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História Can't Remember To Forget You - Sizzy - É um dia de festa para nós.


Escrita por: Dessinha1206

Notas do Autor


Oi gente!!
Dessa vez é sério, estamos em RETA FINAL.
Juro juradinho que não vou enrolar mais (eu acho)
Bom, estou aqui pedindo uma help pra quem quiser reler a fanfic e me ajudar a encontrar pontas soltas que vocês gostariam que eu desse um final.
Um exemplo: A Helen e a Sophie não irão mais aparecer, por que eu já dei um final para elas. Acredito que depois desse capitulo, outros personagens também não vão aparecer.
Então me ajudem a dar um final com tudo que vcs tem direito!
Eu também vou reler a fanfic pra ver se estou esquecendo de alguma coisa muito importante, mas acho que tá tudo certo no meu cronograma heuheuheu
Bom, boa leitura!
Me perdoem se tiver erros ortograficos e até o proximo capitulo<3

Capítulo 34 - É um dia de festa para nós.


— Assim eu me envergonho de ser seu amigo, como assim vocês não transaram? — Lembrava de meu rosto esquentar ao ouvir Raphael profanar aquilo em minha cara.

— Nós transamos na viagem — retruquei. — E talvez, eu tenha dito que o amava enquanto isso.

— Foi a primeira vez? — Perguntou Raphael com seus olhares curiosos.

Acenei com a cabeça.

— Talvez tenha sido o momento errado, mas escapou e...

— Não se justifique. — Cortou o mais alto. — Se Simon tivesse se incomodado, vocês não estariam juntos. Custo em acreditar que ele não é um babaca qualquer, mas acho que depois do que vocês dois passaram... — Ele revirou os olhos naquele momento e admitiu mentalmente que Simon se importava comigo de verdade. — Merecem pelo menos sexo de verdade, e não os do tipo que eu gosto, algo mais especial.

Respirei fundo, olhando o celular e visualizando a mensagem que ele me mandara dizendo que estava chegando.

Fazia uma semana, eu me mudara em uma semana. Eu.

Simon ainda não tinha conseguido trazer todas as suas coisas, mas eu o obrigava ficar comigo vez ou outra, ou então corria para o apartamento de Raphael para ver se meu melhor amigo estava bem. Não parecia ter bebido desde o outro dia e estava consideravelmente melhor, ao ponto de conseguir me fazer concordar com aquela “surpresa”.

Levantei do sofá.

Caminhei até a cozinha, depois voltei para sala. E fiquei os próximos minutos repetindo o movimento. As mãos suando, as pernas sobre os sapatos tremendo.

Ouvi o som de algum movimento no corredor e respirei fundo.

Sentei de volta no sofá. Minhas pernas se cruzaram do jeito que Raphael havia instruído.

Um vento frio invadiu o apartamento quando Simon entrou pela porta, arrepiando a pele de minhas coxas. Encarei meu namorado, fingindo não ter percebido meus seios se enrijecendo sob a lingerie embaixo da roupa.

— Isabelle — Simon parecia inexpressivo. Não sabia o que ele estava pensando, e isso me deixava mais nervosa do que já estava.

Levantei de novo, dessa vez indo trancar a porta que permaneceu aberta. Passei ao seu lado e senti seu olhar fixo em mim.

— Estou tentando não ter expectativas sobre o porquê você me chamou com tanta urgência aqui. — Encostei a porta e virei a chave. — Nem sobre o porquê desse sobretudo, — ele fez uma pausa e desceu o olhar até minhas pernas — e as botas.

Minhas mãos ainda hesitavam quando soltei o cinto que fechava o sobretudo e deixei o conjunto que Raphael me deu de presente ficar a mostra.

— Isto é, — ele engoliu em seco — inusitado, Isabelle.

Não sabia se conseguiria falar, depois de sua voz entrar por meus ouvidos com tamanha excitação. Indiquei o quarto com a cabeça, então ele me deu as costas enquanto um sorriso malicioso lhe preenchia os lábios.

Deixei o sobretudo cair no chão.

E continuei andando atrás dele, o crescente nervoso subindo por meu corpo enquanto ele seguia para o quarto no final do corredor. Respirei fundo quando sua mão tocou a maçaneta e Simon entrou no quarto semiescuro, seus olhos avaliaram o quarto inteiro e só então ele se virou de novo para mim. Os olhos um pouco surpresos, com um brilho profundo.

Passei pela porta do quarto e parei logo atrás dele enquanto esperava que Simon dissesse algo. Eu não conseguia formular uma frase decente.

