1. Spirit Fanfics >
  2. Capitu >
  3. Four

História Capitu - Four


Escrita por: LMesquita e EngMonroe

Notas do Autor


Boa noite, bebês!!!
Tia Monroe aqui de novo, depois de uma década sem postar nessa fic. Estou um pouco atarefada com assuntos de trabalho, já que voltei de férias :'(, e Louise está na faculdade, estudando como louco! Mas enfim...

Espero que gostem do capítulo de hoje, escrevi com muito carinho e amor!

Boa leitura! ❤

Capítulo 4 - Four


Fanfic / Fanfiction Capitu - Four

 

Se acostumar a nova vida em Chicago estava sendo fácil para minha família e eu. Bel ia muito bem na faculdade, minha mulher adorava lecionar em Illinois e a rotina corrida do hospital me fazia sentir cada vez mais útil. Isso só confirmava o amor absoluto que eu tinha pela medicina e por cuidar das pessoas que precisam de mim. 

Fiz plantão durante todo o fim de semana e no domingo a noite, saindo do hospital indo pra casa, exausto, avistei ao longe a garota dos olhos hipnóticos...

Capitu

Sozinha, ela estava sentada no ponto de ônibus. Já era muito tarde para uma moça da idade dela andar desacompanhada, ainda mais para um lugar tão perigoso como aquele. Dei a volta com o meu carro e parei em frente ao ponto. Quando o vidro se abriu, percebi o susto em sua expressão, naturalmente.

"Tenha calma! Sou eu, Evan Wyler. Tio da Bel e médico do hospital aqui atrás." Gesticulei com a mão. "Vi você sentada aqui no ponto e como já passam da meia noite e o lugar é extremamente arriscado, pensei em te dar uma carona pra casa." 

"Eu tenho vergonha, Sr. Wyler." Ela se aproximou do carro, olhando para mim.

"Vergonha por que?"

"Não quero causar nenhum incomodo ao senhor." 

"Não será incomodo algum! Ficarei me sentindo responsável se deixá-la aqui sozinha a essas horas." Ela pensou, pensou e pensou, até finalmente aceitar. Capitu entrou no carro, tímida, pedindo-me licença. Ela segurava uma bolsa pequena de alças longas e vestia o uniforme da lanchonete que ficava ao lado do hospital. No caminho, ela demorou dizer alguma coisa, por isso resolvi eu mesmo quebrar aquele silêncio desagradável. 

"Você trabalha na lanchonete sempre até mais tarde?"

"As vezes sim! Principalmente quando preciso de uma grana extra." 

"Ah, então eles te pagam por esse tempo a mais que você fica?"

"Depende do humor do meu chefe." Sorriu em sequência. "Na maioria das vezes eu não recebo, a não ser que eu comece a choramingar bastante pelas migalhas. De qualquer forma eu acabo tendo que trabalhar em um bar que fica no centro da cidade, pra ter o suficiente para as contas de casa e pra metade da mensalidade na faculdade." 

"E seus pais? Não ajudam você?" Pela cara que ela fez depois da minha pergunta, senti que fui um pouco infeliz com o questionamento. Ela abaixou a cabeça por um instante e depois olhou para fora, através do vidro. "Desculpe! Eu disse algo de errado?" 

"Não, é que..." Ela me fitou e voltou a refletir sozinha. "É um pouco complicado..." 

"Entendi." Suspirei um pouco sem graça. "Perdoe-me pela minha indelicadeza!" Continuei a dirigir, constrangido por a ter deixado sem jeito. 

"Sr. Wyler, eu queria agradecer o senhor por não ter dito nada sobre o que aconteceu no hospital, aquele dia que estive em sua casa." Capitu voltou a me encarar. 

"Apenas cumpri com os termos éticos!" Ela sorriu para mim. "Bom... Acho que chegamos! Você mora nesse quarteirão?" 

"Sim, é bem ali naquela casa amarela." Apontou. Sua casa ficava a poucas quadras da minha. "Obrigada mais uma vez pela gentileza, Sr. Wyler! Eu teria ficado um tempão naquele ponto esperando o ônibus passar." 

