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História Cant Fight This Love - Segunda Temporada - Bônus


Escrita por: FehCastagnoli , itsninacar e Flyhomie

Notas do Autor


Vocês pensaram que não ia ter bônus de Cant Fight This Love? 😂 E não ia ter mesmo não, só que a muito tempo atrás (só alguns meses) eu tinha começado a escrever esse capítulo bônus, mas sem saber se eu iria seguir escrevendo ele pra postar. Acontece que eu acabei parando de escrever e quando foi nessa semana eu me lembrei dele porque eu também lembrei que Cftl ia completar 2 ANOS!!! E aí que a gente começou a escrever esse bônus, que é mais uma continuação e a gente espera que vcs gostem.

Boa Leitura! ( Que saudade que eu tava de falar isso.)

Capítulo 50 - Bônus


Fanfic / Fanfiction Cant Fight This Love - Segunda Temporada - Bônus

"...o Heitor é meu neto! Clara, como você pode esconder isso? Sua víbora!"



POV Clara

   Ao ouvir essas palavras da tia Sassá arregalei meus olhos, assim como o resto do pessoal. Abri a boca e fechei várias vezes tentando respondê - lá, mas eu simplesmente não conseguia.

Henrique - o que?! Esta ficando maluca mãe?


Sassá - Claro que não. Olhe só pra essa foto de você menor - ela disse e entregou uma foto ao Henrique - e agora olhe só para essa criança, vocês são idênticos! - ela quase gritou.


   Observei Henrique olhar para a foto e logo depois olhar para Heitor e abrir a boca surpreso.


Henrique - Como você pode?! - perguntou a mim incrédulo.


Clara - Eu...- tentei dizer mas minha voz falhou. Senti Felipe me abraçar de lado, nem havia percebido que ele já havia levantado de onde estava e vindo até mim.


Henrique - Você o que Maria Clara?!


Sophia - Henrique se acalma - ela disse passando as mãos pelos ombros do mesmo.

Clara - Vamos conversar em outro lugar. - ele me olhou nervoso. - por favor. - e então ele assentiu e saiu da casa.


Felipe - Você tem certeza que quer conversar com ele nesse estado? - perguntou preocupado.


Clara -  Acho que já tava na hora dessa conversa acontecer, olha o Heitor pra mim, por favor. - ele assentiu e então eu sai pelo mesmo lugar que Henrique havia saído a pouco tempo atrás.


   Ao chegar do lado fora vi apenas a porta da casa ao lado aberta, então deduzi que ele havia entrado lá. Segui em passos rápidos até a entrada da casa e respirei fundo antes de entrar. Henrique estava em pé andando de um lado pro outro com as mãos na cabeça. Fechei a porta de entrada e pensei em como iria começar a contar tudo pra ele, mas acho que fiquei pensando tempo demais, já que logo Henrique se incomodou com o silêncio que havia se instalado na sala, à minutos.

Henrique - Se queria ficar a sós comigo pra não falar nada era melhor não ter chamado! - ele disse rude e fez menção de sair indo até a porta.


Clara - Espera, me desculpa. - me sentei no sofá e apoiei meus cutuvelos nos meus joelhos. - eu só tava pensando na melhor maneira de contar tudo. - suspirei.


Henrique - Tudo o que?


Clara - Você pode se sentar, por favor. - pedi a ele, que abaixou a cabeça respirando fundo, mas logo andou até o sofá oposto ao que eu estava sentada. - olha, eu era muito nova, só tinha 16 anos, eu tinha acabado de me mudar pro Canadá, eu era praticamente uma criança que estava carregando outra criança! O cara que eu amava e pai do meu filho estava em outro país a quilômetros e quilômetros de mim seguindo com a vida dele, enquanto eu me sentia completamente sozinha e confusa sem saber o que fazer com uma gravidez. - dei uma pausa e respirei fundo - nosso namoro sempre foi proibido, você sabe, sempre foi muito complicado, eu realmente não quis esconder isso de você e mentir pra todos, mas no momento que eu estava perdida e confusa o Felipe estava lá, pra me apoiar e, quando eu fui contar pros meus pais que estavam grávida eles surtaram, como já era de se esperar e o Felipe pra tentar amenizar a situação acabou dizendo que o filho era dele e eu não tive coragem de desmentir, ainda mais depois que eu acabei sabendo que você estava namorando com a Sophia. Eu sei que você deve estar me odiando por isso agora, eu te peço desculpas por ter escondido isso, mesmo sabendo que não vai adiantar de nada. - eu disse tudo que estava preso na minha garganta e logo depois o olhei.

  Henrique estava com uma expressão que eu não sabia decifrar.


Henrique - Olha, eu tô sem saber o que falar. - ele levantou do sofá e começou a andar de um lado pro outro novamente. - eu preciso de um tempo pra digerir isso tudo.


Clara - Tudo bem... - disse baixo - eu acho que... eu vou embora. - levantei daquele sofá imediatamente e segui até a porta. Logo senti o vento frio bater no meu rosto e me encolhi, caminhando até a casa ao lado.


    Assim que entrei na sala senti todos olhares dos presentes ali me encararem, esperando que eu dissesse alguma coisa, mas eu não diria nada, estava sem vontade e paciência pra isso.


- Mamãe. - senti os braços de Heitor abraçarem minha perna e logo abaixei meu olhar até o pequeno. Ele estendeu os braços pra mim e eu logo o peguei no colo. Olhei pra todos na sala uma última vez e logo me encaminhei até o "meu " quarto. - mamãe tá tliste? - perguntou colocando suas mãozinhas pequenas em meu rosto. Me sentei na cama e o olhei dando um pequeno sorriso.


