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História Casamento sob suspeita - Não sou de desistir fácil.


Escrita por: igabz

Notas do Autor


Estão, demorei demais DEMAIS mesmo para atualizar desta vez, mas quado eu tinha inspiração pra escrever eu não tinha tempo e quando eu não tinha tempo eu tinha inspiração.
Além de que foram Q-U-A-T-R-O dias escrevendo esse capitulo.

Capítulo 31 - Não sou de desistir fácil.


Fanfic / Fanfiction Casamento sob suspeita - Não sou de desistir fácil.

“Valentina Bieber”

Eu fiquei com meus pensamentos conflitantes, ali, no meio da sala sem nenhum tipo de explicação. O Justin realmente estava levando ao pé da letra toda aquela história de se distanciar de mim, como se eu fosse uma criança, talvez ele tratasse uma criança até melhor, com mais inteligência. Não sou tão ignorante a ponto de não discernir as coisas, mas no momento estava tudo tão nebuloso e escuro, que eu não conseguia nem me achar no meio de todo aquele nevoeiro.

Respirando fundo terminei de tirar dos armários as roupas que iria levar para o lugar que eu ainda nem tinha conhecimento, as palavras dele não saiam do meu pensamento “Arrume suas coisas, iremos para o meu apartamento, a casa ira passar por reformas.” Outra coisa que me intrigava imensamente era o fato da casa, em si estar praticamente destruída, como se tivesse sido alvo de um bombardeio, ou ringue de uma luta. Mas entre quem havia sido essa luta? Ou com quem o Justin havia brigado tão rudemente?

Balancei a cabeça no intuito de afugentar tais pensamentos, coloquei tudo que achei necessário. Mas não sabia quanto tempo iríamos passar no dito apartamento.

Com tudo sobre a minha cama, chamei a Cloe para me ajudar a colocar dentro das malas, ela veio, completamente contra gosto, mas como ela é paga para isso, e muito mais.

 

[...]

Estava com tudo completamente arrumado dentro das malas, notei algumas gotículas de suor na minha nuca, “Um banho” pensei imediatamente. Peguei uma toalha seguindo para dentro do banheiro, o aroma de morangos do meu xampu invadiu todo o pequeno ambiente do Boxe.

Depois de um banho relaxante e cheirosa agora. Terminei de me arrumar, vesti uma roupa simples, peguei uma calça jeans rasgada e folgada, uma camiseta branca, completando com uma sapatilha simples. Deixei os cabelos soltos, espalhados pelos meus ombros. Eu sempre tive cabelos grandes e negros, nunca me senti na vontade de mudá-los, talvez um dia eu faça isso. Mude radicalmente, não só na aparência. Mas acho que a essência de cada ser humano é imudável.

Estava fechando o meu nécessaire, depois de recolocar meus cosméticos dentro, quando ouço a porta do quaro ser aberta. Ao olhar na direção. Justin.

— Você já está pronta? — ele perguntou, me encarando tão intensamente, que praticamente me senti nua, me senti despida.

— Er... Esto... Ou. — falei, ou melhor, gaguejei, completamente. Sempre me sentia tão... Nua na frente dele, desde o primeiro instante em que o encarei, ou melhor, fui encarada na sala da Madre no meu antigo internato. Talvez meu coração tenha sido enfeitiçado por ele naquele momento, mesmo com o seu olhar de repulsa. Sorri levemente balançando a cabeça. E ele me encarou, franzindo a testa.

— Estou tão engraçado assim? — ele perguntou, e eu notei um leve sorriso no seu rosto. Deus como eu sentia falta daquele sorriso, das suas mãos... Balancei a cabeça enquanto corava, nos meus 50 tons de vermelho. O Justin se aproximou de mim, lentamente. Tocando o meu rosto com uma das mãos, fechei os olhos, sentindo a textura de sua mão na pele delicada que ele tocava. Deus! A convivência com ele, agindo como meu marido só pode ter me transformado em uma pervertida. Porque quando ele chegava perto de mim eu...

— Acho melhor nós irmos logo, quero chegar ao apartamento antes de anoitecer — falou o Justin quebrando o ‘meu’ momento. Ele disse tirando a mão do meu rosto, quando eu abri meus olhos e ele estava distante de mim, seu corpo distante do meu.

