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História C.A.O.S.: Carnalmente Apaixonada, Operação Sonserina! - Tentando uma conversa


Escrita por: Quatorzevoltas

Notas do Autor


Eu sei que PanMione é o foco porém, há toda uma história antes. Vocês são pacientes?

Capítulo 5 - Tentando uma conversa


 

"Forgive your enemies but never forgot theirs names."

 

Primeira reunião dos monitores do ano. Um saco.

Já estava ali à 15 minutos, só ouvindo o blábláblá dos monitores chefes que aguardavam o professor Snape. Iriamos nos juntar com os restos dos monitores das outras casas quando ele chegasse, junto aos professores responsáveis pelas casas. Se ele demorasse mais que cinco minutos, talvez eu vomitasse por ouvir toda hora uma pergunta de Draco, como se estivesse realmente fascinado por ser monitor.

Draco só estava feliz em ser monitor para poder ficar com qualquer menina à qualquer hora. Infeliz.

- Relaxa, Pan. Seu primeiro mês de monitoria será comigo! - Blasie estava empolgado por ficarmos como dupla no primeiro mês e não vou negar, eu também estava.

- Tem razão. Não vou nem comparar vocês dois. - Sorrimos um para o outro, enquanto eu fazia carinho no seu cabelo curto e armado, como um pequeno afro. Ele estava sentado perto da prateleira da sala enquanto eu apoiava meu peso em seu ombro, sentindo sua mão percorrer minhas costas.

Havíamos nos tornado amigos com benefícios desde o começo do ano retrasado, quando dei meu primeiro beijo. Blaise tinha uma paciência extrema para um garoto com os hormônios à flor da pele, mas eu entendia. Ele foi criado pela mãe, que educou sozinha, ele e duas irmãs então, por mais que fosse um cafajeste e mulherengo, ele respeitava a vontade das garotas e sempre deixava claro que não estava a fim de relacionamentos duradouros. Não era como Malfoy, que iludia todas as garotas para ter diversão.

- Querem todos se sentar, por favor?! - Dumbledore. Amanda havia me contado sua teoria de como Dumbledore era gay, mas não fazia sentido nenhum. Pouco sabíamos sobre este homem que botava medo em todos pela sua sabedoria e apenas dizer: "Ele nunca se casou" não era motivo para mim. Sempre achei que ele e McGonagall tinham um caso, mas a vida sexual dos professores não me interessava nem um pouco.

A sala foi claramente ampliada para tornar-se um ponto de referência para reuniões dos monitores, pois ficava na ala leste e bem localizada para as outras salas de aula, como se qualquer monitor pudesse entrar para ter reuniões de emergência. Os monitores chefes de cada casa, 3 para cada, ficaram ao lado dos professores responsáveis. Cada casa, fora os 3 monitores chefes, tinha em torno de 9 à 15 monitores. Alguns não conseguiram comparecer, como o Hélio Schffer da Corvinal, pois estava queimando em febre. Os outros alunos monitores, quando entraram na sala, procuravam ficar o mais afastado de nós, Sonserinos.

Não entendo o porquê de tanto medo e preconceito um com o outro, pois mesmo não demonstrando para todos, eu nunca tive problema com outros alunos por não serem puro-sangue ou ricos como a maioria dos Sonserinos. Havia ensinado muito para minha irmã Cissy porém, quanto mais ela crescia, mais me ensinava. Ela sempre fora muito ingênua e meu pai dizia que esse era um defeito dos trouxas, pois simplesmente ignoravam muito do seu redor. Eu pensava totalmente ao contrário! Cissy via o melhor das pessoas, sempre querendo ajudar a todos.

Esse ano, fiz uma promessa a mim mesma: Deixaria meus pensamentos comandarem minhas ações.

Eu pensava bem de muitas pessoas mas sempre fui muito fechada e nunca sabia como demonstrar. Aprenderei com minha irmã, que ama abraçar e dizer o quanto me ama. Fora minha mãe, ela era a única para quem eu dizia "te amo" constantemente.

É claro que não iria ficar dizendo coisas boas sempre. Deixaria apenas meu medo de me expressar de lado e daria atenção especial para meus sentimentos esse ano. Estava na hora de crescer como pessoa! E a primeira lição seria deixar a vergonha e o ego de lado e pedir a Granger, que estava estranhamente mais próxima de mim na sala, para que tomasse conta de minha irmã, já que eu não poderia cuidar tão bem dela estando em outra casa porque mesmo de olho nos corredores, não poderia ficar com ela na sala comunal da casa.