Clara - Mais ou menos pequeno, mas e você? Ainda esta machucado? - perguntei me lembrando de sua queda.


Heitor - Não, tio Lipe me ajudou a sála o dodói.


Clara - Que bom meu amor. - disse e o coloquei na cama ao meu lado e me deitei.


Heitor - e o papai? - perguntou e eu arregalei os olhos. - Onde ele ta?


Clara - O Felipe ta lá na sala.


Heitor - tio Lipe não, mamãe, o papai...- ele disse e eu percebi que ele se referia a Henrique. Não era possível, será que essa criança tinha uma coisa dentro dela que indicava que Henrique era seu pai? Só podia ser, eu nunca havia dito a ele que aquele era seu pai e ele nunca havia chamado Felipe como deveria. - que saiu com você - e ai eu tive certeza que ele se referia a Henrique.


Clara - Ahn...Ele está descansando agora.


Heitor - E eu posso ver ele?


Clara - Agora não, quem sabe depois.


Heitor - O meu papai gosta de mim? - meu deus! Quando essa criança havia aprendido a perguntar tanto?


Clara - Sim, meu amor - disse e agradeci internamente quando ele ficou quieto.

                 • Dia Seguinte •

   Eu mal havia dormido, confesso. Eu só ficava pensando na conversa que tive com Henrique, nas palavras de Heitor e em como tudo seria daqui pra frente.


Felipe - Bom dia. - ouvi ele dizer com a voz um pouco rouca por ter recém acordado.


Clara - Bom dia. - respondi desanimada.


Felipe - Vi que não conseguiu dormir direito, se quiser dormir mais um pouco, eu cuido do Heitor. - ele disse enquanto acariciava meu rosto.


Clara - Acho que não vou conseguir, mas mesmo assim obrigado. - dei um sorriso fraco - Lipe? -  o chamei depois de alguns segundos em silêncio.


Felipe - Sim.


Clara - Você contou para o Heitor que Henrique era pai dele?


Felipe - Não, por que?


Clara - Ele perguntou do Henrique, o chamando de pai. - disse e Felipe parou de acariciar meu rosto por um momento, mas logo voltou, dando um sorriso fraco.


Felipe - O Heitor é esperto, acho que ele deve sentir que o Henrique é pai dele. - ele deu um riso fraco - tanto que ele nunca me chamou de pai.


Clara - Você ficou chateado com isso?


Felipe - Não me importo muito, eu sempre soube que não era pai dele de verdade e desde de quando ele começou a soltar as primeiras palavras ele me chama de Lipe, então... - ele deixou no ar. Sorri pra ele e lhe dei um selinho.


Clara - Acho que vou dar uma volta pela praia, não quero ter que dar explicações sobre tudo isso pros meus pais e pro resto do pessoal logo cedo.


Felipe - Mas você sabe que uma hora terá que fazer isso, sim?


Clara - Eu sei, mas agora, logo cedo, não tô afim. - disse e me levantei da cama. - vou levar o Heitor comigo. - falei vendo que o mesmo já estava acordado.


Felipe - toma café da manhã antes de ir.


Clara - Provavelmente alguém já deve ta na cozinha, eu compro alguma coisa pra gente comer.


Felipe - Nada de besteiras logo cedo Maria Clara. - ele falou e eu lhe mostrei língua.


                      • X X X •

   Depois de fazer minhas higienes matinais e ter trocado de roupa, fiz o mesmo com Heitor e sai do quarto enquanto conversava com Felipe.

Paulo - Maria Clara? - ouvi a voz do meu pai, só pelo tom que ele havia me chamado já dava pra perceber que ele estava bravo. Muito bravo. - não acha que precisamos conversar?


Clara - Sim, mas não agora, quando eu voltar eu esclareço as coisas, agora eu vou dar uma volta. - disse e comecei a andar em direção a sala e Felipe veio atrás de mim. - não diga nada a eles, não conte nada, mesmo que eles insistam, só cabe a mim fazer isso.


Felipe - Tudo bem, mas na hora que você for contar eu quero estar junto, boa parte dessa mentira foi minha culpa, foi eu que te meti nessa.


Clara - Não concordo, mas ok, vou indo antes que outras pessoas apareçam querendo explicações. - disse e eu e Heitor nos despedimos de Felipe e saímos de casa.


Heitor - Mamãe, papai! - ele disse apontando para casa ao lado, onde Henrique estava na varanda, sentado em uma das cadeiras que tinham ali, sem camisa, com uma cara de sono, ou de quem mal havia dormido e com uma xícara na mão. - ir ver ele.


Clara - Acho melhor n... - eu mal havia terminado minha frase e Heitor começou a correr desajeitadamente até Henrique, que mal tinha notado que estávamos ali por perto.


    Nem pensei em nada e comecei a ir atrás de Heitor para impedir que ele fosse até Henrique, o que não adiantou de muita coisa, porque logo Heitor chegou a Henrique, que notou sua presença ali e deu um sorriso. Parei Onde estava e observei a cena.


POV Henrique

  Muita notícia ao mesmo tempo, eu tô ficando louco, sinto que minha cabeça irá explodir a qualquer momento. A Clara mentiu para todos esse tempo todo. Eu sou o verdadeiro pai do Heitor, aquele bolota, fofo e extremamente encantador. Eu perdi coisas essências da vida dele, o primeiro passo, as primeiras palavras, o primeiro chute dele dentro da barriga da Clara, eu perdi muita coisa. Mas estou disposto a recuperar o tempo perdido, pra poder cuidar do Heitor, poder a aprender amar ele incondicionalmente como... como pai, que é o que eu realmente sou; sou pai do Heitor e ninguém vai tirar esse meu direito nunca mais.
   Mal consegui dormir a noite, na verdade, se eu dormi 30 minutos foi muito, meus pensamentos estão a milhão, eu preciso resolver muita coisa.

