◇ Jace Herondale ◇
Acabo de chegar em casa e vou direto para o quarto encontrando a Clary dormindo. Já passam das onze da noite e acredito que ela esteja cansada. Vou até o banheiro e tomo uma ducha gelada e rápida. Tudo o que quero nesse momento é deitar ao lado da minha esposa e ter uma noite tranquila de sono. Assim que acabo, visto uma cueca e me deito na cama logo me agarrando a Clary que se remexe um pouco e se vira para mim sonolenta.
- Jace...? Está tudo bem? - ela pergunta com voz de sono me encarando.
- Sim meu amor, não se preocupe. - abraço-a e trago ela mais para mim. - Desculpe por ter chegado á essa hora.
- Está tudo bem. Eu entendo que o seu filho precise de você nesse momento. - diz me abraçando de volta e tenho vontade de guarda-la só para mim.
- Eu amo você! - digo e a única coisa que ela faz é sorrir de lado demonstrando seu sono. Decido deixá-la dormir e tento fazer o mesmo. Hoje, assim como todos os dias desse último mês, foi extremamente cansativo por eu ter que ficar dividindo meu tempo com o trabalho e a Aline. Nem é exatamente com o Julian, mas sim com a mãe dele que está a todo tempo me ligando por sempre precisa de algo.
Nos primeiros dias minha mãe até me ajudou com isso. Ela levou a Aline e o Jules para sua casa e sempre esteve por perto para ajudar e ensinar a Aline a como cuidar do menino. Mas parece que isso de nada adiantou. Ela vem me ligando a todo minuto para perguntar coisas bestas como o horário de alimentação do menino, de quanto e quanto tempo pode traca-lo... entre outras coisas que como mãe, ela deveria saber. Eu venho tentando ajuda-la em tudo o que posso. Á um mês atrás aluguei um apartamento para ela perto da minha casa para que assim tanto eu quanto meus pais e a Clary pudessem ter mais acesso ao meu filho, contratei uma babá para ajudar com o menino e estou pagando tudo que a Aline está precisando. Sei que como pai é a minha obrigação bancar toda e qualquer despesas que meu filho tiver, mas ai é que está. Não estou pagando só para ele.
A Aline tem consumido e se beneficiado mais do meu dinheiro do que o próprio Julian.
Mas conseguirei me manter firme e continuar com a paciência que estou tendo até o momento.
○○○
Sigo pela rua que vai de encontro a minha casa dirigindo um pouco acima da velocidade que deveria. São exatamente cinco da manhã de um sábado chuvoso e acredito que nunca estive tão cansado assim antes. Não fisicamente, se fosse fisicamente eu estaria numa boa. Mas esse cansaço tem mais a ver com o meu psicológico mesmo.
Não está nada fácil lidar com a Aline nesses últimos dias. Ela tem na cabeça que, por ser a mãe do Julian, pode fazer tudo o que quiser com o garoto.
Tudo começou quando ela decidiu que iria parar de amamenta-lo pelo simples fato de não querer "estragar" sua estética. Um bebê de apenas dois meses de nascido não é mais alimentado pelo leite materno pois sua mãe usa como desculpa que seu trabalho exige uma beleza e perfeição que ela quer a todo custo manter, e que ela não irá abrir mão disso por nada. Nós passamos semanas em uma discussão sem fim por esse motivo.
E isso é apenas o começo.
Eu venho sendo chamado praticamente todas as noites para sua casa, com a desculpa de que o menino não para de chorar. No começo eu pensei que seria por alguma dor que ele estivesse sentindo, até cheguei a leva-lo ao hospital, mas hoje eu sei que nada mais é do que a incapacidade da Aline de sequer cuidar e dá carinho para o próprio filho.
Isso vem me atormentando e me enchendo a cada dia que passa. Está difícil continuar com isso e acredito que se eu não fizer nada para mudar essa situação, eu irei acabar perdendo a cabeça com ela ou até mesmo enlouquecendo.
Assim que estacino meu carro na garagem, entro em casa e encontro mais uma vez todas as luzes acesas. A Clary provavelmente não deve ter dormindo nada. Tem sido assim todas as vezes que chego em casa depois de uma chamada da Aline.
- Clary? - a chamo entrando no quarto e encontro á mesma na cama meio setada e ao mesmo tempo deitada com um livro em mãos enquanto dorme. Ela tem sido a minha válvula de escape.
Ela é foda!
