1. Spirit Fanfics >
  2. Casamento Arranjado >
  3. Elevador

História Casamento Arranjado - Elevador


Escrita por: army7

Notas do Autor


Terminei esse capítulo hoje mais cedo e fiquei enrolando pra ver se caia do céu uma ideia melhor, um jeito de melhorar esse coiso, mas nem. Perdoem a falta de jeito.

Capítulo 5 - Elevador


Fanfic / Fanfiction Casamento Arranjado - Elevador

      Finalmente estava me acostumando com o fuso horário e dessa vez consegui pegar o horário do café da manhã do hotel. Naquela manhã acordei decidida a falar com Yoongi, então depois do café da manhã voltei pro quarto, troque de roupa e fui até a recepção em busca de alguém que entendesse o que eu estava dizendo.

       Uma moça muito educada me atendeu num inglês quase perfeito e me deu o número de um táxi que saberia atender ao meu pedido. Em 20 minutos meu taxi chegou e eu entreguei ao motorista o papel com o endereço do prédio central do SG Group.

        Durante o trajeto fui lembrando do dia anterior no apartamento de Jimin, de como foi divertido e agradável, como os olhos dele parecem desaparecer quando ele sorri e como ele fica fofo quando está envergonhado... “Não Alice! Para, você não pode ficar pensando essas coisas! Não saia do foco!”

        Em poucos minutos eu estava na entrada do prédio um pouco nervosa de estar ali porque todo mundo que passava me encarava e cochichava alguma coisa.

 

         Tomei coragem e entrei, fui direto até o grande balcão de mármore e perguntei pelo Yoongi, e acredito que a recepcionista tenha me reconhecido porque sua primeira reação foi me encarar de boca aberta como se eu fosse um fantasma e depois me direcionou direto para o andar onde ele estava, sem muitas perguntas.

       Subi de elevador até o 13º andar ainda formulando minhas frases mentalmente, quando saí do elevador me deparei com Da Hae batendo batendo a porta enquanto saia de uma sala, e ela parecia furiosa. Apenas encarei enquanto ela vinha em minha direção parecendo ainda mais irritada em me ver ali. Inesperadamente ela passou direto por mim e entrou no elevador.

           - Oi pra você também! – Falei para o vácuo mal educado que ela deixou para trás.

          O que ela estaria fazendo ali? Será que eles voltaram a ter um caso? Ah, mas eu mato aquele metido nojento por não ter me contado... Foco Alice! Foco!

           Voltei minha atenção para a porta da sala à frente e vi um garoto, não aparentava ser muito mais velho que eu com os cabelos tingidos num ton alaranjado, ele me encarava com um sorriso quadrado estranhamente cômico no rosto.

           - Hm, oi... – Comecei.

          - Ai meu Deus! Não acredito... Não, pera, calma, respira... – Acho que ele estava no meio se um surto interno, ri de sua reação. Pigarreou e continuou. – Olá, eu sou Kim Taehyung, secretário do Sr Min.

            - Oi Sr Kim, é um prazer. Meu nome é...

           - Ai eu sei quem você é, não seja boba! Todo mundo te conhece nesse prédio! – Animou-se.

         Não me aguentei e tive que rir dos modos totalmente exagerados de Taehyung, mas logo estremeci de pavor quando a ficha caiu de que todos me reconheceriam, eu era a noiva do chefe.

          - Ai! Me perdoa! Eu sou tão sem modos, ai meu Jesus Cristo, o chefe me mata... – Começou outro surto.

        Eu já estava com dores nos músculos da face de tanto rir do exagero daquele homem.

         - Ei, fica calmo! Relaxa, não vou contar nada pra ele. Fico até feliz que você se sinta à vontade perto de mim, sem formalidades. Continue assim, combinado? – Tentei acalmá-lo.

           - Ufa! Ta bom, tudo bem. Posso te chamar de Alice?

           - Claro, é o meu nome! – Rimos.

          - Pode me chamar de V, apelidinho só para os íntimos, sabe como é... – Ele disse piscando várias vezes de forma mais engraçada do que fofa.