Enquanto Dumbledore explicava para todos como seria o monitoramento, eu espiava a interação de Granger com alguns outros alunos. Ela era a típica nerd que muitos evitavam, tanto por ser insuportável com regras quanto por ser a famosa amiga de Harry Potter, outros apenas tratavam-na como qualquer outra garota: flertando. E obviamente era o Weasley.

Inadmissível. Ele nem fazia contato visual, apenas a linguagem corporal dele denunciava. Uma cenoura ambulante!

Sendo bem mais alto que ela, ficou atrás, encostado numa carteira enquanto Granger, de braços cruzados, prestava atenção no discurso de Dumbledore, mesmo respondendo ao Weasley de forma curta. Não conseguia ouvir o que diziam pois a voz dele não chegava aos meus ouvidos mas poderia afirmar que ela tinha todo o controle nas mãos... só não fazia ideia de como usá-lo.

- O que tanto olha para o casal, hein?! - Senti a mão de Blaise descer para minha cintura, enquanto ele levanta e ficava em pé ao meu lado, com um dos pés apoiado na cadeira. Sua voz saiu extremamente baixa, fazendo-me sorrir e encostar meu corpo ao dele.

- Já percebeu o quanto eles também mudaram? Cresceram? - Sorri ao ver seus olhos arregalarem, enquanto ele virava o rosto.

- Não acredito que tá mesmo a fim do Weasley? Era disso que queria falar, suicídio?! Ou quer apenas fazer ciúmes no Draco, porque não é necessário um Weasley para isso. - Levei minhas mãos para tapar minha boca, enquanto ria e virava meu corpo para tentar esconder meu rosto do restante das pessoas na sala. - Qual é, Weasley? Sério?!

- Você é retardado ou o que, Blaise? - Ainda rindo, segurei seu braço enquanto ele também ria, baixinho, tampando a boca. Olhei para os lados e alguns alunos também estavam conversando entre si, e Dumbledore apenas explicava como seria a monitoria acompanhada.

Nenhum aluno, seja monitor ou novato, poderia estar desacompanhado nos corredores a noite pois mesmo não tendo toque de recolher, os monitores chefes estipulavam os horários para cada ano junto com os professores responsáveis e se qualquer monitor pegasse algum aluno fora da sala comunal, poderia aplicar tanto uma detenção - dependendo das atividades que o monitor achar que são desrespeitáveis ou perigosas -, quanto tirar pontos da casa.

E admito que eu estava louca para tirar pontos das outras casas, pois nunca ganhamos a taça das casas desde quando cheguei na escola. Na verdade, só a Grifinória ganhou desde que o Santo Potter fez presença.

- Na verdade, Blaise, a Granger. - Seus olhos arregalaram novamente e seu sorriso desapareceu. Virei meu rosto para Snape, vendo ele encarar duas alunas do sétimo ano que não paravam quietas. Uma delas, ex do Blaise, encarava-nos com os olhos quase queimando, enquanto a outra ria de leve de seu aparente nervosismo. Levei minha mão para a mão de Blaise que estava quase criando raiz na minha cintura e apertei, encarando seus olhos escuros. Ambos eretos agora, vi Blaise, muito maior que eu, fazer um gesto obsceno para Gregory, que riu baixinho perto de Snape, na nossa frente.

- E depois de dois meses, juntaremos as monitorias das casas, por sorteio, por também dois meses. - A sala, antes com alguns murmúrios, ficou em absoluto silêncio. Eu conseguia ver apenas os olhos brilhantes de Dumbledore, como se ele gostasse de cada uma das reações. Passaram-se poucos segundos depois da fala mansa do diretor e a sala irrompeu em comentários. Vozes alteradas, sussurros em todo canto... até Snape estava pálido, talvez por imaginar algum de seus alunos em monitoria com outras casas, ou melhor dizendo, em duelo até a morte com alguma outra casa.

Apenas de imaginar que eu poderia fazer dupla com o Weasley, meu estômago embrulhou.

Uma coisa era comparar a inteligência de Granger com sua chatice com regras e outra coisa seria comparar as caretas de Weasley com sua inutilidade com qualquer outra coisa. Acho que até Longbottom seria mais útil num duelo do que Weasley, pois o corpo de Longbottom era bem maior e provavelmente, conseguiria me esconder por trás dele como uma muralha.

- Tá ai sua chance com a Granger. - Bufei, dando um peteleco no pescoço de Blaise.