Olhei pela janela do meu quarto, foi quando notei que o sol já estava se pondo. Aquela visão esplendorosa quem sempre recebíamos ao presenciar uma cena daquelas, quando voltei novamente a minha atenção ao Justin ele já não estava mais no quarto.

Respirando fundo, desce as longas escadas me dirigindo até a sala. Onde o Justin estava. Sem o seu incansável terno chumbo, preto ou azul. Sempre o achei lindo com a cor de chumbo.

— Vamos logo? — perguntou o Justin quebrando os meus pensamentos, apenas assenti com um leve movimento de cabeça.

Quem dirigiu até o tal apartamento foi o Justin, segundo ele todas as roupas seriam levadas para o apartamento depois, e o meu carro também. Mas amanhã, terça-feira, ele iria me levar até a faculdade. Eu sorri com essa noticia ao menos ele iria passar um tempo comigo, mesmo que mínimo.

 

[...]

O caminho foi grande e dificultoso, porque passamos quase ele todo sem falarmos nada, eu ainda pensava em dizer algo, mas sempre que encarava a expressão seria do Justin minha intenção mudava e achava melhor ficar quieta.

Quando enfim, chegamos ao centro da Atlanta — Geórgia, onde moramos só que em uma área mais reservada e longe do movimento da cidade grande, agora nós estávamos no olho do furacão.

Notei vários prédios enormes, me sentia quase em NYC, eu sei que era completamente diferente, mas era no mesmo ritmo, já sonhei em viajar pelo mundo, Itália, Brasil, NYC, tantos lugares exóticos para ir.

— Chegamos. — disse o Justin enquanto passamos por enorme portão, e ele entregava algo a um senhor que ficava dentro de uma “casinha” ao lado de onde passávamos.

Eu não entendia nada que estava acontecendo, apenas que estávamos entrando, e que chegamos. Só!

 

[...]

Depois de uma pequena burocracia, que de nada eu entendia, enfim entramos no dito apartamento, as malas foram deixadas na sala. Encarei as malas, e me senti derrotada. Organizar aquilo tudo ainda, depois de tanto tempo dentro de um carro sentado sem me mexer, praticamente. Respirei fundo pegando a primeira mala para assim levar até o meu novo quarto, quando eu sinto uma mão se pondo sobre a minha na alça da mala. Justin!

— Eu irei levar as malas, até mesmo porque você não sabe onde fica o seu quarto. — ele disse como sempre tentando “quebrar a magia” mais não desta vez. Eu apenas sorri assentindo com a cabeça. Eu não sabia que um apartamento pudesse passar sem problemas nenhum por uma casa... Ele era enorme, tinha uma pequena escada, onde levava a um corredor, com no mínimo umas oito portas.

— Aqui não tem nenhuma suíte, então no final do corredor tem um banheiro para visitas e outro, apenas dois banheiros e cinco quartos. — ele explicou, sem me olhar. Paramos na porta de um dos quarto, quase no final do corredor.

— Mas... Tem oito portas. — falei, depois de recontá-las.

— Aquela ultima, ao lado do segundo banheiro é um armário. De casacos. — ele disse sorrindo enquanto balançava a cabeça, seu sorriso me deixava fascinada e sempre me derretia, sempre. — Bem, aqui está o seu quarto, espero que goste. — ele disse, e eu apenas assenti. Segurando a maçaneta de zinco, e girando-a em seguida. Era como se alguém tivesse me relatando um quarto de conto de fadas.

Com direito a cama em dossel, uma porta de madeira branca, ao girá-la notei que era o closet, o que me fez lembrar-se do que o Justin havia falado “nenhuma suíte”, ou seja, nenhum quarto com o seu banheiro particular. Sorri imaginando pegar o Justin só de toalha pelo corredor, corei logo em seguida, realmente estou me tornando uma pervertida.

— Gostou? — perguntou uma voz aveludada que sempre assombrava os meus sonhos. Justin.

— É lindo. — murmurei me sentindo ainda mais constrangida pela forma como ele me olhava.

— Que bom, ele é bem... Adolescente. — ele murmurou, acho que se referindo ao quarto pelo “ele”.