           - Ok, V. O poderoso chefão ta ai?

          - O poderoso chefão? – Fez cara de lerdo. – Ah, o Sr Min! Ta sim, mas ta num mau humor que Deus me livre... Ai me perdoa! – Tapou a boca.

       - Seu segredo está guardado comigo. – Pisquei para ele. – Acho que não tem problema se eu entrar sem ser anunciada, né?

          - Ele me mata!

          - Eu digo que te amarrei e entrei correndo, pode ser?

          - Hmmm, ta, mas só porque eu gostei de você. – Sorriu o maior sorriso que já vi na vida.

          Abri a porta da sala num solavanco só e entrei praticamente pulando lá dentro.

          - BU! – Gritei.

          - AHH! – Yoongi gritou igual uma garotinha pulando pra trás da mesa e eu morri de rir.

          - Que foi? Viu uma barata? Ta devendo é?

         Andei até uma das poltronas posicionadas em frente à sua mesa e sentei.

         - Você ta louca? Quem deixou você entrar aqui assim igual uma maluca gritando no meu ouvido?

          - Ninguém, entrei correndo tão rápido que nem me viram. – Dei de ombros.

          - Ta bom, sei... Ainda mato o Taehyung...

        - Deixa o menino em paz, já disse que ninguém me viu entrando. – Defendi o cabeça de cenoura.

          - Ta... Sei...

          - Enfim, vim aqui porque quero falar com você.

          - Sobre?

       - Vou chegar lá, mas eu preciso que você sente e prometa que vai ser sincero. Declaro trégua nesse momento, juro! – Levantei a mão esquerda em juramento.

          - Hmmm, tudo bem. Trégua.

         - Então ta, vamos lá. Primeiro: o que a Da Hae estava fazendo aqui? E nem adianta negar porque eu a vi saindo dessa sala com a maior cara de bunda do universo.

           - Cara de bunda? Já disse que você tem um palavreado horroroso?

       - Todos os dias desde que me conheceu, agora desembucha e não muda de assunto. – Semi cerrei os olhos.

           - Por que Da Hae estava aqui? Porque ela é doida e gosta de perturbar meu juízo. Simples.

           - Uhum... Sei...

         Agora, como eu ia dizer pra ele que eu já sei de tudo e ele pode parar de contornar, mas sem colocar Jimin numa furada? Pensa Alice, pensa.

             É isso, vou blefar. Yoongi pode ser esperto para os negócios, mas tenho certeza que no fundo é maior tapado e vai cair na minha conversa.

            - Vocês têm um caso. – Afirmei.

            - O QUÊ? COMO.. QUE... QUANDO... – Seus olhos se arregalaram de uma forma que eu achava impossível.

            - Pronto, agora tenho certeza. – Sorri vitoriosa. – E você é muito ruim em disfarçar as coisas. Pode abrindo o jogo.

             Yoongi soltou um longo suspiro, relaxou na cadeira e começou.

            - Nós tivemos um “caso”, mas acabou faz um tempo. Por que quer saber disso? Por um acaso está com ciúme? – Me encarou convencido.

             - Nos seus sonhos, querido. Quero saber se você sentiu ou ainda sente algo por ela porque tenho uma proposta a fazer.

             - Que tipo de proposta? – Pareceu interessado.

             - Só conto depois que você admitir que ainda gosta da psicótica. – Provoquei.

             - Eu não admito nada... - Desviou o olhar.

             - Eu sei que goooosta.

             - Diz logo qual é a sua proposta.

          - Eu estava pensando que, já que não nos suportamos e não queremos nos casar, poderíamos manter essa farsa de noivado por mais algum tempo, até que a empresa do meu pai tenha investido o suficiente no SG Group, pra que vocês não saiam desse acordo infeliz sem nada ganho, e depois nós podemos romper oficialmente dando alguma desculpa como “incompatibilidade étnica”. Enquanto isso a gente finge pra todo mundo, mas nos bastidores somos livres pra sairmos com quem quisermos, quando quisermos, sem cobranças. E ai, aceita?

