-Hum. – respondi meio seco. –E porque que vocês não tão seguindo ela caralho?

-Desculpa senhor, mas eu pensei que...

-Não interessa, segue ela, não perde ela de vista, e me avisa aonde está indo. – desliguei o telefone

Essa mina me deixava intrigado pra caralho, que porra ela foi fazer fora de casa a uma hora dessas? Será que ela não sabe que é perigoso? Depois que acontece algo de ruim com ela, aí a culpa é minha, mas ela também não respeita as regras caralho, parece ser louca.

Desci para jantar, a empregada tinha feito, arroz com feijão e carne, nada dessas frescuras, pra mim isso é comida de homem, como de costume, enquanto eu comia, a cozinheira ficava parada ao meu lado da mesa para que se eu precisasse de algo, tenho que confessar que a presença dela ali me incomoda um pouco, mas ao mesmo tempo eu me sentia mais rei ainda, com os súditos alí, prontos para me servir, e qualquer cosia que me fizesse me sentir no topo do mundo me agradava, por isso todos esses bajuladores ao meu redor, tentando a sobrevivência e fingindo estar do meu lado, quando, eu sei que na primeira oportunidade eles me apunhalariam pelas costas. Mas eu os entendo, eu mesmo me apunhalaria. Ri pelo nariz, despertando a atenção da cozinheira, que até então estava parada, viajando.

Meu celular começou a tocar novamente, era o mesmo segurança.

-Senhor, a garota está indo para o corcovado. Devemos esperar ela ir embora?

-Façam a guarda dela até eu chegar aí, depois vocês podem vazar. – desliguei o telefone.

-Manda o meu motorista, pegar o carro e me esperar com o carro pronto lá na frente. – A cozinheira, assentiu e saiu.

Subi as escadas, calcei meus tênis, e desci novamente. O motorista já estava a minha espera com o carro fora de casa, entrei e fechei a porta.

-Corcovado.

Disse apenas isso, e encerrei qualquer tipo de conversa. Não sabia ao certo porque eu estava atrás dela, já que ela é somente uma moradora da minha favela, a única que levantou a voz para mim, claro. Mas tudo o que eu faço em relação á ela, como por exemplo por seguranças pra proteger ela, quando eu sou a sou a o motivo da proteção, ou, ficar comovido ao ver uma foto dela e dos pais, é incerto. Sem motivo. E é algo que eu não faria por ninguém mais, na verdade, nem por ela eu faria, então porque eu tô fazendo isso? Mas quando eu vi já era tarde demais, já estava no corcovado, desci no carro e mandei os seguranças irem embora. Andei um pouco chegando ao cristo.

Estava vazio, a via apenas ela ali, ela acendia velas de joelho, e em silêncio orava. Ela estava de costas para mim, cheguei perto dela e me ajoelhei ao seu lado, ela estava de olhos fechados, estão não me notava ali. Ela iniciou a oração Ave Maria. E eu acompanhei em silencio. E ao fim da oração concluímos com um Amem, alto e em bom tom. Ela abriu os olhos, e me encarou assustada. Apagou as velas, e se levantou, com pressa ia saindo, dando as costas para mim, mas eu segurei meu braço.

-Me solta! – ela ordenou.  -O que você tá fazendo aqui? Deu pra me seguir agora?- ri pelo nariz. - Veio ver as estrelas fui? Porque a visão que você tem da sacada da sua casa não é o suficiente? 

Segurei o braço dela com mais força ainda, aquele jeito debochado dela me irrita. Ela falava tudo de forma tão agitada, até então eu não tinha falado nada, porque, ela engolia meu tempo de resposta com mais e mais palavras.

-Aí, seu broto. Solta meu braço seu animal. – apertei mais forte ainda. – Você tem algum problema mental ou o seu problema está nos tímpanos? Não ouviu, eu mandei você me soltar.

Segurei na nuca dela, e pelos seus cabelos que caíam pelos meus dedos, puxando o rosto dela para perto do meu, e consequentemente o corpo também.

-Quando você vai aprender a me respeitar?- disse quase em sussurro.

-Não estamos no morro, não te devo respeito, na verdade, nem lá eu devo.

-Deve, deve e deve muito. Mas é desobediente. – Mantive o mesmo tom de sussurro e calmaria.

-Não devo porra nenhuma, você não é meu pai. – ela disse quase descontroladamente.

-Até porque se eu fosse eu teria dado umas boas palmadas em você, e agora você andaria pianinho.

Dei um tranco no cabelo dela, fazendo nossos rostos de grudarem de forma violenta, ela tentava se soltar me empurrando para trás, eu queria beija-la, minha boca rodeava a dela, enquanto a minhas mãos tentavam manter a cabeça dela parada. Até que eu consegui encostar nossas bocas, mas foi questão de segundos para ela desgruda-las. Ela limpou a boca com cara de nojo. E deu as costas.

-Não finge que você não quer, eu sei que quer. –ela parou de andar, para me ouvir. – Porque você fica tão nervosa quando estou por perto? Porque você começou a me metralhar de ofensas quando eu não havia dito uma palavra para você? Começou a agir na defensiva sem ao menos eu ter atacado você primeiro, o seu coração estava batendo forte desde que me viu e eu sei que na hora que nos nossos lábios se tocaram ele quase saiu pela sua boca. Não negue.

Puxei o braço dela, agarrando ela pela cintura, mas dessa vez sem agressividade, passei minha mão pela nuca dela, e ela colocou o braço pelo meu pescoço, nos olhamos por um tempo, até que eu coloquei nossos lábios novamente, mas dessa vez ela me beijou também, eu definitivamente não sabia o que estava fazendo, mas apenas estava, não precisava de um motivo para beija-la. 


Notas Finais


ENTÃO TÁ AÍ, DESCULPEM PELA DEMORA MAS AGORA AS COISAS TÃO MAIS CALMAS PRA MIM, COMENTEM E ME FAÇAM FELIZSSSSSSSSSSSSSS
AMO VCS BJOS


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