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História Canções Perdidas - Capítulo 3


Escrita por: GiuBlue

Notas do Autor


Oi gente, tudo bem? Então aqui vai outro capítulo fresquinho pra vocês. Ele tá meio... Revelador. kkkkkk Vocês vão gostar tenho certeza. Enfim, boa leitura leitoras.
Ps: Bem Vindas novas leitoras!
Ps2: Antes de qualquer coisa, ou qualquer personagem que eu colocar na capa, esse desenho retrata melhor do em qualquer outro lugar a Lika. :P O que vocês acham?

Capítulo 4 - Capítulo 3


Fanfic / Fanfiction Canções Perdidas - Capítulo 3

- Certo. - Suspirei para mim mesma. - Vai dar tudo certo. 

 Falando sério, "aquela" criatura que todo mundo falava, talvez não existisse, mas que eu tinha medo tinha. Era como o lobisomem, ou chupa cabra, vampiro da história da família. A questão era que ninguém nunca havia visto aquela coisa. Ninguém sabia como era ou algo do tipo. O que só fazia com que o medo aumentasse, em principal esse sendo o único jeito de chegar até o meu pai. Coloquei a mochila nas costas e subi em Chica. A égua branca manchada de marrom, não estava calma como normalmente ficava. Ela parecia pressentir que algo iria acontecer. Eu não gostava nada daquilo. Cavalo sentia de tudo, tudo mesmo. Se Chica-rosa não queria ir... Então alguma coisa tinha ali.

 - Então, pronta? - Perguntou Adam manobrando Negão a ficar do meu lado.

 - Nem um pouco.

 - Vai dar tudo, você vai ver.

 - Se não der eu te mato, juro por Deus. - Ele riu.

 - Calma, você não sabe que minhas ideias dão sempre certo?

 - Dão certo por que eu ajeito tudo, se ficarmos de acordo com seus planos dá tudo errado. 

 - É por isso que você tá aqui.

 - Engraçadinho.

 - Vem vamos sair devagar sem fazer barulho pra não acordar ninguém. Depois a gente começa a correr.

 - Ok.

 Nós começamos a cavalgar bem devagar para fora da sede tentando ao máximo não fazer barulho. Havíamos colocado jeans escuros e casacos pretos para nos camuflar a noite. Imagine se nós fôssemos pegos? Pois é, tem que se pensar em tudo. Como sempre eu havia feito uma longa trança amarrada com uma fita preta. Quando percebemos que se podia fazer barulho começamos a correr, e realmente... Foi a pior corrida que já fiz. O medo de que alguém acordasse e percebesse que eu havia fugido era terrível. Óbvio que deixei um bilhete em cima da cabeceira explicando tudo, mas nada, além disso. Com toda certeza mamãe iria pirar. 

 - Lika Estamos chegando perto da estrada.

 - Já?

 - Hum-rum. Não se afasta tanto. - Ele falou. Choraminguei um pouco.

 - Como se eu fosse. 

 Aumentando a velocidade nós finalmente chegamos à estrada. Olhando de perto não era tão assustador. As pedras eram tipo... Paralelepípedos, ninguém sabia como ela foi feita ou por que fora feita. Já estava pronta quando minha família chegou. Os vizinhos diziam que era uma ligação mal feita, era um projeto da cidade, mas havia sido abandonado. Certo... Não parecia tão intimidador. Na metade do caminho eu já estava mais calma. O barulho do rio dava um aconchego maior. Até...

 - Lika. Espera, vamos parar eu quero me aliviar um pouco. - Olhou para o Adam com meu pior olhar matador. 

 - Cara! Sério que você quer parar aqui? 

 - É né? Vou parar aonde no rio?

 - Pô Adam! Não acredito nisso não! - Resmunguei. - Segura esse negócio meu filho!

 - Não dá! Tô quase mijando nas calças.

 - Não dá pra aguentar só mais um pouco?