O Justin terminou de trazer as minhas malas, as deles eram poucas. E naquele momento eu me senti mais “mulher”. Eu estava mais vaidosa, querendo sempre estar “linda” e impecável. Efeito Bieber eu acho, melhor tenho certeza.

Depois com todas as cinco malas dentro do meu quarto, tirei tudo de dentro delas. Olhei no meu relógio de pulso, ainda não eram nem oito da noite. Daria tempo, qualquer coisa eu faltava amanhã, mas amanhã o Justin irá me buscar e deixar na faculdade então... Deixa-me terminar logo isso.

 

[...]

Com tudo ajeitado, ao menos o que eu havia trago. Resolvi tomar um banho, mesmo com a minha barriga reclamando de fome, eram quase onze da noite. Só iria banhar, lanchar e dormir. Amanhã outro dia.

Banhada e com o cheiro de morangos novamente na minha pele, desce a escada, andei um pouco até descobrir onde ficava a cozinha. Abri a geladeira, que estava lotada de lanches e todos os tipos de comidas, resolvi fazer suco e sanduíche, rápido e pratico.

E foi o que eu fiz, cortei tomates em rodelas, peguei queijo em fatias, pães. E fiz um sanduíche simples, peguei o uns morangos batendo no liquidificador, o suco rendeu mais do que eu esperava.

Enche um copo grande, e comecei a comer. Se demorasse mais minha barriga iria ‘me’ comer.

— Que cheiro bom, suco. — disse o Justin me assustando, eu quase engasguei.

— Aham. — murmurei tentando parar de tossir, ele quase gargalhou.

— Não queria te assustar. — ele murmurou, coçando a nuca.

— Sem problemas, quer? — falei me referindo ao suco. Ele assentiu, pegando um copo.

Seria aquilo uma chance de conquistar o Justin? Não sei, mas iria com calma, até mesmo porque a arte da sedução eu não domino nem um pouco, e não quero aparecer “atirada”.

Lanchamos trocando pouquíssimas palavras, ao menos conversamos. Pensei tentando ver lado positivo, em tudo.

 

 

[...]

Tive a melhor noite desde o “eu não te promete amor” acordei sentindo-me energizada de uma forma estranha, dando de ombros, me levantei da cama descalça segui até o closet, peguei meus “equipamentos” indo até o banheiro. Ainda descalça.

Depois de um banho relaxante, sai do banheiro molhando todo o caminho até o meu quarto, entrei no mesmo batendo a porta e fechando-a.

Hoje estava fazendo frio, mas como queria usar vestido hoje, coloquei meia-calça preta.

 

 

[...]

Estava sentada na sala, esperando o Justin. Eu fiz café, eu aprendi a cozinhar no Internato, ele já havia comido, na verdade ele estava no quarto dele, e eu enquanto esperava ele, conversava com o Gabe e a Bita pelo Whatsapp. Mandando fotos engraçadas, eles me mandaram baixar um aplicativo chamado Snap Chat, que manda fotos. Estava baixando esse aplicativo quando o Justin se pronunciou falando para irmos.

— Vamos? — ele perguntou, e eu sorri assentindo.

Eu passei a maior parte do caminho até a faculdade rindo da Bita e Gabe. O Justin me olhava de canto de olho, mas nada falava o que me fazia rir ainda mais.

Quando chegamos à faculdade, eu ainda estava rindo, mas já havia deixado o celular de lado. Ajeitei a minha bolsa no ombro, assim que abri a porta me virei para o Justin e lhe dei um selinho.

— Tenha um bom dia de trabalho. — falei saindo logo em seguida, mas ele me puxou. E enfim demos um beijo, ou melhor, ele se rendeu a um beijo. Eu sentia algo quente e um carinho enorme, tudo mesclado.

As mãos dele saíram da direção do carro e foram para a minha nuca, acariciando.

— Tenha um bom dia. — ele disse com a voz sensual assim que paramos o beijo. Eu não falei nada, apenas saí do carro. E segui caminho pelos corredores da faculdade com um sorriso do extremo de uma bochecha a outra.

Acabei não olhando muito por onde andava e esbarrei em alguém, que para a minha sorte era a Bita.

