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História Madarcher - Casamento Arranjado - 12 - Lua de mel (parte 2)


Escrita por: unicorniodasfic

Capítulo 13 - 12 - Lua de mel (parte 2)


Alice POV


Medo, ansiedade, vergonha.. tudo isso se misturava ao desejo insuportável que sentia por Robin. Há tempos eu ansiava para estar em seus braços, desfrutar de todas as delícias que seu olhar me prometia. Entretanto eu tinha vergonha. Eu sabia que ela gostava do meu corpo, mas sei lá... talvez tivesse sido o interesse pela simples descoberta de um corpo feminino e não masculino. Por isso mesmo eu tinha medo. Medo de decepcioná-la. Medo de não satisfazê-la. Medo de não ser para ela o que as outras mulheres foram. Eu já conhecia suas peripécias. Sabia que ela era uma mulher viril, cheia de energia. Sempre pronta para "acasalar" sem ter hora para parar. E se eu não agüentasse mais que uma? 


Por outro lado, eu sabia que ela não me machucaria. Apesar de ter sido uma bruta, insensível no passado, ela era carinhosa. Pelo menos comigo. Eu sabia que ela iria parar se eu assim pedisse. Isso se eu pedisse.


Não digo que foi como eu sonhei, porque nem em sonhos chegou a ser assim. Sim...eu já sonhei com ela. Várias vezes. E a realidade foi um milhão de vezes melhor que os sonhos.


Mesmo já tendo visto Robin nua, saber o que faríamos deixou meu corpo inteiro trêmulo.


E ela foi a cavalheira que imaginei. Sem deixar de lado seu desejo, seu tesão, ela tomou meu corpo como se eu fosse algo quebrável. Não dá pra explicar a sensação de ter Robin entrando e saindo do meu corpo, provocando ondas de calor e êxtase em todos os poros. Eu não senti a dor insuportável que muitos dizem que sentiram. Só consegui pensar numa coisa: depende do parceiro. E a minha com certeza, era a ideal de toda mulher.


E por fim nosso desejo falou mais alto. Explodiu feito uma bomba. Minha alma parecia se desprender de mim no momento em que o orgasmo me arrebatou e Robin me seguiu, dizendo que me amava.


A noite perfeita com a mulher perfeita. Por isso mesmo eu senti o pudor me abandonar de vez. Mal tinha me recuperado da minha primeira vez e minhas pernas já a enlaçavam novamente. E mais uma vez Robin me possuiu, levando-me para um caminho sem volta. O caminho do vício. Viciada NELA.


-Que sorriso lindo é esse?


Estava com meu rosto apoiado em seu peito, os olhos fechados. Robin deslizava os dedos pelos meus cabelos.


- Felicidade, é claro.


- Eu também estou feliz demais. Mais do que imaginei ser possível.


Robin me afastou um pouco e se levantou.


- Isso me lembra uma coisa.


Olhei seu corpo, de costas pra mim. Balancei a cabeça, inconformada. Deus foi muito cruel com as outras mulheres. Fez Robin numa forma e jogou fora. Jamais existira perfeição como aquela.


Robin virou-se para mim, a garrafa de champanhe em uma das mãos e as duas taças na outra.


- Nem brindamos....lamentável.


- Brindamos na nossa festa.


- Sim, mas na festinha de agora ha pouco não brindamos.


Robin ajoelhou-se na cama e abriu a garrafa, enchendo nossas taças.


Brindou comigo, olhando-me nos olhos.


- À nós duas.


- À você...mulher da minha vida.


Mordi meu lábio inferior, emocionada com as palavras dela. Ela bebeu todo o líquido sem deixar de me olhar. Eu via novamente a chama acesa neles. Bebi um pouco também e fiquei observando-a encher novamente sua taça.


- Deite-se.


Sua voz soou mais rouca que o normal. Meu corpo inteiro arrepiou-se com isso. Obedeci prontamente, ficando apoiada nos cotovelos, a taça ainda em minha mão. Robin deu um sorriso que era pura sedução, mas ainda assim não consegui prever suas intenções. Isso já era mais que suficiente para me deixar em brasas. Continuou de joelhos, meu corpo entre eles. E vi ela erguer lentamente a taça e despejar o liquido gelado pelo meu corpo em chamas. Minha cabeça pendeu para trás e eu gemi alto.


- Merda...


Ela avançou quase em câmera lenta sobre meu corpo e no momento em que senti sua língua percorrendo todo o caminho da bebida eu gemi novamente, ainda mais alto.


- Deliciosa...


