História Caso 212: ... (TodoDeku) - Ômega

Assim que acordou olhou no relógio vendo que ainda era cedo, se levantou esperando não acordar o menor que parecia ainda estar no sétimo sono deitado no futon. Entrou no banheiro evitando fazer os barulhos que acordariam seu menor e após isso desceu com as meias brancas pra tentar ignorar o frio do chão matinal, assim que conseguiu ver o nível do primeiro andar esperou achar a chave por ali para voltar pro quarto e se preparar pra uma caminhada, por algum motivo se adequou a esse horário e claro que envolvia alguma coisa do trabalho, assim que desceu o último degrau notou que não foi o primeiro a acordar e viu a mulher na frente da pia, tentou voltar pra escada mas um passo em falso fez um barulho pelo cômodo.

Inko- você já acordou, me desculpe pelo barulho. - disse sorrindo.

Todoroki- não foi você, eu só estou acostumado a acordar esse horário.

Inko- você poderia ensinar isso pro preguiçoso lá em cima.- o bicolor sorriu.

Todoroki- eu apoio ele nisso, ele anda muito atarefado ultimamente e amanhã a rotina dele só vai piorar.

Inko- sim ele me disse que começa amanhã, vou ter que contar com você pra não deixar ele se sobrecarregar.

Todoroki- ele vai de qualquer forma mais eu posso me esforçar em ajudar.- disse sorrindo.

Inko- estou fazendo o café da manhã quer me ajudar?

Todoroki- só me dê as ordens.- começou a andar na direção dela sabendo que não tinha mais como fugir.

Inko- preciso que você bata essa massa pra mim.- assim que entregou a massa pra ele o bicolor começou a mexer em um ritmo continuo.- e Shoto eu tenho mais uma coisa pra falar com você.

Todoroki- pode dizer.

Inko- não sei se você percebeu mais ontem meu menino estava muito feliz, e isso só vem crescendo desde que ele começou a falar de você.- o bicolor começou a prestar mais atenção nas palavras dela do que no que estava fazendo.- sabe a muito tempo eu não vejo o Izuku tão empolgado com as coisas que ele vem fazendo tanto pessoalmente como profissionalmente e eu sei que grande parte disso reflete em você.

Todoroki- acho que agora posso dizer que ambos ganhamos um com o outro.

Inko- fico feliz com isso, eu fiquei muito feliz em te conhecer porque meu filho nunca foi de pensar muito no futuro mas essa visita é apenas um dos planos que ele disse que visualiza fazer com você.

Todoroki- ele nunca me falou isso dessa forma.- disse sorrindo.- mas eu espero que isso aconteça, eu vou fazer isso acontecer se ele me permitir.

Inko- outra coisa sobre você que me deixou contente é como você é gentil em respeitar as vontades e decisões dele, por um tempo eu não queria que ele seguisse nessa carreira mas nunca foi sobre mim.- disse rindo.- o que você acha da escolha de estudo dele.

Todoroki- eu acho o Izuku cativante e isso se reflete em tudo que ele faz, seja os quadros que ele pinta ou até os nomes que ele colocava nos meus copos de café. - disse sorrindo.- mas é duvidoso ouvir isso de alguém que ama tudo que ele faz.

Inko- talvez a gente dispute em ser o fã número um dele, obrigado.- pegou a massa e despejou em uma forma pra começar a assar.- pode cortar essas frutas pra mim.

Todoroki- como?

Inko- em pedaços.

Todoroki- ok.- e começou a cortar as framboesas e os morangos.

Inko- ele me mostrou o quadro que vocês pintaram.

Todoroki- eu nem fiz tanta coisa.

Inko- e ele disse exatamente que você diria isso.- falou rindo.

Todoroki- mais é verdade eu só segui o que ele disse...

Inko- você faz parte daquilo, eu não estou preparando tudo sozinha.- pegou as frutas sorrindo jogando no liquidificador colorindo a água assim que ligou.

Todoroki- é, você está certa.- disse sorrindo. - posso te perguntar algo?

Inko- a vontade.- disse limpando as mãos no pano de prato.

Todoroki- uma das coisas que fez eu me apaixonar pelo Izuku foi o jeito como ele encara as coisas, eu vejo ele como uma daquelas pessoas que sonham acordados, isso veio de você?

Inko- não.- disse sorrindo.- minha mãe era exatamente dessa forma e o Izuku passou grande parte da infância com ela, isso cresceu nele de forma natural, algumas vezes ele me faz lembrar dela.- falou com um sorriso de saudades.