- Papai - ouvi mas uma vez a vozinha que prendeu meus sonhos. Balancei a cabeça e dei mais um gole no meu café. - papai? - a vozinha agora estava mais perto. Olhei ao redor e vi ele, Heitor, meu filho, minha verdadeira copia, correndo em minha direção, um sorriso involuntário surgiu em meus lábios.

Henrique - Oii. - disse me abaixando e ficando um pouco mais alto que ele.

Heitor - Tudo blem? - ele disse embolado e eu sorri.

Henrique - Tudo sim e você pequeno? - disse e ele fez que sim com a cabeça.

Heitor - Você gosta de mim? - ele perguntou e, eu me abaixei mais ficando da altura dele.

Henrique - Eu gosto. E você? Gosta de mim? - perguntei e ele sorriu.

Heitor - Lódico que gosto né papai. - ele disse como se fosse a coisa mais óbvia do mundo e eu ri.

Henrique - Você é muito esperto para sua idade. - falei e ele sorriu.

Heitor - Mamãe semple fala isso. - ele disse rindo - me dá um ablaço? - perguntou e eu fiquei meio sem graça.

Henrique - Claro. - disse e ele grudou no meu pescoço. No começo tomei um susto, mas logo o abracei de volta, e foi o abraço mais gostoso que eu recebi. Senti meu olho arder. Isso só pode ser brincadeira? Eu não vou chorar!

Heitor - Não chola papai, ontem foi a mamãe, hoje você, não chola. - ele disse e me abraçou mais forte. Levantei com ele no colo e fechei os olhos.

Henrique - Eu não vou chorar. - disse e ele suspirou.

Heitor - Tenho que ir, eu fugi da mamãe, nós vamos na plaia.  - ele disse e eu sorri de canto.

Henrique - Ok Meninão, cuidado com o mar viu? - disse e ele concordou e deu um beijo na minha bochecha.

Heitor - Tchau papai. - ele me deu um último abraço e eu o coloquei no chão. Ele saiu correndo e só ai eu percebi ela de longe, observando tudo com um sorriso de lado. Ela deu um aceno para mim, assim que percebeu que eu os olhava, apenas peguei minha xícara e entrei ignorando seu cumprimento.


- Vocês formam uma família linda. - ouvi a voz de quem eu tava evitando desde ontem.

Henrique - Sophi... - disse em um sussurro.


Sophia - Não precisa dizer nada Rick, eu entendo, sério, mas vocês precisam se acertar, nós dois sabemos que entre mim e a Clara... - a interrompi.


Henrique - Não fala isso por favor, entre você e a Clara eu escolho você, eu to com você e... - foi a vez dela me interromper.

Sophia - E não queira me iludir e nem se enganar, você ama e sempre amou ela, aceita Henrique. - ela suspirou. - eu não vou ficar no meio de vocês dois, tudo entre nós começou em amizade e vai acabar assim. - ela me deu um beijo na bochecha. - vai atrás da mulher da sua vida e do seu filho, eles que importam agora.

Henrique - Você importa Sophi, é com você que eu estou e a Clara ta com o Felipe, o Heitor é apenas nosso filho e isso não vai atrapalhar eu e você, sério. - disse e ela riu negando com a cabeça.

Sophia - Você para de ser teimoso e ouve seu coração e não a razão, uma vez na sua vida. - ela sorriu - eu vou ficar bem e, o Felipe vai ser consciente que nem eu to sendo e não vai atrapalhar mais a história de vocês dois. - ela suspirou - vou na outra casa e você vai atrás da Clara. - ela sorriu mais uma vez e saiu da cozinha, me deixando com cara de tacho.

- O que você ainda ta esperando? - ouvi uma voz que me fez tomar um susto.

Henrique - Pai? - disse me virando para o mesmo.

Austin - Filho! - ele disse e se sentou em um dos bancos que tinha na cozinha.

Henrique - Como você entrou aqui? - perguntei e ele riu, apontando para porta da cozinha.

Austin - Eu estava no quintal quando o Heitor veio até você, eu estava lá vendo o quanto você ficou emocionado. - ele suspirou - filho, todos esses anos eu me arrependi de ter ajudado a te separar da Clara, eu deveria ter te apoiado, se eu não tivesse ficado do lado da sua mãe... - o interrompi.

Henrique - Eu sei pai. Olha, eu e a Clara, não era para ser, é errado e eu entendo você e a mamãe. - disse e ele suspirou negando com a cabeça.

Austin - Não, Henrique, era para você ter visto seu filho nascer e isso não aconteceu por nossa causa. - ele fechou os olhos e respirou fundo. - eu entendo a Clara e não julgo ela, com um pai como o Paulo eu também teria medo de falar que teria um filho do primo. - ele suspirou mais uma vez. - Filho, vai atrás da sua garota, esquece o que sua mãe vai fazer, eu seguro ela e o Paulo, a gente da um jeito, você não pode deixa de ser feliz, vai atrás do seu filho e passa um tempo com ele e com ela. - ele deu duas  batidas no meu ombro e saiu pela porta da cozinha.


Henrique - Eu realmente ainda amo a Clara. - afirmei para mim mesmo, e vi a Manu passar pela cozinha. - o que você acha que eu tenho que fazer?

Manu - Sou Clarique shipper, apesar de tudo, ta na hora de você ir atrás dela, ô bocó. - ela disse séria e eu fiquei parado olhando para cara dela. - Sei que sou linda, mas meu rostinho não é o da Clara, VAI LOGO! - ela disse e eu sai correndo da cozinha.

