História Caminho das vinhas - Temperamento

O imortal conduziu Juh de modo elegante, trouxe seu corpo para perto do dela, sentia o cheiro dela, era estimulante, a mão grande espalmada nas costas dela, ele chegou a face perto de seu ouvido.

- Vê, está tudo bem... – girou levando-a consigo, a voz do elfo era sexy, mesmo que ele não precisasse fazer nada, teve contato com derme quente das costas da mesma.

Julia se odiava por ter se atraído um pouco pelo general, ele era lindo e sedutor, mas era só isso não poderia sentir nada, pessoas como o general eram somente sexo e mais nada, sua cota de desilusão já havia excedido. O elfo sabia dançar e conduzir perfeitamente, a humana deixou ser conduzida, olhou em seus olhos azuis brilhantes, por um breve momento e logo desviou o olhar.

Astariel sabia ler uma fêmea e aquela o desejava, era algo discreto e controlado, mas existente, conduzia do modo que somente um mestre poderia fazer, ela seria o quadro e ele a perfeita moldura, inalou o cheiro de seus cabelos e de modo discreto afastou o cabelo do lugar, tocando mais de suas costas, era muito discreto, não seria invasivo ou impróprio, primeiro instigaria, a mortal podia sentir a respiração quente do elfo na derme de seu pescoço.

Julia estava incomodada, era óbvio que estava atraída, não estava morta nem nada, Astariel era lindo e sedutor, ela estava colado no corpo do elfo, a humana estava sentindo os efeitos do contato físico, já a muito tempo esquecido.

Durante toda a música o general a estimulou de modo muito discreto, tocava de maneira dominante, mas discreta, não a beijaria ali no meio de todos, mas tomaria um momento para si e tentaria, o banquete tinha sete noites e aquela era a primeira, um beijo seria o bastante para aquele dia.

- A senhora é graciosa... – elogiou a girando com fluidez. – Sei que está arredia, mas usufrua da festa, é para isso que ela existe! – foi sincero em suas palavras, era hospitaleiro a seu modo.

- Tão atencioso! - Disse modo zombeteiro, Julia sabia que ele estava doido para ter algo com ela, não era cega.

- Eu sei! – embarcou no mesmo tom dela. – Sou maravilhoso e indescritível... Vai negar??? – era debochado, mas estava se divertindo junto dela, rodopiou a tirando o chão com o movimento.

- Também é muito convencido e abusado. - Disse hostil para o general.

- Estamos indo bem, jovem humana! – riu sincero, sem cutucar nem nada parecido. – Está sendo sincera, é o suficiente para mim... – mentiu descaramente, suficiente seria ela em sua cama.

- Quer sinceridade,bem vamos lá, não irá conseguir nada comigo desista,sou imune esses jogos,ou seja lá qual for a sua. Não irá encostar jamais em mim, não aja como cão no cio! - Falou rasgado sem rodeios .

O general ergueu uma sobrancelha ela estava mesmo sendo hostil, tinha passado essa impressão e desespero para ela?

- Não nego que haja em mim desejo, mas não se superestime... – disse também de modo aberto. – Imunidade é algo com que você apenas sonha... Sabe disso, por isso é tão agressiva.

A música acabou e Julia se afastou do general, seguiu até a mesa mais nem seu tio nem Dulce estava, provavelmente teriam ido embora, salão já não estava tão lotado já era tarde da noite, decidiu ir embora sozinha, foi tranquilamente atravessando o jardim.

Havia um mortal que notou a humana, ela tinha dançado com o general por tempo considerável, porém não parecia haver compatibilidade entre ambos, estava um tanto embriagado, mas sabia onde estava e o que fazia.

- Boa noite... – disse com um sorriso no rosto. – O que quer é a companhia de uma homem de verdade, não é? – disse tocando seu rosto.

