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História Caminho de uma estrela - Atitudes estranhas


Escrita por: Kittyverdadeira

Notas do Autor


Já voltei!!! Cedo? Uma explicação: Comentários! Vocês são demais. Muito obrigada por comentarem e favoritarem. No capítulo anterior eu deixei dois erros para vocês tentarem descobrir.
_neverland_ parabéns e obrigada.
Como eu disse no começo dessa história eu falei que vocês poderiam opinar sobre algumas coisas que acontecerão, infelizmente alguns acontecimentos são irremediáveis e inevitáveis para o futuro.
Hoje começa uma das minhas partes favoritas da história, espero que gostem.
Boa leitura.

Capítulo 11 - Atitudes estranhas


" Sasori eu só posso te contar a verdade se me prometer que não vai contar a ninguém. " Falei olhando mos olhos dele, minhas mãos temiam e suavam, usei a barra do blusão que eu usava para enxugá-las.

" Pode confiar mim Sakura " Falou o Akisuma. Eu respirei fundo.

" Eu nunca tive amigos, bem, eu tive um mais foi ha muito tempo. Eu estudei em casa até meus oito anos, quando meus pais decidiram que eu deveria ir para a escola e conviver com outras crianças... " Parei de falar fechando os olhos e respirando fundo mais uma vez.

" Sakura não precisa me contar nada se não estiver pronta " Disse ele me fazendo sorrir.

" Acho que se não falar agora, não poderei nunca " Eu disse e sabia que era verdade. " Eu era muito tímida, era tudo tão novo pra mim, tinha medo de fazer ou dizer algo errado. Então eu ficava quietinha no meu canto " Precisei fazer uma pausa antes de continuar.

" Todos ficavam me olhando, eu era a garotinha que tinha cabelo rosa natural, quem nasce com cabelo dessa cor? " Perguntei retoricamente

" Natural? Sério?  " Peguntou sem tirar os olhos da minha cabeça. O vinco na testa dele o deixava engraçado, eu precisava tentar disfarçar

" Não Sasori, ele é dessa cor por eu ser tão espontânea " Respondi acidamente revirando os olhos.

" Nossa, quem te ver tão calma não imagina quantas patadas você me dá " Falou ele e eu não pude segurar a risada que escapou, Sasori se juntou a mim.

" Desculpe, é que as vezes tenho um gênio difícil " Falei e o ruivo ainda ria.

" Tudo bem eu prefiro você assim, mas gosto ainda mais quando você sorri " Falou me encarando

" Faço minhas as suas palavras " Tentei cortar o clima estranho que estava se formando, sem sucesso.

- Ótimo trabalho Sakura - Ironizava minha consciência, as vezes eu podia jurar que haviam várias versões minhas, e em uma coisa em que todas concordavam era que eu não passava de uma idiota medrosa.

" Eu acho legal, único. Você é perfeita " Falou e parecia sincero.

" Obrigada. Mas eles não achavam. A intenção dos meus pais era que eu fizesse amizades, achavam que daria certo. Estavam errados. " Falei enxugando o filete de lágrima que descia pelo meu rosto.

Lembrar me fazia mal, era como se estivesse revivendo tudo outra vez. Eu tentava ser forte  mas sabia que uma hora ou outra não iria conseguir manter a minha máscara no lugar.

Mas eu precisava daquilo, precisava desabafar, precisava tirar um pouco daquela dor que sentia. Mesmo que não mudasse nada, precisava pelo menos tentar.

" No começo eram só apelidos, mas com o passar do tempo as coisas foram piorando... Um grupo em específico ia atrás de mim constantemente. Me xingavam, me empurravam no chão, colocavam plaquinhas nas minhas costas... Sabe como me chamavam? Testa de marquise, estranha, esquisita, nerd, idiota, puxa-saco. Eles faziam eu me sentir a pior pessoa do mundo. " Fiz uma pausa tentando enxugar as lágrimas que dificultavam minha visão.

