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História Caminhos do Amor (Romance Lésbico) - Vamos Equipe!


Escrita por: bcosta03

Notas do Autor


Hey Amybetes,

Mais um pra vocês. Na editora estou indo para o 61. Então daqui um tempo teremos capítulos semanais aqui ok?

Boa leitura :)

Capítulo 57 - Vamos Equipe!


POV NARRADOR

O clima fresco e tranquilo da noite na Barra da Tijuca era um total contraste com a empolgação vinda do apartamento de Dani, onde agora, o Clube da Operação AMEBA estava oficialmente formado. Apesar das brincadeiras e das diferentes personalidades das mulheres ao redor da mesa, o objetivo estava traçado. Nenhuma delas estava disposta a permitir que a bruxa da ex-sogra de Amy tivesse êxito em acabar com o romance tão bonito de Amybel. É claro que a missão pensada por Amy necessitaria de alguns ajustes entre elas, mas nada que não pudesse ser resolvido. A guerra estava apenas começando.

           

            E elas, definitivamente, não queriam perder.

           

- Espera, deixa ver se eu entendi - Ana disse com a voz abafada pela pizza que ainda comia - Nós vamos armar para a bruxa para chegar ao tal chefe correto? E a ex da minha cunhada aqui, que estava no lado inimigo, vai ajudar nisso?

           

- Exato! Amy respondeu.

 

- E você não acha isso arriscado? Confinar nela? Lina perguntou a Isabel com o tom suave.

 

- Acho. Mas não é como se tivéssemos muita escolha e além do que, aparentemente, meu sobrinho está doente e morrendo… - O tom de voz da loira abaixou instantaneamente. Ela não conseguia parar de pensar que ele era apenas uma criança indefesa com pouco tempo de vida - Ela é mãe, então penso que ela foi sincera quando disse que nos ajudaria em troca da cirurgia.

 

            Amy acariciou a mão da namorada por cima da mesa. Ela também sentia pela criança, mas ainda assim não podia apenas pensar nisso agora. Tinha a segurança da mulher que ela amava em jogo e quem sabe de sua família também. Ela precisava defender os seus, assim como Milena fez. Embora ela não pretendesse passar por cima de ninguém para isso, também não deixaria as coisas fáceis demais. Sônia não tinha escrúpulos e ainda por cima estava aliada com alguém pior que ela. A morena deixou-se levar por seus pensamentos. Sua mente extremamente intrigada em quem seria o misterioso chefe por trás de tudo isso. Ela não tinha inimigos declarados, exceto claro, pelo ex-noivo e a ex-sogra. E Isabel? Quem teria ódio de Isabel assim? Ela era um anjo, uma pessoa encantadora e maravilhosa. Quem diabos teria alguma coisa contra ela?

 

- Acorda Collins! - Carla jogou um guardanapo amassado na testa da amiga e todas riram - Tá perdida na sapatolândia ou o quê? Amy revirou os olhos fazendo Isabel rir.

 

- Não enche Carlão… Estou apenas pensando.

 

- E desde quando você faz isso? A amiga rebateu, com uma expressão sarcástica e Amy fez uma careta encarando Lina em seguida, enquanto as outras riam pela interação sempre baseada em tapas e beijos das amigas.

 

- Como você aguenta este ser? Perguntou a Lina ignorando a amiga.

 

- Sabe que às vezes nem eu sei? Lina respondeu divertida enquanto sua esposa abria a boca em descrença.

 

- Amor! Carla rebateu indignada e todas riram.

 

- Oucht! Amy sorriu vitoriosa e Carla jogou-lhe outro pedaço de guardanapo amassado na testa.

 

- Tá legal Tom e Jerry, menos briga e mais ação. Já estamos a duas horas comendo feito loucas e ainda não traçamos concretamente o que vamos fazer. Ana rebateu comendo outro pedaço de pizza.

 

- Na verdade você está comendo feito louca Ana. Amy repreendeu a irmã que apenas continuou comendo.

 

- Pra onde vai toda essa comida cunhada? Isabel riu do fato da mais jovem não parar de comer.

 

- O que eu posso fazer cunhadinha? As mulheres me tiram muita energia diariamente e eu sou realmente muito boa em retribuir. Piscou para a loira ao mesmo tempo em que ganhou uma tapa no braço da irmã - Ei! Isso doeu mana!

 

- Aquieta o facho pirralha e vamos começar esse plano logo! Lina já está ficando cansada e está ficando tarde também.

