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História Caminhos que nos aproximam... - Capítulo 4- Tudo novo


Escrita por: PriscilaOliver

Notas do Autor


Camila mal chegou na cidade e já se depara com certas situações...

Capítulo 4 - Capítulo 4- Tudo novo


Fanfic / Fanfiction Caminhos que nos aproximam... - Capítulo 4- Tudo novo

Chegamos lá cedo, mas para mim demorou uma eternidade, minha vó estava nos esperando na porta, o seu rosto brilhou quando nos viu descer do carro e logo atrás o caminhão da mudança, nosso semblante era pura felicidade, mas me sentir culpada por me sentir feliz, dadas às circunstâncias que nos trouxeram até aqui, abraçamos nossa avó e fomos tirar as caixas e os móveis do caminhão e colocá-las dentro de casa, para depois arrumar as nossas coisas no lugar.

O caminhão saiu e entramos para colocar nossas coisas no lugar, todos estavam muito felizes fomos almoçar para após terminar de colocarmos as coisas em seus devidos lugares, no final do dia estávamos exaustos, mas estava quase tudo no lugar, agora finalmente pude ver um sorriso no rosto da minha mãe, agora que ela estava cercada por pessoas que a amam e a apoiam, finalmente pude ficar mais aliviada, fomos tomar banho, jantar e descansar, porque muitas coisas novas nos esperam a partir de hoje, eu mal posso esperar por isso.

Acordamos na manhã seguinte e minha mãe nos disse que já ia atrás de um colégio para mim e meu irmão estudarmos, já que o ano letivo estava para começar, isso nos deixou bem ansiosos, por que nem nos demos a perceber que as férias já estavam acabando, tomamos café, arrumei o que tinha de ser arrumado e fui brincar com meus primos.

Não Foram poucos os que se aproximaram para conversar sobre o ocorrido com meu pai, muitos ficaram felizes de virmos morar aqui, o que eu tive de suportar ouvir durante todo o dia, mas confesso que estava ansiosa mesmo era para ver o Nando, na confusão da mudança, nem deu tempo vê-lo ontem, mas hoje, alguém que já me viu, deve ter avisado a ele, espero que sim.

Um pouco antes do almoço, mamãe chegou, eu e o Carlos corremos de encontro para sabermos onde iremos estudar, mas não ficamos na mesma escola, porque meu irmão cursava o fundamental 1 e eu já estava no 9° ano, mas o que me deixou bem contente foi saber que estudaria na mesma escola que minha prima, Milena, mas primeiro, quero aproveitar essa última semana de férias, meu irmão ficou no mesmo colégio do meu primo, estava tudo resolvido, a nossa nova vida já estava na nossa frente, só esperando ser vivida.

A noite, fui para a rua sem saída, com a Milena, onde nós brincávamos e de longe já avistei o Nando que sorriu ao me ver e foi ao meu encontro, me abraçou discretamente e fomos conversar, ele me perguntou detalhes de como tudo aconteceu e depois de fazer um breve resumo, contei que viemos para residir e que começaria a estudar na próxima semana, na escola Vale Verde e o Carlos ele ia para a Escola João Rodrigues, ele esboçou um sorriso que me fez corar, por que ele tem um belo sorriso, ficamos namorando um pouco de olho, para ver se não aparecia ninguém.

- Nando, bom... Já que eu estou morando aqui, você bem que poderia pedir a minha mãe para namorarmos sério, não acha?- perguntei a ele que ficou bastante surpreso com minha pergunta e me disse que iria pensar, porque tinha medo do que minha mãe lhe diria, pois somos muito novos, e para completar, ele era um ano mais novo do que eu, ele com 13 e eu, 14... Fiquei um pouco frustrada, mas dei a ele o tempo que ele precisasse, afinal, éramos muito novos e não sabia como minha mãe iria reagir.

Dada algumas horas ali, fui para casa com Milena e Carlos, mas estava triste pela conversa que tive com o Nando, desabafei com minha prima que me disse que era normal ele reagir daquela forma, já que tudo era recente para ele, mas embora ela me dissesse aquilo, não entendi o porque dele hesitar. Não é normal pessoas que se gostam, quererem ficar juntos? Eu entendi mas não aceitei, quando chegamos em casa, conversamos mais um pouco e fomos dormir, aquela conversa passou e repassou na minha cabeça por vários minutos até eu ver minha mãe entrar no quarto.