Astariel tinha passado pelo jardim, não procurando a humana, mas de longe viu o mortal, o cheiro dele entregava alguma excitação, aqueles modos hostis de Júlia trariam problema, ela achava que sabia se defender, na verdade ela brincava com uma adaga. Foi rápido até ambos.

- Vamos querida? Eu a fiz esperar muito? Desculpe... – enlaçou sua mão a dela, não esperou resposta. – Boa noite Sir. – seguiu pelo caminho que sabia ser o equivalente ao quarto dela, não disse nada, ela reconheceria o caminho.

Depois que estavam chegando no castelo Julia soltou a mão do general,viu que realmente ele tinha tirado ela de um bêbado,mas poderia facilmente  se livrar dele;

- Sabe que não precisava fazer isso não é mesmo...

- Precisar? Tem razão, não era necessário... – disse com simplicidade. – Podia ser menos arisca e dizer apenas um “obrigado”... – balançou a cabeça em negação. – Bem que seja... – beijou-a de imediato, não a pressionou nem nada apenas selou seus lábios e deu alguns segundos para saber sua reação.

Julia assustou, mas não o repeliu ficou meia em êxtase com o contato dos lábios do Elfo.

Ao sentir que ela o aceitava aprofundou o beijo, puxou o corpo dela para si, apertando-a a ponto de sentir o corpo feminino se moldar ao seu. Explorou sua boca com verdadeira luxúria, seu sabor, suas mãos corriam por suas costas, mordiscou o lábio inferior, sabia que ela precisava de fôlego, mas não interrompeu de todo, apenas intercalou com selinhos de modo que ela respirasse, aprofundou novamente e a prensou na parede, finalmente desceu por seu pescoço beijando a pele macia e deliciosa, chupou com gosto sua derme, subiu mordiscando o lóbulo de sua orelha e voltou a reclamar seus lábios.

Julia se esqueceu onde estava e com quem estava, agarrou o elfo sem pensar,beijou ele de modo violento e provocante, as mãos do elfos passeavam modo desesperado no corpo da humana, suas bocas coladas como se dependessem disso para viver.

Astariel rápido virou ela de costas para ele, o elfo beijou o pescoço dela forte, apertando seus seios por cima do vestido de modo brusco, em seguida esfregou seu membro duro na bunda de Júlia forte, ela tinha que saber que ela teria ele quando quisesse, na mesma hora a humana soltou um gemido, quando sentiu ele esfregar seu membro latejando em sua nádegas, os olhos de Astariel brilharam, ao ouvir ela gemer, deu um sorriso malicioso na hora, viu de frente novamente, beijando sua boca profundamente e em um único movimento, Astariel ergueu a humana pelas nádegas, no colo imprensando na parede, beijando loucamente, o elfo apertava ela modo lascivo, apertou sua nádega forte.

Julia deu um gemido entre os beijos, atiçando mais o general que, desceu a boca para o colo dela, mordeu de leve seu seio por cima da roupa, ela sentiu sua excitação entre as pernas por cima de sua calcinha,o membro do general estava acordado de um tal modo, que ficou incontrolável os beijos e amassos, num impulso Julia voltou a si estava imprensada na parede, suspensa com o elfo beijando seu pescoço, eles estavam no corredor do castelo alguém poderia vê-los, Julia segurou o rosto dele.

- Por favor, pare.

Astariel viu-se refreado pela mortal, tinha muito desejo, estava mais que excitado, mas não prosseguiria, desceu a humana no chão e a beijou de modo mais calmo.

- Quando você quiser! – pressionou-se contra ela. – Onde quiser...

Julia respirava com dificuldade, estava muito excitada, no mesmo dia tinha batido no elfo,depois estava quase se fundindo nele,ela mal o olhou entrou em seu quarto rápido, tentando raciocinar tudo.

O general foi para seu quarto tomar um banho frio, estava muito exaltado, ela era realmente deliciosa.

