História Cant do It Without You (CDIWY) - The plan - Part 3 - The final

Pov Laura    

            10 Minutos se passaram.

            Estou trancada na sala de música com o folgado do Ross. Tudo culpa da Grace, e pelo que me parece, Rydel e Raini também.

            Neste momento, estou batendo na porta gritando por alguém enquanto Ross tenta ligar para Rydel.

- Eaí?! Nada? – Pergunto me aproximando dele.

- Nada. A Rydel não podia ter feito isso comigo – O garoto diz meio que com raiva.

- Digo o mesmo de Raini e Grace.

- Tenta ligar para elas.

            Pego meu telefone e disco o número de Grace. 3 toques e ela atende. Coloco no viva voz para que Ross e eu escutássemos.

(Ross e Laura – Normal) (Rydel e Grace – negrito)

- Alô.

- Grace, por que você trancou a gente aqui?

- Por que a gente não aguenta mais ouviu você e o Ross brigando, Laura – Escuto a voz de uma loira do outro lado do telefone.

- Rydel, essa brincadeira já foi longe demais. – Ross pega o celular da minha mão (folgado) e fala com a irmã – Tira a gente daqui AGORA!!

- Não Ross. Vocês vão ficar aí até a gente achar que vocês já são amigos, ou até pararem de brigar.

- Meninas, nós concordamos em parar de brigar, mas desprende a gente agora!!!! – Digo já irritada e pego o telefone da não do loiro. 

- Sinto muito Laura. Até amanhã! – Grace diz friamente.

            Que raiva!!!

- E agora? O que a gente faz? – Ross pergunta. Penso um pouco antes de responder.

- Grita.

            Vou até a porta e bato com força, gritando ajuda.

Pov Ross

            Uma hora se passou. Desisto de gritar, diferente de Laura. Sento no chão, encostado na parede. Laura ainda gritava igual a uma louca. Aliás, ela é.

- Laura, para! Ninguém vai te escutar.

- Como você sabe?

- Porque as alas dos quartos fica do outro lado do navio e a Geórgia (Espetora) já passou fazendo a ronda vendo se tudo está “devidamente trancado” – Faço umas aspas com os dedos, já que as salas, exceto os quartos, nunca ficam trancados.

- Mas... então... o que a gente faz? – Diz a mesma sentando em um dos pufes espalhados pela sala.

- Nada. – Ela me olha e faço o mesmo. Mas logo em seguida, desviamos o olhar.         Depois de mais ou menos 2 minutos em silencio, resolvo puxar conversa.

- Quer conversar?

- Com você?

- Não. Com a estátua do Obama. – A mesma me olha franzindo a testa.

- Do Obama? Tem?

- Sei lá. Falei o primeiro cara que me veio à mente. – Esse meu comentário a fez rir- Olha... ela ri. – Disse debochando.

- Idiota! Você já me viu sorrindo. Bom... eu acho.

- Não, “tô” brincando. Já vi sim. E acho que você devia sorrir mais vezes. Seu sorriso é muito bonito. – OQUE??? Eu disse isso mesmo?? Onde aperta para desfazer?

- Obrigada! – Ela diz um pouco corada.

            Um clima meio tenso fica no ar, mas logo em seguida ele o quebra.

- Que horas são? – Olho no meu relógio do celular e a respondo.

- 23:25.

- Eu não acredito!!! Por quanto tempo será que vamos ficar por aqui? – A mesma diz inclinando a cabeça para trás.

- Não faço a menor ideia. Pelo jeito, até amanhã.  – Laura me olha com os olhos arregalados.

- Ah mas não vamos mesmo – Ela levanta e vai até a porta, onde começa a gritar novamente. – Socorro!! Tira a gente daqui...

- Laura – A chamo, mas não me ouve – Laura – De novo – LAURA!!! – Dessa vez grito, fazendo – a olhar para mim. – Ninguém vai te escutar – digo já estressado.

- Mas a gente tem que tentar.

- Olha... quer saber. Quer gritar, grita. Faz o que você quiser – Digo já estressado.

- Ahhh.... Muito obrigada Lynch. – A mesma diz debochando. Garota chata.

            Ela passa o olho pela sala e vai até a janela (que era ao lado do sofá) que estava trancada. A mesma sobe em um dos pufes meio quebrado e vai até o basculhante da janela.

- Laura, desce daí. Você vai cair. – Por que eu estou preocupado com essa maluca?

- Ross, não. Estou vendo se tem alguém por aqui – Ela diz se equilibrando.

- Laura, você vai cair. Desce. Para de ser teimosa.

- Ross, cala a boca. Eu sei o que eu “tô” fazendo. Se não quer ajudar, não atrapalhe. 

- Laura, para de teimosia. Desce daí. – Digo me levantando e indo até ela.

- Por que está preocupado comigo em Ross? – Ela diz alternando seus olhos entre o lado de fora da sala e eu.

- Não é preocupação. Só não quero levar ninguém pro hospital.

- Ah é. Esqueci que seu ego é muito maior. – Ela diz me olhando. Apenas reviro os olhos.

- Laura, deixa de ser teimosa. Desce. – Digo ficando ao seu lado.

- Ross, me deixa. Eu sei o que eu “tô” fazendo. Eu não vou....

O pufe quebra e a seguro antes que caia. Péssima ideia. A mesma cai por cima de mim.