- Eu só disse que ela está menos feia, não disse que quero uma chance com ela. - Rindo, abraçou meu corpo. Depois de alguns alunos discutirem com Dumbledore – mesmo ele sendo o diretor da escola -, todos acalmaram os nervos e se comprometeram a dar o melhor para a escola.

- Mas sabe, Pan... ela até que está bem gostosinha mesmo, hein?! - Bufei, dando um tapa no braço forte de Blaise, quando já tínhamos saído da sala de reuniões, caminhando atrás de Granger e Weasley. O caminhar de Granger era suave mesmo sendo rápido, tentando acompanhar os passos largos das pernas magrelas de Weasley. - Eu só fiz uma constatação, Pansy! Ai! - Disferi alguns tapas nos braços do negro alto, chamando atenção de alguns alunos que viraram para ver o protesto que Blaise fazia.

- Para de ficar olhando pra bunda dela, Blay! Alguém pode ver, seu idiota. - Puxandoo cabelo grosso de Blaise, vi ele assentindo, segurando minhas mãos, parando de andar.

- Que ciúmes é esse, hein?! - Rindo, abraçou meu corpo, limitando meus movimentos.

- Não é ciúmes, seu ridículo! É precaução. - Ele gargalhou, pegando minha mão e começando a caminhar rápido, conseguimos alcançar o lugar atrás de Granger e o cenoura. Pensei que ele iria começar a provocar com algumas piadas sobre Granger porém, continuou andando até quando fomos ultrapassá-los. Eu quase corria tentando acompanhar seus passos. - Hey, Granger! Bela saia.

Um completo idiota! Continuei correndo enquanto ele puxava minha mão, até chegarmos no corredor da sala de professor de feitiços, senhor Flitwick. Blay fez com que eu me encostasse na parede enquanto colocava suas mãos acima de minha cabeça, me encurralando em meio corredor.

- Que azedume é esse por causa de uma Grifinória, huh?! Você de repente começou a gostar de garotas? - Bufei, levantando meus braços e empurrando seu corpo forte, que apenas tirou as mãos da parede.

- Não de repente, idiota. Admito que sempre senti uma curiosidade e depois que realmente tirei a prova com a Mel... - Ele gritou em meio ao corredor, me assustando tanto que peguei minha varinha do bolso da calça social, que usava para substituir a saia do uniforme, de vez em quando.

- Como assim tirou a prova com a Mel? Mel? A Tipats?! - Nunca pensei que Blaise conseguisse ser tão escandaloso. Sua voz era grossa mas seu tom falhava pela animação e desespero em saber de tudo de uma vez só. 

- Quer parar de gritar pra meio mundo bruxo ouvir?! - Apertei minha varinha contra seu abdome, percebendo ele ficar tenso. Todos que me conhecem sabem que não se deve mexer comigo, principalmente quando estou irritada. - Aparece na torre de astronomia antes do nosso toque de recolher hoje. Eu iria contar na nossa primeira vigília juntos mas como não seremos os primeiros, sei que não vai esperar.

- Você me conhece muito bem, Pan. - Agarrou minha cintura, me obrigando a abaixar a varinha. - Sabe, sempre imaginei você e a Amanda comigo. Seria demais, huh?!

- Todos os homens heterossexuais do mundo sonham em ter duas garotas para o próprio prazer, é?! - Revirando os olhos, ri do bico que se formou na boca carnuda de Blay. Envolvi meus braços em seu pescoço e puxei para baixo, o obrigando a ficar curvo e se apoiar na parede para ter equilíbrio.

- Não faço ideia, mas acho que qualquer pessoa que tenha você, não precisa de fantasias sexuais com outra pessoa... você é boa, Pansy. - Franzi minhas sobrancelhas, mordendo seu lábio, fazendo um gemido de dor escapar pela sua boca.

- Não sei se levo isso como um elogio... Draco me trocou e você sabia, idiota. - O leve gosto de sangue assumia meu paladar enquanto observava ele passar sua língua pelos lábios, tentando amenizar a dor.

- Eu já disse que foi pra proteger você. Não queria você chorando pelos cantos igual aconteceu. - Blaise era muito mais ligado a mim desde que nos conhecemos do que qualquer outro garoto do nosso circulo social, o que me fez conhecer muito a sua personalidade. Ele não era mentiroso, detestava mentiras... nem sabia porque ele era da sonserina, afinal.