A mulher mais atenciosa e compreensiva que eu poderia ter. Clary está demostrando uma maturidade e amabilidade surreal que me faz questionar se algum dia serei suficientemente bom para ela. Ela tem estado ao meu lado sem fraquejar nem sequer por um só segundo. Sei que não deve ser a melhor sensação do mundo ver seu marido se deslocando quase toda noite para a casa da sua "ex". No primeiro momento achei que isso traria algum problema para nossa relação, mas nunca estive tão errado. A minha esposa é forte e corajosa pra caralho. E apenas em olhar de um modo frio, sem nenhum sentimentalismo para essa situação, você percebe que ela possui uma força que a faz ser ainda mais foda. E ainda há o agravante de ver a forma que ela trata o Julian, com carinho e uma docilidade que me faz ama-la ainda mais a cada minuto que passa.
Me aperoximo da cama e com cuidado para não acorda-la, tiro o livro de sua mão e a faço deitar logo depois cobrindo seu corpo com a coberta. Logo após, tomo um banho e decido fazer um café da manhã especial para ela.
○○○
♤ Clary Herondale ♤
Antes mesmo de abrir os olhos sinto um cheiro fantástico de comida que faz meu estômago se revirar. Olho para o criado mudo ao meu lado e vejo que já são 06:30. Me levanto da cama com uma certa dificuldade por não ter conseguido matar o sono e vou até o banheiro fazer minha higiene matinal. Essa noite foi um tanto quanto conturbada. Assim como todas tem sido nesses últimos dois meses.
O Jace tem recebido ligações praticamente o dia todo da Aline para ajudá-la com o Jules. Segundo ela, precisa da assistência do pai para conseguir um melhor desempenho no papel de mãe. Eu sei que o real motivo das ligações nada mais é do que provocações para que haja alguma briga entre mim e o Jace, mas se depender de mim isso não irá acontecer. Não que eu esteja cem por cento feliz com essa situação, por que na verdade isso não me agrada nem um pouco. Mas aprendi a pouco tempo que preciso confiar no meu marido e no sentimento que ele diz ter por mim. Não está sendo nada fácil admito, o ciúme que sinto as vezes chega a ser um pouco sufocante mas se eu quero levar esse casamento adiante eu preciso manter o foco no que realmente importa.
O Jace tem me falado da maneira fria e distante que a Aline trata o menino e isso só aumenta minha raiva e vontade de fazer o certo que é estar ao lado do homem que amo, o apoiando nesse momento.
Saio do banheiro já tomada banho e a única peça que ponho, é uma camisa social do Jace. Caminho pela casa e quanto mais me aproximo da cozinha, mais sinto o cheiro delicioso ficando cada vez mais forte. Assim que chego a sala de jantar vejo o Jace próximo a mesa depositando bacon em uma tigela. Ele logo me ver e abre um sorriso do qual eu sinto falta pra caralho.
Nós estamos meio distantes devido as suas obrigações com a empresa e filho. Não temos tido muito mais do que selinhos e raras trocas de carinho durante mais de duas semanas. Sinto falta dele. Uma falta que eu nunca achei que seria capaz de sentir.
- Você acordou...! - diz se aproximando de mim e logo me abraçando. Eu retribuo o abraço sentido seu perfume amadeirado sensacional. - Resolvi fazer um café da manhã diferenciado hoje. - ele diz me fazendo sorrir e me aproximar da mesa sentando na cadeira que costumo sentar todos os dias.
- Você não é um desses homens que tentam agradar a esposa depois que cometem algum erro não, não é mesmo? - Pergunto levando uma torrada a boca. Está divina.
- Talvez eu seja. - O Jace se aproxima e senta ao meu lado.
- Ah é mesmo...? E o que você fez de errado para estar me agradando? - Faço a pergunta em tom de brincadeira.
- Eu falarei o motivo. - Diz pegando a jarra de suco e despejando o líquido em meu copo e em seguida ao seu. - Mas não nesse momento. Eu quero ter um café da manhã sem interferências ao lado da minha esposa. Pode me ajudar?
- Tudo bem. Até porque esse bacon está com um cheiro ótimo e não sei se conseguiria passar mais um minuto sem prova-lo... - ele sorri e comemos tudo que está a mesa enquanto conversamos sobre coisas banais. - Estava tudo delicioso. A partir de hoje, você ocupará a cozinha até o resto de nossas vidas. - Falo brincando e assim que olho para ele está completamente sério. - O que aconteceu?
