Kagura tinha passado em uma loja de vestidos antes de ir para casa, pois já sabia que não iria ter um vestido adequado para a ocasião. “Como assim? É só um jantar entre amigos” enganava-se a ruiva.
Agora a ruiva maquiava-se e checava o vestido em minuto a minuto, escolhera seu contorno favorito para a ocasião, passava o batom vermelho no qual a ruiva sabia que destacava sua pele branca como a neve.
- Por que eu estou tão ansiosa?
Kagura corou com o próprio fato, ela deveria está resolvendo o caso não perdendo tempo com paixão, mas ela não evitava, o loiro a encantou de algum modo.
Quando acabara de arrumar-se, checou pela última vez seu reflexo no espelho, estava linda. Logo escuta uma buzina do lado de fora, o stalker tinha chegado. Ela pegou sua bolsa com um mini kit de maquiagem e sua bolsa de guarda dinheiro, a ruiva não permitiria que o homem pagasse tudo.
Ela pega a chave da casa e sai. Tranca e quando olha para Sougo parou imediatamente, “Lindo. ” Corando logo em seguida. Enquanto Sougo pensou a mesma coisa mesmo que estranhamente a pele da ruiva não estava tão branca assim.
Sougo usava um smoking preto refinada, Kagura supôs que foi muito caro assim como o carro em que o loiro saira para pega-la e direciona-la para dentro de uma Lamborghini Aventador preta. Era muito luxo para Kagura.
Sougo, antes de passar a marcha para sair com o carro virou-se para Kagura e disse – Esse contorno não combina com você.
Kagura o olhou feroz tentando encontrar algum defeito visual no loiro, mas infelizmente teve que apelar para outras direções – Pelo menos não sou uma stalker.
Sougo beija a bochecha da ruiva e sorrir sarcasticamente para ela enquanto a mesma só analisava o loiro e concluiu que ele só podia ser bipolar, a única explicação.
Kagura queria voltar no tempo, ir até aquela loja e comprar outro vestido, um mais elegante por que o loiro a levara para o restaurante mais caro da cidade. Ela sentiu uma mão pegar na sua, grande e quente, ela já sabia de quem pertencia, mas estava muito corada para olha-lo e ele apenas a guiou lentamente até a entrada.
Sentados na respectiva mesa na qual o loiro tinha reservado, pediram um vinho para começar.
- Sougo, por que convidou uma mulher que conheceu em menos de dois dias?
Sougo, que estava vidrado nos olhos de Kagura saiu de seu mundo e respondeu: - Então é assim que interroga os suspeitos? Com perguntas difíceis de responder?
Kagura iria responder de forma áspera, mas por conta da chegada do garçom com o vinho e dois copos. Enquanto o garçom botava o líquido dentro dos copos Kagura começou outra conversa:
- Já que você sabe onde eu moro, nada mais justo você falar onde mora.
O garçom tinha ido embora – Depende – Kagura fez cara de confusa – Quer saber onde eu moro sozinho ou onde eu moro em solidão?
- Solidão? – Questionou rapidamente.
- Sim, é uma longa história.
- Adoro histórias.
Sougo riu – Bem, eu vim de uma família rica que aos poucos os donos foram morrendo ficando apenas eu e minha irmã que agora já falecera.
- Sinto muito.
- Então eu fiquei com a mansão que é muito grande para uma só pessoa morar, eu me sentia solitário, então eu comprei um apartamento minúsculo em um local reservado que é onde eu moro sozinho.
Kagura bebericava o vinho – Rico? Realmente, você tem cara de mauricinho.
Sougo ri e pôs sua mão sobre a de Kagura – Me fale sobre você.
Kagura cora levemente ao tocar de Sougo – Não sei muito bem o que falar sobre mim.
- Tente.
Kagura sorrir desajeitada – Bem, meu pai é o delegado chefe em Illinois e meu irmão está preso.
- Preso?
- É, ele se envolveu com gangue aos 14 anos, não respeitava nosso pai, era muito violento, mas ele sempre me protegia.
- Protegia de que?
Kagura engoliu seco – Dos meus colegas de sala.
- Já entendi.
Kagura aperta a mão de Sougo, não era fácil falar do irmão, principalmente do motivo que foi preso. Ela não queria mais falar dela, não se fosse para continuar falando de seu irmão.
- Não se preocupe, eu posso lhe proteger de suas colegas de dança.
- Como assim?
- Vamos dizer que sua popularidade com homens deixa as mulheres com inveja. – Sougo escuta uma risada meio triste vindo de Kagura, então resolvera mudar de assunto – Mas está na cara que você não era daqui.
Kagura ri – Pois é.
- Mas eu já sabia assim que cheguei na sua casa – Kagura olhou confusa – Uma pessoa que tem garagem, aposto que tem um carro também, mas como não conhece muito bem a cidade vive saindo de taxi.
- Como sabia que tenho um carro?
- Associei o valor de seu salário com a garagem que eu vi em sua casa.
- Meu salário? Como sabe meu salário?
- Internet.
Kagura ficou maravilhada – Sougo, você é muito bem nessas coisas.
- Que coisas?
- Investigação!
- Pensei que falaria “stalkear”.
Kagura corou pela milésima vez – Também!
Sougo ri e termina de beber o vinho que estava em seu copo, ele estava adorando a presença da ruiva, até demais.
- Vamos pedir o jantar.
Saiam do restaurante com sorrisos de uma noite divertida, uma noite que ainda era uma criança pensava Sougo, mal ele sabia que aquela noite não teria continuação.
- Como assim você é dono desse restaurante?
- Ué, o dinheiro tinha que sair de algum lugar.
Nenhum dos dois estavam bêbados, mas Kagura via-se como se não fosse ela, estava rindo por qualquer coisa que o loiro falava ou contava, todos os gestos dele impostos sobre ela a fazia corar.
Eles entraram no carro ainda falando de coisas aleatórias e bobas até que o celular de Kagura toca.
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