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História Cartinhas para ele (I.N stray kids) - Cap I


Escrita por: World_Mahi

Notas do Autor


x Primeira fanfic do projeto x


°•BOA LEITURA°•

Capítulo 1 - Cap I


Fanfic / Fanfiction Cartinhas para ele (I.N stray kids) - Cap I


      — [•••] Você é o amor da minha vida, mesmo não me vendo quero dizer que te acho um máximo, desculpe por não entregar pessoalmente, sou covarde demais para isso. Assinado Julie — terminei de ler a cartinha na qual eu nunca irei entregar.

Guardei a carta na gaveta da escrivaninha. Respirei fundo, arrumei os cabelos desgrenhados e ajeitei o pijama. Já era a sexta carta que eu escrevia para ele, sempre a enfeitando para deixar bonito e organizado, mesmo sabendo que não entregarei nenhuma delas. Posso dizer que adoro escrevê-las.

Amo colocar o meu amor nas cartas e imaginar como seria se eu entregasse a ele, imagino a reação dele. Em minha mente, a cena que se passa é uma das mais ilusórias possíveis. Eu imagino ele a recebendo com um sorriso bobo no rosto, dizendo que sempre sentiu o mesmo por mim e que queria ser feliz junto comigo, essa sim é uma boa imaginação.

Mas a realidade é dura e cruel. Ele nem fala comigo. Aliás, ele nem me enxerga no meio daquela multidão de garotas lindas, altas e magras. Jeong-in não é o típico garoto bonitão que só anda com belas garotas e cheira testosterona a quilômetros, ele é um menino bonito que anda com meninos desse tipo.

No máximo, nos falamos umas duas ou três vezes, mas foram sempre palavras básicas. Mas em todos os nossos encontros ele foi sempre muito educado e gentil, sempre fazendo brincadeiras bobas ou dando bom dia. Queria que esse relacionamento fosse mais comunicativo, queria um diálogo mais desenvolvido, mas sempre que a conversa começa a desenrolar, os amigos dele chegam e interrompem tudo.

— Filha, está na hora de dormir, já está tarde. —  mamãe fala abrindo a porta do quarto e observando a minha bagunça organizada, ela apenas suspirou e deu um sorriso sem jeito.

— Sim senhora. — falei e passei a arrumar a mesa bagunçada, com papéis recortados e adesivos espalhados.

— Boa noite filha. — A mais velha sorriu ternamente em minha direção.

— Boa noite mamãe — falei me deitando na cama e me cobrindo.

Assim que ela saiu e fechou a porta, desliguei o abajur e fechei os olhos sentindo o sono me consumir aos poucos.

– sexta-feira, 20 de março - 06:33. –

Escuto a musiquinha irritante tão bem conhecida por mim e resmungo, ainda bem que hoje é sexta-feira, sinal que eu posso fazer maratona de Game of Thrones hoje a noite. Levantei com a aparência desengrenhada e um bafo horrível, caminhei preguiçosamente para o banheiro.

No caminho eu tirava as minhas roupas deixando-as no chão, já despida entrei na parte do chuveiro e liguei o mesmo.

Ahh, que água gelada!

°°°°°

Prendi a última presilha rosa no meu cabelo e pronto! Perfeito, peguei a minha mochila e coloquei os livros de inglês, sociologia e filosofia na mochila. Saí de meu quarto e fui para a cozinha encontrando a minha mãe fazendo o café da manhã enquanto escutava um programa na rádio.

"Acho que as pessoas deveriam ser mais corajosas perante o assunto sobre o amor"

— Ai mãe, escutando essa porcaria de novo? — perguntei beijando a nuca dela, já que a mais velha estava de costa para mim.

— Primeiro; bom dia mau educada, e segundo; isso não é uma porcaria e sim ajuda amorosa.— explicou — É por isso que você está solteira. — resmungou me fazendo bufar.

— Estou solteira por que quero. — falei brava, escutando ela murmurar um "Uhum".

"As vezes, principalmente as meninas, tem medo de dizer o que sente para o próximo. Eu acho que deveríamos quebrar esse tabu, devemos ser corajosas mulherada"

Aposto que essa mulher nunca falou o que sente para alguém, a dor se rejeitada por alguém é tão grande. Ela deve ser o típico de garota linda que nunca é rejeitada e sim a que rejeita, por isso diz essas asneiras todas.

"Sabe a dor se rejeitada é horrível, eu já sentir o gostinho, mas a dor de perder o amor da sua vida é ainda pior. Aliás, quem não arrisca não petisca."

Essa frase me fez pensar um pouco. Será que devo entregar as minhas cartas para o Jeongin?

— Filha toma logo o café da manhã. — minha mãe pede tirando o avental.

Me apressei, comendo rapidamente tudo e indo para o quarto, para escovar os dentes, abri a porta às pressas e entrei no banheiro. Após terminar de escovar os dentes e retocar o batom, saí do banheiro e vi a cartinha que escrevi para o Yang e fiquei pensativa.

— Aliás, quem não arrisca não petisca. — sorri e peguei a carta a levando comigo para a sala. — Vamos mamãe!

— Vamos. — ela pegou a chave do carro e abriu a porta para mim.

°°°°°

O caminho inteiro fui pensando no programa, como eu pude me deixar levar por algo tão fútil? Nunca fui tão boboca.

Chegamos na escola e me despedi da minha mãe, logo em seguida entrando no edifício de estrutura gótica. Vejo o meu amigo Rubin vir em minha direção e logo me dando um abraço.

— Oi baixinha, chegou meio tarde hoje. Tive que aguentar o Vernon ficar falando sobre video games o tempo todo. — se lamenta e me aperta em seus braços.

— Deve ter sido difícil, tadinho de você. — falei, o sarcasmo pingando para fora da minha vida como veneno.

— É tadinho de mim.

Fui guardar alguns livros que não são necessários para a primeira aula no meu armário, o armário do Yang Jeong-in era á três armários do meu, é só colocar a carta alí e fugir. Só Isso.

— Será que isso é uma boa idéia? — me questionei com a carta na mão e olhando para os lados. — Vai ser fácil, é só colocar alí e sair, tudo no anonimato. — respirei fundo e dei um passo a frente, mas logo voltei — Ai meu Deus.

Respira Julie, é só uma cartinha.

Andei até o armário dele, rapidamente, e pela brecha do mesmo coloquei a pequena carta rosa pastel, logo depois o arrependimento bateu, tentei tirar mas ouvi a voz dos amigos dele chegando e fechei o meu armário e saí o mais rápido possível.

°°°°°

A aula já tinha começado e o professor de filosofia estava explicando sobre a razão da felicidade e qual era a nossa. Estava explicando sobre bens necessários e duradouros e bens desnecessários e passageiros.

Alguém bateu na porta e a figura do Jeong-in apareceu, o mesmo segurava uma coisa em sua mão, algo que não pude ver direito já que tinha pessoas mais altas na minha frente.

— Pois não? — o professor se pronunciou e o garoto pareceu procurar alguém na multidão.

— Estou procurando uma garota, mais especificamente, a senhorita Julie.

Me ferrei, e é isto.


Notas Finais


○●CRÉDITOS●○

♡Escrita : @SkyV
♡Betagem : @Black_Horse
♡Capa : @SkyV

Quer mais fanfics para ler? Visite o @_Mahi_pjct_


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