"Não me agradeça! Nós devemos sempre ajudar uns aos outros. Jamais deixaria você esperando naquele lugar perigoso. Eu sou pai e logo penso que, gostaria que fizessem o mesmo se fosse com a minha filha." 

"Agora eu entendi porque a Bel fala tão bem do senhor. É um cara muito legal, Sr. Wyler!" Dei um sorriso discreto, que foi se fortalecendo ao olhar daquela garota e ao seu sorriso enigmático, que eu sentia querer me dizer alguma coisa. "Boa noite, Sr. Wyler!" Ela abriu a porta do carro e saiu. "Manda um beijo pra Bel, por mim, por favor!" Continuou. Capitu foi seguindo até a porta de sua casa e antes de entrar, me fitou uma última vez e me deu um thauzinho com a mão. Involuntariamente, fiz o mesmo e fui embora. 

 

 

 

A semana passou voando, como um furacão. Fiquei tão atarefado nos meus plantões, que mal vi minha família. Já que eu havia ficado o final de semana anterior no hospital, consegui alguns dias de folga. Amy e eu fomos para nossa casa de campo e Bel, infelizmente, teve que ficar pois faria uma prova no Sábado, para faculdade. 

Viajamos na quinta de manhã e chegamos ao anoitecer. Na sexta, aproveitamos a harmonia do campo e da natureza, junto a oportunidade de estarmos a sós, e tivemos uma segunda lua de mel. Eu amava minha esposa a cada dia mais e os segundos​ que eu passava ao lado dela, era como estar no paraíso. Ela me fazia muito feliz!

 

Sábado havia amanhecido com um sol escaldante. Fazia muito calor no estado​ da Pensilvânia. Assim que acordei, fui correndo para a piscina me refrescar. Amy preparava nosso café, em agradecimento pelo jantar que eu havia feito noite passada. Aos pés da piscina, tirei a camisa e meu short, pronto pra dar um belo mergulho. De repente, saída de baixo da água, vi surgir uma criatura encantadora. Tirei os óculos escuros, para poder observá-la melhor e admirar cada detalhe seu. Era uma sereia, filha dos mares, dona de uma beleza inigualável! Ela me encarou com aqueles grandes olhos misteriosos e me hipnotizou com o seu sorriso sedutor. Como era linda! Não conseguia parar de olhá-la. Me senti preso ao chão, enfeitiçado e privilegiado por estar diante daquele anjo. Ela acenou para mim, que acenei de volta, sorrindo, todo abobalhado. Senti uma vontade incontrolável, vinda do meu coração, de pular imediatamente dentro da água para que ela me devorasse e me tornasse parte do seu ser. A um passo da minha loucura...

"Tio Evan?" Uma mão tocou meus ombros, me despertando daquela hipnose. Olhei para trás e vi que era minha sobrinha. "O senhor está bem?" 

"Bel?..." Questionei ainda confuso e desorientado. "quando chegou aqui?" 

"Ontem a noite!... Eu sei que deveria ter ligado, mas fiquei com vergonha de acordar o senhor e a tia Amy." 

"Sua tia não me disse nada." 

"Pedi pra não dizer. Queria te fazer uma surpresa!" Bel me abraçou. "Olha só quem veio comigo, a Capitu. Lembra dela?" 

Quando ouvi aquele nome e mirei para o outro lado da piscina, novamente entrei em transe e tudo a minha volta passou a se mover com lentidão, como se o tempo não tivesse pressa. A garota saiu da piscina, passando as mãos no cabelo encharcado, tirando o excesso de água. Ajustou a parte superior do seu biquíni e depois as tiras da parte inferior. Fiquei observando cada movimento que ela fazia e não pude deixar de notar em sua delicadeza. Capitu voltou seus olhos para mim, fez brotar um sorriso em seus lábios de um jeito tão adorável!... como da última vez, não me contive e também sorri em resposta. 

"Tio?" 

"Sim?..." 

"O senhor está tão esquisito hoje." Bel fez a observação achando graça. 

"Desculpe-me Bel, você dizia...?" Minha sobrinha caiu na gargalhada e eu fiquei com cara de idiota, sem saber o motivo de seu divertimento. 

"O que a tia Amy colocou no seu café, hein?!" 

