História Cartas para Peter - My song for you!

Point of View - Harley Benks_

Acordei com meu celular tocando, olhei para o visor que indicava uma ligação de Peter, então atendi:

~Ligação on~

- Bom dia, meu amor! Dormiu bem? - pude ouvir então sua linda voz rouca, que estava ainda mais rouca por ter acabado de acordar.

- Bom dia, amor! Dormi bem, e você?

- Bem também... Vai fazer alguma coisa hoje, pequena?

- Não, acho que não. Por quê?

- Queria te ver, e quero fazer uma coisinha também...

- Coisa? Que coisa?

- Surpresa!!

- Aah meu Deus! Tá bom. Então vem pra cá.

- Tava pensando em você vir pra cá, mas tudo bem, daqui meia hora mais ou menos chego aí... Beijo!

- Okay! Cuidado!

- Pode deixar...

~Ligação off~

Desliguei a chamada, fui tomar banho e lavar os cabelos. Quando sai escovei os dentes, sequei meu cabelo e fui me vestir, coloquei uma roupa qualquer (um short jeans e uma blusinha pouco mais curta e folgada preta). Desci para tomar café e minha mãe estava terminando de preparar umas panquecas.

- Bom dia, mãe!

- Bom dia, filha! - ele termina a frase mandando um beijo no ar.

- Precisa de ajuda em algo?

- Não, tudo bem, já estou acabando...

- Mãe, o Peter vai vir aqui hoje, e ele disse que tem uma surpresa pra mim... - digo animada. - Tem algum problema pra senhora?

- Não, de forma alguma. Aliás, fico muito feliz que tenham voltado e que esteja tudo bem! - ela diz de forma gentil. - ela diz em tom animado levando um prato com panquecas para a mesa.

- Okay! - sentei-me sobre a mesa para comer. Poucos minutos depois, ouço a campainha tocar. - Deve ser o Peter, com licença! - levanto rapidamente e sigo saltitante para a porta, ao abrir a porta encontro o sorriso mais lindo acompanhado de lindos olhos castanhos.

- Olá, garotinha... - ele me dá um abraço apertado e um selinho.

- Oii, entra. - ele entra e eu fecho a porta e seguimos andando até a cozinha.

- Bom dia, Peter! - diz minha mãe ao reparar sua presença.

- Bom dia, Dn. Molly! Como está?

- Estou bem, obrigada! Não vou nem perguntar como está também, o sorriso estampado já diz tudo. - ela diz laçando um olhar de aprovação pra mim e nós rimos. - Sente-se conosco, as panquecas estão ótimas!

- Ah, claro. Obrigado! - Peter responde puxando uma cadeira ao meu lado para se sentar.

Comemos, e enquanto eu tirava a mesa e lavava as louças nós conversávamos sobre assuntos aleatórios...

- E então, não vai me dizer qual a surpresa?

- Não vou te contar, não agora. - ele dá um sorriso sarcástico.

- Ah vai, só uma dica... - falo choramingando.

- É uma surpresa, Harley. - Ele fala e eu faço uma careta enquanto ele ri da minha cara e da minha curiosidade, que por um acaso, está me matando. Quando acabamos de arrumar a cozinha, subimos, só então que Peter me contou o que era a surpresa.

- Tá, eu queria fazer uma nova música com você, pra marcar esse nosso novo momento... O que acha?

- Siim! Adorei, amor! - respondo empolgada.

Fomos então ao antigo estúdio do meu pai, que ainda estava do jeitinho que ele deixou, eu e minha mãe não quisemos mexer nas coisas dele, e por isso ele continuava da mesma forma, eu até podia sentir a presença dele ao entrar no estúdio, era uma sensação boa, me sentia segura.

Ao abrir a porta, fui em direção ao violão favorito do meu pai e o peguei, sentei-me no sofá gelado de couro preto onde eu ficava quando criança ouvindo meu pai tocar piano. Toquei uma das músicas do meu pai e me emocionei um pouco, mas contive as lágrimas, não queria fazer desse momento feliz, um momento triste. Suspirei e levantei a cabeça de olhos fechados, ao abrir vejo Peter, seus olhos estavam fixos em mim e um sorriso enorme estampado no rosto.

- Por que não pega outro violão na parede para que possamos começar?! - indaguei retribuindo o sorriso. Peter assentiu, pegou o violão e sentou ao meu lado. - Espere! Acabo de ter uma ideia. O que acha de cada um criar uma música, eu crio uma pra você e você, uma pra mim. Depois, cantamos. O que acha?

- Sim, claro... adorei!!

- Tá, então senta lá do outro lado para que eu não possa ouvir sua música e nem você a minha antes da hora. - ele assentiu e sentou-se em uma poltrona do outro lado do estúdio.