— Vai ficar calada? — Perguntou continuando a olhar cada canto iluminado pelas velas aromatizantes. Deixei que um risinho escapasse de mim e dei de ombros. — Não acredito nisso! — Simon se jogou na cama, e a colcha cheia de pétalas ondulou. — Estou esperando que comece a se explicar, Sophia.

— O que exatamente está esperando, Lewis? — Tentei conter o tremor ao caminhar mais para dentro do quarto. — Acredito que já saiba que minhas pernas bambeiam ao vê-lo em seus ternos, mas aconselho a não esperar que eu o tire. Ainda posso desistir de você e brincar sozinha.

Uma de suas sobrancelhas se levantou, junto com um sorriso ladino. 
Ele se sentou na cama, tirando o paletó.

Joguei a peruca platinada no chão. Seus olhos se semicerraram enquanto meus cabelos naturais caiam sobre os ombros. 

— Então esse é seu jogo, uma peça ou outra? — Perguntou. Fingi o ignorar e fui até a cômoda, tirei o lenço da gaveta um pouco precipitada. — Pronto. 

Me virei e o encontrei sem a camisa de botões também. Deslizei as mãos até o zíper da bota, não evitei empinar a bunda de um jeito que o provocasse e desci dos saltos.

Simon chutou os sapatos para longe, junto com as meias. 
Meus olhos avaliaram a roupa no chão, e soltei um risinho pegando a faixa. 

— Quero que deite na frente da cabeceira — esperei que ele retrucasse, mas apenas o vi me encarar de volta e obedecer. 

Subi na cama também, sentando em seu colo para amarrar o lenço na frente de seus olhos. 
— Não. Se. Mexa. — Estava prestes a sair de cima dele quando suas mãos seguraram minhas coxas contra si. Evitei praguejar, mesmo que fosse quase impossível sentindo-o embaixo de mim.

— O que está tramando? — Eu ri, inspirando o ar em seu pescoço. 
Meus lábios tocaram a pele bronzeada, o beijando centímetros abaixo da orelha. Escutei sua respiração falhar e mordisquei sua orelha. 

— Não estou tramando nada — Respondi descendo beijos por seu pescoço e clavícula. Minha língua tocava-o em pequenos momentos, deixando um rastro com minha saliva. 
Deslizei a mão por seu abdômen, chegando a barra da calça junto ao cinto.

— Acho que está na hora de nos livramos disso. — Deixei que meus lábios apreciarem a barriga perfeita dele até encontrar verdadeiramente a calça. 

Desabotoei o cinto e abri a calça. Simon levantou os quadris para que eu a tirasse e o fiz. Percebi a excitação presente ali em sua box vermelha e suspirei, mordendo os lábios do provável jeito que um dia o fizera me amaldiçoar.

Nunca pensei que pudesse me sentir mais atraída por ele que no momento onde nos beijamos pela primeira vez, e ali estava eu, quase suplicando para o ter, mas não tão rapidamente, ainda tinha favores a cumprir. 

Não enrolei muito ao deslizar sua cueca pelas pernas também, o escutei soltar o ar.

Eu não era a mais profissional naquilo, não fizera muitas vezes e me arrependia disso em alguns momentos. Respirei fundo, e segurei seu membro rígido em minha mão. Deslizando-a sobre ele algumas vezes.

Minha boca o tocou com incerteza, um pouco de timidez escondida atrás de meu olhar, que estava sobre cada um de seus movimentos. Deslizei meus lábios por ele, saboreando cada milímetro que minha boca encontrasse.

Seu maxilar ficou rígido, e vi suas mãos segurarem firmes nos lençóis. Não me permiti pensar muito, tomando-o mais fundo com a boca.

Algo entre um gemido e suspiro saiu por sua boca enquanto deslizava minha língua por ele. Uma de suas mãos acariciou meus cabelos, levei como um incentivo a continuar.

Sentia meu corpo esquentar a cada instante. Clamando por Simon.

— Isabelle. — Seus dentes trincaram, e meu olhar encontrou seus olhos vendados. — Preciso de você. Agora. — Soltei uma risadinha, passando a língua na boca ao deixá-lo apenas com minha mão o acariciando.  Ele arrancou a venda. — Tire o sutiã.

— Que mandão! — Retruquei deslizando a mão sobre ele mais uma vez. 

Minhas mãos encontraram o feixe nas costas, o soltei e joguei a lingerie sobre o ombro. 

— Agora vem aqui — Simon me colocou sobre seu colo e me beijou. 

De forma lenta e sensual. As mãos guiaram meus quadris, o encaixando sobre o seu, seus dedos deslizaram por entre minha parte mais sensível até sentir minha calcinha ser colocada para o lado.