   Subi para o quarto e tinha uma bermuda em cima da cama, vesti a mesma e sai correndo atrás da mulher da minha vida e do meu filho. Cheguei na praia que era bem perto da casa de praia e sorri quando vi ela sentada na areia passando protetor no Heitor e sorrindo.

- Papai! - o Heitor gritou e veio correndo até mim, peguei o mesmo no colo e sorri.

Henrique - Oi filho. - disse e ele me abraçou.

Clara - O que você ta fazendo aqui? - perguntou contendo um sorriso.

Heitor - Eu vim passar um dia na praia com meu filho e com a mãe dele. - disse e ela sorriu.

Clara - Acho que precisamos conversar né? - ela disse e colocou uma mecha do cabelo atrás da orelha.

Henrique - Precisamos, mas não aqui e não agora. - disse sorrindo - vamos curtir um pouco nosso filho? - disse olhando dentro dos olhos de cor indefinida que eu sempre amei.

Clara - Vamos curtir nosso filho. - ela sorriu e passou a mão no cabelo do Heitor.

Heitor - Papai, me leva no mar? - disse me olhando com carinha fofa.

Henrique - Pelo menos os olhos você herdou da sua mãe. - disse sorrindo, afinal, ele é a minha cara.

Clara - Vai se lascar Henrique. - ela disse séria e fez bico.


Henrique - Olha filho, como sua mãe fica fofa brava. - disse sorrindo e ele negou com a cabeça.


Heitor - Ela brava é chata, não fofa - ele disse e eu gargalhei.

Clara - Heitor, olha como você fala comigo. - ela disse séria e ele sorriu.

Heitor - Desculpa mamãe - ele se jogou no colo dela e beijou sua bochecha.

Clara - Como dizer não a você meu amor? - ela sorriu e encheu ele de Beijos.

Henrique - Vamos pro mar? - perguntei e ele pulou para o meu colo e sai correndo com ele.

Clara - Cuidado! - ela gritou e pelo tom sabia que estava sorrindo.


POV Sophia

  Durante todo esse tempo que estive com Henrique sempre soube que ele gostava bastante de mim, mas não tanto quanto gostava da Clara. Ele gostava de mim, mas amava a Clara, isso sempre esteve evidente pra mim, por mais que ele negasse.
   Ver ele com o Heitor hoje mais cedo, foi tudo que eu precisei pra ter mais certeza da decisão que eu havia tomado. Ele ainda amava Clara, eles tinham um filho junto, pra mim não tinha mais sentido ficar com Henrique e atrapalhar uma história que não tinha acabado. Por isso o incentivei a ir atrás dela.
   Eu gostava de Henrique, e ainda iria continuar gostando dele, mas agora, como amiga. E por incrível que pareça terminar com ele não me deixou triste, eu estava feliz pelo que havíamos vivido juntos, mas agora era hora de cada um ir em busca do seu verdadeiro amor, eu ainda não tinha encontrado, mas sentia que em breve iria encontrar.


- E aí? - ouvi uma voz masculina próxima e logo olhei para o lado vendo Felipe.


Sophia - Oi. - disse e sorri fraco.


Felipe - Posso me sentar aqui? - ele indicou o lugar ao meu lado e eu assenti. - o que está fazendo por aqui sozinha?


Sophia - Só pensando um pouco.


Felipe - Hm. - ele disse e ficamos em silêncio por longos minutos.


Sophia - Você também sempre sentiu que um dia os dois iriam voltar?


Felipe - Sim. A Clara pode até ter tentado me amar, mas acredito que não dá pra amar duas pessoas ao mesmo tempo.


Sophia - Eu também, sempre senti que Henrique gostava de mim, mas nunca senti que era amor, por isso quando vi ele e o Heitor hoje, eu decidi não atrapalhar mais a história de Clarique. - sorri fraco.


Felipe - Desde que chegamos aqui e eu vi o olhar da Clara quando viu o Henrique tanto tempo depois, eu espero pelo momento que eles finalmente vão se acertar.


Sophia - Pelo menos sempre soubemos que os dois se amavam e não nos magoamos agora. - disse e olhei para seus olhos azuis.


Felipe - Sim...sabe, acho que devemos pelo menos ser padrinhos do Heitor não acha? - ele perguntou em tom de brincadeira e nós sorrimos.


POV Clara

  Eu não sabia o que estava passando na cabeça de Henrique diante a todas essas informações, e também não sabia o que havia o feito mudar da água pro vinho comigo, talvez nosso pequeno tivesse ajudado nisso tudo.


   Nós passamos a tarde inteira juntos, almoçamos, brincamos com Heitor e nos mantivemos longe de casa e de todo pessoal, o que realmente foi bom, já que eu não queria ter que enfrentar a conversa que eu ainda tinha que ter com os meus pais e com os do Henrique, mas eu sabia que não podia fugir disso pra sempre.


Clara - Acho melhor irmos agora. - disse para Henrique que tinha Heitor no colo. - Heitor parece cansado e eu ainda devo uma explicação a todos. - disse e suspirei.


Henrique - A essa hora todos já devem estar jantando juntos.


Clara - E com certeza nós somos o principal assunto deles. - disse e me levantei, vendo Henrique levantar logo em seguida com Heitor nos braços.

   Seguimos nosso caminho até as casas em silêncio, e quando chegamos perto, uma delas estava com todas as luzes apagadas e a outra com as luzes acessas, o que me fez pensar que eles realmente ainda estavam reunidos. Então acho que agora era a hora de enfrentar tudo.


Clara - Você pode levar ele pro quarto e ficar com ele enquanto eu vou lá? - pedi.