" Eu acreditava no que me diziam, chegava a acreditar que a culpa era minha, eu não conseguia fazer nada para impedir. Eu fugia... mas eles sempre me encontravam. Eu tentava não me importar... mas a cada ofensa me atingia. Você sabe como é viver com medo? Ter que mentir para os seus pais todos os dias? Agradecer por eles serem ocupados e não perceberem que todas as noites você adormece chorando e acorda com pesadelos? Sabe como é difícil tentar sorrir e parecer forte na frente de todos quando tudo que você quer é chorar e gritar? Sabe como é se sentir destruída? A pior parte é que ele... " Me detive, não consegui falar sobre Sasuke, doía demais.

" Exceto pelos professores e funcionários, todos os alunos de Konoha School sabem, a maioria deles ficam muito felizes me vendo ser humilhada. Alguns são piores que outros "

" Naquele dia que você ficou trancada na chuva, não foi um acidente, foi? " Perguntou Sasori, eu poderia tentar mentir, mas já tinha ido longe demais para voltar atrás.

" Não, eles me jogaram lá fora. Eu até pensei que me tirariam, só que foram embora sem olhar para trás. " Eu chorava sem conseguir me conter, abracei meu próprio corpo, era como se tivesse voltado para aquele momento, quase podia sentir o frio e o desespero.

" Por quê não contou ao seus pais? Eles poderiam proteger você " Falou ele, algumas lágrimas estavam nos olhos dele, eu não entendia.

" Falta pouco para acabar o ensino médio, então eu estarei livre, livre para ir embora e esquecer Konoha. Mesmo pais são tão incríveis e amorosos, eles ficariam destruídos s soubessem de tudo. Eu prefiro morrer agora do que vê-los magoados, eles se sentiriam culpados e eles não são. Meus pais são a única força, são a razão de eu continuar. Eu só... Eu só preciso aguentar mais um pouco. " Falei com a voz totalmente embargada e senti ele segurando meus braços me fazendo olhar para ele.

" Aguentar mais um pouco? Não Sakura, eles nunca mais vão encostar um dedo em você " Falou e tentei me afastar.

Meu coração estava chorando também, estava confusa, magoada e com medo.

" Sakura, eu te prometo que eles não vão mais te machucar, por favor olhe para mim. Você é a garota mais linda, forte, engraçada, inteligente e perfeita que já conheci. Não deixe que ninguém te faça sentir menos que isso. Você é hoa demais para estar passando por tudo isso. Odeio te ver chorando. " Falou e eu conseguia sentir que ele se importava,

" Por que você se importa? " Perguntei. Ele desviou os olhos eu não sabia o que fazer, só queria fugir.

" Eu me importo, não fuja de mim. Não vou contar nada. Me deixe cuidar de cuidar de você " Pediu ele " Só me deixe cuidar de você" 

" Eu estou quebrada Sasori, eu sinto como se tivesse sido partida em vários pedaços " Confessei. Eu não conseguia encará-lo " Eu só.. " Tentei dizer mas não consegui

Dei as costas ao ruivo, só consegui dar alguns passos. O Akisuma relutou em me soltar, quando eu olhei para trás e o vi chorando tudo parou.

Não tinha controle algum sobre meu corpo, simplesmente meus pés me levaram de volta para Sasori. Senti os braços dele me envolvendo e desatei a chorar.

Ambos choravamos - ele muito mais contido que eu, que se não estivesse sendo segurada pelo ruivo não estaria de pé.

Eu não conseguia deixá-lo, tentei ir embora, mas acabei voltando. Estar com ele me confortava e me trazia uma paz que só mais duas pessoas no mundo me faziam sentir.

" Eu vou cuidar de você " Prometeu e ao invés de tentar fugir, me aconcheguei mais a ele enquanto eu soluçava aos prantos.

Podia não fazer sentido. Podia não ser normal, mas Sasori no Akisuma estava se enraizando em minha vida de uma forma assustadoramente irrevogável.


                       •••

Eu chorei até as lágrimas secarem. Passei um tempo incontável agarrada a Sasori. Eu me senti meio cansada e ele me levou até meu quarto.

Lembro dele ter me colocado na cama e me coberto, antes de depositar um beijo em minha testa e sair pela porta.

Acordei com a voz da minha mãe, que junto ao meu pai velava meu sono. Olhei para o relógio e já era bem tarde.

Olhei para meus pais e ambos me olhavam com tanto amor que era impossível não ter esperança.