— Que homem era aquele que te trouxe? — ela perguntou fazendo uma cara engraçada.

— Eu te conheço a pouco mais de duas semanas, mas eu sinto que te conheço há muito mais tempo. Só que precisamos conversar. — falei sendo sincera, ela assentiu e saiu me puxando pelos corredores, alguns que eu nem conhecia.

Acabei cabulando as duas primeiras aulas, eu a expliquei tudo, desde como eu estava casada até os dias atuais. Ela riu, mandou o Justin se foder, ir pra puta que o pariu (o que eu a repreende, amo a Pattie) e afins.

Depois de tudo explicado, conversamos sobre amenidades. Eu não estava no animo de entrar em uma sala de aula e ouvir o professor ou professor ficar falando por uma hora sem parar. Ficamos ali até que o horário bateu, seguimos para a sala do refeitório. Faculdade não era de tudo diferente da escola. Ao menos eu achava, apesar de nunca ter ido a uma escola como as outras garotas, afinal eu nasci dentro da minha antiga escola.

— Pensando no marido gostosão? — perguntou a Bita, me fazendo rir enquanto balança a cabeça.

— Quem pensando no “marido gostosão”? — perguntou o Gabr chegando por trás de mim. Eu tomei um susto que me engasguei com o suco.

— A nossa querida Valentina aqui. — disse a Bita, o Gabe me olhou estranho, mas eu não encontrei surpresa nos seus olhos, pelo contrário. Parecia que ele já sabia, o que me deixou intrigada, eu sei que o Justin é famoso, mas não chegada a tanto assim.

— Não sabia que era casada. — ele disse suavemente, me deixando mais intrigada ainda. Talvez eu só esteja vendo coisas onde não tem.

— Ah. — falei simplesmente sem ter o que falar, e logo a Bita mudou drasticamente de assunto. Eu apenas ria das loucuras dela, o que me veio à mente a Quenzy, eu me distanciei dela novamente. Depois falam que quando se afeta uma coisa não afeta tudo.

 

[...]

As aulas transcorreram bem, as restantes ao menos. Quando enfim estávamos liberados para ir embora, encontrei com o Gabe já na área onde os carros passavam, e onde eu estava esperado o Justin vir me buscar.

— Algum problema? — perguntou o Gabe, me trazendo ao “mundo”.

— Oh! É que eu vim sem carro hoje. — murmurei pegando o meu Iphone acha melhor avisar novamente o Justin. Escreve uma mensagem rápida.

— Se você quiser te levo. — disse o Gabe, chamando a minha atenção para o seu rosto. Ele estava bem mais jovial agora.

— Ah! Eu estou esperando o Justin vir me buscar, nos mudamos ontem e não sei muito bem o endereço. — murmurei corando, e não entende o porquê. Talvez seja de mim.

— Eu posso ficar com você, conversar é bom para passar o tempo. — ele disse e acabei aceitando de bom grado.

 

[...]

Ficamos conversando, comigo sempre rindo das piadas sem graças do Gabe. Quando eu vejo os olhos dele mudarem a direção para algo atrás de mim, e quando eu olhei dei de cara com um Justin vermelho, ele estaria passando mal? Perguntei-me, mas ele não falou nada quando chegou perto de mim.

— Vamos! — ele falou olhando com olhos de águia para o Gabe, e saiu me arrastando para onde estava o carro.

— Você está me machucando. — murmurei pela pressão que ele exercia sobre o meu braço.

— Quem era aquele cara? — perguntou o Justin, e uma palavra recaiu sobre mim. “Ciúmes”.

E eu ri levemente com aquela constatação.

Ele fechou brutalmente a porta do carro quando eu não o respondi. E saiu cantando pneu.

— Isso é engraçado. — murmurei, balançando levemente a cabeça.

— O que é engraçado? Você me trair por aí? — ele perguntou olhando diretamente para frente, estávamos quase chegando ao apartamento, e eu sabia muito bem o endereço onde morava, apenas queria voltar com o Justin para ‘casa’.