Henrique - Eu até posso, mas eu não acho certo você ir lá sozinha...

Clara - Henrique, eu que menti, então eu que tenho que explicar a todos ok? - vi ele assentir e me aproximei dele para dar um beijo em Heitor que estava sonolento. - a mamãe já volta. - disse e comecei a andar em direção a porta da frente da casa.

  Mas acabei mudando de idéia e fui pra porta dos fundos que dava pra cozinha. Empurrei a porta a abrindo e vi Felipe e Sophia conversando. Mas logo que ouviram o barulho da porta me olharam.


Felipe - Finalmente! - ele disse e veio até mim. - ta todo mundo louco pelo seu "sumiço", por onde estava? Cadê o Heitor?


Clara - Estava na praia...Com Henrique, e o Heitor tá com ele na outra casa.


Felipe - Ah, acho que precisamos resolver algumas coisas antes de você ir lá conversar com o pessoal.


Sophia - Ahn, licença, não quero atrapalhar. - ela disse e saiu da cozinha.


Clara - Que 'coisas' você quer resolver?


Felipe - Eu queria que voce fosse sincera comigo, ok? - assenti. - aconteceu algo entre você e o Henrique hoje? - perguntou me olhando nos olhos.


Clara - Não, não aconteceu nada.


Felipe - Você ainda ama ele?


Clara - Felipe, eu... - ele me interrompeu.

Felipe - Sim ou não?

Clara - Eu não sei.

Felipe - Mas eu sei. - ele disse e sorriu fraco. - Clara, pra mim sempre esteve claro que você ainda ama o Henrique e...apesar de gostar de você, eu quero te deixar livre pra poder retomar a história que você começou junto com o cara que você ama. E não seja teimosa, ok? Conversa com Henrique se acertem e sejam felizes, sua felicidade que importa. - ele terminou de dizer e eu o abracei. Como podia existir alguém tão incrível assim?


Clara - Mas, e você? - perguntei preocupada, enquanto sentia ele afagar meus cabelos.


Felipe - Eu já não sou mais um adolescente, eu vou ficar bem. - ele disse e beijou minha cabeça.


Feh - Clara! - ouvi a voz da minha mãe e logo desfiz o abraço com Felipe. Pelo menos ela não parecia tão brava. - Por onde esteve a tarde toda? Fiquei preocupada, cadê o Heitor?


Clara - Ele tá com o Henrique. Desculpe por te preocupar mãe, eu só precisava ficar um pouco sozinha pra pensar. - expliquei.


Paulo - Então, acho que já pensou bastante e podemos finalmente esclarecer algumas coisas. - ele disse assim que entrou na cozinha com um tom de voz impaciente e eu assenti. Agora as coisas iriam ficar sérias.


POV Henrique

  Fiz o que Clara havia pedido e logo entrei na casa com Heitor nos braços, acendi a luz da sala pra que eu pudesse me localizar melhor ali e logo segui para o meu quarto. Abri a porta e levei Heitor até a minha cama.


Henrique - Pode dormir agora garotão.


Heitor - E a mamãe?


Henrique - Ela foi resolver algumas coisinhas, já já ela volta, enquanto isso eu fico aqui com você ta? - perguntei e me sentei na beira da cama.


Heitor - A gente agora vai ser uma família papai? - ele disse todo inocente, me deixando surpreso com a pergunta.


Henrique - Eu não sei... você quer que a gente seja uma família? - nem sei porque fiz a pergunta.

Heitor - Sim! - disse animado, que nem parecia estar com sono.

Henrique - Hm, Você precisa dormir agora e repor toda energia pra brincar bastante amanhã. Ok?


Heitor - Aham - ele disse coçando os olhos.


   Observei meu filho dormir enquanto eu acariciava seus cabelos. Meu filho, essa duas palavras ainda eram um pouco estranhas pra mim, igualmente a palavra pai, mas eram tão boas de serem pronunciadas, que eu sabia que me acostumaria fácil fácil.

   Como seria se Clara não tivesse me escondido esse tempo todo que eu era o verdadeiro pai de Heitor? Quantas coisas eu poderia ter presenciado? Quantas coisas iríamos ter que enfrentar para criarmos ele tão longe um do outro? Ela teria voltado pro Brasil e teriamos enfim ficado juntos? Ou nossos pais iriam proibir como sempre? E pensar que isso tudo só aconteceu por sermos primos, só aconteceu por causa dos nossos pais que não aceitavam nosso amor.

- Henrique! - ouvi alguém me chamar e me desliguei dos meus pensamentos. - Henrique?

    Sai do quarto em silêncio pra não acordar Heitor e logo vi Carlos e Lyce no corredor.

Henrique - Oi?


Lyce - A Manu pediu pra gente vir te chamar pra ir lá na outra casa, ela achou que você deveria estar com a Clara, já que a conversa lá não está das mais passivas.


Henrique - Fiquem de olho no Heitor caso ele acorde. - disse vendo eles assentir e sai imediatamente dali, indo em direção a entrada da outra casa, aonde ouvi uma voz bastante alterada.


   Assim que abri a porta vi todos os olhares se direcionarem a mim. Mas eu só foquei na Clara, que estava em pé com os olhos marejados.


Sassá - Agora fala, por quanto tempo mais você pretendia esconder isso?!


Clara - Não era minha intenção mentir pra ninguém sobre isso. - ela disse deixando uma lágrima cair, mas logo limpou.


Felipe - A culpa foi toda minha.