" Oi filha, como se sente? " Perguntou Mebuki 

" Bem melhor mamãe. Estou deitada desde que Sasori foi embora  " Falei, omiti a parte em que ele entrou em meu quarto, me colocou na cama me cobriu e me beijou na testa.

" E como foi seu dis princesa? " Perguntou Kizashi

" Libertador papai " Eu disse sem pensar muito. Ouvi eles rirem. " não comecem " Falei cobrindo meu rosto com as mãos para esconder a vermelhidão em minha face.

Uma parte minha estava feliz por não terem percebido nada. " Como foi o dia de vocês? " Perguntei sentando-me na cama.

Como estava com frio apertei o cobertor contra meu corpo para me aquecer. Minha atitude não passou por despercebida pela minha mãe que rapidamente foi até mim.

" Você ainda está com um pouco de febre o Inoichi passou um remédio " Falou ao colocar a mão em minha testa e em seguida saindo porta a fora.

Meu pai sentou-se em um lado da cama e segurou minha mão, " Não se preocupe papai, eu estou bem " Falei tentando confortá-lo. Ele sorriu levemente.

" Você é o mais importante para nós princesa. Sempre vamos nos preocupar. " Falou convicto, naquele momento eu tive certeza que havia tomado a decisão correta ao ocultar a verdade deles.

Alguns minutos depois minha mãe voltou com uma caixinha nas mãos sendo seguida pela senhora Thomas que carregava uma bandeja com uma jarra de água e um copo.

" Por favor senhora Thomas, mantenha ela sempre cheia, Sakura precisa se hidratar  " Pediu minha mãe.

" Sim senhora Haruno " Assentiu a mulher enchendo o copo e estendendo-o para mim. " Aqui menina " Disse gentil como de costume.

" Obrigada " Agradeci com um sorriso antes dela ir embora.

" Tome filha " Disse Mebuki entregando-me uma cápsula vermelha, engoli de uma vez com o auxílio da água, 

" Obrigada mamãe " Falei para ela. 

" Não há de quê querida. Daqui a pouco a senhora Thomas vem trazer seu jantar " Falou a minha mãe.

" Mamãe não quero ficar aqui, quero descer com vocês " Falei fazendo bico.

" Papai por favor, não quero jantar aqui " falei olhando para ele com meu melhor olhar de cachorrinho, era a única pessoa que poderia me ajudar com aquilo.

" Está bem querida " Falou ele se rendendo e eu sorri feliz.

" Obrigada papai " Eu disse e Kizashi retribuiu meu sorriso.

" Ela sempre te convence " Disse minha mãe balançando a cabeça enquanto sorria também.

" Como se ela não fizesse o mesmo com você " Retrucou na mesma hora.

" Credo quem ouve vocês falarem pensa que eu sou a rainha da manipulação. " Falei indignada mas incapaz de ficar irritada, mesmo eles rindo da minha cara. Eu mesma comecei a rir.

" Mas no momento que você se cansar você volta, entendido mocinha? " Alertou e assenti, não era nem louca de tentar contrariá-la.

" Sim senhora " Falei batendo continência meu pai riu e eu o acompanhei.

Alguns minutos depois ouvimos uma batida na porta. " Com licença, o jantar está pronto devo trazer para a senhorita agora? " perguntou a senhora Thomas.

" Não, ela vai nos acompanhar lá embaixo. Obrigada " Falou Mebuki gentilmente.

" Você não vai descer "  Falou meu pai e eu franzi minhas sombrancelhas

" Mas o senhor disse que eu podia. " Eu disse confusa.

"Porque eu vou te carregar " Falou ele antes que eu pudesse dizer qualquer coisa senti meu corpo sendo levantado.

Nós descemos as escadas gargalhando, com pais como os meus, era impossível não ter esperança.


                          •••


O final de semana passou rápido demais. Sasori não deixou de me visitar. Eu já tinha me recuperado e na segunda feira voltaria a Konoha School, eu estava apavorada mas não podia deixar que meus pais descobrissem a verdade.

O ruivo sabia o que havia me acontecido, não contei tudo. Não contei ao Akisuma sobre Sasuke, mas não foi por falta de confiança.

Pensar no moreno me machucava por isso falar sobre ele estava fora de questão. Eu passei tempo demais me torturando e precisava de uma desintoxicação de Sasuke Uchiha.