Sua língua e boca passaram a percorrer cada centímetro da minha pele, ora sugando, ora mordendo, fazendo meu corpo quase pular da cama.


Robin se afastou um pouco, pegou novamente a taça e virou sobre meu sexo. Mordi meus lábios com tanta força que senti o gosto do sangue em minha língua.


A língua de Robin capturava qualquer resquício do champanhe em meu corpo e eu literalmente serpenteava sob o dela. Segurou com firmeza em meus quadris e enterrou sua língua dentro de mim me fazendo gritar e agarrar seus cabelos. Prendeu meu clitóris entre seus lábios e eu explodi em êxtase. Arfava e suava, ainda tremendo em sua boca.


Robin só me abandonou quando meu corpo parou de tremer. Ergueu o rosto sorridente para mim.


- Se pudesse ver como está linda, Alice.


- Vai acabar me matando desse jeito.


- De prazer?


Apenas assenti, com dificuldades até para falar.


Robin beijou minha barriga e passou a língua em meu umbigo. Ergui meu corpo um pouco e o observei.


Mordi meus lábios, sorrindo para ela.


- O que foi?


Sem responder nada, tombei um pouco minha taça, quase cheia e levei em direção a ela. Antes que ela processasse o que eu iria fazer, penetrei meus dois dedos em sua intimidade sem aviso. Ela gemeu alto, fechando os olhos.


- Puta que pariu....


Obviamente ela não esperava por aquilo. Com os olhos semi cerrados de desejo eu afastei um pouco a taça com uma das mãos, e simulei nela seus movimentos dentro de mim. Robin gemeu novamente e eu repeti o gesto.

Segurou-me pelos cabelos e forçando -me a olhar para ela. Sua súplica não foi mais que um rosnado.


- ...por favor...


Sorri, satisfeita. Retirei meus dedos de dentro ela e os lambi, passando a língua nos lábios.


- Delicioso....também....tem seu gosto....


Seu abdômen estava muito rígido, resultado da respiração que acelerava. Deitei-me de bruços e abocanhei seu clitóris, praticamente sedenta.


Robin gemeu mais alto e investiu seus quadris. Eu sugava e lambia completamente alucinada por aquela mulher. Por fim Robin se afastou e com uma das mãos continuou me pressionando, moldando seu corpo sobre o meu. 


E foi dessa forma que ele se colocou sobre mim e encaixou nossos sexos, me fazendo tremer por inteiro quando senti o contato de nossas intimidades. Gememos alto. Rebolei meus quadris fazendo-a gemer novamente, pela milésima vez naquela noite. Sem conseguir se conter Robin me puxou para um beijo enquanto rebolava junto a mim. Eu sentia sua intimidade batendo em meu clitóris, fornando um encaixe perfeito. Comecei a rebolar, gemendo seu nome. Nada mais me importava nesse momento a não ser encher aquela mulher de prazer.


- Alice...


Inclinou seu corpo sobre o meu, mordendo meus ombros e massageando meu clitóris. A outra mão apertava minha coxa com tanta força que provavelmente ficaria marcada.


Eu falei, quase sem voz no momento em que explodi num orgasmo ainda mais forte.


- Amo você, Robin...


Ela aumentou seus movimentos e senti seu liquido quente me invadindo.


- Ah...Alice....também amo você....


Investiu com tanta força que meu corpo foi jogado para frente, ela sobre mim, mordendo meus pescoço. E eu parecia tomada por algum espírito que não me deixava parar de rebolar nela mesmo depois de gozar deliciosamente.


Robin girou e deitou-se ao meu lado, a respiração tão pesada que pensei que fosse sofrer um ataque.


- Deus do céu....acaba comigo, mulher.


- Não é muito diferente do que faz comigo.


Robin me puxou para o calor dos seus braços, beijando minha boca.


-Posso te perguntar uma coisa?


- Claro.


- Eu não entendo muito bem dessas coisas,mas eu...hã...consegui dar prazer pra você como as outras?


- Não.


Ela disse simplesmente. Senti um aperto inexplicável no peito.


Robin segurou meu rosto em suas mãos.


- O que senti com você transcende qualquer coisa que eu já tenha sentido um dia, Alice. Pode parecer brega, piegas....mas foi...mágico. Eu amei cada minuto e só penso em maneiras de fazer você sentir o mesmo.


- E eu sinto, Robin. Com uma força tão grande que até me assustou a principio.


- A princípio?


- Sim. Agora eu só penso em continuar.


Ela sorriu. 


- Seu desejo é uma ordem.