Clara - Não, Felipe! Você disse aquilo pra me ajudar, mas eu que escolhi não desmentir você, eu tinha que ter feito isso e contado a verdade


Henrique - Se for falar sobre quem tem culpa aqui todos vocês tem. - pronunciei apontando para os meus pais e para os da Clara. - não estou dizendo que Clara fez certo em esconder isso, mas vocês já pararam pra pensar que boa parcela da culpa é de vocês?


Sassá - Henrique...

Henrique - Não, agora é minha vez de falar.

Paulo - Então fala, que eu to louco para saber no que a gente tem culpa! - ele disse quase gritando de raiva.


Henrique - Vocês tem culpa de ter nos separados, vocês foram egoístas, achando que por sermos primos de 3° grau seria pecado. - suspirei. - por culpa de vocês a Clara teve que mentir todos esses anos, Paulo como você pensa que foi para Clara, ter que esconder que eu sou o pai do Heitor? Como você acha que foi para Clara mentir para você por medo? Sim, medo. Medo de perder o lar, perder o apoio dos pais, medo de ficar sozinha por ai, sem rumo, afinal ela estava em outro país, com 16 anos grávida.


Sassá - Isso não justifica! - eu fiz sinal para ela se calar.

Henrique - Vocês tiraram um momento único e especial para mim. - eles iam se pronunciar mas eu continuei. - EU perdir a primeira ultra da Clara, EU perdir como ela descobriu, EU perdir o primeiro chute na barriga, EU perdir o nascimento dele, EU perdir as primeiras palavras dele, EU perdir os primeiros passos dele, EU perdir tudo isso, por culpa de vocês, que desde o começo colocaram a merda de um egoísmo na frente de tudo e não deixaram a gente juntos. Sim, a gente errou de ter ficado pelas costas de vocês, mas a gente se ama, sempre se amou e vocês conseguiram estragar tudo durante muito tempo, éramos jovens, menores de idade e imaturos, mas não somos mais, somos adultos, e não vivemos mais para agradar vocês, e nem devemos nos culpar por nos amar. - disse tudo que estava engasgado e eles ficaram em silêncio durante muito tempo.

Feh - Me desculpa Henrique. - ela foi a primeira a falar. - eu sei que erramos, e como mãe eu devia, e devo entender o que você ta sentindo. Por mas que o Paulo não aceitasse e eu não fosse muito a favor, temos que te agradecer por ter nos dado junto com a minha filha, uma das pessoas mais importantes e preciosas, a pessoa que se não fosse por vocês, hoje não existiria, obrigado, por ter nos dado um neto e me desculpa por ter atrapalhado um amor tão doce e puro como o de vocês. - ela caminhou até a gente e passou a mão no rosto da Clara e me olhou com os olhos marejados e um sorriso de lado. - você me perdoa por ter feito você perder coisas tão preciosas? - perguntou e eu concordei com a cabeça, fazendo ela sorrir de um modo doce. - obrigado por isso também.

Paulo - Eu não aceito. - ele disse sério. - mas, não posso fazer mais nada. Me desculpa, por ter feito você perder coisas importantes na vida do Heitor e por quase atrapalhar isso que vocês chamam de amor. - ele disse e a Feh o olhou feio. - ok, ok, por ter quase atrapalhado esse amor de vocês.

Henrique - Tudo bem, Paulo - disse sério.


Sassá - Filho, eu errei, como todo ser humano erra, me desculpa, eu sei que esses momentos são únicos e que eu fui egoísta no passado por tudo que fiz, pra separar vocês dois, mas eu não achava certo e, essa história de ser avó me deixou com um arrependimento enorme, se a gente não tivesse sido tão duro com vocês no passado, hoje vocês estariam juntos com o Heitor e eu teria acompanhado momentos incríveis do meu neto, me sinto muito culpada por tudo, me perdoa, meu filho, por favor. - ela disse chorando e eu percebi o quanto abalada ela e todos estavam.


Henrique - Tudo bem, mãe, eu te entendo, só não se mete mais na minha vida, desse jeito vocês quase estragaram tudo, para sempre.

Austin - Eu já tinha conversado com Você hoje, e já tinha falado o que pensava. - ele suspirou e eu concordei. - mas, acho que não devo desculpa só a você e sim a Clara também, que levou todo esse fardo nas costas, escondeu todo esse tempo uma coisa que eu tenho certeza que não era o que ela queria, eu entendo o lado dela e também entendo o amor de vocês e quero que os dois me desculpem. - ele disse sério.

Clara - Tudo bem. - a voz dela tava fraca. Olhei em sua direção, seu rosto tava vermelho e inchado por conta do tanto que chorou. A abracei e a mesma desmoronou, me abraçando de volta, chorando tudo que tinha que chorar, não em uma forma escandalosa, e sim, um choro baixinho como se fosse de arrependimento. - me desculpa. - ela disse baixinho e eu percebi que minhas palavras não atingiram só nossos pais, e sim a ela também.

Henrique - Tudo bem, Clara, eu te entendo. - disse e ela me abraçou mais apertado ainda.

Clara - Você será um ótimo pai pro Heitor. - ela disse e um pequeno sorriso surgiu no meu rosto. - obrigado, por ter me dado ele, é o melhor presente da minha vida.


Henrique - Vocês são os melhores presentes da minha vida. - beijei sua testa e ela suspirou. Olhei em volta e todos nós olhavam atentamente, como se fosse uma novela e estivesse em um capítulo imperdível.


Lucas - Vai cara, beija ela. - ele disse. E foi a primeira vez que alguém que não estava envolvido na briga, se pronunciou, me segurei para não rir e a Vick deu um beliscão nele.

Vick - Cala a boca Lucas. - ela disse e sorriu para mim.

Nathy - Acho que ta na hora de cada um ir pro seu quarto, né? Ta tarde. - ela disse querendo tirar todo mundo da sala.

