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História Cartas para um Estranho - A Primeira Ligação


Escrita por: myka_mei

Notas do Autor


Olá seus lindos ❤
Antes eu queria começar agradecendo cada comentário de vcs *u* vcs não tem ideia de como ajuda ❤❤
Não vou prender vcs aqui eheuehu boa leitura, e espero que gostem ❤

Capítulo 10 - A Primeira Ligação


Fanfic / Fanfiction Cartas para um Estranho - A Primeira Ligação

Taehyung encontrou a mãe de Him Lye dentro do carro, em frente ao portão da escola, a expressão dura fitando o vazio.

Ele não deveria se intrometer mais na vida da garota, ela já estava brava o suficiente, e ser ignorado era, para ele, uma espécie de tortura, ainda mais se fosse por Him Lye. Só que ainda esperava o perdão se mostrasse o quanto se importava com ela.

-Him Lye está bem? – perguntou sem ao menos cumprimenta-la, sobressaltando a mulher, que o encarou com os olhos vazios, parecendo não reconhecê-lo.

Min Sae Yi deu de ombros, voltando a atenção para frente.

-Nem imagino onde ela possa estar.

O garoto inclinou a cabeça, encarando-a confuso.

-Ela disse que ia te ligar para avisar que já estava em casa, então não precisaria vir...

A cor voltou ao rosto da mulher.

-Como assim? Quando ela te disse isso?

Taehyung passou a mão pelos cabelos, nervoso como se fosse revelar algum segredo importante.

-Na verdade ela não me disse nada, ainda está brava comigo... Segui ela e Jimin até a portaria e escutei a conversa.

Mas Min Sae Yi não estava mais prestando atenção; ligava o carro e afivelava o cinto numa velocidade que não lhe era normal.

-Entra logo. – ordenou para o garoto antes que ele ao menos terminasse a fala.

Ele não soube como reagir diante daquele tom de voz, mas se isso envolvia Him Lye...

-Por que? O que tem ela? Ela está bem? – despejou as perguntas já no banco do passageiro.

-Vamos rezar para que sim. – e mais uma vez Min Sae Yi acelerou.



          Taehyung agarrava-se ao banco como se sua vida dependesse dele. A mulher tinha ido tão rápido que o garoto teve certeza de seu estômago ter ficado em algum ponto para trás.

Ele ainda lutava contra o cinto enquanto Min Sae Yi já avançava até a porta; e a teria derrubado se esta já não estivesse entreaberta.

Ela entrou na casa como se alguma vez já tivesse morado ali. Mas não importava se aquilo seria considerado invasão, o importante era...

-Mamãe? – nunca aquela palavra trouxe-lhe tanto alívio quanto naquele momento.

Him Lye a encarava de sobrancelha franzida e confusa; as luvas de limpeza gotejando no chão a água em que lavava a louça antes de ouvir passos afobados pelo piso.

-Ainda bem. – a mãe soltou o ar com um suspiro, abraçando a garota com força, assustando-a.

Min Sae Yi nunca foi de muito contato físico, e aquele abraço dava a impressão de que, se pudesse, a mulher nunca mais largaria a filha. Então, para Him Lye, aquele era um momento que nunca entenderia.

-Mas o que...? – o pai entrou pela porta dos fundos, temendo pelo pior quando notou a movimentação do lado de dentro. Mas nada seria tão ruim quanto vê-la ali.

Min Sae Yi largou a filha para voltar-se para o homem ali parado; agora que viu que nada aconteceu à garota, sabia que conseguiria sair do jogo dele.

-Lye... – chamou, a voz voltando á frieza natural – Taehyung está lá fora, quero que vá falar com ele.

A garota abriu a boca para protestar, mas a mulher a cortou com um olhar. Assentindo, e novamente emburrada, ela foi para o quintal, pretendendo descontar aquela irritação em Taehyung.

Bateu a porta.

E o silêncio esperou pacientemente até ser quebrado.

-Precisamos conversar.

O outro apenas ergueu uma sobrancelha em resposta, e Min Sae Yi suspirou. Se dependesse dela, também não estaria ali.

Ele não perdoara a traição dela.

Ela não perdoara a traição dele.

Ambos já eram acostumados a sentir aquele ódio nascido da antiga mágoa. E já tinham aceitado que nunca se perdoariam.

Mas Him Lye não tinha culpa dos erros deles.

-Ele fugiu, e está atrás dela. – tirou a carta do bolso e a estendeu, usando-a como prova de suas palavras.

