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História Casamento Falso - Nós conseguimos!


Escrita por: crydrews

Notas do Autor


▸ Prometo não me alongar aqui em cima hoje heheheh;
▸ Primeiramente, quero agradecer - como sempre - os quase 480 favoritos e os 25 comentários no capítulo anterior! A fanfic está rumando para os seus 500 favs e eu estou realmente feliz com isso sz;
▸ Um dos acontecimentos retratados nesse capítulo foi totalmente criado pela minha cabeça, já que não consegui encontrar fatos verídicos sobre processos de adoção no google. Espero ter relatado da maneira mais correta possível visto que eu estava sem informações.
▸ Boa leitura e preparem os lencinhos! sz

Capítulo 21 - Nós conseguimos!


Tell me you love me

If you don't then lie

Lie to me.

True Love — Coldplay

     As semanas seguintes estavam sendo ótimas. Cassie havia finalmente conseguido ser admitida como jornalista em uma revista, por sinal, maior que a Folks Magazine. Estava feliz fazendo o que gostava na inStyle e mais feliz ainda por estar podendo ajudar Justin a pagar as contas com seu próprio dinheiro.

     A audiência para decidir a adoção definitiva estava marcada para dali três semanas e ela não via a hora desse momento chegar. Estava ansiosa, mais do que já esteve algum dia em sua vida.

     Na quarta-feira, Justin apareceu de surpresa no trabalho dela.

 — O que faz aqui? — perguntou a ele assim que chegou ao térreo e o viu parado em frente ao seu carro. 

 — Vim te buscar para almoçarmos. 

 — E se eu disser que não quero? 

 — Nesse caso, terei que tomar uma medida extrema e sequestrá-la. — ele respondeu próximo ao ouvido dela e depois mordeu de leve a bochecha da loira, que riu e lhe deu um tapa fraco no ombro.

 — Vamos logo, seu canibal.

     Ele sorriu em resposta e ambos entraram no carro. Ele dirigiu no limite da velocidade e sempre que parava em um semáforo vermelho, aproveitava para olhar para Cassie. Dirigiu até um restaurante próximo ao centro e sentaram-se em uma mesa que tinha vista para a rua movimentada. 

 — O que te fez me trazer para almoçarmos? —ela perguntou depois que um garçom trouxe a comida dos dois.

 — Não posso mais levar minha esposa para almoçar?

 — Claro que pode, mas você parece estar escondendo algo. 

     De repente, ela se deu conta de que ele poderia estar escondendo algo sobre alguma outra mulher. O pensamento a fez estremecer e esperar pelo pior.

 — Escondendo o quê?

 — Sei lá, alguma mulher. Blair, por exemplo. — respondeu, não conseguindo esconder o desagrado.

 — Claro que não, Cassie. Eu estou escondendo algo sim, mas acho que você vai ficar feliz. Pode ter certeza que não envolve mulher nenhuma. — o loiro garantiu e Cassie sentiu como se um peso tivesse sido tirado de seus ombros.

 — Desculpe por isso.

 — Eu entendo. Você só estava com ciúmes. — ele provocou.

 — Não estava com ciúmes. Nem comece.

     Ele riu e continuaram comendo, sem tocar no assunto anterior. Terminaram de comer cerca de vinte minutos depois. Ele pagou toda a conta sob protestos dela e então foram para o carro.

 — Hoje é seu dia de cozinhar. — ela disse e recebeu um olhar desconfiado de Justin.

 — Mas eu cozinhei ontem! 

 — Ontem fui eu, não tente escapar disso, senhor Bieber.

 — Tudo bem, eu cozinho.

 — Já posso saber onde você está me levando? Eu preciso voltar a trabalhar em menos de uma hora. 

 — Você saberá em breve.

     Ela suspirou e o silêncio preencheu todo o carro. Ele dirigiu até outra parte do centro da cidade e ela se questionava o que ambos estavam fazendo ali, já que a empresa que Justin trabalhava era mais longe dali. De repente, o carro foi desacelerando até parar completamente.

 — Por que paramos aqui? — perguntou, descendo do carro quando ele abriu a porta para ela.

 — Para de ser tão curiosa. 