Clara - Quer ter aquela conversa agora? - perguntou e eu supirei negando com a cabeça.

Henrique - Hoje não, Hoje foi um dia muito agitado, to com a cabeça cheia, pode ser amanhã? - sorri para ela. - já esperamos tanto por essa conversa, mais um dia não faz diferença.

Clara - Tudo bem, vou ir buscar o Heitor. - ela deu um sorriso de lado.

Henrique - Não. - disse e sorri - deixa ele lá comigo? Preciso me acostumar com meu filho e ver os hábitos dele. - disse e percebi que ela iria negar. - por favor, eu juro que cuido bem dele.


Clara - Vai ser a primeira vez que ele dorme em outra casa, então é bom cuidar direito dele, se não eu te mato. - ela disse séria e eu levantei os braços em forma de rendimento.


Henrique - Ok, mãe super protetora. - abracei ela mais uma vez. - obrigado, vou cuidar dele direitinho - sorri.


Clara - É bom mesmo. - ela me olhou e sorriu. - bom, eu vou subir, preciso descansar. Vou fazer uma mochilinha para ele.


Henrique - Ok, te espero aqui em baixo. - ela subiu e eu fiquei sorrindo olhando para um ponto fixo.


Pedro - Boa noite, papai do pedaço. - ele disse e deu duas batidas no meu ombro, indo em direção às escadas.


Tina - Boa sorte, querido. - ela riu - amor, me espera. - ela saiu correndo atrás do Pedro.


Clara - Aqui. - ela disse descendo as escadas com uma mochilinha na mão e sorriu. - qualquer coisa, me liga.


Henrique - Eu to na casa do lado. - disse rindo. Dei um beijo em sua bochecha, que acabou sendo no canto da boca. - é... é boa noite. - disse sem graça e sai correndo.

            ••• Dia Seguinte •••


  Diferente da noite anterior, essa noite eu até tinha dormido bem, muito bem.

Heitor - Papai, acorda! - ouvi ele me chamando e sorri ainda com os olhos fechados. Tinha como ter uma noite ruim com ele do lado?

Henrique - Eu já tô acordado. - disse e abri os olhos encarando Heitor ao meu lado. - Bom dia, filho.

Heitor - Bom dia! Cadê a minha mãe?

Henrique - Ela tá na outra casa, aqui do lado, daqui a pouco a gente vai lá. - disse e vi ele assentir. - agora, o que acha de tomarmos um banho pra ficar bem cheiroso pra ela?

Heitor - Banho! - ele disse animado e eu sorri todo bobo.

Henrique - Então vamos. - falei e me levantei e logo ele fez o mesmo, Seguindo para o banheiro.


    Alguns minutos depois, quando o banheiro já estava todo encharcado e nós já tínhamos tomado nosso banho. Saimos do banheiro enrolados na toalha - pois eu havia esquecido de pegar nossas roupas -, e encontramos com Clara sentada na minha cama.


Heitor - Mãe! - ele disse animado e correu pra abraçá-lá.


Clara - Ai, desculpa, eu deveria ter esperado lá em baixo. - ela disse desviando o olhar, envergonhada, por me ver somente de toalha.


Henrique - Tudo bem, não tem problemas. - sorri e fui em direção a minha mala pra pegar minha roupa. - eu vou me vestir no banheiro.

Clara - Ok. - ela disse indo em direção a mochila que ela havia colocado as coisas do Heitor.

   Entrei no banheiro com um sorriso no rosto, e me troquei voltando ao quarto que se encontrava vazio. Eles devem ter ido tomar café, pensei.

Manu - Finalmente vai pedir ela em namoro? - ela perguntou assim que eu sai do quarto, me assustando.

Henrique - Que?

Manu - Toma vergonha na cara maninho, já tá na hora de um relacionamento aí, pensando bem. - coloco um dedo no queixo e fez uma cara pensativa. - já ta na hora de rolar um casamento, viu?

Vick - Concordo. - da onde essa garota surgiu?

Henrique - Bom dia pra vocês também. - disse irônico e sai dali com esse pensamento. Será que a Manu tá certa?

   Desci as escadas e me deparei com a seguinte Cena:Lucas, Pedro e Felipe, discutindo. No sofá estavam as meninas rindo da cena.

Felipe - Ele chegou. - ele disse olhando para as escadas.

Henrique - O que ta acontecendo? - disse terminando de descer às escadas.

Lucas - É o seguinte, eu acho justo eu ser o padrinho do Heitor. - ele disse sério. - todos esses anos de amizade com você e com a Clara, acho justo eu ser padrinho dele, junto com a Vick.


Vick - Mas eu não quero ser madrinha. - ela disse e suspirou. - meu amor, eu já vou ser tia coruja, fora que um dos bebês na barriga da Lara, já é meu afilhado. - ele ia argumentar, mas ela continuou. - e você vai ser padrinho de outro,  então, fica quietinho aí, vai, não se mete na briga.


Pedro - Ótimo, menos um, porque eu acho justo eu ser padrinho do Heitor.

Tina - Amor, deixa isso quieto, por favor, você pode ser padrinho de outro bebê de Clarique. - ela disse sorrindo de um modo doce.

Pedro - Mas amor, não é justo - ele disse sério.

Tina - Ok, vai ser assim, Lara ta grávida de dois, um meu e seu, outro da Vick e do Lucas, damos o Léo para Lara batizar e, o primeiro filho da Vick e do Lucas, é da Clara e do Henrique. - ela sorriu e piscou para Vick que ficou vermelha.

Felipe - Ótimo, eu serei padrinho do Heitor, nada mais justo, cuidei dele esse tempo todo. - ele disse e a Clara concordou.