Todoroki- desculpa por tocar no assunto.

Inko- imagina, eu muitas vezes lembro dela com apenas memórias felizes.

Todoroki- espero aprender a fazer isso.

Inko- você vai. - disse fazendo o bicolor sorrir.- pode ir lá chamar ele, está tudo pronto.- abriu o forno espalhando o cheiro pela cozinha.

Assim que se levantou o bicolor voltou pro quarto vendo que o menor já organizava as coisas.

Todoroki- me deixe te ajudar.- disse pegando um dos cobertores das mãos deles.

Midoriya- bom dia.- disse sorrindo.

Todoroki- acordou agora?

Midoriya- não já faz um tempo, mas eu voltei pra cama quando ouvi os dois conversando.

Todoroki- um grande preguiçoso.

Midoriya- eu sou menor do que você.

Todoroki- obrigado por me trazer.- beijou a bochecha dele no caminho do armário onde colocou o cobertor.- o café está pronto e sua mãe está esperando pela gente.

Midoriya- o que temos no cardápio.

Todoroki- não sei, mas pelo cheiro ela desbanca qualquer coisa que você já fez.

Midoriya- não devia falar esse tipo de coisa pra quem tem mais tempo pra cozinhar pra você.

Todoroki- bem você vai me provar que eu estou errado.

Midoriya- ei.- o bicolor olhou pra ele.- estou feliz que você topou vir.

Todoroki- você não me deu chance de negar.- disse sorrindo.

Midoriya- você daria um jeito se não quisesse, eu sei que você consegue.

Todoroki- quando você disse sobre vir aqui eu soube que seria importante pra ambos.

Midoriya- que bom que você se tocou. - beijou os lábios deles como mais uma forma de dar bom dia.

Quando desceram novamente os dois acompanharam a mulher a comer tudo que foi preparado o suco de frutas vermelhas e a torta recém saída do forno e poderia acordar todos os dias pra ter esse momento, assim que terminaram os dois lavaram a louça enquanto a mulher buscava pelos álbuns de fotos pra mostrar todas as fases do seu pequeno Izuku, o que ocupou eles por muito tempo.

Momo- oi minha linda.- disse sorrindo ao chegar na biblioteca.

Jirou- oi, agora eu não preciso mais ter inveja do Deku porque você também veio aqui.

Momo- é ele tem um pouco de sorte do Shoto ser disposto.- disse rindo.- mas pelo menos eu chegar aqui tarde me dá a possibilidade de te levar pra casa.

Jirou- isso é bom de ouvir, até me anima.- disse sorrindo. - eu saio daqui a vinte minutos.

Momo- bem eu vou procurar algo enquanto eu espero.- disse andando em direção às estantes procurando por algo sobre filosofia que era algo que ela gostava até entrar na seção que coincidentemente tinham duas pessoas lá.

Kaminari- é... sabe eu já estou cansado.

Shinso- do que exatamente.

Kaminari- dessa situação, o Deku não é alguém ruim, mas ele fazendo isso e de repente eu sou a pessoa ruim da história, no final ele sempre consegue o que quer.

Shinso- eu conheço a cobra que ele pode ser, mas você não vai pedir transferência de sala isso é ser muito imaturo da sua parte.

Kaminari- eu não consigo conviver com os outros sabendo que falta ele ali no meio, quer dizer ele sempre foi meu amigo, um dos primeiros quando eu entrei no curso eu sinto falta dele, mas porque ele fez isso comigo.

Shinso- sei lá, talvez ele não tenha me superado.

Kaminari- mais você também, você alimentou essas esperança mesmo que em pedaços de várias formas.

Shinso- eu gostava muito dele, eu não posso apagar isso, mas talvez nós dois não tenhamos superado um ao outro.

Kaminari- e porque você ficou comigo.

Shinso- eu gosto de você Denki, e muito.- disse segurando a bochecha dele.- mas eu também queria machucar o Izuku e me vingar pelo que ele fez comigo.

Kaminari- então você só me usou.- o tom dele era uma tristeza decepcionada.

Shinso- não, eu realmente gosto de você e quero voltar com você se você me dar outra chance, mas eu não vou mentir eu queria machucar o Izuku por ter me deixado atrás dos dois problemáticos que ele tem ao lado agora.

Kaminari- você não muda, continua sendo um idiota.

