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História Cantada - Love will remember (penúltimo capítulo)


Escrita por: Dalis

Notas do Autor


É gente, tá acabando :((

Capítulo 46 - Love will remember (penúltimo capítulo)


Julia.

Hoje seria o dia em que o Luan receberia alta, ele ainda não havia se lembrado de nada e isso me deixava angustiada. Eu finalmente resolvi levar a Nicole para vê-lo, Luan e eu concordamos que era melhor esperar o momento certo, e era agora. Apesar de ainda não ter meu marido por inteiro, eu ficava imensamente feliz e animada com cada melhora dele, com cada resultado de exame que saía. Ser mãe de menina era uma das melhores coisas do mundo, a Nicole puxou à Bruna em relação a gostar de se vestir, andar arrumada, então de vez e quando nós combinávamos nossas roupas, penteados, inclusive hoje. Era uma data especial e merecia.

Optei por um vestido rosa com estampa de flores que destacava a pequena barriga arredondada que começava a se formar no meu corpo, e o da Nicole era parecido com o meu. Deixei meu cabelo solto, e coloquei uma tiara branca enfeitada com pérolas nos fios super lisos e pretos dela. Quando cheguei ao hospital, meus sogros já estavam lá.

- Oi meus amores, vocês estão lindas. – Marizete me abraça. – O Luan quer falar com você, Julia.

- Oi vovó, meu papai tá aqui? – Nicole observa o hospital.

- Está sim, meu anjo, daqui a pouco você vai vê-lo.

- Aconteceu algo sério? E cadê a Bruna? – pergunto curiosa.

- Adivinha? Deve está por ai flertando com o doutor Rodrigo. Vá falar com o Luan, eu fico com a Nicole e não se preocupe, não é nada demais.

Meu queixo vai no chão. Bruna e o médico? Minha cunhada não perde tempo mesmo, eu já tinha visto eles trocando olhares, e reparando bem, ele é bonito. Os dois combinariam. Nicole fica com o Amarildo e Marizete, e eu vou até o quarto de Luan sentindo um alívio por saber que é a ultima vez que venho aqui. Abro a porta e ele está saindo do banho.

- Ai Luan, desculpa. – peço envergonhada, eu já o vi assim várias vezes, mas é diferente pra ele.

Ele ri e enrola a toalha na cintura.

- Ahn, tudo bem. Somos casados, certo? Isso é normal.

- Você não imagina o quanto. Quer dizer, você voltou a usar nossa aliança. – reparo e mudo de assunto.

- É, estava na hora e além do mais, eu estava tendo um certo problema com as enfermeiras.

Sinto uma ponta de ciúme, mas não falo nada, pelo menos a aliança mostra que ele tem dona. E essa dona sou eu.

- Sua mãe falou que você queria conversar comigo. – digo quando ele se veste.

- Eu queria saber se você não ficaria chateada se eu passasse esses primeiros dias na casa dos meus pais, é do lado da sua, né? Quer dizer, da nossa casa. – ele corrige.

Fico surpresa com o que ele diz, afinal eu arrumei toda casa, nosso quarto. Pensei que ele voltaria a dormir comigo, tê-lo do meu lado depois de tanto tempo longe. Luan nota que estou pensando no que ele disse e se pronuncia.

- Mas eu só irei fazer isso se for uma situação confortável pra você, não quero que se chateie.

- Não é isso, eu entendo. – lembro que preciso ter paciência com ele. – Só volte pra casa quando se sentir bem.

- Obrigado por entender. – ele me abraça, seu nariz e barba roçando no meu pescoço me causam arrepios.

- Tem uma pessoa lá fora que quer muito te ver, vou pegá-la. – me afasto.

- Minha filha? – vejo seus olhos brilhando e assinto.

- Eu já volto, e pode terminar de se arrumar com calma.

 

 

Luan.

Ando de um lado para o outro na ansiedade de ver logo minha filha, e uma figura pequena entra correndo pela porta e pula em cima de mim. Eu a seguro num abraço forte, é a melhor sensação do mundo.

- Papai saudade. – suas mãozinhas apertam meu pescoço. – por que o papai me esqueceu? – ela ameaça chorar e Julia me olha no canto da porta.

- Ahn, o papai tava dodói, mas já estou bem. – digo sem jeito. A analiso, ela tem os olhos azuis, pele branca e o cabelo preto liso. O sorriso parece com o meu. Como eu posso ter esquecido delas duas?

- O papai vai brincar comigo? – ela tem um jeito doce de falar e fico apaixonado.

- Sim, muito minha princesa. – beijo seu rosto.

- Eba. – ela comemora.

- Luan, você pode ficar com a Nicole por enquanto, pra ela matar a saudade. Só peço uma coisa, deixa eu dormir com ela? é muito ruim aquela cama enorme só pra mim.

- Claro, Julia. Vem cá, cadê esse médico pra assinar minha alta?

- Se eu te falar que ele deve está por ai com a sua irmã, você acredita? – ela ri, e caramba, que sorriso lindo.

- Com a minha irmã?

- Eles estão ficando, eu acho.

- Entendi, vamos esperar por enquanto.

Fico conversando com a pequena no meu colo, ela é incrivelmente inteligente pra quem tem só dois anos. Julia dá um sorriso de vez em quando, e depois de alguns minutos, o doutor Rodrigo aparece. Não deixo de notar as manchas de batom no canto da boca. Ele me passa alguns remédios, e conversa comigo sobre o que eu posso fazer e o que não posso.