     Ela revirou os olhos e o seguiu para dentro do prédio comercial. Os corredores possuíam diversos homens trajando ternos e mulheres com suas elegantes roupas sociais. O elevador logo chegou e estava vazio quando entraram. Justin apertou os botões e Cassie viu que iriam até o sexto andar. Quando o elevador parou lá, uma mulher elegante saiu de dentro de uma das salas e encarou Cassie e Justin. Avaliou a roupa da loira de modo crítico e Cassie se perguntou o que eles estavam fazendo ali. 

     Ela enlaçou seus dedos com os de Justin e o seguiu até onde estava uma porta. Ela não entendeu nada até enxergar o óbvio.

 — Essa porta tem uma placa com o seu nome. — disse, encarando-o.

 — Sim. E não só a placa tem o meu nome.

 — Não me diga que...

 — Sim, eu sai da empresa. Agora eu sou o meu próprio chefe. — assegurou com um sorriso.

 — Minha nossa, isso é ótimo, Justin! Parabéns! 

     Sem pensar duas vezes, ela abraçou-o fortemente. Ele retribuiu o abraço e a rodopiou no ar, recebendo olhares curiosos das pessoas que passavam por ali. 

 — Vem, vamos entrar. — ele disse e a puxou pelo braço para dentro da sala, que já estava toda mobiliada.

 — Estou muito feliz por você. Você conseguiu o que sempre quis! 

 — Você teve um papel fundamental nisso. Obrigado por ter aceitado se casar comigo e ter me tirado de uma vida cheia de...

 — Mulheres? — ela interrompeu.

 — Sim. Quem imaginaria que estaríamos juntos? Você me odiou quando nos reencontramos.

 — Continuo odiando. — ela brincou. Nesse momento, os braços dele já estavam ao redor da cintura dela, trazendo-a para mais perto.

 — Enquanto isso, eu amo você. — ele falou de repente e ela o encarou seriamente.

 — Espera, você o quê? 

 — Não me faça repetir, Cassie.

 — Você me ama? — ela perguntou, ainda sem ter certeza de que havia escutado certo.

 — Amo. E não venha me dizer que isso não é possível. 

     Ela sorriu e o puxou para um beijo. Calmo o bastante para que ela pudesse absorver aquelas palavras ditas por ele. O loiro sorriu quando o beijo terminou e ela não pode deixar de fazer o mesmo.

      Depois, ele mostrou todo o lugar a ela. Não era tão grande, mas era bom o suficiente para começar uma empresa. Além disso, Justin estava extremamente animado em começar o trabalho na própria empresa.

 — Gostou? — perguntou.

 — Sim, mas precisa de uma decoração melhor. — ela disse e ele riu.

 — Depois você pode decorar do jeito que quiser. Agora vem aqui. 

     Ele segurou-a pela cintura e distribuiu beijos por todo o comprimento do pescoço e ombros de Cassie, causando arrepios na loira. Estava prestes a abaixar as alças da blusa dela quando ela se deu conta do horário.

 — Justin, olha a hora! Eu preciso voltar a trabalhar! 

 — Você cortou o clima pra isso? Não pode chegar um pouco mais tarde? — perguntou, com esperança de receber uma resposta afirmativa.

 — Claro que não! O Mark é bem mais legal que a Donna, mas eu trabalho na revista faz pouco tempo. Não quero ficar abusando para eles terem motivos para me demitir. — argumentou.

 — Argh, você está certa. Vamos logo antes que eu perca o controle de novo.

     Ela riu e ambos saíram dali e foram direto para o carro. Ele dirigiu novamente até o prédio onde Cassie trabalhava e recebeu um beijo de agradecimento. Depois pode finalmente começar a trabalhar em alguns novos projetos.

 

[...]

 

     As três semanas passaram devagar, mas o dia da audiência para a adoção definitiva de Emma finalmente havia chegado. Cassie se sentia nervosa e ansiosa, mais do que o normal. 

     A juíza ouviria Justin e Cassie, além de algumas outras pessoas e também Emma. Tudo para saber como era a relação entre eles.

     Cassie foi a primeira a entrar na sala. Paul, o advogado que Justin contratara a acompanhou. A loira contou toda a dificuldade em adotar a pequena, omitindo a parte do casamento falso. Ao todo, permaneceu na sala por cerca de meia hora. Com Justin foi a mesma coisa. 