Shinso- eu sou assim, o que me deixa mais puto foram os três anos que eu perdi com ele por causa desse altruísmo dele, ele não é bom ele é um falso e todos caem nisso.

Kaminari- você sabe que não é assim, todos nós sabemos que isso é mentira.

Shinso- para de defender ele, isso me irrita, ele nem se importou em passar por cima de você pra conseguir o que ele queria, ele não passa de um interesseiro.

Kaminari- você não é tão inocente assim também.

Shinso- não fui eu quem estragou as coisas.

Kaminari- mas você fez parte, eu tenho descontado tudo nele, mas ele é o único que parece querer esquecer isso.

Shinso- óbvio que ele vai querer esquecer a marca que ele fez.

Kaminari- eu tenho inveja sabe... No fundo eu queria esquecer isso também e tudo seria mais fácil.

Shinso- talvez a gente não esqueça mas podemos deixar isso pra trás.

Kaminari- não sei se consigo, não por agora.

Shinso- as coisas só vão dar certo se a gente tentar, posso ir pra sua casa hoje?

Kaminari- acho melhor não.

Shinso- ok, me desculpa por isso mas foda-se eu me cansei. - e saiu das estantes deixando o loiro ali sozinho.

Depois de ouvir isso a menina pegou o primeiro livro da estante e se sentou na mesa pra tentar ler, mas apenas abriu ele em alguma página qualquer e ficou pensando no que acabou de ouvir, como alguém poderia ser tão horrível como ele, e porque o loiro sofria por ele, coisas não parece fazer sentido em visões diferentes.

Kaminari- ei posso falar com você.- disse se sentando na mesa.

Momo- claro.

Kaminari- me desculpe a falta de educação, nem vi você chegar.- disse sorrindo.

Momo- tudo bem você devia estar ocupado.

Kaminari- o que o Izuku disse pra vocês sobre o encontro com o Shinso.

Momo- a Jirou não te contou?

Kaminari- sim, mas eu quero que você fale as mesmas coisas que ela, então eu vou saber se é verdade ou ela aliviou as coisas pro Deku.

Momo- porque você está com raiva dele?

Kaminari- preciso explicar.

Momo- com ele você nem fala mas com o outro.

Kaminari- eu sei, eu sou um idiota, mas por favor só me fala.

Momo- o Izuku foi atrás de respostas é descobriu que o Shinso provocou o término dele com o Shoto, como você já sabe, no dia seguinte ele veio pedir um conselho se deveria te contar e eu e o Aoyama falamos que era melhor ficar quieto.- falou a última parte com certa vergonha.

Kaminari- isso não tira a culpa dele.

Momo- então as coisas vão continuar como estão?

Kaminari- não... Mas eu só quero seguir em frente.

Momo- e isso significa que?

Kaminari- nem eu sei, mas as coisas não estão funcionando como estão e eu realmente estou cansado desses jogos.- disse sorrindo. - eu já tenho 25 e estou cansado desse drama adolescente.- se levantou indo voltar pro trabalho.

Jirou- então vamos?

Momo- claro.- se levantou.

Jirou- e você e o Denki? Conversando sobre.

Momo- problemas.

Jirou- que bom que eu não estou sem cabeça pra nada hoje.

Momo- eu vou me esforçar pra drenar seu estresse.

Jirou- você é muito boa nisso.- falou sorrindo enquanto as duas caminhavam em direção à saída da biblioteca.

Shindo- ei eu preciso que você me passe seus horários da semana, eu quero tentar algo novo com você pra próxima luta.

Bakugo- pode explicar o que é?

Shindo- nada demais só quero aumentar seus exercícios em proporções que aumentem sua velocidade pra tudo.

Bakugo- você vai acabar me sobrecarregando.

Shindo- vamos tentar de pouco em pouco, e você tem consulta essa semana?

Bakugo- sim, eu espero ter mais notícias sobre poder deixar de lado os remédios.

Shindo- eles são caros.

Bakugo- não, mas isso ainda me remete a alguma doença, eu só quero me livrar logo disso.

Shindo- bem no meu ponto de vista você está melhor a cada dia.

Bakugo- mas você não pode me dar uma receita ou seja lá o que eu ganho no final do tratamento.

Shindo- já parou pra pensar que existe a possibilidade de você nunca se livrar disso.

Bakugo- eu estou nesses pensamentos por agora.- disse sorrindo. - Eu já vou ir pra casa.

Quando saiu da academia percebeu que estava pra baixo por algum motivo o que nem ele sabia, talvez apenas um dia ruim ou talvez só estivesse cansado. 

