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História Candy Lips - Next Day


Escrita por: killer-kitty

Notas do Autor


Eu tenho 4 caps já escritos, então vou postar eles mais ou menos rapido
N se acustumem, minhas aulas começam terça, junto com uma avalanche de trabalhos.
Mas eu prometo que vou tentar
Boa leitura

Capítulo 2 - Next Day


Virei-me na cama muitas vezes. Então me dei conta que não sabia como parei lá e sentei rapidamente. Ainda estava com as roupas pretas que faziam contraste com a cama com tecidos leves brancos e a maquiagem pesada, que manchou a fronha, da mesma cor.

Olhei em volta e vi que estava no quarto de hotel, mas não fazia a mínima ideia de como fui parar lá. Minha cabeça dava voltas, mas não evitei sorrir quando me lembrei dos toques de ontem. Coloquei os pés pra fora da cama e vi que todo o chão tinha um carpete felpudo branco. Pelo menos não dormi com sapatos.

A cortina que se arrastava no chão também era branca, mas a luz batia contra e parecia ser cinza. Eu até iria espiar o que tinha atrás dela, já que ela ocupava literalmente toda a parede, mas desisti, sabendo que minha cabeça doiria muito mais ao ver o sol da tarde. O relógio, no criado mudo ao lado da cama, tinha a mesma cor dos outros moveis, com uma luz vermelha que indicava serem exatamente quatro e catorze. Observei que o telefone do quarto (também branco!) estava desconectado do fio de sistema.

Fechei os olhos e passei a mão pelo rosto, logo indo para o que eu julguei ser o banheiro e tomei um banho.

Enrolei-me nas malditas toalhas que, como tudo, tinha cor branca, e me joguei na cama. Meu cabelo pingava e os lençóis provavelmente seriam manchados pela tinta azul presente na ponta dele, mas eu não dava à mínima. Observei o teto por minutos longos e decidi me mexer. Não por vontade própria, mas porque meu estômago dava voltas, em busca de comida.

Coloquei a primeira roupa que eu vi (preta, obviamente), penteei meus cabelos de qualquer jeito e sai do quarto. Esqueci-me de comprar a porra do remédio. Olhei em volta e me senti mais perdida ainda. Voltei para o quarto, deixando a porta aberta, sentei na cama e fiquei olhando o corredor. Parecia uma psicopata? Sim. Mas eu não ligava.

Estava cantarolando a terceira musica quando Adam, meu empresário, passou pelo corredor, voltando para checar se era eu mesmo.

- Ui assombração. – Brincou, mas eu não ri. Pelo contrario, emburrei-me mais ainda.

- Estou com fome, dor de cabeça e não faço a mínima ideia de onde caralhos eu estou. Nem como eu vim parar aqui. – Falei, séria.

Ele me olhou, revirou os olhos e entrou no quarto. Fechou a porta atrás de si e sentou do meu lado.

- Eu sabia que você não ia voltar pra cá, então fui olhar se você estava bem, dai te encontrei no sofá da festa, meio bêbada, meio drogada. Mas desnorteada, acima de tudo. – Abaixei meus olhos. Será que eu estava falando algo do Luke? Adam nunca me diria, mesmo se estivesse. E esse era o problema. – Então te trousse pra cá. Olha que boa alma que sou!

Deixei meus lábios fazerem um esboço de sorriso e olhei em volta.

- Por que tem tanto branco aqui?

- Por que é um hotel. – Caçoou. E eu levantei uma sobrancelha. – É de cinco estrelas. Vá saber quantas manias estranhas eles têm, além dessa. – Dei de ombros, fazia sentido.

- Eu tô com fome. – Resmunguei

- Ok – Revirou os olhos e se levantou. Ele me olhou, o que me obrigou a levantar e o seguir, para fora do quarto.

Pelo menos as paredes do corredor eram beges, assim como o azulejo do chão. Quando paramos na frente do elevador, ele apertou o botão e se virou pra mim. Lá vinha merda.

- Lili. – O olhei e em seguida voltei o olhar para o painel que indicava os andares. – Você tá bem?

O olhei surpresa. Ele nunca me pergunta isso. Entreabri minha boca, pensando em mil motivos para ele me perguntar isso. Mas era algo relacionado a festa de ontem. Tinha certeza. O elevador se abriu e, enquanto entravamos, murmurei.

- Estou com dor de cabeça. – Era meu jeito de desviar, ele sabia disso, então não tocou mais no assunto. Era por isso que ele continuava sendo meu empresário por todos esses anos, ele sempre sabe quando preciso de espaço. O que é quase sempre, na verdade.

Minha cabeça latejava a cada palavra dita, mas devido as milhares de noites de bebedeiras e drogas, já estava acostumada. Era meu jeito de aguentar toda a pressão que havia sobre minhas costas ao se tornar uma cantora, mesmo que eu sempre tenha garantido que não era bom exemplo, e apenas minhas musicas deveriam ter importância. Bem, a mídia não concordava com esse raciocínio.

Meu cabelo estava quase seco, de forma que ficava volumoso pra caralho. Sem maquiagem, as olheiras eram bem fundas e aparentes e as minhas sardas ficavam estranhas, mais do que já eram. Acho que a única coisa que eu gostava no momento era a cor dos meus lábios – um vermelho Candy. Talvez fosse a única coisa que prestasse no meu corpo.

O elevador abriu no térreo, onde era o restaurante. Olhei pelo espelho para Adam, e por segundos pude jurar que ele estava com pena de mim; eu não o culpava, eu também tinha.

Mas era pena do que eu fiz com meu próprio corpo ao longo dos anos.

E apesar de todo esse arrependimento, faria de novo.

Sai do elevador arrumando a blusa do Guns n Roses no meu próprio corpo e em seguida prendendo meu cabelo com ele mesmo num coque. Enquanto eu fazia isso, vi Luke e os meninos saindo do hotel, com malas sendo arrastadas por eles. Calum tinha um esparadrapo em sua orelha e uma faixa em seu joelho. Acho que entendi por que tanta preocupação ontem.

Enquanto enrolava meu cabelo junto a parte de cima da cabeça, o demônio de olhos azuis virou pra trás e, por mais clichê que soasse, encontrou nos meus olhos.

Eu travei completamente. Parei de respirar, meu coração parou por uns instantes. Eu parecia a porra de uma adolescente apaixonada. Ele abriu a boca pra falar alguma coisa, mas Ashton tocou seu ombro e Adam o meu, fazendo-nos parar de trocar olhares.

Adam chamou minha atenção, me chamando para ir para o refeitório, me avisando que iria ver um remédio pra eu tomar. O segui e, depois de uns passos, olhei para trás.

Já era tarde de mais, a única coisa que conseguia enxergar era o cabelo do loiro voando por causa do vento, enquanto descia as escadas.


Notas Finais


Esqueci de avisar, mas o "candy" do titulo n é por causa da tradução ser "doce", mas sim por causa do tom de vermelho chamado de candy.
Espero q tenham gostado, até o proximo


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