 

____________________

 

Encontrou o garoto sentado no gramado, embaixo da árvore do quintal da frente.

-O que quer? – perguntou, soando seca.

Taehyung nem se deu ao trabalho de olhar para ela. Na verdade, nem sabia o que fazia ali.

Eram os problemas dela, e a garota não parecia disposta a compartilhá-los, não com ele. Anos ao lado dela para ser substituído pelo ruivo novato.

-O que eu quero? – repetiu, rindo com tristeza para ela – Quero que você deixe aquele cara de lado e volte a ser minha amiga. ao menos minha amiga.

Qualquer resquício de irritação que houvesse no peito da garota desapareceu com aquelas palavras; por mais que Taehyung tivesse se intrometido onde não deveria, ele ainda era importante demais para que ela continuasse o tratando daquele jeito.

-Me desculpe. – murmurou sentando-se no balanço velho pendente de um tronco grosso da árvore.

O garoto continuou de cabeça baixa, arrancando a grama com as mãos. Não queria fazer drama, mas sem querer era exatamente isso o que estava fazendo.

-Quer saber? Deixa pra lá. – grunhiu e levantou-se, limpando a sujeira da calça.

Him Lye revirou os olhos. Ele achava mesmo que ela iria deixá-lo ir assim, sem antes se resolverem?

-Taehyung, fica aqui. – falou segurando na barra da camisa do garoto, fazendo um bico triste quando o garoto voltou-se para ela.

Ele gemeu baixinho; ela fita-lo daquele jeito era covardia com o coração carente dele.

Coração que já batia acelerado com a mão da garota tão perto dele.

Coração que escolheu aquele momento para tomar o controle de suas ações.

-Eu fico... – colocou as mãos nas cordas do balanço, inclinando-se até sua cabeça estar na altura da dela – Mas só se me der um motivo para isso.

Him Lye flagrou-se corando, as bochechas esquentando quando o garoto desceu o olhar até seus lábios, mordendo de leve o seu próprio.

A mente da garota girou ao supor que ele queria beijá-la.

Ele era seu melhor amigo. Sempre fora. Então como...?

Antes que tivesse tempo de colocar os pensamentos no lugar, Taehyung cai com todo o peso do corpo para cima dela, derrubando ela para fora do balanço, indo ambos chocarem-se contra o chão.

-O que foi...? – começou a perguntar assustada, tentando tirar o garoto de cima de si que, sem ela entender o por quê, gargalhava.

E foi ao sentir as primeiras gotas sobre o rosto que entendeu.

Ligaram os irrigadores automáticos com força máxima, esquecendo-se que os dois ainda estavam lá fora.

-Não acredito que fizeram isso com você. – ela riu, desistindo de tentar sair de debaixo dele; na verdade, ela percebeu que queria continuar ali, sentindo aquele calor familiar e reconfortante de Taehyung que lhe aquecia o peito.

-Com você também! – ele devolveu, finalmente erguendo o rosto para ela, dando à garota o sorriso que a fazia se sentir única.

Que a fazia se sentir parte daquele lugar.

Que a fazia se sentir amada.

O semblante dela escureceu de repente; precisava falar sobre o que quase acontecera  segundos atrás. Precisava saber qual o verdadeiro sentimento que fundava a relação dele com ela.

E Taehyung percebeu essa mudança. Percebeu que lhe devia explicação; mas também sabia que isso complicaria as coisas entre eles se ela não lhe correspondesse.

Então, mais uma vez ele engoliu em seco.

Mais uma vez deixou para depois.

Mais uma vez deixou de dizer o que queria.

Ergueu-se rapidamente e puxou-a com ele, envolvendo-a pela cintura e praticamente arrastando-a até o irrigador automático, mesmo ela se debatendo e gritando enquanto ria, tentando desviar-se da água, indo parar, consequentemente, cada vez mais perto do corpo de Taehyung.

-Seu idiota! – ela gritou, a gargalhada de ambos fundindo-se numa só.

Em algum momento ela tentou livrar-se dele com força de mais. E ele estava distraído demais.

A consequência disso foi os dois irem para o chão outra vez, um ao lado do outro, rindo já sem motivo, sentindo as gotas d’água molharem suas roupas já encharcadas.

Viraram a cabeça ao mesmo tempo, os olhares encontrando-se, e assim ficaram por um tempo. Hiim Lye sentia um vazio no peito; percebeu que sentia falta do calor do corpo de Taehyung sobre o dela. Percebeu que...