Thranduil saiu do trono caminhando vendo todos na festa, algumas elfas e humanas o pararam no meio caminho,para tentar dançar com o soberano e de modo brando,as rejeitava,sua atenção estava na pequena dama.

O elfo dançava com perfeição conduzindo Dulce, ela não estava tão acostumada a dançar, mas tinha o ritmo em sua alma, amar música causava isso. Finalmente a música acabou e a humana conseguiu escapulir, passou pela mesa de doces e sequestrou um docinho aleatório, logo se enfiando no jardim, ali era mais tranquilo e arejado e não havia a obrigatoriedade de socializar e dançar. Seu tio era bondoso por querer casá-la, ninguém se casaria com ela, mas como contar isso ao tio avô? Não havia uma maneira. Sentou-se o banco terminando o doce élfico, eles eram bons com isso.

O soberano rápido saiu da festa e seguiu Dulce, provavelmente estaria no jardim,pois tinha sentido seu cheiro,ela estava mastigando o último doce, Thranduil chegou modo lento;

- Esses doces são maravilhosos... – o rei deu um leve sorriso fraco,ainda estava mordido de ver a pequena dançar com o ruivo.

- São sim, eu bem queria a receita, mas quando pedi não consegui... – lamentou-se, comeu o último pedaço do doce. – Não gosta da agitação? – perguntou curiosa, estava estranhando que o elfo estivesse ali.

- Não, não gosto! Prefiro ser discreto, mas é praticamente impossível. - Se aproximou dela e estendeu a mão. - Senhorita me conceda essa dança. - Olhou intenso nós olhos da pequena.

Dulce mal acreditou no convite que recebeu, tinha fugido do salão para ficar longe de pessoas e do burburinho e ele supostamente também o fez. Ele era gentil, tinha deixado que usasse o violino, estendeu sua mão, mas ponderou.

- Oh desculpe... – quando tocou na dele disse. – O sujei de doce? – teve receio realmente, não o encarava diretamente, no momento não conseguia, ele era atraente e naquele momento percebeu isso, as mãos dele eram enormes se comparadas as suas.

Thranduil conteve o riso, isso foi tão fofo pensou ele;

- Não senhorita, venha. - Puxou de modo delicado sorrindo era tão meiga a esse ponto, o soberano pegou em uma mão, com a outra colocou em sua cintura, Dulce agora de perto tinha ficado menor ainda, parecia feita de porcelana sua musicista, começou a dançar com a pequena,os dois ouvindo a música do salão.

A mortal percebeu que o rei era muito melhor a conduzindo que o outro elfo, os movimentos eram precisos e perfeitos, ele era enorme e seu coração se alegrou por algum motivo, o cheiro dele era bom, lembrava um pouco folhas frescas e terra um pouco úmida, teve medo de pisar em seu pé, mas isso não aconteceu. O sobretudo dele era tão longo e mesmo assim ele nunca pisava, se atreveu a olhá-lo nos olhos poucas vezes, corava, não queria se atirar nele, mas sentia-se ingênua e tola por ser assim tão expressiva, ele devia achá-la estranha.

O rei rodou algumas vezes lentamente a pequena,sem tirar os olhos dela o coração do soberano se aqueceu, sem ele entender, ficou curioso para saber mais dela, por esses dias iria ficar mais perto da pequena, ver o que era essas sensações jamais despertadas.

A música acabou e Thranduil despertou para a realidade, estava dançando com a pequena mortal no jardim sozinho, isso era fim de carreira, se apaixonar por uma humana, rápido se separou dela, modo frio.

- Tenha uma boa noite... -  saiu às pressas deixando ela sozinha, sem beijar em sua mão, nada apenas sumiu para o castelo.

- Boa noite... – viu o elfo sumir de sua vista, ele tinha mudado o tom de voz ou era impressão? Era difícil de entender o temperamento dele, nem tentaria, era uma hóspede e logo estaria em casa, sentou-se e ficou quieta um momento, fechou os olhos e esperou para ter algum sono, sumiria dali e se enfiaria na cama macia que a esperava.

