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História Cartas Manchadas - Capítulo 1


Escrita por: bugshuntz

Notas do Autor


Hello manass!
Após muito tempo, pensei em uma ideia para uma One MadArcher, mas acabou se tornando uma fic.... Bom, espero mesmo que gostem e que comentem o que acharam.

Capítulo 1 - Capítulo 1


Fanfic / Fanfiction Cartas Manchadas - Capítulo 1

Capítulo 1 

Devo lhe confessar que passei horas pensando em o que escrever para ti. Minhas mãos já falham ao tentar escrever seu nome nesta folha de papel, por conta de todas as tentativas anteriores... As lágrimas que tanto lutei para não deixa-las cair molharam e rasgaram todos os outros bilhetes em branco que pensei em escrever para ti. Estou olhando o céu, como em nosso primeiro encontro, e vendo como as estrelas formam diversos desenhos diferentes; observando como a lua nunca é maior que nosso dedo. Sim, eu sorri agora, e creio que sabe disso.

Estou falhando em escrever tudo o que tenho a lhe dizer, pois não é fácil. Não pense que está sendo fácil para mim, ou que estou me livrando de um fardo. Peço que jamais pense isso de mim...  Deixo-lhe o caminho para seguir e pensar se, algum dia, iremos nos amar outra vez. Se, alguma vez, você estará pronta para dar o próximo passo e oficializar nosso relacionamento. Se você, alguma vez, irá deixar de ter vergonha de nós. Esta parte foi a pior coisa que já escrevi em minha vida. Deixar-te partir nunca fez parte dos meus planos, pois você é o meu sorriso, é como o ar que entra e escapa de meus pulmões. No entanto, não posso continuar assim. Eu devo te deixar partir.

Tilly Alice Jones

 

Marcada pelas dobras que lhe foram feitas e molhada pelas lágrimas que a regaram, a bela e entristecida carta que Alice a enviara estava entre as mãos de Margot Robin enquanto terminava de lê-la para si mesma. De seus olhos, as lágrimas esguichavam molhando ainda mais o papel em que possuía o doce aroma do perfume de sua remetente. Molhando as lentes de seus óculos redondos, as lágrimas embaçavam a visão, fazendo-a tentar enxuga-las com o dedo polegar.

Do alto do viaduto era possível enxergar as luzes das casas iluminando toda a cidade abaixo de seu nariz. Ainda ao longe era possível ouvir o som do jazz, o sorrir das crianças, e até o choro mudo de algumas pessoas. As mudas lamúrias nascidas, naquele instante, em seu interior foram trazidas em forma de lágrimas poéticas. Amor tentando vencer o sofrimento, fazendo-a querer correr atrás pela primeira vez na vida. A dor consome o interior, junto a um sentimento de culpa por jamais ter tido coragem de dizer o quanto amava Alice. As lágrimas doídas demais para serem escritas, tampouco descritas pincelavam o rosto e rasgavam a carta ao cair sobre o papel.

 Parecia uma pintura a forma em como aquelas árvores distorcidas e secas abaixo do viaduto davam aspectos quase como o de um filme de terror; principalmente como caíam tão combinatórias àquelas árvores banhadas pelo céu escuro e nuvens avermelhadas. E, acima dessas tristes e secas obras da natureza, estava Robin, uma jovem que chorava por ter sido uma completa idiota. Com os pés descalços, queimando por conta do frio que fazia, abriu os braços abraçando a tristeza que me afligia.

Fechou os olhos, ainda de braços erguidos, e sinto-se flutuar como uma nuvem ao alto dos céus. Porém, lembrou-se... Ela confesso a si mesma que foi uma péssima companheira, mesmo que não fosse um relacionamento oficial. Alice sempre quis conhecer Zelena Mills, mãe de Robin, mas ela sempre arrumou desculpas para essa apresentação. Alice, a todo abrir de minha boca, aguardava ansiosamente para que ela lhe dissesse as simples e significativas palavras "eu te amo" tranquilamente na frente de outras pessoas da família.

"Você realmente a ama?"  Emma, Regina, Mulan e Aurora perguntavam isso, assim como ela também se perguntava mesmo sabendo a resposta. Que tipo de amor é esse?  "Se não a ama, deixe-a ir."  Robin simplesmente a amava, mas não se sentia boa o suficiente para ela.

Amava o toque, como pincéis passando cuidadosamente os dedos em sua pele. Amava a voz, que pode ser comparada a um coro dos anjos aos céus. Amava o modo de ver o mundo, tirando-a de qualquer realidade devastadora. Amava a combinação de seus cabelos dourados como os raios solares ou como a pétala de um girassol, com seus olhos azuis como as infinitas e misteriosas águas do oceano. E, de fato, Alice era assim. Amável ao ponto de fazê-la questionar como nasceu alguém como ela. Era um mistério aos olhos verdes de Robin.

Sentiu, então, em meio às lágrimas e devaneios, o celular vibrar dentro do bolso do casaco. O coração estremeceu, queimando como chamas do seu interior. O corpo empalidece ao cogitar um único nome. Alice. Ela estava ligando.

 A-alô?  atendeu rapidamente sem ao menos ver o número.  Alice?

 Hospital Storybrooke Maine, boa noite...  antes que pudesse terminar a frase, Margot se desesperou. Um choro desenfreado iniciou-se, formando um nó subindo de seu peito à garganta.  É parente de Tilly Alice Jones?

 S-sim...  o balbucio que deu foi o suficiente para que ela entendesse.  Ela está bem?  perguntou, ouvindo a atendente suspirar do outro lado da linha. Era obvio que ela não estava bem, aliás, ela estava no hospital.

 Sinto em lhe dizer, mas Alice foi atropelada. Entramos em contato com o número que ela mais entra em contato.  por mais que a noticia fosse péssima, a moça parecia muito simpática.  Gostaria de saber seu parentesco com a paciente.

 Sou a namorada...  respondeu entre choros, percebendo o quão idiota foi a nunca ter a apresentado para a própria mãe. Dizer em voz alta que Alice era "minha namorada" foi de uma sensação maravilhosa, tirando a ocasião.  Acha que ela irá ficar bem?

 Senhorita, infelizmente eu não posso te passar as informações.  respondeu-a. – Compareça ao hospital, que tudo lhe será esclarecido.



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