Chegou em casa o sol ainda despontava pra cair e deixar a lua invadir o céu e trazer seu escuro de costume para a única janela da sala, grande o suficiente pra saber que algo ruim estava acontecendo, pegou o celular e discou o número esperando por ele pra atender.

Bakugo- ei Deku, vai demorar para chegar?

Midoriya- a gente está saindo daqui agora, eu dei uma passada rápida na casa da sua mãe e ela disse pra você ligar pra ela.

Bakugo- eu vou, só não por agora.

Midoriya- tudo bem com você?

Bakugo- não eu preciso sair.

Midoriya- então não vai estar aí quando eu estiver em casa.

Bakugo- não eu não quero sair sozinho.

Midoriya- legal, já tem alguém pra ir pra caso eu tenha que ligar pra saber onde você está.

Bakugo- deixa de ser burro eu liguei pra você por causa disso. 

Midoriya- para de ser grosso.- disse rindo.- eu vou pegar o trem então quando eu estiver por perto eu te ligo.

Bakugo- eu não vou te encontrar na estação, eu te mando o endereço já estou indo pra lá.

Midoriya- eu vou demorar vai esperar com alguém?

Bakugo- não, só eu e você.

Midoriya- ei você está bem?.- notou um silêncio demorado do loiro pra responder por isso.

Bakugo- sei lá, você é o melhor pra responder isso.

Midoriya- te vejo mais tarde e desligou.- se encostando no banco.

Todoroki- aqui o seu.- entregou um copo de café pra ele.- eles falaram que tem chocolate aí no meio.

Midoriya- obrigado.- disse encarando o celular.- ei Sho eu vou precisar encontrar o Katsuki hoje.

Todoroki- então eu não vou ter você do meu lado hoje a noite.

Midoriya- acho que sim.

Todoroki- que droga, eu não queria dormir sozinho.

Midoriya- desculpa mas não vou poder atender esse pedido, mas amanhã isso pode voltar a ser o normal.

Todoroki- tudo bem querido.- falou mexendo nos cabelos dele.- mas depois do eu te amo você vai fazer ainda mais falta.

Midoriya- depois do eu te amo eu deveria estar aqui.- falou colocando uma mão sobre o peito dele.- mesmo quando eu não estiver perto.

Todoroki- é que não dá pra conversar com meu peitoral, ou beijar ele até me cansar, muito menos me sentir aliviado por ele estar aqui.

Midoriya- porque não perde sua noite escrevendo algo sobre mim, eu adoraria ler.

Todoroki- parece que eu não ganho muito com isso.

Midoriya- minha felicidade não é o suficiente?

Todoroki- não parece ser.- disse sorrindo.

Midoriya- ok, eu faço que você quiser não importa o que for.

Todoroki- vou cobrar. - disse dando um selinho nele.- o Bakugo está bem?.- deu um gole no cappuccino.

Midoriya- acho que não, ele estava estranho.

Todoroki- alguma ideia?

Midoriya- não sei, talvez a ansiedade pelo campeonato, mas ele vai me falar quando eu ver ele.

Todoroki- esse lance de vocês serem quase irmãos e tão real.

Midoriya- todo mundo diz isso.

Todoroki- isso parece ser mais real quando essas coisas acontecem.

Midoriya- as vezes eu queria que ele pudesse conversar dessa forma com outras pessoas, sabe ele está me esperando e eu estou tão longe, se ele pudesse falar disso com a Uraraka ou o Ojiro.

Todoroki- ou o Kirishima.

Midoriya- sim, ele não ia precisar me esperar e talvez ele já estivesse aliviado agora.

Todoroki- não precisa ficar tão aflito ele é mais durão do que aparenta ser.

Midoriya- ele tem os momentos dele pra tudo, raros desses são pra ser vulnerável.

Todoroki- bem ninguém entende mais ele do que você.

Midoriya- não sei se isso é verdade.

Todoroki- bem vamos nosso trem está vindo.

Midoriya- mal posso esperar pra dormir.

Todoroki- não ia me mostrar a paisagem.

Midoriya- eu estou cansado da noite de ontem, na próxima eu mostro.

Todoroki- pensando no futuro comigo ao lado.- disse sorrindo.

Midoriya- é... minha mãe deve ter te falado isso, de qualquer forma isso não é nenhuma novidade.

Todoroki- eu falei pra gente ir dormir cedo.