 - Você escutou a parte "tô quase mijando nas calças"?

 - Ah! Hoje é o meu dia! - Resmungou de novo. Adam parou seu cavalo e logo eu também o fiz.  Descemos e amarramos eles em um tronco.

 - Aproveita e bebe um pouco de água e come umas barrinhas de cereais. Só não saia de perto do rio.

 - Certo. Agora vê se não demora magrelo eu não quero ficar aqui por muito tempo não. - Ele e entrou dentro da mata sorrindo do meu medo. Peguei uma das muitas barrinhas de cereal e fiqui do lado de Chica. - Xixi! Como uma pessoa pode ter vontade de mijar num lugar desses?! - Conversou com ela de boca cheia e revoltada. - Argh Chica! Ele tem problemas, sério mesmo. - Acariciei a cabeça dela. - Eu espero... Sinceramente que nada apareça aqui.  – Olhei ao redor e sentei-me em uma pedra ao lado dos cavalos, segui com os olhos a trilha por onde Adam havia entrado. Ele não dava sinais de vida e aquilo me preocupava. 

 De repente um galho foi quebrado. Virei-me bruscamente para o outro lado para onde o barulho havia sido feito.

 - Adam? Você tá aí? - Outro galho. - Eu sei que é você! Não comece! – Fiquei com medo por não ter resposta. - Adam!  Não tem graça, sabia? - Mais um galho. - Adam? - Choraminguei o nome dele me aproximando mais de Chica. O nada foi à resposta. A égua estava incomodada desde a saída da fazenda. - Chica eu não quero morrer tão cedo, sou jovem de mais pra isso. - Murmurei. - Cadê o traste quando a gente precisa dele? - Olhei para Chica e comecei a pensar em uma carta explicando tudo para minha família. "Querida família, Morri na estrada de pedra, pela criatura que ninguém nunca viu. Pai, mãe peço desculpas por ser uma filha tão doida. Luke sinto muito, eu sei que você queria diminuir minha rebeldia, não deu muito certo. Tom... Tome vergonha na cara. Kate... Você também. Brandon e Gray fiquem longe do meu quarto. Nora tome conta da biblioteca por mim. Bel continua meu legado. Amo vocês"  Se eu sou doida? Completamente. Já havia visto e revisto essa mesma carta milhões de vezes caso acontecesse algo. Parecia que o momento havia chegado. A questão era... Eles nunca leriam a carta.

 Levantei-me e olhei para Chica.

 - Você sabe, já praticamos. Se acontecer alguma coisa comigo... Se solte e fuja pra casa. Vão saber o que aconteceu - Se ela entedia? Entendia e muito bem. Fora exatamente por esse motivo que Jack me dera ela. Chica vinha de uma linhagem de cavalos de guerra. Ela e Negão saberiam o que fazer. Soltar seus instintos sobreviventes e correr para casa. 

 Respirei fundo pronta para soltar a corda no pescoço de Chica, quando ao invés de outro galho quebrado escutei um gemido. Não um gemido animal. Um gemido humano. Abafado. Meu coração bateu mais rápido. Havia alguém naquela moita, e essa pessoa podia estar tramando alguma maldade. Cerrei meus olhos e peguei um galho grosso jogado no chão. Se for a "criatura" ou não, vai levar uma paulada na cabeça! Nem que isso me mate! Segurei ele mais forte e cheguei perto da moita. Em posição de guerra tirei alguns galhos e olhei para dentro do mato. Arquejei ao ver um corpo completamente ensanguentado no chão. 

 - Ai meu Deus! - Joguei o pau para longe e afastei as folhas me agachando. 