— Te trair? Isso é que realmente é engraçado. Primeiro nós não temos nada senhor Bieber, apenas no papel. Muitos podem achar que somos marido e mulher, mas não somos isso tudo é uma farsa idiota. O engraçado é que eu disse que te amava e você só me veio com um “eu não te promete amor”, e agora vem de ciuminho? Por favor, não seja tão clichê. — murmurei, já quase explodindo. — Você me ignorou durante quase nove meses, como se eu fosse um objeto, usa na hora que quer e quando não serve mais deixa de lado, pois muito bem, se eu quiser sair com um cara eu saio, não tenho compromisso algum contigo além do que aquele contrato impôs. — falei firmemente, ele estava me olhando incrédulo, foi quando notei que o carro estava estacionado na garagem que era permitida ao apartamento.

— “Não seja clichê”? — ele me perguntou, me deixando realmente furiosa.

— De tudo o que eu falei você só se focou nessa frase? Eu não entendo como eu ainda consigo te amar, mas por incrível que parece senhor Bieber, eu não irei desistir tão facilmente de você, então a reposta para a sua primeira pergunta é não. Eu não te traí ou traio. E sim, você é completamente clichê. — falei furiosamente, abrindo a porta do carro e saindo dali rapidamente. Apertei o botão com o número do andar.

Assim que cheguei ao apartamento me tranquei no meu quarto. Idiota. Idiota. Idiota.

Não entendo realmente isso só pode ser um amor sadomasoquista.

 

 

Seis semanas depois...

Depois da minha explosão eu e o Justin não voltamos a ser um “casal”, em nenhum sentido. Mas ele não me ignorava mais, e eu me fazia notar. Não sedutoramente porque eu não saberia agir de tal modo.

Peguei meu livro da faculdade, saindo do meu quarto e indo em direção a sala. Quando abri a porta do meu quarto dou de cara com uma visão dos deuses, Justin Bieber apenas de toalha. Com gotículas de água espalhadas pelo seu tórax e descia até a barra da toalha na sua cintura.

— Boa noite. — ele disse descontraído, foi impossível conter o risinho de “vitória”.

— Boa. — murmurei tirando meus olhos dos seus músculos, virando o rosto para seguir o caminho até a sala. Lembrei-me da cena de ciúmes do Justin por causa do Gabe, a Bita me disse — quando conversamos pelo celular há uns dois dias depois da cena — que eu poderia “usar” isso a meu favor, mas não seria capaz de usar alguém apenas para atingir meus objetivos. Respirando fundo voltei a minha atenção ao livro na minha frente, marcando o que achava importante de amarelo e o que não tinha entendido de rosa.

 

[...]

O meu dia-a-dia no apartamento chegava a ser entediante, se eu não fizesse faculdade agora com certeza correria louca com tamanho o tédio. Com nenhum trabalho da faculdade para fazer resolvi preparar um pudim, dizem que um doce sempre “acalma” a alma, acho que é mais ou menos isso.

Depois de um pouco de trabalho, coloquei o pudim de leite no seu ‘banho Maria’. Quando sinto o meu Iphone vibrar no bolso detrás do meu jeans. Olho no visor e leio “Bita”.

— Alô! — falei encarando o bolo dentro da vasilha fulminante, e com voz tediosa.

— Oi. — ela cantou o “oi” algo vinha por aí. — Como eu sei que você não tem muito que fazer resolvi te convidar para uma festa, não é nada demais apenas você, eu e uns amigos. Topa? — ela perguntou, eu pensei. Teria que falar com o Justin e... Parei de pensar naquele instante.

— Vou sim, só não é nada extravagante e nem chique não, né? — perguntei com a voz.

— Isso aê! Eu passo aí, ou você vem comigo te...

— Vêm me buscar as oito da noite. — falei, com ela confirmando enquanto ria.

Estou aprendendo a ser “mandona” com o Justin.

Olhei no relógio, eram ainda seis da tarde, tinha tempo.

 

“Autora On”

A jovem Valentina tinha tudo pronto quanto ao Pudim de leite condensado, uma receita brasileira que ela tinha aprendido em uma das várias revistas que a madre lhe dava no internato.

Enquanto a menina colocava o Pudim na geladeira, e seguia para o quarto. Ainda tinha que se banhar para poder sair.