Sua extensão roçou minha entrada, um suspiro me escapou e não me permiti esperar para deslizar sobre ele. Minhas mãos encontraram seus ombros enquanto o sentia se acomodar dentro de mim. Respirei fundo, subindo os quadris e os deslizando novamente. Simon praguejou, o fiz de novo.

Minha respiração estava irregular, o peito subindo e descendo cada vez mais rápido enquanto Simon me ajudava a montar sobre si de forma lenta e regulada.

Minha cabeça tombou para trás; o empurrei obrigando-o a se deixar e espalmei a mão sobre seu peito musculoso. 

Aumentei a velocidade enquanto rebolava, o sentindo entrar cada vez mais em mim. 
Simon dizia alguma coisa, mas não me permiti prestar atenção, só conseguia continuar e continuar, com apenas o som dos nossos corpos se chocando junto as batidas do meu coração em meus ouvidos. 

Meus olhos conseguiram encontrar os seus, perfeitos e com aquele olhar, o olhar que só eu receberia. Um sentimento novo me preencheu enquanto sentia a pressão dentro de mim se aliviar. E quando senti seu corpo entrar em combustão, Simon se derramando em mim, eu já sabia.

Nós dois seriamos para sempre.

***

Suspirei sentindo seus lábios deslizarem pela curva do meu pescoço.

 Simon estava atrás de mim no reflexo do espelho, com as mãos segurando firmemente minha cintura coberta pelo vestido florido e tentando-me a chegar atrasada na inauguração oficial do meu ateliê.

O empurrei para longe depois de sentir seus dentes rasparem em meu pescoço.

 — Precisamos ir! — Ele riu e levantou as mãos em rendição.

— Vamos então, mas não venha atrás de mim quando chegarmos — revirei os olhos.  

— O único que corre atrás de alguém aqui é você, querido — arquei uma das sobrancelhas e sai do quarto na frente dele.

Simon balançava a cabeça em negação.

Gostava de nossa mais nova rotina de provocações, conseguia ser ainda melhor quando sediamos a elas.

— Achei que estivesse nervosa, só estava tentando ajudar — ele deu de ombros.

— Tentando me ajudar a me atrasar! — Mesmo reclamando, se não estivesse realmente ansiosa pelo que poderia vir a acontecer hoje, teria me deixado levar por Simon e agora estaríamos fazendo algo bem mais produtivo do que cutucar um ao outro.

Dirigi até o ateliê, onde Catarina e Ragnor já estavam me esperando junto com muitos de nossos convidados.

De uma coisa eu tinha certeza, havia aprendido muito bem com minha mãe a como fazer um evento grandioso e não economizei na extravagancia ao desenvolver um para mim mesma.

Estávamos em um sábado, um em que o inverno já começava a se afastar e a brisa suave da primavera começa a tomar conta de Nova York. Senti meus cabelos voarem ao descer do carro e seguir para dentro do prédio de mãos dadas com Simon. Cada vez que o via, estava cada vez mais lindo, usava blazer e jeans azul escuro, os cabelos estavam muito maiores do que quando nos conhecemos e a armação quadrada estava em seu rosto, me deixando com um sorriso abobado no rosto.

— Aí estão vocês! — Ouvi a voz de Lilian depois de alguns passos da porta. Não tive muito tempo para verificar se a decoração que eu aluguei estava perfeita antes que a visão do homem ao lado de Lilian me deixasse completamente estática.

Dessa vez, seus cabelos estavam amarrados em um rabo de cavalo baixo, porém ele ainda vestia um terno elegante. Alaric carregava uma taça de vinho com uma das mãos e a outra se encontrava pousada na cintura da minha sogrinha.

Não pude evitar arregalar os olhos.

— Ah, Izzy! Esqueci de avisar que minha mãe traria o novo namorado dela — murmurou Simon me surpreendendo mais ainda.

— Namorado? — Perguntei atônita.

Alaric parecia ser um cara até que bacana, como eu já havia percebido antes, mas algo dentro da minha mente ainda me dizia que ele não tinha porte para eventos de moda. Não conseguia não suspeitar dele, ou de como conseguiu conquistar Lilian tão rapidamente.

— Isabelle! — Catarina parecia ter me visto então. — Já estava surtando sem você aqui.

Suas mãos saíram me puchando para longe da família do meu namorado. Catarina parecia estar tão tranquila quanto sempre, mas suas mãos estavam suadas em torno de meus pulsos e por alguns segundos pude ver suas pernas tremerem sobre os pequenos saltos que usava.

— Simon acabou me atrasando — respondi lembrando das dezenas de beijos que ele escolhera distribuir em meu pescoço enquanto terminava de me arrumar.