Recomeçamos. Assim foi o resto da nossa noite. Por fim, exausta e momentaneamente saciada eu me entreguei ao sono.


Acordei com o corpo ligeiramente dolorido, mas incrivelmente bem disposto. Entretanto Robin não estava na cama.


- Robin?


-Aqui, anjo.


Girei minha cabeça e a vi parado em frente a enorme janela, apenas um sutiã em seus seios e uma toalha em volta da cintura.


O corpo feminino me dava tanta água na boca que parecia impossível que tivesse passado a noite toda sendo amada por ela.


- Bom dia.


- Bom dia. Está perdendo um espetáculo.


Levantei-me e enquanto procurava o roupão eu via seu olhar em meu corpo. Abracei seu corpo e olhei a bela paisagem à nossa frente.


O sol brilhava fortemente e a água do mar à nossa frente ganhava um belíssimo azul...de tirar o fôlego.


- Lindo.


- E você ai...dormindo. Apronte-se que iremos sair.


- O que iremos fazer hoje?


Perguntei já a caminho do banheiro. Nós teríamos que começar tratamentos para poder engravidar, já que é a tradição da família.


- Andar pela ilha. Conhecer outras, se você quiser.


- Ta...mas rapidinho a gente volta não é?


Robin me seguiu e estava parada à porta do banheiro, os braços cruzados sobre o peito.


- E posso saber o motivo dessa pressa em voltar para o hotel?


Meu rosto vermelho me entregou. Robin jogou a cabeça para trás e gargalhou.


- Mas que pervertida você está me saindo...


- Eu só pensei em descansar, Robin.


- Descansar...sei...


Tomei um banho rápido e coloquei um vestido leve e sandálias baixas. Amarrei meus cabelos num rabo de cavalo. 


- Parece uma garotinha. A minha garotinha.


Me encolhi em seus braços. Apenas isso fazia minha pulsação disparar. Ela estava certa. Estava me transformando numa pervertida.


- Vamos?


Saímos de mãos dadas. eu não fazia idéia de como esse simples gesto me faria bem. Finalmente poder caminhar ao lado de Robin como sua esposa. Eu me orgulhava disso. E com ela não parecia ser diferente. Atenção e carinho eram perceptíveis em todos os seu atos.


- Robin!


Viramos-nos em direção a voz que chamava por Robin. Uma belíssima morena, alta se aproximava sorrindo. Imaginei que seria a tal Fiona.


- Que surpresa boa encontrá-las logo pela manhã.


- Como vai, Fiona?


As duas se abraçaram o que me causou um ligeiro incômodo.


- Estou ótima. E a julgar pela sua carinha...


-Essa é minha esposa: Alice.


- Muito prazer, Alice.


- Prazer, Fiona.


- Parabéns, Robin. Sua esposa é realmente belíssima.


- Obrigada.


Eu disse envergonhada. Robin me puxou para os seus braços.


- Obrigada pela...surpresa, Fiona. confesso que não havia pensado nisso.


Ela riu.


- Eu sei. Você é meio insensível quanto a isso. Mas quando Ruby me ligou e disse que sua esposa deveria ser tratada como uma rainha.


Abri minha boca, incrédula.


- Ela disse isso?


- Com todas as letras, querida. E então? Estão gostando?


- Andamos muito pouco ainda. Mas é tudo muito bonito.


- Sim. Eu amo esse lugar. Acho que não saio daqui nunca mais.


Até que Fiona era agradável. E não parecia aquelas mulheres prontas a devorar Robin apenas com os olhos.


- Vamos parar para um café? Prometo que só irei atrapalhar a lua de mel de vocês por uns minutos.


Fomos até um pequeno café e esperamos nossos pedidos. Fiona contava sobre os poucos dias que passou em nossas terras.


- Nossa, Alice. Eu me lembro de você com uns onze anos, mais ou menos. Era tão franzina. Quem diria que se transformaria nesse mulherão.


- E é minha, Fiona.


- Deixa de bobeira, Fiona. Já deixei dessa vida.


Dessa vida? Sobre o que estavam falando?


- Continua com o James?


Ela deu de ombros.


- Aos trancos e barrancos.


- Tem certeza que é isso o que quer para sua vida, Fiona? Eu quase me ferrei ao fazer péssimas escolhas.


Robin colocou a mão sobre a minha ao dizer isso. Fiona suspirou pesadamente.


- Às vezes é difícil se desfazer de certas coisas, Robin.


- Ora...ora....que casal mais...lindo.


Olhei para o homem alto e loiro que estava parado atrás de Fiona.