 Era um homem, na verdade um garoto talvez da idade dos gêmeos. A camiseta estava toda manchada de terra e sangue, em sua perna havia uma ferida funda e feia na altura da panturrilha assim como em seu braço que pegava do cotovelo ao punho. Seu rosto formado com belos traços estava soado assim como seus cabelos cacheados e bagunçados. Ele fazia uma careta provavelmente por causa da dor. Sua pele praticamente não tinha cor por causa dos ferimentos e arranhões que os galhos haviam provocado. Eu nunca havia visto um garoto tão bonito e em tão péssimo estado como ele.

 Sem saber muito que fazer e desesperada verifiquei seus pulsos para ver se ainda estava vivo. Seu batimento era fraco, talvez estivesse tendo uma hemorragia, ou poderia estar começando a ter. Ao colocar o pulso no chão de novo escutei ele gemer. Ele começou a abrir os olhos devagar e me surpreendi. Nunca havia visto olhos tão verdes como aqueles, duas esmeraldas incrustadas. Ainda com os olhos cerrados ele fitou-me. Mesmo machucado, mesmo com dores seu olhar era intenso. Muito intenso. Dizem que os olhos são a porta da alma da pessoa, naquele caso eram a porta para salvar uma vida. 

 - Lika? Cadê você? - Adam apareceu na estrada. Agora ele aparece esse amigo/primo da onça!

 - Aqui Adam! Rápido! - Gritei. Adam apareceu do meu lado.

 - Puta que pariu Veronika! O que foi que você fez? Tu bateu nele, foi? - Ele perguntou feito uma metralhadora e se agachando ao meu lado.

 - Não! Eu tava sozinha ali, ai de repente escutei um gemido e vim ver o que era! Quando cheguei estava... Isso aqui! - Apontei assustada. 

 - Ai meu Deus! 

 - É! Ai meu Deus mesmo! Ta vendo no que dá eu escutar você!

 - Agora é culpa é minha?! Eu posso fazer o que se tem um cara morrendo na beira da estrada?

 - Sei lá! 

 - A gente tá encrencado! Muito encrencado!

 - E eu não sei? Temos que levar ele pra casa!

 - Como é?

 - Não me diga que passou pela sua cabeça de passarinho que a gente ia deixar ele aqui Adam! Ele tá morrendo! Não sei se você percebeu isso!

 - Mas se a gente levar ele NÓS morremos! E a cidade? Desistiu foi?

 - Seu panaca! Tem uma vida envolvida! No momento a cidade esta fora de questão! Temos que ajudar ele.

 - Não sabemos nada sobre esse cara, e se ele for um ladrão? Ou sei lá um assassino? E aí? Como vamos levar pra dentro da nossa casa um desconhecido?

 - Qual é sua ideia então gênio? - Perguntei. 

 - Esconder ele da família, no nosso forte da cachoeira.

 - Ah fala sério?! Se a gente esconder ele da nossa família aí que ele morre, porque eu não sou enfermeira só a Nora e a minha mãe cuidam dessas coisas. Do jeito que eu sou desastrada é bem capaz que eu confunda soro com álcool!

 - Tá Lika! Então o que você quer fazer?

 - Carregamos ele até a sede, chamamos a Nora e deixamos ele lá no Celeiro. Amanhã de manhã a gente conta pra nossas mães alguma mentira deslavada e escondemos o fato de quase termos fugido! Simples assim. - Ele respirou fundo e assentiu. - E então?

 - Argh! Tá bom. Mas se alguma coisa der errada a culpa é sua! E se ele roubar algum livro seu já sabe...

 - Bora Adam rápido! Acho que ele não tem muito tempo de vida. - Nós o levantamos e começamos a carrega-lo até os cavalos. 

 

 

 Uma hora depois.

 

 

 - O que é Lika? Pelo amor de Deus tá de madrugada, o que você quer de mim?

 - Rápido, Nora, rápido! – Eu falava puxando-a.

 - O que você tem? - Ela perguntou. - Por que a gente tá indo pra o celeiro? - Parei na porta e olhei para ela suspirando.