Um arrepiou passou por entre minhas pernas.

— Bom, a banda estava tocando sem ele! — disse como se fosse o fim do mundo.

— Tudo bem, me dê um minuto — disse, olhando o celular para verificar qualquer mensagem que pudesse indicar algum avanço em meus planos. — Richard já chegou? Preciso falar com ele! Enquanto isso, você arruma um jeito de mandar Simon para o palco.

— Como? — Seus olhos azuis se arregalaram.

— Inventa alguma coisa. Que o vocalista ficou gripado, morreu ou alguma coisa — falei tentando achar meu sogro e sua esposa no meio dos outros convidados. — Confio em você!

— E quando ele perceber que é a banda dele? — Perguntou quando eu já me afastava dela.

— Então você sai correndo! — E imitei eu mesma seu possível plano de fuga.

Havia conversado com Richard algumas vezes desde que jantei em sua casa, sobre Simon, sobre Raphael e sobre os dois em conjunto. Tínhamos chego a um consenso e estava a um passo de ajudar as duas pessoas mais importantes da minha vida no momento.

Ouvi algumas pessoas me elogiarem enquanto passava por elas, e enfim parei para olhar as garotas que rodopiavam no pequeno palco que tínhamos improvisado. Do outro lado do ateliê se encontrava outro palco improvisado para a banda tocar. E no meio disso tudo havia pessoas comentando sobre os dois. Acenei para Tessa, a fotografa que havíamos contratado e olhei uma última vez para o vestido no corpo da garota, encontrando os olhos verdes de Celine a avaliando.

Meus saltos me guiaram até o casal.

— Richard, estava te procurando! — Falei sorrindo para os dois. Estava realmente animada.

— E eu estava a sua espera — respondeu retribuindo o sorriso.

Ouviu-se o som parar de tocar e todas as cabeças viraram para a banda.

Alguém pigarreou no microfone.

— Gostaria de dedicar essa música a minha musa inspiradora e também a maior estilista que vocês irão conhecer! Acho que você já sabe que te amo, Izzy. — Não pude deixar de corar quando os olhares de Celine e Richard se viraram para mim curiosos.

Engoli em seco antes que conseguisse voltar a falar.

— Pediu que eu te provasse que Simon merecesse dias de descanso da empresa. — Respirei fundo olhando para meu namorado no palco. — Bom, você e todo mundo que o conhece verdadeiramente sabe que ele ama tocar! Nos últimos tempos, ele não tem chegado perto de qualquer instrumento para fazer o que mais gosta, por que precisa estar sempre dentro daquela droga de escritório! — Pensei que Richard fosse me xingar ao me ouvir falar mal de seu tão adorado escritório, mas Celine lhe deu um apertão no braço. — Nós quase terminamos e esse foi um dos principais motivos. — Passei a língua sobre os lábios tentando concluir meu pensamento. — Simon Lewis é um garoto jovem, com apenas 23 anos, ele poderia estar estagiando ainda em qualquer outro escritório e teria tempo para fazer o que mais adora, que é cantar e também, ter uma namorada. Mas ele tem um pai dono de um grande negócio, e não que eu não o valorize, mas Simon não dá conta, e até ele mesmo admite isso. Ele precisa de tempo para curtir a juventude! Sei que morarmos juntos parece loucura se pensar por esse lado, mas é isso que jovens fazem! Ele precisa de responsabilidades e precisa de momentos para ele. — Já não conseguia calar a boca a certa altura. — Sei que o Senhor está se afastando por causa do estresse, mas é exatamente esse mesmo destino que está dando para seu filho.

— E sua solução é? — Perguntou Celine interessada.

— Sei que Raphael é como um filho para o senhor, ele não era ninguém antes daquela empresa, então estive pensando que se os dois tocassem os negócios juntos, talvez tudo fosse mais fácil. Para ambos.

— Não vejo problemas nisso, Isabelle. — Respondeu Richard. — Mas acredita mesmo que os dois concordariam?

— Raphael vai ficar relutante e dizer que não é bom o suficiente para isso — dei uma risadinha —, mas assim que ele pensar em deixar tudo aquilo nas mãos de Simon vai mudar de ideia.

— Então não vejo problemas. — Richard voltou seus olhos para o palco, onde Simon cantava. Seus olhos estavam fechados, e não me lembro de o ver com os ombros tão relaxados. — Nunca percebi o quão bom nisso ele é.

***

Engoli mais um gole do vinho que me ofereceram.

