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História Terra dos Esquecidos. - .dezenove de junho


Escrita por: kimmochi_

Capítulo 3 - .dezenove de junho


Fanfic / Fanfiction Terra dos Esquecidos. - .dezenove de junho

 19 de junho de 2XXX. 15:48

Caro Garoto,

Já estava na hora de fazer a carta da sua cor favorita, não é? Provavelmente é uma das mais difíceis, pois azul e vermelho são cores "inimigas".

Mas nós não temos nada de inimigos. Somos amigos, mais que amigos, melhores amigos, amigos coloridos. Mas o colorido fica pra depois, agora vamos extrair uma cor do colorido. Vermelho.

Eu fiquei meio indecisa ao escrever essa carta, porque os significados de vermelho são vários, mas eu escolhi dois que combinaram muito esses dias. Paixão e raiva.

Agora eu vou te esclarecer a minha raiva, mesmo que eu já tenha feito isso. Eu estava com raiva de você porque era o último dia de aula, ficaria mais complicado nos vermos, mas você estava distante. Agora eu vejo que talvez você simplesmente não fosse sentir tanto a minha falta como eu sentiria a sua.

 Hoje estamos longe, embora perto. Seu físico não está aqui, no entanto sua mente está. E isso me dá raiva às vezes, eu queria poder te sentir, te tocar, te beijar, fazer o que pessoas normais fazem com quem elas gostam.

Eu estava com raiva de mim mesma por não conseguir ir lá te chamar por causa da minha NEURA de que se eu chamar uma pessoa, estarei incomodando. Parece que eu incomodava mesmo, né?

Mas essas são raivas passageiras. A verdadeira raiva que eu tenho de você, é que você me desvenda mesmo sem eu ter dado nenhuma pista. Sherlock Holmes mandou um abraço. Eu sei que isso é antigo, mas os livros são realmente bons.

 Vamos falar de mais alguns significados bem importantes para nós dois, porque minha fome de escrita está me matando. Raiva, vamos lá.

Eu fico possessa porque você não admite sua beleza, sua fofura, e seu ciúme também, que sim, você sente por mim mas não admite. Eu percebo que você tem ciúme dos meus amigos que vêm me visitar de vez em quando. Não se preocupem, você é o único que realmente se importa.

E vermelho é uma cor de poder. Poder que você tem sobre mim, e que eu tenho sobre você. Mas acima de tudo, poder te amar e ser correspondida.

É uma cor de perigo, que eu sinto quando você se aproxima de mim, meu cérebro gritando para que eu corra, meu coração pulsando incansavelmente, e eu continuarei parada. Porque o perigo que você me dá é bom demais para fugir dele.

 Violência. Eu lembro da violência que acontece entre nós dois, a briga para ver quem está certo em alguma coisa, os tapas que eu te dou quando você me faz cócegas, etc. Mas, acima de tudo, a violenta intensidade que o seu sorriso me coloca no chão.

Também é a cor da energia. Eu sinceramente desejei ser aquela pessoa que fosse CHEIA de energia, que já acordasse sorrindo, que todos os dias estivesse feliz, mas não sou. Há dias, meu Garoto, que eu irei acordar sorrindo para tudo e todos, e dias que eu irei andar com a cara fechada, mas negar até a morte estar triste ou com raiva.

E porra, vermelho é a cor da guerra, sabia? Mas a única guerra que eu quero ter com você é uma guerra de beijos, guerra de risadas, guerra de carinho ㅡ eu digo isso, mas na hora de falar com você eu morro de vergonha.

E você é diferente. Em vez de fazer os 50 tons de cinza, você resolve me pintar de todos os tons de vermelho que existem, e me deixa toda corada.

 Eu me arrependo um pouco de não conseguir ser menos tímida, e peço desculpas por isso. Você deve pensar que eu sou tipo aquelas princesas que só devem perder o bv depois do casamento. Em parte você está certo, em parte errado.

Porque eu não sou nenhuma princesa de sangue azul, mas você é o meu rei de sangue vermelho.

Assinado,

A Garota.



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