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História Cartas Não Endereçadas - Mikhael.


Escrita por: Nicolas-

Notas do Autor


Oi gente, esse capítulo é o último capítulo. E é um pouquinho triste, mas só um pouquinho mesmo.

Capítulo 7 - Mikhael.


POV Narrador


Era uma noite tranquila, da janela do seu quarto, Mike via toda a cidade. Não era um apartamento muito bom, na verdade, era horrível, as paredes estavam descascadas, com infiltrações. O teto ainda tinha marcas de um antigo incêndio.


Mike olhou a sua volta e suspirou. Como ele parou ali? Era um aluno exemplar, não tão exemplar em matemática, mas isso não vem ao caso. 


Não conseguiu fazer uma faculdade, e após a morte dos pais, desistiu de tentar fazer qualquer coisa.


Após tantas frustrações, nem se permitia mais manter os seus sonhos vivos dentro de si.


Mike andou até a cozinha, com passos lentos, se abaixou perto do armário e pegou uma garrafa de whisky barato, seu único companheiro.


  — É, amigo... Parece que somos só eu e você. – Mikhael falou melancólico, se dirigindo de volta ao seu quarto.


Se encostou na porta e começou a beber o líquido amargo, que descia queimando pela sua garganta.


Ele bebeu até que só sobrasse poucas gotas no fundo da garrafa.


Nesse momento, sua visão já estava turva e sua mente já não raciocinava direito.


Os seus pensamentos estavam todos bagunçados e tudo que tentou reprimir esse tempo todo, vinha a tona.


  — Eu… Odeio o Pac! – Cuspiu as palavras. Talvez tenha dito-as para algum ser invisível, ou talvez para a garrafa de whisky.


Mesmo com a visão turva, Mike conseguiu ver as cartas em cima da sua cama. Estava relendo-as. As novas, e aquelas que escreveu quando ainda era só um adolescente assustado.


Mike se levantou e foi até a sua cama, pegou as cartas e as rasgou em pedacinhos, até o selo não era mais reconhecível.


Saiu do quarto cambaleando, graças ao álcool.


Parou na porta do apartamento, colocou a mão na maçaneta e abriu-a.


Saiu do apartamento e desceu as escadas, tropeçando em alguns degraus.


Quando chegou a portaria, a mesma estava vazia. Andou até fora do prédio. As luzes doiam as suas vistas. Tudo estava turvo, também, Mikhael estava bêbado.


Não enxergava os faróis, e conseguia distinguir os semáforos.


Mikhael começou a atravessar a rua, suas pernas oscilavam e ele estava se desequilibrando cada vez mais. Os carros buzinavam e freiavam bruscamente.


Quando ele estava passando, um desavisado não conseguiu freiar a tempo.


Mikhael foi arremessado e o aquele carro passou em alta velocidade pelo mesmo.


Nesse mesmo instante, em uma sala de parto de algum hospital chique do centro da cidade, um choro de um bebê foi escutado. Tarik pegou seu primogênito nos braços e olhou-o. Tinha lindas orbes castanhas esverdeadas.


Uma enfermeira entrou correndo na sala, sussurrou poucas palavras com Tarik, que entregou o bebê para uma outra enfermeira próxima e saiu correndo da sala.


Tarik era o contato de emergência de Mikhael e ainda não conseguia acreditar no que havia acontecido, Mikhael havia partido daquele jeito. Embriagado, atropelado por um carro.


Bebeu um copo com água e voltou para a sala de parto.


  — Qual o nome? – O obstetra responsável perguntou a Pac, com um sorriso no rosto.


Tarik pensou por longos segundos.


  — Mikhael. – Disse melancólico.


Agora se passaram longos 5 anos desde a morte de Mikhael e o nascimento do primeiro filho de Pac, batizado Mikhael.


O pequeno corria pelo quintal da casa.


  — Vamos, Mikhael, já já seus amigos irão chegar para o seu aniversário. – Falou Tarik, com uma expressão cansada no rosto.


O garotinho entrou. Olhou o pai com aquele mesmo olhar sereno e calmo de sempre.


  — Papai. – Começou Mikhael, com as suas intermináveis dúvidas. — Porque meu nome é Mikhael?


Tarik empalideceu-se com a pergunta. Fazia tempos que não pensava no Mikhael original.


Pac abaixou-se na frente de seu filho. Olhou nos olhos castanhos esverdeados, que estavam tão lindos à luz do entardecer, colocou as mãos nos pequenos ombros da criança, que olhava-o com um tom de curiosidade, esperando a resposta e lhe falou claramente:


  — Era o nome do meu primeiro e eterno amor. – Tarik bagunçou os cabelos castanhos de seu e o abraçou bem forte.


Notas Finais


Obrigada mesmo por dedicarem um pouco do tempo de vocês para lerem isso.

Favor não reclamarem do final.

Caso queriam jogar pedras em mim, o meu twitter está disponível.
@ContinueA_Nadar


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