Henrique - Por mim tudo ótimo, essa combinação de padrinho, eu só quero saber quem vai ser a madrinha do Heitor. - disse e eles se entreolharam, até a Manu e a Sophi entrarem na sala.

Manu - O que aconteceu com vocês velhotes? - ela perguntou vendo que estávamos todos sérios.

- Precisamos de uma madrinha pro Heitor. - eu e a Clara dissemos juntos.

Manu - Tem a Sophia. - ela disse e a Sophia olhou para ela assustada.

Sophia - Manu, a mãe da criança mal me conhece, poderia ser você a madrinha, né? - ela disse e a Manu riu negando com a cabeça.

Manu - Sou nova demais, deixa pro próximo filho de Clarique. - ela disse e saiu da sala, indo em direção a cozinha.

Clara - Já é a segunda vez em menos de 40 minutos que, alguém fala segundo filho de Clarique. - ela disse e revirou os olhos.

Henrique - Por que você não gostou? - perguntei sério e ela ficou sem graça.

Clara - Não é isso, é que nós nem temos mais nada. - essas palavras doeram.

Henrique - Você quer voltar a ter alguma coisa comigo então? - perguntei e ela me olhou confusa.

Clara - Que? - perguntou e eu suspirei.


Lucas - Quando você era mais nova era menos Lerdinha, Maria Clara. - disse sério e ela ia rebater, mas parou, e voltou a me olhar.


Clara - Onde você quer chegar com isso Henrique? - acho que agora ela se ligou.

Henrique - Onde eu quero chegar? Bom, eu quero chegar na felicidade, porém, para isso, meu amor tem que estar do meu lado. - suspirei e peguei em sua mão e ela levantou do sofá. - para o meu amor ser feliz do meu lado, eu preciso saber duas coisas. - sorri - a primeira é se você ainda me ama? E... - fui interrompido.

Clara - Você ainda tem dúvidas do meu sentimento por você? - perguntou e eu neguei sorrindo.

Henrique - Só perguntei porque queria ouvir você falando "Eu te amo" mas, você é meio... - fui interrompido mais uma vez.

Clara - Eu te amo. - ela disse e um sorriso maior ainda se formou em meus lábios.


Henrique - Bom, primeiro eu também te amo. - disse e roubei um selinho dela, que ficou vermelha. - a segunda coisa que eu preciso saber, eu ia planejar mais, fazer tudo bem bonitinho e romântico, mas como eu já estou aqui, não vou parar pela metade. - suspirei e fechei meus olhos por alguns segundos, tomando coragem. - Nosso namoro no passado foi conturbado porque nossos pais proibiam, eu quero saber se você quer tentar de novo? - disse e ela tava sorrindo com os olhos marejados. - mas, não tentar como namorados, e sim como marido e mulher? - disse e ela tava surpresa como todos que estavam presenciando a cena. - Maria Clara Castagnoli, você aceita se casar com esse pobre menino apaixonado? - perguntei, ela me abraçou e colou nossos lábios. Foi um beijo calmo, sem presa, com mistura de felicidade e saudade, foi um beijo dos melhores beijos que nós já demos.


Clara - É claro que eu aceito me casar com você, Meu Amor. - ela disse com um lindo sorriso no rosto.


- ATÉ QUEM FIM - Lucas, a Manu e a Sophia, -- Péra a Sophia? -- Gritaram juntos.

Clara - Sophia, espero que você seja uma otima madrinha pro Heitor. - ela disse sorrindo e a Sophi sorriu gentil.

Sophia - Pode ter certeza, Clara. - ela disse sorrindo.

Manu - Gente, eu vou postar em todas as minhas redes sociais, "MEU CASAL VAI CASAR SOCORRO BRASIL!" - ela gritou a última frase e saiu correndo em direção a porta. Acho que foi para outra casa, onde os amigos dela estavam com os adultos.

Heitor - Mamãe, papai. - ele gritou vindo dos fundos da casa, todo sujo de terra, junto com o Léo.

- O que aconteceu? - a Tina e a Clara disseram juntas.

Tina - Léo Barone, olha como você está, já para o quarto, vamos tomar um banho e você não vai mais brincar no quintal hoje! - ela disse brava e ele olhou com carinha fofa para ela. - nada de carinha fofa,  senhor pilantrinha, ou você quer que eu chame a vovó Nina para te dar banho?

Léo - Papai, Socorro! - ele gritou e todo mundo riu.

Clara - Vamos Heitor, vamos toma um banho. - ela disse pegando ele e subindo e eu a segui.

Henrique - Eu te ajudo. - disse e ela sorriu e me deu um beijo.

Heitor - Vocês tão juntos? - ele sorriu da forma mais linda e pura do mundo.

Clara - Vou te contar um segredo filho. - ela disse sorrindo - eu e o papai, vamos nos casar. - ela disse e ele colocou as duas mãos no rosto, como um emoji assustado.

Heitor - Então eu vou ter um irmãozinho em breve? - ele perguntou sorrindo.

Henrique - Quem sabe. - sorri.

Heitor - Não vejo a hora de ter um irmãozinho e brincar de carrinho com ele.

Clara - E se for irmãzinha? - ela disse e ele fez careta.

Heitor - Ela pode ficar voando com a cegonha para sempre. - ele disse e eu a Clara rimos.

Clara - Você é muito espertinho. - ela disse e ele fez cara de "eu sei".

Olhei para os dois que estavam sorrindo e tive certeza:nossa família ta completa.


               

                The End.


Notas Finais


Agora realmente acabou :( E aí o que acharam? Finalmente meu casal fav juntos depois de tanto tempo ❤😍

~Feh


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