-Ué filha, ainda acordada? Pensei que já estivesse dormindo...- ela me perguntou, sentado na cama. - E aí, muito ansiosa pela escola? Está feliz por estar aqui onde sempre quis morar?- ela sorriu, eu retribui o sorriso, respondendo um “sim” duplo e vi que, embora ela estivesse triste, já tinha aceitado o fato da morte do meu pai e agora queria seguir em frente.

Me sentei, segurei na sua mão e sorri:- Mãe, vamos ficar bem, estamos juntos, você está cercada de pessoas que te amam e que querem te ver sorrir outra vez, isso vai passar, a dor vai passar, pode contar conosco, estamos com você!- ela se emocionou, nos abraçamos, choramos as duas, voltei a deitar e ela também o fez, agora sim, eu estava mais aliviada, sei que nos ergueremos e superaremos qualquer coisa que surgir se estivermos unidas como uma verdadeira família.

Passamos a semana em preparativos para a nova escola, comprando fardas e o nosso material escolar, confesso que estava bem ansiosa para chegar logo nosso primeiro dia na escola nova, também estava animada para saber o que o Nando diria, pois já tem vários dias que ele está “pensando”, eu gosto dele e tudo, mas não estou confortável ficando com ele às escondidas, não me sinto bem tendo que guardar meus sentimentos para mim. Queria poder conversar abertamente com minha mãe sobre isso mas estou de mãos atadas enquanto ele está indeciso.

A noite, fui me encontrar com ele, como sempre, ficamos conversando conversas bobas e ele nada de falar sobre o que realmente importava, já estou me cansando dessa situação, não gosto de ver uma pessoa tão indecisa assim sobre algo tão simples, porque se ambos se gostam, quererem ficar juntos é mais do que normal. Isso me fez começar a duvidar dos sentimentos dele por mim.

-Nando, eu queria te perguntar uma coisa.- decidi por fim perguntar algo, ele me olhou com uma cara, até surpreso.

-Diga, o que você quer perguntar?- hesitei um pouco, mas o meu desejo de saber era mais forte.

-Você me ama?- ele se surpreendeu com a pergunta.

-Que tipo de pergunta é essa? É claro que sim!- respondeu sorrindo.

-Então porque não foi pedir a minha mãe para namorarmos sério?- ele levou um susto.

-Calma, Camila! Tudo tem seu tempo, eu vou fazer isso sim! Só preciso de tempo...- ele respondeu hesitante.

Eu me levantei da cadeira: -Você já teve uma semana para pensar nisso e ainda me pede mais tempo?! Fala sério!- me virei para sair ir para casa, ele ficou lá sentado, nem ao menos veio atrás de mim para me dizer algo, qualquer coisa que mudasse o que eu estava pensando dele, mas não, ele não veio e isso doeu, muito...

Voltei sozinha para casa, o que fez até minha mãe me perguntar o motivo de ter voltado mais cedo para casa, isso me doeu o peito e tive que virar o rosto para ela não me ver chorar:- Não, é que hoje eu quero dormir mais cedo, amanhã vai começar as aulas e eu quero que amanhã chegue logo.- e fui para meu quarto, me deitei na cama, e fiquei horas pensando sobre isso, acho que o quê ele sente por mim não é amor, se fosse ele não hesitaria tanto, afinal, minha mãe já sabe de nós, ela já espera isso, para falar a verdade...

              Será que estou sendo muito precipitada? Não acho que estou errada em querer trazer à tona o que sentimos um pelo outro, aí, essa história de amor é complicado quando os dois estão com pensamentos diferentes. Custei a dormir vi a hora em que todos foram dormir, as luzes se apagaram e eu lá, acordada, sem sono, fiquei pensando até adormecer, era madrugada já.


Notas Finais


Muitas novas emoções na nova escola...pessoas novas...tudo novo...era o que ela mais queria...


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