- James.


- Com vai...Robin, não é?


-Sim. Robin. Estou muito bem.


- E quem é essa....uau...loira?


Ele olhava diretamente como se quisesse me engolir. Seus olhos praticamente me despiam. Senti um calafrio na espinha.


Robin aumentou o aperto em minha mão.


- É minha esposa, James.


Ele riu alto.


- você? Casada?


- Qual é a graça?


-Sempre foi uma galinha.


Fiona colocou-se de pé.


- James, elas estão em lua de mel. É melhor irmos.


- Lua de mel? Que delícia... Bom, Robin, se precisar de ajuda.


Abri minha boca, incapaz de acreditar no que ouvia. Robin também se levantou, as mãos fechadas em punho.


- Pode ficar, Fiona. Nós estamos de saída.


O tal James continuou rindo asquerosamente.


- Cuidado, heim, Robin? Pelo que me lembre Fiona bem que gosta de pegar as suas "mulherzinhas".


Antes que eu me desse conta James foi lançado contra a mureta de tijolos atrás dele. Robin tinha desferido um soco certeiro em seu maxilar.


- Desculpe-me, Alice.


Victoria falou e se afastou indo ajudar James.


Robin me pegou pelo braço e me arrastou dali.


Em poucos minutos estávamos no hotel.


- Sujeito ordinário, vagabundo. Como Fiona consegue continuar casada com ele?


-Eles são casados?


- Sim. Viu como ele te olhava? Como se...como se...quisesse...comer você.


- Esqueça isso, Robin. Não iremos mais cruzar com ele, provavelmente.


- Não queria que nada estragasse nosso momento.


- E não estragou. No fundo..eu estava doida pra ver essa cama de novo.


Ela riu e se dirigiu ate mim.


-Robin? O que ele quis dizer com pegar suas mulherzinhas?


Ela bufou.


- James é um idiota.


- Você já...você e Fiona....


- Não...nunca, Alice. Eu juro.


- O que James quis dizer?


- Bom...não é segredo pra você que eu.....hum... fiquei com Aurora...algumas vezes.


Engoli em seco.


- Sim.


-Então...numa das vezes em que Fiona esteve lá, James foi com ela. Estavam começando a engatar o relacionamento. Mas Fiona acabou não resistindo às suas preferências e ...ficou com Aurora. James descobriu e achou que estávamos fazendo uma..."orgia' ou sei lá o que.


-Nossa...então...Fiona gosta de mulher?


- Ela tenta fugir disso mas não consegue. Então é melhor deixá-la longe de você.


Eu ri alto.


- Trocá-la por ela? Só se estivesse louca. Não existe ninguém à sua altura, Robin.


Robin empurrou meu corpo para a cama.


- Mesmo?


- Mesmo.


- Amo você.


- Então venha me provar isso, senhora Mills.


******

Os dias na ilha foram os mais perfeitos já vividos por mim. Iniciamos um tratamento para termos uma filha biológica. Não encontramos mais Fiona ou James. Saíamos de barco todos os dias, cada dia uma ilha diferente. Eram tantas que era difícil escolher a mais bela.


Sem contar que tudo ao lado de Robin ganhava um brilho diferente. Ela enchia meus dias de amor, carinho, atenção. Eu nunca me senti tão apaixonada pela vida..por ela.


Incrível como ela amadureceu e se tornou uma verdadeira mulher tão rapidamente. Era séria e responsável. E imatura e inconseqüente na hora certa. E eu amava cada uma das faces dela.


Estávamos sozinhas numa ilha minúscula. Robin não desgrudava os olhos do meu corpo, usando um biquíni azul.


- Conhece meu corpo pelo avesso. Por que está de boca aberta?


- Sei lá...é excitante vê-la numa roupa minúscula. É como se eu nunca tivesse visto você nua.


- Humm....quanto tempo até o barqueiro vir nos buscar?


- uma hora, mais ou menos.


- Então da tempo de descobrir o que ha debaixo desse biquini.


Robin passou a língua nos lábios. Ela sabia que isso acabava com minha sanidade. Robin me pegou pela mão e levou-me para o mar.


Enlacei-a pelo pescoço, grudando meu corpo ao dela, já dentro da água.


- Dizem que aqui é cheio de tubarões.


Dei um pulo e olhei ao redor. Depois olhei para ela que ria.


- Idiota.


- Mas fique tranqüila. A única que irá devorá-la serei eu.


Olhei em seus olhos flamejantes e torci fervorosamente para que ela fizesse isso. Eu estava no paraíso, literalmente.



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