 - Presta atenção! Não pira, não grite nem acorde ninguém. Apenas me ajuda e fica quieta, por favor.

 - O que você aprontou dessa vez?

 - Essa não é a questão, isso é coisa de vida ou morte.

 - Quando você fala vida ou morte, você está mencionando a sua vida?

 - Também. – Falei puxando-a para dentro do celeiro. Levei-a até o andar de cima onde havia um minúsculo quarto. Nós subimos as escadas rapidamente.

 - Olha só Lika eu espero, que não seja nada... – Mostrei o corpo do garoto estatelado sobre a cama. - ...Grave. - Ela terminou a frase quase catatônica. - Jesus, Maria e José! O que é que tá acontecendo aqui? - Ela virou a cara para o Adam. - Você também tá metido nisso, né? Se a mamãe descobrir...

 - Por favor, não conta nada pra ela ainda. Eu juro que te explico tudo depois, o que eu te peço é pra salvar ele. - Falei rápido. Ela suspirou forte.

 - Eu ajudo, mas eu quero saber tudo. Porque se depois eu me meter em encrenca por sua causa... Eu juro que eu te esgano. Você e o Adam. - Ela olhou mortalmente para ele. Adam estremeceu.

 - Certo Nora, só cuida dele.

 

 

 Alguns minutos depois.

 

 

 - Ele vai ficar bem. O corte não é tão fundo e agora que tá limpo parece bem melhor. Eu vou buscar alguma coisa pra gente comer e tentar fazer uma sopa pra o rapaz aí. A febre dele passou bastante, a sopa vai ajudar. Se ele acordar dá um pouco de água pra ele e mede a temperatura ok?

 - Entendi Nora, obrigada.

 - Vamos Adam me ajudar? Deixa a Lika aí concentrada. - Nora falou puxando o Adam junto. Fiquei limpando alguns arranhões do braço do desconhecido com o pano limpo e a água na vasilha que Adam havia providenciado.

 Eu estava repassando os fatos que acontecera nesse mesmo dia e do nada a mão flácida que eu acariciava tomou força e se jogou para longe de mim. Direcionei os olhos rapidamente até o rosto assustado em cima da cama. Os olhos verdes arregalados, os cabelos bagunçados. 

 - Calma. - Consegui murmurar.

 - Quem é você? - Ele perguntou. A voz rouca e macia dando-me arrepios. Como uma pessoa consegue causar arrepios, estando nesse estado?

 - Uma amiga.

 - Amiga?

 - É... Tô aqui pra ajudar. Meu nome é Veronika me chama de Lika.

 - Lika? – Ele experimentou meu nome em seus lábios, como se saboreasse um vinho, dando-me mais arrepios.

 - Hum-rum. 

 - Onde eu estou?

 - Na fazenda dos Fox, Pedaço de Serra. 

 - Como eu vim parar aqui?

 - Eu e meu primo te encontramos, você estava muito machucado. - Ele se silenciou. Tinha um semblante tão perdido. - Como é seu nome? - Ele continuou calado.

 - Eu não sei. - Ele murmurou silencioso.

 - Você não sabe?

 - Não me lembro. Eu não me lembro de nada na verdade. - Ele fala rápido e descontrolado. - Quem sou eu? - Ele pediu suplicante. A forma que pediu me fez querer ajudar.

 - Eu também não sei. - Falei sincera. - Você não lembra de nada? Nada mesmo? - Seus olhos esmeraldas se viraram pra mim.

 - Não. Ah não ser... De uma mulher. 

 - Talvez ela seja sua parente.

 - Não, ela não me queria bem. - Ele falou me deixando confusa.  - Ela... ela me chamava de... Harry.


Notas Finais


Enfim... Gostaram? Não tenho muito o que dizer galerinha, só vou esperar os comentários de vocês. Quem quiser conversar comigo vou deixar os links do Ask e dos Twitter. Beijinhos. *--------*
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