 

- Oh, não se prendam por mim. Enquanto houver comida pra dois nesta sala estou de acordo em ficar. A esposa de Carla brincou alisando a barriga e ganhando um meio abraço de Isabel.

 

- Exatamente! Meu afilhado é prioridade.

 

            Dani pediu um momento, chamando sua empregada em seguida e cochichando alguma coisa pra ela. A mulher se retirou logo depois, enquanto todas acompanhavam a interação em silêncio. Quando retornou a mesa onde todas estavam reunidas, os cinco pares de olhos atentos e curiosos aguardavam que a mulher explicasse.

 

- O quê? Pedi apenas mais pizza e sorvete. Do jeito que a Ana come, vamos precisar de alimento extra aqui.

 

- Não posso fazer nada se você é solteirona e não tem onde gastar energia.

 

Ana rebateu novamente com a voz abafada devido ao novo pedaço de pizza em sua boca. Dani olhou para Amy e a troca de olhares entre as duas foi o suficiente para armar o ataque a menor. Carla, Lina e Isabel se entreolharam, percebendo que as outras duas amigas haviam combinado algo maquiavélico em silêncio após pequenos segundos de olhares trocados. As três tentaram reprimir o riso, quando Dani soltou os cabelos castanhos e longos deixando-os cair por sobre os ombros e abriu três botões da camisa social que usava. Aproximou-se da menor como uma felina, enquanto ela estava alheia a armação a sua volta e concentrada em devorar uma pizza de banana extremamente suculenta.

Dani deixou que seu dedo indicador começasse a deslizar pela mão de Ana delicadamente e fosse descendo por seu punho e braço. Quase que em câmera lenta, os olhos azuis da menina ruiva subiram para encarar a melhor amiga de sua irmã, encontrando um sorriso safado nos lábios dela. Ana engoliu em seco, se sentindo uma presa prestes a ser devorada por uma pantera. Ela olhou para as demais amigas e para irmã na mesa, que fingiam uma expressão de surpresa com a atitude de Dani.

A mulher continuou deixando seus dedos escorregarem pelo braço de Ana e andou ainda mais para perto dela.

 

- Bem, sobre isso, você sabe… Eu tenho uma certa curiosidade em descobrir se é mesmo tão bom ficar com uma mulher já que obviamente todas ao meu redor estão tão felizes assim.

 

A voz arrastada, rouca e sexy de Dani fez Ana arregalar os olhos e engolir em seco o pedaço de pizza que degustava. Ela largou a fatia no prato sentindo-se nervosa. As bochechas ruborizaram deixando toda autoconfiança da menina desaparecer de repente. As amigas ao redor tentavam reprimir o riso e manter a expressão de surpresa. Amy passou a pensar em fórmulas aritméticas para reprimir o riso que estava preso em sua garganta. Ela estava prestes a estregar a brincadeira vendo o quão hilário era sua melhor amiga desarmar a caçula dos Collins.

 

- Co-como as-ssim? Ana gaguejou, sentindo-se acanhada pelo olhar penetrante de Dani.

 

- Eu não sei, eu só queria experimentar e você parece ser uma ótima opção. A mais velha sentou ao lado da caçula praticamente debruçando-se pra cima dela. - Não acha?

 

- Por-porque eu?

 

- Você é linda e irmã da minha best. E além do mais eu to bem curiosa pelo fato de você ter tanta energia enquanto eu só, sabe, sou uma solteirona condenada a viver sozinha. Dani mordeu o lábio, sensualmente e Ana arregalou os olhos. O coração da jovem batendo forte de nervoso, as palmas da mão suando de leve, enquanto as demais amigas - ou nem tanto assim - na mesa levavam a mão na boca para reprimir o riso.

 

- N-não. Que isso, você não é solteirona e encalhada não. Porque diz isso?

 

- Você quem disse isso segundos atrás e acho que tem razão. Mas talvez você possa mudar isso.

 

- Eu não quis dizer isso literalmente, quer dizer, eu estava apenas brincando. De-desculpe Dan…

 

- Que pena… Eu achei que finalmente eu poderia parar de imaginar e ver como realmente é. A voz sexy de Dani fez Ana novamente arregalar os olhos e agarrar a toalha na mesa em reflexo.

 

            Então, todas ao redor, não conseguindo mais reprimir o riso explodiram em uma gargalhada sincronizada e alta, assustando a ruiva que após sentir as bochechas ruborizando, finalmente percebeu que foi vítima de um trote em conjunto. Dani já gargalhava ao lado dela, refazendo o coque em seu cabelo e abotoando a blusa de novo. A menor sentiu a raiva queimar seu rosto e quis literalmente esfregar a cara de cada uma na pizza, embora realmente fosse um desperdício jogar pizza fora com a cara delas.