— Ainda não acredito que tudo está dando certo — murmurou Catarina. Eu e Ragnor rimos enquanto ela dava pulinhos de alegria. Pulinhos de Alegria. — É uma honra trabalhar com vocês. Somos a melhor equipe de revolucionários da moda que Nova York já viu.

— Acho que já bebeu o suficiente, docinho — disse Ragnor tomando a taça da mão dela.

— Hey! — Ela reclamou pulando encima dele. Seu coque pareceu querer se desmanchar enquanto Ragnor — 2 vezes mais alto que Catarina — segurava a taça o mais alto que conseguia.

— Deixe ela, Ragnor! É um dia de festa para nós — murmurei olhando ao redor. Pessoas que eu não conhecia vinham nos cumprimentar, mas as que encontrei no evento onde Catarina e Ragnor armaram um show, me surpreendiam com seus elogios.

Não encontrava algo que chamasse atenção em meus modelos, mas as pessoas pareciam gostar de forma verdadeira. Talvez por perceberem o quanto nos entregávamos de corpo para nossas ideias; nós três, demos duro nos últimos dias para conseguir um evento legal, com boas ideias para nosso público — as pessoas que gostariam da moda que estava por vir, das roupas que nós iriamos ditar.

Um beijo foi depositado em minha bochecha me dando um susto. Olhei para o palco, onde Simon ainda estava cantando, sem o blazer e com as mangas da camisa arregaçadas e arregalei os olhos procurando por quem poderia me dar um beijo tão íntimo.

— Mandou bem, chica! — Raphael parecia muito mais bem-humorado e sempre me dava olhares maliciosos desde que contei a ele como seu plano tinha dado certo, parecia que ele tinha voltado a seu posto de melhor amigo quase gay.

— Como você está? — Perguntei olhando para seu rosto cada vez com menos olheiras.

— Resolvi alguns problemas com minha família — arqueei uma sobrancelha. — Parece que minha irmã quer que eu visite ela sempre a partir de agora — ele revirou os olhos, mas sorriu mesmo assim.

— Espero que uma promoção não atrapalhe seus planos de deixar de ser tão solitário.

— Que promoção? — Perguntou me olhando desconfiado.

— Não sei! — Dei de ombros.

— Não gosto quando me escondem as coisas — disse. — Dessa vez vou relevar só por que você mandou bem nessa festa. — Ele olhou em volta. — Onde estão suas futuras clientes? Preciso dar encima de alguma mulher antes que minha masculinidade caia ainda mais, nunca pensei que iria a algum evento de moda!

— Está vendo aquela loira ali no canto? — Perguntei indicando Camille com a cabeça. — Preciso de alguém para manter ela longe do meu namorado.

— Seu desejo, é uma ordem. — Ele saiu andando como se estivesse indo caçar a loira que eu tentava não odiar. Se seu vestido justo teria que chamar a atenção de alguém, que fosse do melhor chavequeiro que ela iria conhecer.

Me virei, procurando por Catarina e Ragnor. Mal percebi eles se afastando enquanto falava com Raphael e os encontrei falando com Lilith, a mulher pálida que eu conheci no terraço.

— Só falo se ela estiver presente — a ouvi dizer. Sua boca estava coberta por um batom quase tão escuro quanto seus cabelos, mesmo assim, ela ainda formava uma linha reta enquanto Ragnor parecia discutir com ela. — Ele pediu que eu falasse com ela.

— Algum problema? — Perguntei parando ao lado de Catarina.

— Nenhum! — Lilith sorriu abertamente. — Na verdade, apenas boas notícias! Meu chefe quer propor uma parceria com vocês. Ele acredita que vocês têm potencial o suficiente para que criemos um vínculo. Seria interessante que ligassem para nós afim de marcar uma reunião.

Ela abriu a bolsa de mão verde escuro, tirando de lá um cartão.

— Este é o cartão dele — ela o entregou em minha mão. — Parabéns, Isabelle! — Depois de um aceno, Lilith se retirou.

O cartão era dourado e preto, não havia muitas informações, porém na frente vinha um nome Alaric Garroway. Do outro lado do salão, mesmo com Lilian dizendo alguma coisa, ainda pude notar o olhar de Alaric sobre nós e um pequeno sorriso surgiu em seu rosto.

Meus olhos se desviaram dos seus no exato momento em que pude ver, uma garota, com a barriga totalmente redonda embaixo do vestido e os cabelos ruivos soltos sobre os ombros.

O que Clary fazia ali?


Notas Finais


Vou deixar aqui de novo o link da minha nova fanfic, que mesmo que eu ainda não tenha atualizado, estou escrevendo siiim!
https://www.spiritfanfiction.com/historia/lie-12286367


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