Tentava não pensar nele e graças a um certo ruivo eu conseguia. Sempre que algum pensamento ruim pairava em minha cabeça ele era expulso.

Era mais fácil deixá-lo, esquecê-lo e em alguns momentos eu quase conseguia.

Combinei com Sasori dele passar em minha casa para irmos a Konoha School juntos, não sabia se teria coragem de ie se não com ele. Por muitas vezes eu quase desisti mas sabia que podia confiar no ruivo e confiava.

Confiei plenamente quando me disse iria me proteger. Eu queria ser forte mas não era nada fácil. Não poderia viver daquela maneira para sempre.

Nunca mais deixaria que me fizessem de gato e sapato, nem deixaria que quebrassem meu coração de novo.

Me despedi dos meus pais, eles pareciam receosos sobre a minha volta, mas já estava recuperada e uma hora outra teria que voltar.

Andei a passos lentos até a porta, também tinha medo de que ele não aparecesse. Quando abri o ruivo já me esperava e não consegui conter o sorriso quando o vi.

Ele parecia mais lindo e mais misterioso a cada vez que eu o via. Não tê-lo por perto me fazia mal e não conseguia pensar nele indo embora. Balancei a cabeça.

" Bom dia Sasori" Falei ao me aproximar dele.

'' Bom dia Sakura, como estão seus pais? " Perguntou gentil.

" Estão bem e sua avó? " Perguntei.

" Está ótima, inclusive pediu para eu te lembrar daquele chá. " Disse ele me fazendo sorrir.

" Diga a senhora Chyo que assim que ela marcar eu apareço." Falei e ele abriu um lindo sorriso

" Espero que seja logo " Falou e eu ri levemente.

" Eu também espero " Eu disse e desviei o olhar dele.

Minhas mãos começaram a suar e enxuguei-as na barra do uniforme. Estava um pouco nervosa.

" Você tem certeza que está pronta para ir ao colégio hoje? " Perguntou o ruivo querendo confirmar

" Você vai estar lá comigo? " Perguntei

" Sempre " Respondeu imediatamente, meu coração pulava em meu peito.

" Então estou pronta " Eu disse e ele me deu um dos sorrisos mais lindos que eu vi na minha vida. " Vamos " Falei tentando esconder o rubor em minha face.

" Sakura, aquela garota ruiva faz parte daquele grupo? " Questionou. Eu demorei um pouco para respondê-lo.

" Sim " Eu disse e balancei a cabeça não queria pensar em Karin Uzumaki. Na verdade não queria pensar em nenhum deles e Sasori percebeu.

" Qual é mesma sua cor favorita? " Perguntou querendo me distrair eu sorri para ele agradecida.                                   

" Preto e vermelho " Falei e o ruivo me olhou estranho " da empate, não dá pra escolher só uma " ele sorriu.

" Então são duas cores favoritas. Tá valendo " 

" E qual é a sua? " Perguntei entrando na onda dele.

" Se você pode escolher duas eu também posso " lembrou ele.

" Sim você pode " Falei tentando fazer pose de séria.

" Verde e rosa " Falou e eu ri " Estou falando sério "

" Porque rosa e verde? " Perguntei divertida

" Seu cabelo, seus olhos. São as cores mais lindas que já vi. " Disse o Akisuma e juro que por um segundo meu coração parou.

" O-obrigada " Gaguejei sentindo face esquentar - aquilo estava ficando muito frequente -.

" Você está corada que fofinha " falou apertando levemente minhas bochechas, até o simples ato de respirar normalmente parecia difícil.

Mas eu sabia que ele só estava falando aquilo por eu tê-lo chamado da mesma forma quando estava nona hospital.

" Aff Sasori, eu sou tímida " Falei empurrando meu ombro contra o dele para descontraír e ele riu. Percebi naquele momento que amava a risada dele.

Entre brincadeiras seguimos pelo longo caminho até Konoha School - longo na maneira figurativa a  'cidade' era minúscula. -

Quando chegamos ao colégio demos de cara com os TDK - trogloditas de Konoha -, Sasuke e Karin estavam juntos todos eles nos encaravam.