- Não tenho passado a noite toda com você já a algum tempo e não acho isso saudável em uma relação. - Diz seriamente - Queria pedir desculpas. Sei que não deve ser fácil e isso está evidentemente atrapalhando nas nossas vidas e em nosso casamento.
- Eu entendo que você precise estar ao lado do seu filho nesse momento. De verdade.
- Eu sei que entende, e isso me faz ama-la ainda mais. - Ele leva uma de seus mãos ao meu rosto. - Foi por isso que resolvi fazer esse café. Quero conversar Clary, quero voltar a ter nossa intimidade de antes. Nós temos estado a maior parte do tempo um longe do outro por obrigações trabalhistas ou no meu caso, pessoal.
- Eu sei...
- Hoje passaremos o dia assim. Juntos! Nós precisamos conversar, precisamos pontuar e resolver algumas questões que estão nos atrapalhando de alguma forma. E é claro... namorar. - Sorrio com seu comentario.
- Seria ótimo. Mas não vamos nos precipitar, talvez haja algum imprevisto como por exemplo: uma ligação inesperada... vamos combinar que isso está acontecendo com mais freqüência ultimamente. Até mesmo nossa rotina sexual mudou. Já faz mais de duas semanas que não passamos de selinhos.
- Você tem razão meu amor... e eu todo maldito dia sinto sua falta pra caralho. E não estou falando isso só em relação ao sexo. Quero dizer no modo geral. Quero mudar isso! Eu amo você Clary, e pensar em um afastamento por qualquer que seja o motivo está fora de cogitação. Embora o meu filho é extremamente importante para mim, você e nossa relação também são.
- Eu sei Jace. Você não precisa se preocupar em relação a isso. Tudo o que tem acontecido ultimamente eu entendo. Nós dois sabemos que todas essas ligações a noite e durante o dia, não passam de um pretexto da Aline para nos afastar e acabar com o que construímos. Mas isso não vai acontecer.
- Eu estou cansado disso... - diz levando as mãos até a cabeça. - Não sei mais o que fazer para continuar em sã consciência. - Eu me levanto e vou até seu colo me sentando nele e levando minhas duas mãos até seu rosto.
- Não fica assim. Eu sei que é difícil, mas você precisa tomar as redias Jace. O Jules é seu filho e embora eu quisesse, você não o fez sozinho, a obrigação não é apenas sua. Ele tem uma mãe Jace, e ela precisa exercer esse papel na vida do menino.
- Você está certa, tem toda razão. E eu farei algo. A situação não continuará do jeito que está em hipótese alguma.
- Assim que se fala. Esse é o homem pelo qual me apaixonei... - ele sorrir e leva suas mãos a minha cintura a acariciando de leve.
- Eu te amo tanto. Sinto tanto a sua falta. De cada pedacinho seu - ele se aproxima de mim e começa a beijar meu pescoço e vai descendo enquanto eu reviro os olhos pela sensação que isso me causa.
- Eu estou aqui agora e sempre vou estar para você fazer tudo o que quiser de mim. - Assim que pronuncio essas palavras ele para o que está fazendo e me olha nós olhos.
- Tudo? - pergunta e vejo várias emoções passar por suas íris, mas a que se sobressai é a luxúria, o desejo.
Eu quero!
- Tudo! - confirmo lentamente.
- Pois bem... quero que vá até o quarto e me espere nua. - Eu sorrio perversa e faço o que ele pediu caminhado calmamente tomando cuidado para rebolar e provoca-lo ainda mais. Eu quero ele. Quero senti-lo outra vez e especialmente hoje eu estou um tanto quanto diabólica. Farei de tudo para leva-lo ao limite. Assim que chego ao nosso quarto, me desfaço de sua camisa que estava vestida e me deito na cama assim como ele pediu. NUA.
Demora pouco menos de um minuto para o Jace entrar no quarto e sentar-se a um quilômetro de distância de mim em uma cadeira de frente para a cama.
- O que está fazendo aí? - pergunto sem entende-lo. - Deveria estar aqui. - ele levanta sem dizer nada e tira sua calsa moletom junto com a cueca ficando completamente despido. Com a visão que tenho, minha animação é elevada a um grau um pouco quanto alto e assim que abro um sorriso sacana achando que ele viria para cama, o Jace simplesmente volta a sentar na cadeira me deixando sem entender sua reação.
- Eu quero que se toque para mim. - diz com sua voz um pouco mais grossa que o normal. E por um momento fico sem reação, sem saber exatamente o que devo fazer. Não esperava esse pedido dele nem em mil anos. - Vamos la, Clary... disse que eu poderia fazer o que quisesse com você, e eu quero que se toque. Agora.