"Falando de mim, dona Maybel?" Amy apareceu atravessando a porta de acesso entre a cozinha da casa e a área de lazer. "Posso saber sobre o que as minhas duas pessoas prediletas conversam?"

"Por enquanto nada! O tio Evan parece estar no mundo da lua. Assim fica impossível desenvolver uma conversa, né?!" Bel ironizou. 

"Só estou um pouco distraído, nada de mais." 

"Distraído com o quê?" Amy questionou. Sua pergunta me fez ficar apreensivo. 

"Bom... Com a beleza das árvores, o ar fresco, o céu límpido. Sabe que sou um amante desse lugar." 

"Eu também!" Ela completou. 

"Bom dia!" Uma voz doce nos cercou. A voz dela.

Capitu

"Conseguiu se refrescar, querida?" Amy perguntou com um sorriso amistoso. 

"Sim, senhora! A água está ótima. Estou sentindo uma leveza tremenda no corpo."  

"Com esse calor que está fazendo, nada melhor que um bom banho de piscina." respondeu Amy. 

"Muito obrigada novamente pelo convite, Sra. Wyler! Nunca estive num lugar tão bonito como este." 

"Não precisa agradecer, querida! Amigos da Bel, são nossos amigos também, não é mesmo, Evan?" Eu estava com o olhar fixo na garota. Aqueles olhos... "Evan?" 

"Não falei que hoje ele está no mundo da lua?!"

"Dizem que pessoas apaixonadas vivem com a cabeça longe. Estão o tempo todo distraídas! Vários gênios da arte eram assim. Estavam sempre sonhando, a procura da sua inspiração perfeita." Respondeu Capitu olhando nos meus olhos. Um nervosismo estranho me invadiu e me fez fugir daquele olhar intimidador.

"Apaixonado é, Sr. Wyler?!" Minha esposa me questionou em tom de ironia. 

Com sacrifício, tirei minha atenção da garota e olhei para Amy, voltando para minha realidade. 

"...E como não ser um apaixonado, estando ao lado de uma mulher tão especial quanto você?"

"Tão romântico quanto os meus poetas favoritos." Sorrindo, ela me abraçou e me deu beijo. 

"Ah não! Ninguém merece essa melação toda! Vamos dar o fora daqui, Capitu. A partir daí, só piora!" Bel disse aos risos puxando sua amiga pela mão, adentrando a casa. 

 

 

 

No fim de tarde, minha esposa estava bastante misteriosa. Me fez ir dar uma volta,  quase o dia todo com a Bel, mostrando a cidade para sua amiga, Capitu. Estava desconfiado que algo tinha associação com o meu aniversário, mas minha sobrinha fingiu-se de desentendida e não deixou escapar nada. 

Somente no fim da tarde, minha sobrinha insistiu que fossemos embora. A casa estava com todas as luzes apagadas e o silêncio cobria todo o lugar. 

"O que está acontecendo aqui? Cadê a Amy?" Questionei. Bel olhou para Capitu e as duas sorriram. 

"Vem cá, tio! A gente tem uma coisa pra te mostrar." Tampando meus olhos com as mãos, ela me guiou até algum lugar da casa. 

"O que você e sua tia estão aprontando, hein?" 

"Você verá!" Após dar alguns passos, paramos e então Bel tirou as mãos do meu rosto, as luzes se acenderam. 

 

"SURPRESA!!!" A palavra ecoou com ênfase em coro. 

 

Vários amigos e familiares estavam presentes. Todos cúmplices da minha esposa e minha sobrinha que havia preparado uma festa linda em comemoração ao meu aniversário. 

 

"E como vai a vida em Chicago?" Fernando, um grande amigo da faculdade me questionou, tomando um gole de cerveja. 

"Está caminhando! Foi estranho se acostumar no início, porque a rotina é totalmente diferente daquela monotonia da Flórida. Mas estamos nos adaptando. Amy adora a universidade e a Bel está indo muito bem nos estudos."

"Fico feliz que tudo esteja dando certo! A gente sente sua falta na Flórida." 

"Também sinto falta dos nossos plantões juntos e das cervejadas de fim de semana." Tomei um gole da minha garrafa de cerveja. "E como você está, Fernando? Continua o mesmo​ galinha de sempre ou resolveu ajeitar a vida?" Ironizei.