O soberano chegou em seus aposentos, confuso, colocou vinho em sua taça bebeu, se sentou na poltrona, massageando suas têmporas, pensando "Maldição, aquela humana mexe comigo!"bebeu mais vinho, entre um pensamento e outro, ele tinha saído correndo do jardim, sem ao menos se despedir direito, foi um completo idiota, pensou o rei, aquela noite nem dormiu ficou em claro pensando e processando todo, aquele sentimento, isso se fosse um sentimento, pensou que poderia ser só uma fase, pois nunca tinha amado de verdade ninguém, foi casado sim, tinha seu filho Legolas, que estava em missão fora ha uns anos já, era seu orgulho, mas nunca amou de verdade a sua falecida esposa, foi um casamento diplomático na época.

 Thranduil concluiu que era só uma fase de sua longa e imortal vida, era um macho, sentia sim atração por fêmeas, de vez enquando se deitava com alguma, porém todas atiradas, ambiciosas querendo a coroa, mas nunca iam ter, pois ele era frio e calculista, jamais se casaria novamente, o amor era um mero conto de fadas, para o soberano que poucos alcançavam.

 No meio dos elfos, encontrar o amor era como encontrar uma agulha no palheiro, que poderia demorar a vida toda, uma vez que quando se apaixonavam era pra sempre, um elfo era sempre cuidadoso, antes de entregar seu coração, pois se fizesse isso para pessoa errada, sofreria a eternidade, era tudo que menos queria, já tinha dor de cabeça demais, havia um reino pra governar,uma guerra pra assimilar, afinal Legolas estava na missão do anel, se precisasse Mirkwood teria que enfrentar, lidou em criar uma criança sozinho, fez um ótimo trabalho, mas foi sofrimento pra ambos, pois seu filho chorava sempre de saudades de sua mãe, foi um verdadeira tortura ver seu filho sofrer, não iria passar por isso nunca mais,em sua vida.

Julia acordou se lembrando da noite passada " merda", chingou mentalmente,como poderia burra,e fraca a esse ponto, será que está tão necessitada há esse ponto? Claro que o elfo era lindo demais, alto forte, sedutor,e safado também,droga pensou,me deixei levar,por uma dança boba e uns beijos, a humana sentia vergonha de si mesma,deu um grito no travesseiro para abafar,bem na hora a serva entra com o café da manhã,se sentiu mais boba ainda,a elfa;

- bom dia senhorita Julia, desculpa o comentário,mais o general Astariel é lindo mesmo né. A humana pensou " mais que merda,ela nós viu"?

- bom dia,mas porque está me dizendo isso? Você viu alguma coisa? Perguntou curiosa a humana e a elfa;

- hã não, não senhorita, é que sinto mais o cheiro do general em você,do que seu próprio cheiro! Julia arregalou os olhos " mais que porra é essa?";

- como sim cheiro dele está em mim? Vocês sentem cheiro há esse ponto? - Perguntou desesperada e curiosa e envergonhada.

- Me desculpe pela sinceridade, mas provavelmente a senhorita esteve com o general essa noite ou talvez só o beijou intensamente, que o cheiro dele ficou em você, provavelmente o cheiro da senhorita está nele, bem forte, se quiser que os outros saibam , ele não irá tomar banho, que vão saber que esteve com a senhorita provavelmente, mas ninguém liga, pois general sempre se deita com varias, sempre está com vários cheiros diferentes, isso é normal para ele!

Julia se odiou mais ainda, o Elfo se deitava com várias, depois ostentava o cheiro das fêmeas como troféu,"Droga, burra!!!" precisava verificar se Astariel estava com seu cheiro ainda, iria fazer isso, não iria dar esse desgosto ao seu tio, essa vergonha saber que sua sobrinha, estava nós pegas com o general galinha. 

Continua...