           - “Incompatibilidade étnica”? Isso existe? – Perguntou rindo.

           - Sei lá, se não existe eu acabei de inventar. Aceita ou não?

           - Vai soar um tanto preconceituoso na mídia, mas eu aceito. Com uma condição.

           - Qual condição?

      - Você vai cumprir sua parte no trato, vai continuar com o noivado até os investimentos e vai comparecer a todos os eventos ao meu lado. E acima de tudo, vai ser discreta seja lá com quem você esteja pensando em sair.

           - Sim, senhor. – Bati continência.

           - Não se faça de engraçadinha.

       - Não me faço, nasci engraçadinha, querido. – Yoongi riu do meu comentário convencido. – Então, já que estamos de acordo, eu vou celebrar a liberdade.

            - Você fala como se estivesse vivendo uma tortura.

         - Ah, mas é bem parecido. E aliás, a moeda de vocês é muito desvalorizada, quando eu for embora sugiro que arrume uma outra noiva, europeia de preferência, o euro vale ainda mais que dólar. Apesar das americanas serem muito mais atraentes. – Pisquei pra ele antes de ir em direção à porta.

              - Ei! – Yoongi chamou.

              - O que?

              - Lembre-se: seja discreta!

              - Sim, senhor!

            Saí da sala senti um peso sendo retirado dos meus ombros, consegui até respirar melhor.

               - Como foi? – Perguntou o cabeça de cenoura.

               - Mil maravilhas! Consegui o que queria!

               - Hmmmm, ai, agora fiquei curioso. – V fez cara de pidão.

               - Sinto muito fofinho, mas isso é segredo. Na hora certa você vai saber.

 

            Entrei no elevador e apertei o botão que indicava o térreo. Logo no próximo andar o elevador parou e para minha surpresa era Jimin. Ele estava lindo com aquela postura séria, de terno e gravata e cabelo bem penteado. Seus olhos brilharam quando me viu dentro do elevador e eu sorri em resposta.

                - Olá senhor diretor. – Cumprimentei-o.

                - Você por aqui? – Perguntou ao entrar.

                - Vim resolver algo com o Senhor Metido.

                - Posso perguntar do que se trata?

                - Posso mostrar melhor que explicar.

           Não consegui me segurar, estava feliz por ser livre do compromisso do casamento, tão feliz que agarrei Jimin ali mesmo, dentro do elevador no prédio do SG Group. Pedi passagem com a língua e ele logo cedeu intensificando o beijo imediatamente, foi então que eu percebi que ele queria aquilo tanto quanto eu.

                 Passei meus braços por seu pescoço agarrando sua nuca com uma das mãos e segurando seus cabelos com a outra, aproximando nossos corpos e aprofundando aquele beijo. As mãos dele passearam pelas minhas costas indo parar na minha cintura me pressionando contra seu corpo. Estávamos tão conectados que parecia que nos fundiríamos em um só a qualquer momento. Seu beijo era doce e voraz ao mesmo tempo, a combinação perfeita pra levar qualquer um ao céu.

              Tivemos que cortar aquele beijo quando ouvimos o elevador indicando que já havíamos chegado ao térreo. Ajeitei-me rapidamente, assim como Jimin, e agi como se nada tivesse acontecido. Passei a mão pelos cabelos e pisquei para ele.

            - Te vejo amanhã na próxima aula. – Falei deixando para trás um Jimin surpreso e atordoado.

 

             Uau! Nunca pensei que um beijo pudesse causar tantas sensações maravilhosas ao mesmo tempo. Jimin era tão atencioso, carinhoso, gentil e inteligente. Isso sem falar no seu corpo visivelmente definido debaixo da roupa social e aquele sorriso que me levava  ao paraíso. Sim, eu estava profundamente atraída por suas qualidades. Mas não, eu não poderia me apaixonar, era puramente físico. Eu não podia me apaixonar por ninguém naquele país.

 

             Mas principalmente eu não deveria me apaixonar por Park Jimin.

 


Notas Finais


Podem me crucificar!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...