- Já passou, cala a boca. Amadurecemos, certo?! - Seu olhar de carinho me deixou mais quente quando suas mãos grandes e pesadas escorreram da minha cintura para meu quadril, puxando meu corpo para mais perto. Coloquei minha varinha de volta no bolso enquanto Blaise aproximava seu rosto do meu pescoço.

- E muito, Pan. Quer continuar com nossa amizade quente ou quer amornar a situação?! - Gargalhei baixinho enquanto arrepiava, sentindo seu hálito quente perto da minha orelha.

- Acho que você ainda não percebeu o quanto eu estou quente esse ano, Blay. - Sua risada rouca soou sexy em minha orelha, seguida de uma mordida em meu lóbulo.

- Não percebi mesmo, Pansy. Quer me mostrar?! - Puxou ainda mais meu corpo em direção do seu, fazendo com que eu sentisse seus músculos definidos que cerquei com minhas mãos trêmulas. Beijando meu pescoço, passava a mão em minhas costas, apertando mais meu corpo entre o seu e a parede, fazendo com que eu sentisse calor.

Lembro bem do meu primeiro beijo, com ele. Estava ansiosa mas confiava no senso dele para que me deixasse confortável mas ele fez o oposto. Deixou com que eu explorasse sua boca o quanto quisesse.

"Sinta. Fecha os olhos e me sinta."

Memorável! E foi ali que percebi que seriamos ótimos amigos e também, muito mais que amigos.

Estava dia e nós, no meio do corredor. Claro que ele é grande suficiente para cobrir meu corpo para quem visse apenas ele de costas mas cautela sempre foi um ponto forte meu então, mesmo beijando e mordendo seu pescoço, pouco acima da clavícula, mantinha minhas mãos longe de sua pélvis. Mesmo querendo, mesmo com meu corpo clamando, empurrei levante seu ombro largo, pousando minhas mãos em seu rosto, puxando para o meu.

Blaise sempre foi quente, mulherengo e confiante. Ele sabia que era gostoso, um pedaço para o caminho das trevas. Difícil resistir ao seu cheiro amadeirado, másculo e forte. Seus lábios cobriam os meus com suavidade e destreza, deixando em minha boca o gosto de suave de manjar que comemos juntos no café da manhã.

- Blay. - Sentindo suas mãos apertarem minha bunda, sorri enquanto observava ele juntar todo o auto controle que parecia juntar sempre que eu "brincava" com ele. - Podemos terminar isso na torre, mais tarde.

- Terminar? Mal começamos,  Pansie. - Por um breve momento, achei que Blaise iria me agarrar ainda mais em pleno corredor porém ele apenas subiu suas mãos quente para meus seios, apertando gentilmente, para arrumar meu uniforme que devido ao breve calor do dia, usava apenas a camiseta fina com a gravata frouxa.

Seguimos para a sala comunal da Sonserina, apenas para pegar nossas bolsas com o material das aulas. A primeira do dia, poções. Duas seguidas.

Por mais que sempre que eu realmente gostasse de poções, a aula do Snape, mesmo sendo o professor responsável pela Sonserina, era um porre. Parecia que mesmo querendo ensinar para os interessados, prestava atenção apenas na própria casa, fazendo alguns outros alunos de outras casas, ficarem dispersos. E isso atrapalhava todas as aulas e o futuro rendimento escolar de todos. Menos, claro, quando Granger tentava responder as questões. Uma vez insuportável sabe-tudo, sempre insuportável sabe-tudo, mesmo estando mais calada esse ano.

Snape dividiu a sala em duplas. Como sempre, Weasley parecia querer "pegar" Granger toda para si mas dessa vez, ela afastou-se deles e ficou sozinha na carteira da frente, esperando as outras duplas serem formadas e alguém sobrar. Ou então, apenas esperando Longbottom notar que a aula seria em dupla, com um colega de sala, não apenas ele e o caderno. Senti Blaise me cutucar, assentindo que eu não precisava de ninguém para bolar um plano por mim.

- Hey. - Ouvi uma risada baixa e rouca, constatando ser de Blaise, que talvez observasse tudo atrás de mim. Granger me encarou como se esperasse alguma piada sarcástica ou que eu sumisse logo. - Dupla?

- Oh. - Sua expressão era uma mistura de choque com descrença. - Claro.

Nunca fui boa em fazer amizade pois mesmo sendo brincalhona e falante, sou tímida e recatada para com meus sentimentos. Como iniciar uma pseudo-amizade com Granger, sendo que ela supostamente me odeia?!