Caio sentindo minhas costas. Estávamos no chão.

Já podia sentir sua respiração. Meus olhos alternavam entre sua boca e seus olhos. Minhas mãos estavam em sua cintura. As delas sob meu peito. Seus cabelos castanhos com cheiro de baunilha estavam um pouco em meu rosto, mas nem liguei. Isso estava mesmo acontecendo? Eu ia mesmo beijar a garota mais maluca, marrenta, barraqueira, teimosa e linda do colégio? Não Ross. Você não está a fim da Laura. Ok, eu não vou mentir. Eu queria aquele beijo.

Pov Laura

            Estávamos alí. No chão. Na sala de música, um por cima do outro. Meus olhos não sabiam se olhava para seus olhos ou seus lábios, e os dele a mesma coisa. Sua respiração ofegante perto da minha, e acho que a minha está do mesmo jeito. Suas mãos em minha cintura me causava leves arrepios. Seu cabelo loiro bagunçado (como de costume). Eu queria aquele beijo. Eu queria, mas não podia. Não quero me relacionar com ninguém. Não vim aqui pra isso…Não quero me apaixonar de novo. Não depois do eu passei.  Mas voltando, não podia.

- Me... – Digo gaguejando – Me...me... me desculpe. – Saio do transe, ainda em cima dele.

- Tudo bem – Ele diz saindo do transe também – saio de ciam dele ficando ao seu lado.

- Machucou?

- Não. Só as minhas costas que tá doendo um pouco, mas já vai passar. Agora não posso dizer o mesmo de você né? – Fico sem entender, e acho que ele percebeu. – Amorteci sua queda.

Rio Fraco

- Desculpa. Vem, eu te ajudo. – Ajudei-o a levantar e coloquei sentado em um dos pufes. – Tá melhor?

- “Tô”- Obrigado. – Um silencio é estabelecido no local.

- Obrigada.

- Pelo que?

- Por... amortecer minha queda. – Ele ri fraco e acho que estou igual a um camarão.

            Depois de alguns segundos com a sala em silencio, Ross olha parta o piano e para mim.

- Sabe tocar? – Ele diz apontando para o instrumento.

- Sei.

            Ele levanta e vai até o piano.

- Então toca...

- Huum... Não, obrigada.

Por que não? – Ele parece confuso.

- Porque... eu não quero.  

            O garoto revira os olhos, senta ao piano e começa a tocar uma música desconhecida.

“I'm like that boom box outside of your window                                                                                                  

I'm that De Lorean blowing past 88

And where we're going girl,

Won't be needing roads 'cause,

Oo oo oo oo

This ain't no 50 first dates.

I'm talking 'bout starting out as friends

I'm talking 'bout real and not pretend

I'm talking 'bout roles of a life time

You and I can even write the end

Yeaaaaah

Here comes that movie scene

One you hate so clichê...” – Here comes forever 

- Uau!!! Essa música é linda! – Digo me levantando e indo até ele.

- Huhum... é sua?

- Da banda. Ainda não está pronta. Ainda falta uns arranjos e terminar a letra. – Balanço a cabeça e sinal de que estou entendendo. – E você?

 - Eu? – Pronto. Fiquei nervosa. – Eu o que?

- Você compõe né?

- Como você sabe?

- Na aula de canto. Você cantou uma música sua.

- Ahh sim.

- É sua né?

- É.

- Então toca.

- Hum... não. Ela não está pronta. Ainda estou criando.

- Não tem problema. Também não cantei a minha toda. Para de graça Laura. Canta logo.

- Não. - Digo cruzando os braços.

- Vai arregrar? Sabia. Bem a sua cara mesmo.

            Fiquei com raiva. Ahh mas ele vai ver!

- Não vou arregar  nada. Chega pra lá cabeça de lhama.            

Ele chega e canto minha musica.

“I'm the girl in the corner of the room

The one you never notice

Getting lost among the stars in the sky

Like a pictures out of focus

I'm the sun in your eyes

Yet you don't see me

I wear no disguise

But you don't see me” – You dont see me

Pov Ross

            Eu conheço essa melodia. De onde? É linda. Mas de onde? A Laura é linda... que dizer... a voz dela é linda! (Aut: Huummm sei não em Ross)

            Tocamos mais algumas músicas, cantamos e claro, discutimos algumas vezes. Normal.  Acabamos ficando com sono e decidimos dormir. Ela em um canto da sala e eu em outro.

            Acordamos pela manhã com algumas vozes. Sinto algo, mais precisamente um pé, me chutando levemente. Minha irmã.

- Vamos gente. Acorda! – Rydel grita na sala, me dando um leve chute no pé.

- Que horas são? – Laura pergunta coçando os olhos.

- 06:15. Digamos que vocês têm 45 minutos para se arrumarem, tomar café e estar dentro da sala. – Disse Grace com a mão na cintura.

- O que? Porque vocês não soltaram a gente mais cedo? - Laura pergunta indignada.

- Esquecemos. – Raini responde com uma cara de culpada. – Acho melhor vocês se apressarem.

            Saímos correndo. Digamos que eu tenho um pouco mais de meia hora para estar pronto, de café tomado e dentro da sala de aula. Grrrrr... a Rydel me paga!

LEIAM AS NOTAS FINAIS!!!