 

 

Algum tempo depois.

 

Julia.

Doze dias se passaram desde que Luan voltou pra casa, ele precisava ir ao médico uma vez por semana, repetir os exames, além de fazer um acompanhamento mais intenso pra recuperar a memória, poderia levar mais tempo, e eu já começava a me sentir incomodada. Nicole passava o dia com o pai, e ficava comigo à noite. Eu precisava lembrar que não era culpa do Luan não lembrar de nada, e sim do Israel, por falar nele, ele foi preso mas se soltou em poucos dias por não termos provas para acusá-lo. Estou tentando manter isso abafado, Luan não precisa se estressar agora e estou sabendo resolver a situação com o advogado.

Aos poucos, volto a minha rotina e a agência. Larissa está sendo super compreensiva com toda essa situação, acho que não vou conseguir agradecer nunca. Estou caindo de sono, porém mesmo assim tomo um banho para despertar e começo a me arrumar pra mais um dia de trabalho e entrevista com modelos. Estou distraída me maquiando em frente ao espelho e não vejo quando alguém me agarra por trás, beijando minhas costas e fazendo com que a fina alça da minha blusa desça pelos meus ombros. Viro assustada.

- Luan? – estou confusa.

- Eu lembrei, meu amor, lembrei de tudo. – ele me aperta. Ouvir isso é musica para os meus ouvidos.

- Tem certeza? Meu Deus!

- Tenho, eu acordei e era o Luan de novo. O seu Luan, Julia a minha memória voltou do nada. Os acontecimentos estão um pouco bagunçados, mas eu lembro sim. E sabe o que eu mais quero agora? Recuperar o tempo longe de você.

- O meu trabalho.. – tento raciocinar quando Luan começa a descer a boca pelo meu pescoço.

- Você não vai hoje de jeito nenhum, hoje você é só minha.

Não consigo explicar como conseguimos chegar até a cama tropeçando, foi questão de segundos até que estivéssemos sem roupa e o corpo de Luan cobrindo o meu por cima de mim. Senti tanta falta dos beijos, toques e do amor dele que não me importo com nada que acontece fora do nosso quarto. Luan está de volta, e a partir de agora nada pode nos separar de novo. Ele explora cada parte do meu corpo, inclusive meus seios que estão bem maiores por causa da gravidez. Reagir aos seus estímulos é quase impossível pra mim, estou rendida a esse cara desde o primeiro momento em que o vi. Nem sei se ele podia fazer esforços, mas tenho certeza que nenhum de nós conseguiria controlar tudo que fizemos essa manhã, meu corpo implorava pelo dele, e o dele pelo meu. Pude sentir.

Depois é a minha vez de matar a saudade do meu jeito, o jeito que eu gosto. Perdemos a noção do tempo quando caímos um ao lado do outro. Puxo o edredom para me cobrir e esperar minha respiração normalizar.

- Eu sou muito sortudo. – Luan tira os fios de cabelo grudado em sua testa.

- Por que?

- Eu tive a chance de me apaixonar por você duas vezes. A primeira, alguns anos atrás, e agora. Eu via o jeito que você cuidava da nossa filha, a atenção que tem a ela e como se dá bem com todas as pessoas ao seu redor. Como você sorri, quando sente ciúme e tenta disfarçar, tudo isso me encantou de novo. E saiba de uma coisa, me apaixonar por você mais uma vez é bom demais.

Penso em algo pra dizer, ele me deixou sem palavras. Ele ama fazer essas coisas. Fico de bruços para olhá-lo bem. Seus dedos fazendo carinho na linha das minhas costas que não foram cobertas pelo edredom.

- Queria te dizer umas coisas bem lindas, mas acho que um eu te amo basta. É isso, eu te amo e quero te provar isso todos os dias pelo resto das nossas vidas.

- Coisa linda. – Luan se inclina para me beijar mais outra vez.

Deito minha cabeça no seu abdome, e quase cochilo com ele mexendo no meu cabelo.

- Luan, tem uma coisa que ainda não te contei.

- O que é?

- O seu acidente foi causado pelo Israel, lembra dele?

- O Israel do seu trabalho? Aquele que você falava? Por que ele faria isso comigo?

- Porque ele é obcecado por mim, e achou que se te matasse eu poderia ficar com ele. O seu advogado e eu já estamos resolvendo isso, ele foi preso, mas o soltaram por falta de provas. Eu tenho certeza que foi ele, eu ouvi ele com outra pessoa no telefone, desculpa não ter contado.

- Você devia ter me contado, agora faz sentido à ligação que recebi naquela manhã que o carro capotou, pensei que pudesse ser o Hugo. – sua expressão se fecha.

- Não fica com raiva, vai. Estava preocupada com você, foi pro seu bem. Eu devo ter um imã pra atrair gente que não presta, só pode ser isso.

- Está tudo perfeito entre nós, não vou estragar por causa de ninguém. Mas essa história ainda vai ser resolvida.

- E enquanto a gente não resolve, faz o que? – o provoco roçando minha perna na dele.

- Ah, eu tenho muitas ideias, Srta Julia. 


Notas Finais


Já to com saudade de escrever pra vocês!! O que vocês acham de outra fanfic? Aceito sugestões.


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