- Hm, Granger. - Minha voz era baixa e um tom mais fina que o normal, para não parecer intimidante nem arrogante. Percebi, pela minha visão periférica, ela virar a cabeça em minha direção enquanto formava um leve bico entre seus lábios carnudos. - Será que... você por acaso fez...

- Se sua irmã está indo bem?! - Com um leve sorriso nos lábios, perguntou com a entonação de sempre. Sabe-tudo. Assenti com a cabeça enquanto pensava em socar seu belo nariz levemente achatado. - Cissy é uma garota doce. Mesmo com alguns alunos implicando pelo fato de ser irmã de uma sonserina, ela fez amizades com alguns alunos do primeiro ano.

- Hm. E sabe me dizer quem está implicando com minha irmã?! - Minha voz saiu controlada apesar do meu desejo de sair estupurando cada um dos alunos da grifinória.

- Relaxa, tá!? Ela sabe se virar muito bem. Tem a língua afiada... é mais parecida contigo do que realmente aparenta ser. - Sorrimos uma para outra. Ela sinceramente e eu cinicamente. - Ela sabe se virar, Pan... Parkinson.

- Pansy. Pra você é... pode ser. - Quase ouvir meu primeiro nome sair por entre seus lábios me fez arrepiar. Maldito seja Grifinória!

Passamos o resto das duas aulas trocando apenas curtas frases, necessárias para a comunicação da dupla para a atividade que Snape passou. Foi algo simples, poção revigorante. Já havia feito antes, quando Mika estava muito mal pelo fim do namoro rápido com um dos quinto-anista que, na época, era o artilheiro do nosso time. Ele saiu da escola quando sua mãe morreu, mudando-se para o Peru com o pai e suas irmãs. Amanda me ajudou no preparo da poção que fizemos sem ninguém saber, mas que ajudou Mika. E devo admitir que essa poção fluiu muito melhor feita por mim e Hermione. Nossa química é boa. Ambas temos inteligência mais que suficiente e boa coordenação motora.

- Granger. - Saindo da sala de aula, segurei seu braço que apoiava a bolsa marrom que ela tinha desde o segundo ano.

- Hermione. Pode ser. - Novamente o sorriso leve e divertido brincava em sua boca. Franzi minha testa enquanto segurava para não sorrir também, vendo Potter se aproximar. - Relaxa. Já disse que ela sabe se virar.

- Tudo bem, Mione?! - Potter me analisou, olhando se cima a baixo. Suspirei e assenti, dando um leve aperto em seu braço e soltando-o.

- Tudo, Harry. Por que não compareceu a aula...?! - Observando ambos se afastarem, andando até o cabeça de cenoura, ajeitei minha bolsa  no ombro, andando para o lado oposto.

- E seu futuro amorzinho, hein?! - Blaise sussurrou, enquanto enlaçava meu pescoço com o braço, mexendo no meu cabelo.

- Engraçadinho. Por que você não vai caçar o que fazer?! - Dei um tapa em seu braço, desencostando do seu corpo quente. Estava realmente estressada por não ter conseguido falar direito com Granger. Primeiro porque tivemos pouco tempo antes de Snape começar a metralhar o que fazer com os ingredientes da poção e segundo que o trio de ouro nunca se separa.

- Relaxa, Pan. Continua com cautela e irá conseguir o que quer. - Estanquei no lugar, olhando feio para Blay. Ele levantou as mãos, em sinal de rendição, deixando com que eu seguisse meu caminho em silêncio.

Quando algo não sai como eu quero, eu realmente fico irritava. Ainda mais com o idiota do Blaise sempre dizendo o óbvio! É claro que iria continuar tentando me aproximar dela contudo, não era apenas por causa da minha irmã. Não mais. Granger adicionou um novo ar para sua personalidade, um quê de flerte. Aquele sorriso divertido que brincava em sua boca e aquele olhar de quem sabia o que causava.

Eu havia colocado uma meta no meu plano de falar com Hermione Granger. Quando conseguisse ficar sozinha com ela, daria um jeito de pedir para que cuidasse de minha irmã, apenas dar um apoio melhor e quando conseguisse, tentaria me aproximar dela sem um pretexto, para que ela conseguisse entender meu interesse em sua... amizade.

Ah, quem estou enganando?! Eu quero muito que ela se atraia por mim. Merda.


Notas Finais


Apenas repito: Quem espera, sempre alcança. E a espera, vale a pena!


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