Dou outro lado da cidade estava Justin, em seu escritório. Com seus assessores conversando sobre a sede da empresa, já que Atlanta ficava uma das filiais, a sede verdadeira era em NYC.

— Senhor Bieber o mais correto seria a sua mudança para NYC. — disse um dos assessores presentes, Justin o olhou inquisitivo.

— Eu não irei tomar conta de uma empresa que não é minha, eu acho que vocês também sabem que eu tenho uma empresa própria, e que está aqui está no nome de Jeremy Bieber, e da família, que agora está afiliada a empresa Salvatore Tecno. — disse o jovem não se deixando abalar pelos mais velhos ali presentes que estavam querendo sua mudança para virar eternamente o CEO de uma empresa que não era... Sua.

— Sim sabemos disto, mas pensamos que...

— Pois pensaram errado. Eu estou à frente desta empresa temporariamente, já irei completar dois anos aqui, e como eu já falei não pretendo ficar para sempre como CEO desta empresa. — disse o Jovem, em tom de que aquele assunto estava encerrado, ao menos por enquanto. Deixando os sócios e assessores ali presentes frustrados.

Não demorou em o jovem Bieber sair da empresa, em alta velocidade na sua Ferrari.

 

[...]

Valentina já estava pronta, eram 8h15min da noite e ainda esperava a sua colega Bita chegar, estava nervoso com a possibilidade de uma possível briga entre ela e o Justin, e o seu medo aumentaram quando viu o rosto de seu marido ao entrar em casa e ao encará-la.

— Não sabia que tínhamos compromisso. — disse ele deixando claro o que queria.

–E... Bom... Não temos, eu vou sair com uns amigos. — murmurou a Jovem Valentina corando com o olhar que seu marido lhe lançava.

— Vai sair assim tão... Vulgar? — ele perguntou, mas não era aquilo que seus olhos viam, e sim uma mulher extremamente sensual.

— Eu não acho isso, e irei sim com essa roupa. Se vai começar uma briga por...

— Não irei começar e muito menos terminar algo, espero que não chegue muito tarde. — foi o que ele disse deixando a Valentina extremamente confusa, achava que ele iria brigar e ser possessivo como sempre era, mas não foi isso que aconteceu, respirando fundo ela pegou sua bolsa, ajeitando no ombro e pegando o elevador para o térreo.

Assim que leu a mensagem de sua colega Bita, um sorriso brotou no seu rosto.

“Cheguei veadinha linda, não demore. Não gosto de me atrasar. Xoxo Bita.”

Ela sorriu com a ironia da mensagem, já que a Bita estava atrasada quase meia hora.

 

[...]

A festa não era nem um pouco particular, o som era alto e a Valentina já estava procurando a Bita porque queria ir embora, olhou no seu relógio e notou que o tempo passou rápido demais. Já eram quase duas da manhã, e o arrependimento estava lhe corroendo por dentro, tinha ficado o tempo todo sentada em um bar improvisado, com caras idiotas querendo puxar assunto. Realmente preferiria ficar em casa. Foi o que ela pensou, além de tudo havia se perdido da sua amiga Bita.

Resolveu ir embora mesmo assim, mandou uma mensagem rápida para sua colega, ligando para o Justin em seguida.

— Oi? Acordei-te? — ela perguntou com a voz tremula.

— Não eu fico acordado até amanhecer, sou vampiro. — ele disse sínico, fazendo-a se sentir mais humilhada ainda, e para completar começou a chover. Que merda.

— T-udo bem. Voc-ê poderia vir m-e buscar? — perguntou ela gaguejando.

Eles apenas trocam as informações necessárias para ele encontrar o local, ela saiu da casa ficando na frente, o sereno estava fraco apesar de tudo.

A jovem já estava praticamente ensopada quando a Ferrari do marido parou, ela apenas correu para dentro da mesma e não falou nada, e assim foi o caminho até ao apartamento.

Ela estava com frio, a chuva e o ar condicionado do carro ajudaram e muito para ela se sentir assim, e o Justin não deixou de notar. Assim que eles chegaram e entraram no apartamento a Vale correu para o seu quarto, queria um banho quente e cama, amanhã como um bom domingo iria dormir até tarde.

Mas o Justin a impediu de fechar a porta do quarto, e ela o olhou cansada.