 

- Suas filhas de uma… Eu vou acabar com vocês! Vai ter volta ouviram?

 

            E depois de um bom tempo nessa interação, finalmente começaram a arquitetar o plano que seria posto em prática na próxima semana com a ajuda de Milena.

 

            No entanto, enquanto ajudava as amigas, Ana olhou para Dani perguntando-se até que ponto a melhor amiga da irmã era realmente curiosa a respeito de se relacionar com outra mulher. Ela nunca tinha reparado o quão sexy e intimidadora a mais velha lhe parecia. Mas sendo sapeca e totalmente segura de si como era - exceto quando Dani inexplicavelmente a deixou nervosa - decidiu que tiraria aquela história a limpo. E se no final das contas Dani recuasse, a desculpa de que estava apenas dando o troco seria perfeita.

            Arqueando a sobrancelha e expondo um sorriso travesso nos lábios, a caçula dos Collins sorriu para si mesma.

 

            Estava no sangue dos Collins ser determinado e Dani devia ter se lembrado disso antes de mexer com fogo.

 

 

*****

 

            Algumas horas depois, Carla e Lina voltaram para casa já cientes de seu papel na operação da próxima semana. Dani e Ana ainda acertavam alguns detalhes na sala enquanto Amy e Isabel se afastaram um pouco, indo para a varanda do segundo andar. Elas ainda não tinham tido tempo de ficarem mais próximas depois que Milena apareceu no apartamento e as coisas pareciam ter mudado tanto após isso, que tudo que elas precisavam era de um tempo a sós.

            A morena puxou sua namorada para seu braços, envolvendo o corpo magro na altura dos ombros enquanto a loira abraçava-lhe a cintura e recostava o rosto na curva de seu pescoço. A noite estava límpida e fresca, o céu estrelado e a lua brilhante. Um leve cheiro de maresia sondava ao redor delas, tornando o ambiente ainda mais agradável. A maioria das casas já estava apagada pelo horário e tudo que elas ouviam era a batida do próprio coração.

            Amy fechou os olhos, feliz com a sensação de ter sua namorada em seus braços. O cheiro, a textura da pele, a maciez dos cabelos loiros tocando sua face fazendo-a se sentir em casa. Isabel recostou seu nariz no ponto de pulso da morena, inalando seu cheiro cítrico profundamente e suspirando em seguida. Ela ainda pensava que quase perdeu Amy por uma armação estúpida e que se Milena tivesse obtido êxito ela provavelmente estaria envolta em um dor inimaginável agora. A dor de perder uma pessoa que amava por uma traição que nunca existiu. Como que por reflexo, os braços longos de Isabel apertaram a morena com um pouco mais de força, trazendo-a para ainda mais perto, como se isso fosse possível. Era quase que um mecanismo de defesa ou uma forma de certificar-se que sua namorada não iria a lugar nenhum.

 

- Eu não consigo parar de pensar que quase perdi você hoje amor… A loira sussurrou abafado - E honestamente, ainda estou com medo de perder você.

 

- Isso não vai acontecer. Amy entendia a insegurança de Isabel porque no fundo também se sentia assim, mas ela não costumava demonstrar suas fraquezas tão facilmente. - Porque sente isso?

 

- Ainda não confio totalmente em Milena e não sei o quão perigoso esse chefe, se ele existe de fato, possa vir a ser. E ainda tem Sônia que depois de hoje provou que não tem limites.

 

- Eu sei que tudo parece desfavorável, mas confie em mim ok? Isso tudo vai acabar logo. Em uma semana estaremos livres e vou poder exibir você em todos os lugares. A loira acabou rindo com o entusiasmo nítido na voz de Amy. Ela também estava doida para poder andar de mãos dadas com ela e poder fazer todas as outras coisas que um casal de namorados normal faz.

 

- Por acaso sou um troféu para ser exibido Amy Collins? Brincou, apenas para ouvir a voz gostosa da namorada ressonar em seus ouvidos.

 

- Você é! É o troféu mais importante da minha vida. Você é literalmente a minha grande vitória.

