08/05/17
Eu olho pra algumas coisas e me pergunto se estou realmente certo da escolha.
Sabe a dúvida entre o sabor do salgadinho? Talvez eu prefira os dois ou somente o de galinha caipira.
É inevitável sentir tremores ao ver um par de olhos em minha direção.
"Não, não é para você" minha mente diz mas eu continuo a ter esperanças mesmo que elas sejam reprimidas no fundo da minha alma, é tão irritante ter dúvidas de que isso seja apenas uma brincadeira.
"Não é real, não se engane" e eu continuo a me enganar, continuo a agir como uma garotinha no início do descobrimento dos sentimentos... é tudo novo afinal.
"Não seja tolo" e continuo sendo tolo porque não me impeço de alimentar essa coisa esquesita que continua tomando proporção em meu peito.
Queria poder sentir o calor de verdade mas continuo a me embrenhar entre os lençóis e me lamentar por dar alimento a esse sentimento que luto em matar.
Eu não me sinto bem na claridade talvez em minha cabeça a luz faça com que meus sentimentos mais obscuros sejam expostos a mercê de todos que me olham superficialmente passando as vistas pelas camadas de roupa e conseguindo ver meu âmago revelado e minha pele em chamas.
Eis que me camuflo na escuridão, onde qualquer brilho e sorriso seja apenas tinta preta sem formas nem nada, me escondo atrás de um casaco quente de moletom e muitas vezes um capuz que digo ultilizar somente por ser confortável mas no fundo certamente tem um motivo.
A minha liberdade vem as tardes, onde passo sozinho em meu quarto mais uma vez no escuro, por trás de um aparelho que me faz entrar no meu próprio mundo de lamentações.
A minha fachada cai, tiro a armadura ja gasta com o tempo e permito que minha alma ganhe o mundo ainda no escuro escutando boa música.
Não sou uma garotinho...muito menos uma garotinha...
Eu sou alguém frustrado demais com as próprias dúvidas.
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