 — Cassie, você precisa ficar calma. — ele disse enquanto esperavam a resposta da juíza.

 — Eu não consigo ficar calma sabendo que essa mulher está decidindo se a Emma ficará ou não conosco. 

     A loira andava de um lado para o outro na sala de espera do tribunal. Uma decisão a favor e finalmente conseguiria adotar Emma. No entanto, se a decisão fosse contrária à ela, tudo havia sido em vão. 

     Esperaram por uma decisão por cerca de quarenta minutos. Depois, Justin e Cassie, juntamente com Paul, foram chamados para entrarem na sala onde a juíza estava. Esta possuía um semblante sério e revirava os papéis que estavam a sua frente. 

 — Pois bem, senhor e senhora Bieber, após ter conversado com ambos e também com a pequena Emma, eu pude tomar uma decisão. Sabemos que a adoção é uma coisa séria. Estamos falando de uma criança com quatro anos que foi abandonada pelos pais em um orfanato. Senhora Bieber, Emma me contou que vocês se conhecem desde que ela era muito pequena e de lá pra cá criaram um vínculo muito forte. — a mulher disse e Cassie assentiu. — Já sobre o senhor Bieber, ela disse que se conheceram no parque quando ela e a sua esposa passeavam. Contou que você a chamou de princesa e gatinha e que gostou de você imediatamente. Não é difícil perceber o quanto ela adora vocês dois. Baseada em todas as conversas, eu lhes concedo a adoção de Emma. 

     Cassie achou ter ouvido errado. Seu corpo parecia querer explodir de felicidade diante daquela decisão. Estava tão inebriada, que não percebeu as lágrimas rolando soltas pelo rosto enquanto Justin a abraçava de forma terna. Finalmente havia conseguido. Finalmente poderia chamar Emma de "filha".

 — A gente conseguiu, Justin. Conseguimos. — disse em meio ao choro.

 — Sim. Conseguimos.

     Ficaram ali abraçados por um tempo, até ouvirem novamente a voz da juíza. Cassie limpou as lágrimas e começou a prestar atenção na autoridade.

 — Como devem saber, ela tem seis meses para se adaptar à nova casa e à nova família. Caso isso não aconteça ou caso os senhores façam algo que prejudiquem a criança, serei obrigada a tirá-la de vocês. Algumas vezes vocês receberão a visita de um assistente social. Ele apenas fará algumas perguntas para vocês e Emma, nada demais. Enfim, assinem esses papéis e estão liberados. 

     Cassie tremia de alegria e emoção. Assim como Justin, assinou todos os papéis e saíram dali abraçados. Paul os acompanhou e estava tão feliz quanto eles.

 — Paul, obrigado por tudo. Você foi fundamental. Depois nos falamos para combinarmos o seu pagamento. Agora temos uma princesa para resgatar. 

 — Não se preocupe com isso agora, Justin. Fico feliz que tenha me contratado e mais feliz ainda por terem conseguido a adoção da Emma. 

 — Obrigada mesmo, Paul. Nem sei como agradecer você. — a loira disse.

 — Agradeça indo buscar a Emma agora e lhe dando todo o amor e carinho possível. Agora eu preciso ir. Tenham um bom dia.

 — Igualmente. — Justin disse. — Vamos?

 — Tenho medo de ir buscá-la e acordar de um sonho. É tão magnífico e surreal saber que agora ela vai estar conosco. — declarou enquanto saiam dali. Ao chegar ao carro, ele abriu a porta para ela e a mesma entrou rapidamente.

 — Isso não é um sonho e você não vai acordar. Toda essa situação é real. — garantiu e lhe deu um beijo carinhoso na testa. Depois fechou a porta e foi para o seu lugar como motorista. 

     O carro foi ligado e rapidamente se encontravam indo para o orfanato. Cassie estava quieta, absorvendo tudo aquilo. Quando finalmente chegaram ao orfanato, ela saiu tão rápido do carro que Justin quase não conseguiu alcançá-la. Ela ia em direção à sala da senhora Mills, mas parou no meio do caminho quando viu Emma descer a escada acompanhada da mais velha, que segurava uma pequena mala. Assim que os viu, a menina saiu correndo para os braços da loira.