 

            A loira elevou a cabeça para encarar o mar azul a sua frente. O tom dos olhos de Amy estava um pouco mais claro que o anil do céu, criando um constrante em tons de azul que parecia tocar a alma de Isabel. Ela sorriu um daqueles sorrisos que lhe rasgava toda face e que causava palpitações espontâneas no coração de sua namorada. Amy sorriu de volta, incapaz de não retribuir aquele sorriso que ela amava tanto em Isabel. O azul misturou-se com o verde, criando uma cor única. O brilho nos olhos de ambas parecia competir com as estrelas acima delas. Os corações ritmados e acelerados pareciam conversar entre si enquanto tocavam a canção do amor em harmonia.

 

- Eu te amo Amy.

 

- Eu também te amo Bel...

 

            Os lábios se aproximavam até se chocarem em um beijo apaixonado e cheio de promessas. As línguas acariciavam-se, degustando o sabor e textura que tinham, explorando cada canto da boca. Isabel virou-se de frente para a namorada, enlaçando os braços ao redor do seu pescoço enquanto Amy abraçava sua cintura com força, incapaz de permitir qualquer espaço entre elas. Isabel sugou o lábio inferior da morena, mordendo-o de leve apenas para invadir a boca dela novamente com sua língua. Amy inclinou o rosto com o gesto, deixando o beijo se aprofundar a ponto de sua língua invadir inteiramente a boca carnuda e incrivelmente deliciosa da loira. Elas suspiraram em um gemido baixo e abafado assim que o beijo se intensificou. Os corpos esquentando e a vontade de explorarem cada centímetro uma da outra crescendo como chama no ventre e fluindo na corrente sanguínea de tal forma que a pele se aqueceu, mesmo sob a brisa fria da noite.

 

            Ali, os dois corações batiam juntos, as bocas devoravam-se em sincronia e as almas se reconheciam. O amor podia ser visto de longe e as estrelas e a lua admiravam em silêncio um beijo de amor verdadeiro criar mais uma história da qual elas participavam. Dentre os inúmeros contos de amor já ouvidos no universo, aquele podia ser desconhecido para muitos e ainda assim era tão forte quanto qualquer outro.

 

- Dorme comigo essa noite, foge comigo, mas, por favor, não me deixa amanhecer sem você. Isabel sussurrou ainda ofegante, com os olhos fechados e os lábios quase colados no de sua morena.

 

- Mesmo que você não me pedisse jamais deixaria você hoje. Eu preciso de você Isabel. Eu acho que sempre precisei de você. Desde quando te vi a primeira vez, eu no fundo senti que tudo mudaria.

 

- Eu também tive essa sensação, embora a tenha reconhecido de imediato.

 

- Eu muito menos. Você sabe que o amor não era algo que fazia parte do meu dicionário de relacionamentos.

 

- E agora ele faz?

 

- Sim.

 

- E se eu fosse ler o seu dicionário, qual descrição de amor estaria escrito nele? A loira encarou os olhos azuis e Amy não sorriu. Ela apenas olhou sua mulher de volta, o brilho em seus olhos tão intenso que podia perfurar a alma de Isabel. A verdade do que sentia simplesmente lhe escapando pela boca sem controle. 

 

- Sentimento que nos torna melhores, que afasta nossos medos. Motivo pelo qual a vida só tem sentido ao lado daquela pessoa. Vontade de ficar o tempo todo perto. Certeza de que os sonhos se tornam realidade quando se tem fé neles. Admiração, carinho e respeito. Sensação de completude.

 

            Os olhos marejados de Isabel e seu sorriso, mostravam o quanto ela estava emocionada com as palavras de Amy e a sinceridade quase palpável em cada uma delas.

 

- Mas teria um significado principal sabe, aquele que sempre vem descrito no ‘número um’ no dicionário.

 

- E qual seria? Isabel perguntou enquanto uma lágrima de felicidade escorria por sua bochecha.

 

- Seria: Isabel Aguillar.

 

            E ali, sob o olhar admirado da Lua e das estrelas, um novo beijo selou aquelas confissões que se fortificavam a cada dia no coração delas. Ainda haviam obstáculos, desafios, incertezas e talvez até perigos pela frente.

 

            Mas dizem os sábios, que aqueles que amam são capazes de tudo. E que no final, o amor sempre vence.

          "Seria mesmo verdade?" Pensou a lua enquanto olhava as mulheres apaixonadas beijarem-se como se não houvesse amanhã.

            Bem, se fosse, certamente elas tinham todo potencial para provar essa teoria. 


Notas Finais


Então como estamos?

Estamos próximos do confronto com o chefe! Fiquem ligadas rs

beijos e até o próximo


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