Aos poucos um sorriso surge em meu rosto. Se ele quer que eu o provoque, assim será feito. Irei testa-lo até conseguir tudo o que desejo dele.
- Como? - pergunto e ele ergue uma sobrancelha. - Apenas me tocar? Preciso de instruções, Jace. Como você quer que eu faça? Rápido, Devagar, por cima...? Onde quer que eu me toque.
- Você quer instruções, meu amor? - pergunta com sua voz magnificamente grossa. Eu poderia gozar facilmente em apenas ouvi-lo falar desse jeito. - Quer que eu coordene seus movimentos? É isso?
- Sim... eu quero!
- Sendo assim... vamos começar com a brincadeira. - O Jace se indireta na cadeira e me analisa. - Sente-se mais na beirada da cama. Quero ter a visão completa. - Eu faço como ele pediu indo para mais próximo dele e espero ansiosamente pelos seus comandos. Nunca estive tão excitada e ansiosa em toda minha vida. - Bom... vamos começar pelo básico. Quero que preste atenção em cada comando meu, como eu gosto que você faça pois essa não será a única vez que iremos fazer brincadeiras desse tipo. Compreende? - Eu afirmo com a cabeça sem dizer uma palavra. Talvez seja errado, mais estou gostando mais do que devia desse joguinho. Irei parar no inferno. - Leve suas mãos ao seus seios, Clary. Quero que mantenha seus olhos aos meus e comece a massagear seus mamilos e depois todo seio. Devagar. - levo minhas mãos aos meus seios e, como ele pediu, mantenho meus olhos nos olhos dele enquanto início a brincadeira. Vejo o exato momento em que seu membro pulsa fazendo o Jace levar uma de suas mãos até ele e segura-lo firme. Isso é apenas mais combustível para minha excitação aumentar gradativamente me fazendo soltar um pequeno gemido. - Isso amor... assim está ótimo.
- O que mais quer que eu faça? - ele sorrir percebendo que já começo a ficar desesperada.
- Quero que leve uma mão até sua b.ocetinha enquanto a outra continua em seu seio. Quero que estimule seu clitóris, lentamente. - com um sorriso perverso no rosto, minha mão vai até minha intimidade e começo a fazer movimentos circulares em torno do meu clitóris. Isso é o suficiente para o Jace fazer o primeiro movimento em meu pau causando um gemido rouco e baixo nele mesmo. Isso me incentiva ainda mais a continuar.
- Assim? - pergunto fazendo minha melhor cara de anjo. Ele não responde nada e continua a me olhar diretamente nos olhos. É desconcertante olhar nos olhos do Jace enquanto ele está se masturbando em minha frente e para mim. É... instigante. Ponho um dedo dentro das minhas carnes encharcadas e gemo com a sensação. Pela primeira vez o Jace quebra nosso contato visual e para seus movimentos olhando para minha intimidade. Então, algo que eu não esperava acontece. Ele se levanta e vem como um animal selvagem para cima de mim, me erguendo até seu colo e logo depois me deitando na cama ficando por cima e sem nenhum aviso, ele está dentro de mim sem nenhuma gentileza. Eu uso até meu último fio de alto controle para não gritar devido a dor e ao prazer que esse ato me trouxe, mas não me detenho quando minhas unhas são cravadas em suas costas. - Você é louco!
- A brincadeira acabou, Clary. - Diz segurando meus braços e os levando até o topo da minha cabeça os mantendo preso ali. - Eu não mandei você introduzir seu dedo. Só eu posso está aqui dentro. - ele se move indo fundo me fazendo gemer. - Apenas eu. Nem mesmo suas lindas mãos podem, meu amor. Porque você é minha, seu corpo é meu. E eu serei o único a usufruir de cada pedaço de você. - ele vai mais uma vez me arrancado gemidos altos e sem nenhum pudor. - Agora você aprenderá que não deve me desobedecer. Irei fode-la como nunca antes, e logo após iremos fazer amor. Porque eu estou com uma puta saudade da minha esposa gostasa.
E é isso que ele faz. Nós transamos como dois canibais enlouquecidamente, e depois nos amamos como de costume. A única coisa ruim é que logo após nossa manhã se sexo, o Jace recebe um SMS da mãe dele com a seguinte mensagem:
"Jace, você precisa vir urgentemente em minha casa. A Aline fez uma loucura, filho"
...
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.