Sua linha de raciocínio foi interrompida pela aproximação do garoto, como se atraído pelo desejo dela de tê-lo mais perto.

-O que foi? – murmurou, perdida dentro do olhar intenso dele.

Taehyung limpou algumas gotas do rosto da garota, só para que novas caíssem no lugar; mas o importante era que ela deixou a mão dele ali, acariciando, seu rosto.

Deixou ele se aproximar e escorregar o polegar até o lábio inferior dela.

Deixou que os lábios quentes dele envolvessem os seus.

____________________

 

Jimin apoiou-se no poste, sem importar-se se eles o veriam ou não.

Ele os via. Por mais que desejasse não acreditar no que estava à sua frente, via com amargor Taehyung beijar a garota.

Engoliu aquele desagrado que lhe subia pelo peito. Him Lye escolhera Taehyung, não tinha mais nada que ele pudesse fazer. Fechou as mãos em punho dentro do bolso, sentindo a culpa começar a invadir.

Culpa por ter ido embora.

Culpa por não ter tentado mais.

Culpa por não ter sido mais específico nas cartas.

Agora só lhe restava aceitar.

Não pretendia, diferente do que Taehyung fizera antes, atirar um sapato ou atrapalhá-los. Tudo o que queria era ir embora da cidade outra vez; voltar para seu antigo apartamento como se nunca houvesse saído de lá. Mas nem chegou a dar dois passos para sair dali quando sentem segurá-lo pelo braço.

-Nem pense em se intrometer. – falou ás costas do garoto, fazendo Jimin engolir em seco, sem querer virar-se.

Mesmo tendo passado pelo mesmo acidente que Him Lye, ele não tinha perdido a memória.

Lembrava-se daquela voz.

E se lembrava o que significava ele estar ali.

____________________

 

Hoseok riu com o susto de Taehyung ao ser atingido pela água dos irrigadores automáticos que ligara. O importante era ter separado os dois. Him Lye podia não se lembrar dele, mas ele ainda mantinha aquele sentimento de infância. E até ouvir um “fique longe de mim” vindo dela, ele iria tentar. Iria tentar E contar a maldita verdade.

Passou pelo cômodo trancado onde os “pais” da garota discutiam em voz baixa; não se importou em tentar ouvir, já tinha uma ideia do que diziam entre aquelas quatro paredes.

Foi para o que temporariamente seria seu quarto, e seu sustou foi evidente após fechar a porta e ver Yoongi andando de um lado para o outro do cômodo, nervoso.

-O que você...?

Só então que o loiro pareceu ter notado a entrada do outro, e pegou de cima da cama a primeira página de um jornal daquela manhã.

-Ele fugiu, Hoseok, e já chegou aqui.

O outro não respondeu; lia as palavras que saltavam do papel, mas recusava-se a aceitar.

-Como entrou aqui? – perguntou amassando o jornal e jogando-o no lixo, como se assim pudesse mandar embora junto o problema.

Yoongi foi até uma ponta do quarto e voltou.

-Eu preciso da sua ajuda.

Hoseok apenas negou com a cabeça. Pelo garoto ele não podia fazer nada; agora que o outro fugira, precisava contar a verdade para Him Lye antes que ele chegasse até ela e a enganasse. De novo. Repetindo o acidente.

-Só mais dessa vez, Hoseok, se ele me encontrar você sabe que...

É cortado pelo toque vindo do próprio celular em seu bolso; bufa e verifica o número, o rosto ficando mais pálido do que já era.

-O que foi? – Hoseok não conseguia evitar perguntar, sua curiosidade era mais forte.

-Número desconhecido... – Yoongi murmurou num fio de voz.

Se fosse o contrário, Hoseok não teria atendido. Mas o loiro o fez.

A voz do outro lado da linha soou rouca e fraca, mas as poucas palavras por ele ditas transformaram o sangue de Yoongi em gelo.


Notas Finais


E então, o que acharam? *u* Espero que tenham gostado ^^
Desculpem qualquer erro, podem falar se tiver que dai eu arrumo assim que der \o/
"Mas Myka, e aquela imagem de capa do cap totalmente sem sentido?" ehueheu pois é, eu não achei nada que fizesse relação com o cap, e como eu já tinha atrasado muito, coloquei a primeira que apareceu \o/ kkkkkkk
Mas é isso, queria agradecer de novo por vcs estarem aqui, acompanhando e pá *u* Amo vcs ❤❤
Até o próximo ❤ ❤ ❤


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