— Se vai começar a me humilhar e vir com o seu sarcasmo, eu sinceramente não... — mas o Jovem não deixou terminar, puxou-a para seus braços. O Justin estava confuso, sim ainda achava que a Vale era uma menina, e que seria melhor ele se manter afastado, mas ela era uma ima para ele, que sempre o puxava, e puxava. Ele sempre sentia que deveria protegê-la. E muitas vezes não sabia o porquê.

Como naquele momento. Nos braços do seu amor a jovem Valentina se debulhou em lágrimas, o Justin notando que ela chorava levantou seu rosto tirando-o do seu peito.

— Shiu! Não precisa chorar, vá banhar enquanto eu preparo algo quente para você. — disse o mais velho, mas ela não desenrolou os braços da cintura dele. O fazendo sorrir roucamente. — Eu irei voltar. — ele murmurou no ouvido dela, lhe causando arrepios.

Ela então seguiu até o banheiro, indo tomar a sua ducha quente.

Enquanto isso o Bieber estava na cozinha preparando um chocolate quente para a jovem. Não demorou a ele ficar pronto, mas ele esperou mais um tempo, dando tempo de ela tomar banho e se vestir, subindo as escadas logo em seguida.

 

 

“Valentina Salvatore Bieber”

Eu me sentia frágil mais do que nunca, e por uma coisa... Tão simples e besta que me deixava ainda mais triste. Assim que me banhei e vesti, respectivamente. Entrei debaixo das cobertas da minha cama, tentando me esquentar. “Eu irei voltar”. A frase que zumbia no meu ouvido. Quando enfim o Justin passou pela porta do meu quarto senti um alivio encher meu coração. Ao menos isso ele cumpriu.

— Pra que esta xícara enorme? E fumegante? — perguntei, ele apenas sorriu de lado, me entregando a xícara, com chocolate quente dentro.

— Para lhe esquentar. — ele disse, e eu não pensei que aquilo iria me esquentar, mas os estudiosos diziam que dois corpos nus e abraçados se esquentavam mais rapidamente. Eu apenas corei, enquanto dava um gole na...

— AI. — gritei, quando senti o quão quente estava o liquido, e com o susto acabei derramando tudo sobre a minha cama. — Parece que hoje não é meu dia. De novo. — murmurei me levantando. Minha cama completamente suja, e meu pijama também. Maravilhoso.

— Sem problemas, você vem dormir no meu quarto. Amanhã a Maria vem aqui para organizar, e ela dá um jeito nisso. — ele disse, e eu parei de ouvir quando ele falou “você vem dormir no meu quarto”. Acabei corando. E me sentindo constrangida e eufórica.

Sem pensar muito no que fazia ou talvez pensando demais, me aproximei dele lhe dando um beijo, a xícara já estava no chão e as minhas mãos completamente livres para explorar a sua nuca durante o beijo.

— Ei mocinha, calma. — ele disse quando parou o beijo tão ofegante quanto eu.

— Não fiz nada. — murmurei abaixando a cabeça e corando. Ele gargalhou, me fazendo encará-lo.

 

[...]

Agora estava muito bem ajeitada na cama dele, com o cheiro absolutamente dele. Mas ao o ver saindo com uma coberta e travesseiro minha felicidade foi pelos ares.

— Para onde você vai? — perguntei sem pensar. Corando em seguida.

— Dormir na sala. — ele disse como se fosse obvio.

— Dormi comigo. — pedi baixinho. Ele não falou nada, quando dei por mim ele estava deitado ao meu lado.

Como uma iniciativa, me aproximei de seu corpo, colocando a minha cabeça sobre o seu peito, ouvindo a batida do seu coração.

— Quando eu acordar amanhã, você vai estar aqui? — perguntei já sonolenta pela sinfonia maravilhosa que era seu coração.

— Se você não se acordar muito tarde. — ele disse rindo levemente

— Pretendo passar o dia na cama. — murmurei já fechando os olhos.

— Então não estarei aqui quando acordar. — foi a ultima coisa que ouvi antes de cair na inconsciência do sono.

Com as batidas do coração, do homem que eu não irei desistir. Que eu irei lutar.

 


Notas Finais




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