Não demorou muito para que Sasori os associasse ao grupo que contei a ele. Vi o ruivo indo em diração a eles e puxei-o pelo braço.

" Vamos Sasori " Falei para ele

" Foram ele, são uns imbecis '' Falou olhando-os com raiva, eu não conseguia entender o porque dele agir daquela forma, nem era com ele.

" Vamos para sala, por favor Sasori " Basicamente implorei. O Akisuma olhou para meu rosto e viu meus olhos lacrimejarem.

" Tudo bem vamos. " Disse ele passando um braço ao redor dos meus ombros, era como se quisesse me proteger e algo me dizia que era aquela a intenção.

Mas eu não conseguía evitar sentir meu coração batendo contra minha  caixa torácica quando o tinha tão perto de mim.

Antes de saírmos do campo de visão deles, vi Sasuke fazer uma careta ao olhar para nós dois.

" O que você estava pensando? " Perguntei quando chegamos a nossa sala, éramos os únicos lá. Mesmo eu tendo me separado do corpo do ruivo, senti falta da proximidade

" Eles tem que pagar por tudo que te fizeram " Falou ele irritado.

" Não faça nada por favor " Pedi sem conseguir evitar as lágrimas.

* Não fique assim, eu não fazer nada. Mas juro que no momento que qualquer um deles tentar te machucar de novo eu não vou hesitar. " Avisou ele acolhendo-me em seus braços.

Ficamos abraçados até ouvirmos passos se aproximarem, então fomos sentar em nossos lugares.


                     •••

Os alunos de Konoha School não paravam de olhar para mim e como Sasori sempre estava ao meu lado percebeu.

 Ele usava os ombros largos como uma barreira, isso nos deixava ainda mais próximos. E a ideia de reclamar sequer passava em minha cabeça.

Todos os professores me receberam muitíssimo bem, eu corava, gaguejava o Akisuma ria, meus outros colegas me fuzilavam com os olhos. Um dia normal e costumeiro, nada conseguia me deixar chateada o ruivo aliviava tudo, as coisas ruins passavam quase imperceptíveis.

Uma parte minha queria voltar para casa mas perdia feio para a parte que queria ficar mais tempo com Sasori.

Ficamos grudados praticamente o tempo todo o ruivo até me convenceu a ir ao refeitório, coisa que eu fazia há muito, muito tempo.

Fomos liberados um pouco antes do horário normal. Sasori pediu para que eu o esperasse enquanto entregava alguns documentos a diretora Kurenai. 

Não iria demorar então eu o esperei, estava distraída quando ouvi meu nome ser chamado.

" Sakura " Falou a voz que eu conhecia desde que era criança. Levantei minha cabeça em sobressalto.

Estava muito assustada. " Se afaste de mim " Gritei quando comecei a a dar alguns passos para trás e o moreno continuar me seguindo.

" Sakura, por favor " Falou tentando se aproximar. Eu estava apavorada, eu não conseguia associá-lo ao cara do qual gostei pro metade da minha vida. Tudo o que eu conseguia ver era alguém que nunca mediu esforços para me machucar.

Algumas lágrimas desciam pelo meu rosto, meu medo era mais forte do que eu.

O que aconteceu em seguda foi rápido e totalmente inesperado. Sasori pulando em cima de Sasuke e socando a cara do Uchiha.

O punho do Akisuma descia furiosamente ele parecia fora de sí. Porém em um momento o moreno conseguiu inverter e começou a bater com força, no mesmo nível de descontrole.

Não suportei ver Sasori sendo machucado. Eu era pequena e provavelmente levaria a pior.



Parem gritei puxando Sasuke de cima de Sasori e me colocando no meio dos dois. No mesmo segundo se detiveram.

O Akisuma se levantou e meu coração estava quase saindo pela boca.

Olhava para ambos, meu coração batia desenfreado, O olho de Sasuke estava vermelho e sangrava um pouco e sem dúvida ficaria roxo. Não gostei de vê-lo daquela maneira. Análisei-o não havia outras marcas visíveis.

Então olhei para Sasori e foi aí que me desesperei. O canto da boca dele sangrava assim como o supercílio. O tempo parou eu olhei mas uma vez para Sasuke. 

Foi como um choque.

Eu percebi. 