 — Cassie! Eu estava com saudades! — disse enquanto se abraçavam.

 — Oh, querida, eu também. Você não imagina o quanto! 

     Justin se aproximou devagar e envolveu a pequena nos braços, rodopiando-a no ar. Enquanto se distraiam, ela foi falar com Mills, que possuía lágrimas nos olhos, assim como Cassie.

 — Senhora Mills, obrigada por tudo! Todos os conselhos e paciência que teve comigo durante todo esse tempo. A senhora é como se fosse a minha segunda mãe. 

 — Ah, Cassie, você não sabe o quanto fico feliz de poder ver finalmente a Emma tendo um lar de verdade. E não poderia querer pais melhores para ela que não fossem vocês dois. 

     As duas se abraçaram fortemente e soltaram-se quando ouviram risadas animadas. Emma estava rindo das cócegas feitas por Justin, que estava radiante. Com a menina no colo, parou ao lado de Cassie.

 — Senhora Mills, eu sei que a senhora não me conhece como conhece a Cassie, mas também quero agradecer por tudo. 

 — Eu só fiz o meu trabalho, querido. Agora façam o de vocês cuidando dessa garotinha. E tragam-na para me visitar e visitar os outros colegas dela, principalmente Dave.

 — Eu vou vir sempre visitar a senhora e o Dave! Podemos até ir ao zoológico juntos! — Emma exclamou animadamente.

 — Claro que sim. Agora, se me deem licença, tenho um casal para atender. Se precisarem de algo é só ligar.

     Eles assentiram e se abraçaram novamente. Cassie pegou Emma no colo e Justin pegou a pequena mala da garota. 

 — Agora eu vou morar com vocês pra sempre? — ela perguntou.

 — Sim, pra sempre. — Justin respondeu enquanto colocava a mala dela no porta-malas do carro.

 — Então eu vou ter que chamar vocês de papai e mamãe? 

     Os adultos se entreolharam, procurando por uma resposta, por mais que esta fosse óbvia. Cassie decidiu que a responderia com sinceridade.

 — Nós adoraríamos que isso acontecesse. Mas só nos chame de papai e mamãe quando quiser, certo? Não vamos ficar chateados, muito menos bravos se por acaso você não nos chamar dessa forma. 

 — Tudo bem, entendi. — a pequena assentiu sorrindo.

     A loira colocou Emma na cadeirinha e afivelou o cinto dela. Logo depois, ela e Justin sentaram-se nos bancos da frente e ele logo deu partida no carro, dirigindo rumo a seu apartamento.

     Ao chegarem lá, Justin deixou as coisas de Emma no quarto dela e voltou para a cozinha, onde as duas estavam decidindo o que iriam comer.

 — Cass, eu quero sorvete.

 — Primeiro nós vamos almoçar. Que tal se eu fizesse uma lasanha? — a loira sugeriu.

 — Hm, gostei da ideia. Enquanto eu te ajudo a Emma pode assistir aquele desenho animado que ela gosta. 

 — Sim! — a pequena concordou de forma animada.

 — Certo, então vamos fazer uma lasanha de queijo. — ele falou.

 — Queijo é muito calórico, não podemos fazer uma lasanha mais light? — Cassie rebateu, torcendo para receber um “sim”.

 — Não existe lasanha light, Cassie.

 — Podemos fazer uma lasanha de berinjela. É super saudável.

 — Que diabos é lasanha de berinjela? Não comece a inventar, Cass. Eu sei que você só está preocupada com o fato de engordar por causa do queijo. — ele provocou.

 — A Emma está em fase de crescimento, ela precisa de nutrientes e não montes de gorduras.

 — Não se preocupe com isso. E nem em engordar. Nenhuma das duas coisas vai acontecer.

 — Você será o culpado caso isso aconteça. — ela finalizou o assunto com olhos ameaçadores. 

     Tudo que ele fez foi rir e beijá-la na bochecha. O almoço foi harmonioso e alegre. Justin fazia brincadeiras e Emma mais ria do que comia. Apesar de todos os infortúnios e dificuldades, Cassie sabia que Justin seria um ótimo pai. De Emma ou de qualquer outra criança que ele talvez viesse há ter algum dia. 


Notas Finais


Espero que tenham gostado e até breve :)xx


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