Eu já tinha umas ideias em minha cabeça, então as escrevi num papel qualquer junto à outras que surgiram rapidamente, fazendo com que ali eu depositasse todos os meus sentimentos de forma fácil e amável. Depois de quase 02 horas escrevendo e combinando notas, consegui terminar a letra da música. Ao terminar a letra, repassei todas as notas no violão e, estava bom, mas podia ficar melhor. Então tive a ideia de toca-la no piano, e deu muito certo. Demorei um pouco pra passar as notas pro piano estando em mesmo tom. Treinei um pouco, e enfim, pronta. E lá vem Peter com um sorriso de lado e os olhos molhados.

- Eu já terminei... E você? - ele diz em tom animado e profundo.

- Acho que sim...

- Se quiser pode começar. - disse sentando-se no sofá.

- Aih... Okay! - me sentei em frente o piano. - Bom, o nome é A Thousand Years, espero que goste. - Respirei fundo, contei até três e comecei...

Mil Anos

O coração acelerado
Cores e promessas
Como ser corajosa?
Como posso amar quando tenho medo de me apaixonar?
Mas ao ver você sozinho
Toda a minha dúvida de repente se vai de alguma maneira

Um pouco mais perto

Eu morri todos os dias esperando você
Querido, não tenha medo, eu te amei
Por mil anos
Eu te amarei por mais mil

O tempo para
A beleza em tudo o que ela é
Terei coragem
Não deixarei nada levar embora
O que está à minha frente
Cada suspiro
Cada momento nos trouxe aqui

Um pouco mais perto

Eu morri todos os dias esperando você
Querido, não tenha medo, eu te amei
Por mil anos
Eu te amarei por mais mil

E o tempo todo eu acreditei que encontraria você
O tempo trouxe o seu coração para mim
Eu te amei por mil anos
Eu te amarei por mais mil

Um pouco mais perto
Um pouco mais perto

Eu morri todos os dias esperando você
Querido, não tenha medo, eu te amei
Por mil anos
Eu te amarei por mais mil

E o tempo todo eu acreditei que encontraria você
O tempo trouxe o seu coração para mim
Eu te amei por mil anos
Eu te amarei por mais mil

Ao me ouvir cantar, Peter mantinha um sorriso meigo no rosto e os olhos cheios d'água. Quando acabei, ele abriu os braços para que eu o abraçasse, levantei e fui lhe abraçar, o melhor abraço de todos.

- Depois dessa música, dessa voz... Fiquei até com vergonha de cantar a minha. - disse sarcástico.

- Ah, deixe de bobeira e cante logo.

- Okay, okay! O nome da música é Never Be Alone, perdoe-me se estiver ruim...

Peter pegou o violão e começou a dedilhar algumas notas...

Nunca Estará Só

Woah oh oh oh oh oh oh oh oh
Oh oh oh oh oh oh oh oh
Woah oh oh oh oh oh oh oh oh
Oh oh oh oh oh oh oh oh

Eu prometo que um dia
Eu estarei do seu lado
Te protegerei
Te manterei viva
Agora está um pouco louco
E eu não sei como parar
Ou ir mais devagar

Ei
Eu sei que há algumas coisas
Que precisamos falar
E eu não posso ficar
Então me deixe abraçá-la mais um pouco agora

Pegue um pedaço do meu coração
E faça dele todo seu
Desta forma quando estivermos separados
Você nunca estará só
Nunca estará só
Woah oh oh oh oh oh oh oh oh
Oh oh oh oh oh oh oh oh
Woah oh oh oh oh oh oh oh oh
Oh oh oh oh oh oh oh oh

Você nunca estará só
Quando sentir minha falta, feche os olhos
Posso estar longe, mas nunca fui embora
Quando você cair no sono à noite
Só lembre que nós deitamos sob as mesmas estrelas

E ei
Eu sei que há algumas coisas
Que precisamos falar
E eu não posso ficar
Então me deixe abraçá-la mais um pouco agora

E pegue um pedaço do meu coração
E faça dele todo seu
Dessa forma quando estivermos separados
Você nunca estará só
Você nunca estará só
Você nunca estará só

Woah oh oh oh oh oh oh oh oh
Oh oh oh oh oh oh oh oh
Você nunca estará só
Woah oh oh oh oh oh
Oh oh oh oh oh oh oh oh

Você nunca estará só
Woah oh oh oh oh oh oh oh oh
Oh oh oh oh oh oh oh oh
Você nunca estará só
Woah oh oh oh oh oh oh oh oh
Oh oh oh oh oh oh oh oh

E pegue
Um pedaço do meu coração
E faça dele todo seu
Dessa forma quando estivermos separados
Você nunca estará só
Você nunca estará só

(Continua...)