Não havia outra escolha.

" Sasori por Kami " Falei e corri até o ruivo " 

" Sakura eu tô bem " Disse ele tentando me tranquilizar

" Céus, olha pra você. Não está nada bem "

Envolvi o rosto do ruivo com minhas mãos, analisando cada pedaço de pele, algumas lágrimas escorriam por minha face.

Sasuke olhava mortalmente para o Akisuma que retribuia sem se intimidar. Ambos tinham quase o mesmo porte só que o ruivo era im pouco mais musculoso - depois perguntaria a ele se ele tomava bomba ou algo do tipo.

Notei que muitas pessoas estavam nos olhando - um bando de pessoinhas desprezíveis - gritou uma voz em minha cabeça.

O Uchiha desviou os olhos para mim e parecia magoado, eu devia mesmo estar louca.

Os olhos ônix revesavam entre meu rosto e minhas mãos em Sasori, aquilo já estava ficando estranho demais.

Decidi dar um basta naquela palhaçada de uma vez. Dei as costas a Sasuke e sai puxando o Akisuma pela mão - que era pelo menos duas vezes maior que a minha -

O ruivo não hesitou em me seguir e seria uma grande mentira se eu dissesse que não gostei do fato dele não ter me afastado.

Naquele momento vi o perigo chegar e não fui capaz de impedir. Sasori estava despertando muitas coisas em mim, sentimentos que eu não conseguia compreender.

Levei-o para o banheiro abandonado, funcionava como qual quer outro mas por algum motivo ninguém aparecia.

" Por quê fez aquilo? Por quê Sasori? " Perguntei

" Relaxa ele está bem. " Falou revirando os olhos

" Mas você não está. " Falei e ele me olhava de um jeito diferente. " Eu já estou acostumada, iria sobreviver. " deixei os meus ombros caírem.

" Eu não ia deixar que ele te machucasse de novo " Retrucou ele, minhas lágrimas caíam sem pausa ou controle.

" Não me deixa " Pedi com os olhos fechados.

" Nunca, mesmo que me destrua, eu não vou te deixar. " Falou ele era como se suas palavras o cortassem.

Abri meus olhos e quando ia pedir para que ele me explicasse, lembrei do machucado do ruivo que ainda sangrava.

Com um lencinho que achei em minha mochila molhei-o e coloquei por cima da pele branca e macia. Um verdadeiro anjo Ele não fazia caretas de dor o que me deixou aliviada.

Ainda assim sabia que ele estava daquela forma por minha culpa. Eu deveria afastá-lo para protegê-lo mas eu era egoísta demais para abrir do meu anjo.

Por mais que tentasse não conseguia me arrepender de ter ido em direção ao Akisuma. Talvez nuncae arrependesse.


                        •••


Quando cheguei em casa meus pais ainda não tinham voltado do trabalho. Subi direto para meu quarto, precisava de um longo banho

Pendurei minha mochila em um canto faria o dever de casa outra hora. Tirei o uniforme substituindo-o por um roupão vermelho.

Depois fui para o banheiro e liguei a torneira para encher a banheira. Antes de entrar mo banho decidi mandar uma mensagem para o ruivo.

* Pode vir aqui em casa? * Pensei em desistir mas não foi o que eu fiz.

Esperei alguns minutos mas nada de resposta, balancei a cabeça tentando não ficar chateada. Havia passado muito tempo com ele.

Alguns minutos depois de tomar banho e de vestir uma roupa confortável. Me joguei na minha cama peguei o aparelho em minha mão.

* Claro, chego aí em duas horas * Foi o que e escreveu. Eu sorri como se tivesse ganhado o maior presente de todos e talvez fosse mesmo.

Sasori no Akisuma estava quebrando minhas barreiras. Uma por uma todas elas estavam sendo derrubadas.

Amar tinha um preço, eu sabia.

Eu já tive meu coração quebrado antes, valia a pena me arriscar e ser magoada de novo?



Notas Finais


Então é isso por hoje.
O que acharam? Foi muito ruim?
Lembrem-se de responder nos comentários: A Sakura deve se dar uma chance a amar?
Me falem e desculpem os erros. Logo logo corrijo.
Até o próximo. Bjs amores e comentem rsrs


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