"Nem todos tem a mesma dedicação para formar família como você, meu amigo! Tem muita sorte de ter encontrado uma mulher como a Amy." 

"Tem razão! Amy é uma mulher fantástica." 

"Pena que as outras não são como ela."

"Muita decepção amorosa? Logo você? O mais pegador de todo nosso grupo da faculdade?" 

"Digamos que eu não sei bem administrar uma relação." 

"Entendi." 

"Além do mais, eu até prefiro estar solteiro. Dessa forma eu fico livre e posso dormir com quem eu quiser, sem ter que fazer votos de eternidade ou dar satisfação de cada passo que eu der por ai." Achei graça da forma sarcástica de Fernando. Ele não havia mudado em nada mesmo! 

Minha sobrinha, uma festeira nata, decidiu animar a festa e ao som de Shiny Happy People, junto a Amy e Capitu começaram a cantarolar e dançar. Eu as observava me divertindo com a felicidade contagiante delas. Fernando também observava, mas com uma atenção especial na amiga de minha sobrinha. Seu olhar parecia de um predador pronto pro ataque a sua presa. 

"Quem é ela?" Questionou sem tirar os olhos de Capitu. 

"É uma amiga da Bel, da faculdade em Chicago."

"Essa cidade está começando a parecer interessante."

"Como assim? Não entendi."

"Bem gostosinha essa amiga da sua sobrinha, hein?!" Fernando virou mais um gole de sua bebida. 

"O que há de errado com você, Fernando? Dando em cima de crianças agora é?!"

"Criança não tem esse corpo todo, Evan. E olha que de corpo de mulher eu entendo muito bem!" 

"Como você é babaca! Esse moça tem idade pra ser sua filha." Achei asqueroso o jeito que ele falou de Capitu. Ela era só uma garota ainda. Muito jovem! 

"E olha só a roupa que ela colocou. Acha que não foi de propósito? Essa barriga de fora, esse shortinho curto... Mexe com a imaginação de qualquer homem. Ainda mais dançando desse jeito..." 

"Cala essa boca, Fernando! Você pode ser processado por isso, sabia?" 

"Calma, Dr. Wyler! Foi só um comentário."

"Comentário bem infeliz por sinal."

"Tio Evan," Bel veio até nós, junto de Capitu e Amy. Ela me deu abraço apertado e me felicitou pelo meu 44° aniversário. "mais uma vez parabéns! Eu te amo muito e te desejo tudo de melhor que a vida possa oferecer. Você é um pai incrível!..."

"...E um marido formidável!" Completou Amy, me dando um beijo. 

"Vocês que são muito especiais e eu não sei o que seria de mim sem as duas. Eu amo vocês! Essa festa ficou perfeita, muito obrigado." 

"Você merece isso é muito mais, meu amor!" Amy me abraçou. 

"Bom, eu e a Capitu vamos entrar agora. Estamos morrendo de sono!" 

"Que nome mais interessante o seu! 'Capitu'. O que significa?" Eu sabia que Fernando não perderia a oportunidade. 

"Na verdade eu não sei o significado, mas descobri a pouco tempo, através da Sra. Wyler, que é o nome de uma personagem de um livro famoso." 

"Exatamente! Capitu de Dom Casmurro, um romance cheio de mistério e muito excitante." Amy complementou.

"Traição não é excitante, amor." 

"E como tem tanta certeza que houve traição? Bentinho era tão obcecado por Capitu, que via coisas a onde não tinham. É excitante ver ele perder a cabeça de amor por ela!" 

"Então quer dizer que Capitu é uma mulher atraente que deixa os homens loucos por ela?" Fernando ironizou cheio de segundas intenções pra cima da garota. Ela o fitou e abriu o mesmo sorriso daquele dia, quando a levei para casa.

"Sempre muito engraçadinho, né Fernando?!" Bel o repreendeu. 

"Eu me chamo Fernando Foster. Sou médico, amigo da família!" Sorrindo ele se apresentou. 

"Que legal, Fernando! Agora vamos, amiga!" Bel segurou na mão de Capitu.

"Esperem mais um pouco! A noite está tão agradável." Fernando insistiu. "Está com sede, Capitu? Quer um gole de cerveja?" 

"Fernando, seu idiota! Oferecendo bebida alcoólica pra uma adolescente?" Acabei ficando irritado. Ele estava passando dos limites! 

"Qual é, Evan? Ela não é criança!" "Você por acaso é menor de idade, gatinha?" Capitu achou graça e deu risada. 

"Não, já completei 18." 

"Então estamos resolvidos. Pode tomar um gole da minha cerveja, se quiser." 

"Obrigada, Sr. Fernando, mas eu não bebo!" 

"E está certa! Bebida não é pra uma menina da sua idade." Respondi. 

"Não tem absolutamente nada a ver com a minha idade, Sr. Wyler, até porque já tenho maioridade e sei bem dizer o que quero ou não. Eu não bebo porque não vejo sentido algum nisso!" Percebi que ela ficou incomodada com o que eu disse sobre sua idade. 

"Tudo bem, se você não gosta de bebidas alcoólicas, eu posso te buscar um refrigerante."

"Não, Sr. Foster, obrigada! Eu já estou indo pra cama." 

"Paramos com as formalidades. Pode me chamar apenas de Fernando." 

"Okay, Fernando!" Ela disse sorrindo. 

"Capitu, vamos! Eu estou exausta." Bel a apressou." Boa noite pra vocês!" 

"Boa noite, querida, durma bem!" Amy respondeu. 

"Boa noite, Sr. e Sra. Wyler!"

"Boa noite!" Eu e Amy respondemos juntos.

"Boa noite, Fernando! Foi um prazer conhecê-lo." Capitu estendeu a mão e o cumprimentou. 

"O prazer foi todo meu, gatinha!" Ele beijou a mão dela, com um sorriso safado estampado na cara. Que absurdo! Fernando era um ano mais velho que eu e ver ele cantando a amiga da minha sobrinha, me deixou com repulsa. 

 

Já era madrugada quando a festa terminou e todos foram embora. Amy estava muito cansada, podia ver nos seus olhos que mal se mantinham abertos. Pedi que ela deixasse a bagunça comigo e que fosse descansar. Ela já havia trabalhado demais por hoje.

 

"Sr. Wyler, ainda acordado?" Uma voz sussurrada se dirigiu a mim. E lá estava ela, com os pés descalços, uma camisa comum, shorts confortáveis e cabelo bagunçado. Com uma carinha amassada, olhos cerrados e a cabeça encostada na porta, me observava. Os braços pareciam pesados de sono, quase jogados. Capitu tinha um jeito doce e encantador, que prendia minha atenção de um jeito inexplicável. 

"E...eu estou sem sono! Então resolvi organizar essa bagunça. E você?"

Ela coçou os olhos antes de me responder. 

"Estou com sede." Foi a única coisa que me disse. A analisei mais uma vez e fui até a geladeira e peguei um copo de água fria. Entreguei a ela, que pegou em minha mão com as suas junto ao copo. Capitu levou a bebida até a boca e tomou tudo. Seus olhos estavam quase fechados e seu rosto sereno. Vê-la passando a língua nos lábios, me fez sentir algo estranho. Uma sensação indecifrável por todo meu corpo. Capitu se aproximou mais, quebrando toda a barreira de privacidade entre nós. Ficando na ponta dos pés, devido sua pequena estatura, pegou em meus ombros e de surpresa, me deu um beijo no rosto. 

"Feliz aniversário, Sr. Wyler!" Sua voz estava suave e sonolenta. Suas mãos foram soltando dos meus ombros devagar e ela virou as costas, voltando para o quarto, sem nem dar oportunidade ao diálogo.

Toquei o rosto, bem em cima do seu beijo e fiquei paralisado, sem saber o porquê, senti uma ternura latente no coração. Essa garota tem um efeito sobre mim, mas não consigo explicar o porquê ou de onde vem essa sensação que tenho quando ela está perto. Apenas sei que deve ser perigoso e preciso me manter sóbrio desse encanto irresistível. 

 


Notas Finais


Gostaram? Espero que sim!!!
Beijos de luz. 💋


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...