Midoriya- tão mentiroso, você era o que não parava de puxar assunto.- disse sorrindo.

Todoroki- tudo bem pode dormir eu fico de olho em você.

Midoriya- ok, me acorda quando estiver perto.

Todoroki- como quiser, sonhe comigo.- disse ao beijar os cabelos dele.

E então o menor fechou os olhos pronto para dormir e tentar fugir momentaneamente dos fantasmas que circulavam sua cabeça, se deitou no ombro do maior sentindo que o mesmo segurava sua mão usando o polegar pra massagear a dele para distrair ou confortar ambos seriam bem vindos em tal momento.

Todoroki- ei amor.- disse mexendo no rosto dele levemente.- já é a próxima?

Midoriya- foi mais rápido do que ele esperava.

Todoroki- você realmente dormiu igual uma pedra.

Midoriya- ficou desconfortável?

Todoroki- não é uma novidade você dormir em cima de mim, eu tenho que me virar pra te deixar confortável.

Midoriya- você é adorável.- beijou os lábios dele.

Todoroki- só faço isso pela recompensa.

Midoriya- não é verdade.- sorriu antes de dar mais um.

Saíram do vagão esperando um pouco vendo o trem partir pra próxima estação, o esverdeado mexeu no celular vendo a mensagem do amigo.

Midoriya- bem eu estou indo.

Todoroki- toma cuidado, te vejo amanhã. - beijou a bochecha dele.

Midoriya- então amanhã eu vou pagar a punição de ter que te agradar?

Todoroki- qual é nem vai parecer uma punição.- disse rindo com ele antes de se virar e andar na direção do apartamento.

Agora eram três horas, três horas vendo o oceano se tornar cada vez mais escuro e mais barulhento, assim como sua mente, pontuado ao horizonte seus olhos fixos em enxergar o nascimento e a morte de cada onda.

Midoriya- oi.- o loiro se manteu estático conforme ele se aproximava.

Bakugo- oi.

Midoriya- então, tudo bem com você?

Bakugo- não.

Midoriya- o que aconteceu com você.

Bakugo- lembra dos seus piores dias da escola e como você sorria esperando que eu achasse que tudo estivesse bem com você.

Midoriya- do nada isso.- falou sorrindo.

Bakugo- eu só lembrei disso por causa de alguém.

Midoriya- entendo.

Bakugo- não você não entende, porque você dificultou as coisas, porque você não me contou a verdade?- perguntou com um tom indignado e cansado ao mesmo tempo.

Midoriya- pra mim fazia mais sentido não passar meus problemas pra você.

Bakugo- era só você ter sido transparente comigo, eu teria te ajudado.

Midoriya- eu sei, você sempre foi essa espécie de vanguarda mas acho que eu precisava ser forte sozinho eu não queria depender de você pra sempre.

Bakugo- você era um idiota.

Midoriya- não me xinga de graça.- disse sorrindo.- qual o problema de verdade?

Bakugo- estou com raiva disso, dessa falta de coragem pra ser verdadeiro.

Midoriya- todo mundo tem seu tempo, você não pode controlar a vida dos outros mesmo que ache que sabe o que é o melhor.

Bakugo- eu não acho, eu sei.

Midoriya- por que aqui.

Bakugo- eu lembrei de umas das histórias da sua vó sobre deixar o mar te curar.

Midoriya- droga, eu sinto tanta falta dela.- disse sorrindo.

Bakugo- conta essa história pra mim eu não lembro.

Midoriya- não é uma história, era só uma crença de jogar seus problemas no mar e deixar o oceano leva-los embora.

Bakugo- era exatamente isso.- disse sorrindo.- era exatamente isso.

Midoriya- quer que eu abra sua cabeça e jogue seu cérebro nele ou posso jogar o corpo todo.

Bakugo- cala boca antes que eu faça isso.- disse rindo.- você sabe do que eu estou falando?

Midoriya- talvez, mas eu não preciso saber os cem por cento né.

Bakugo- não, agora que você fez a sua parte pode tirar seu bico do assunto.- disse olhando o relógio. - vamos jantar, tem um bom restaurante aqui perto que você não conhece.

Midoriya- na verdade eu sei qual é, estava na nota fiscal que você deixou no bolso da sua calça.

Bakugo- enxerido.- disse encarando ele.- então você já sabe que cada um vai pagar sua parte.

Midoriya- você já foi mais generoso Kacchan.- disse com um sorriso provocativo.

Bakugo- para de me chamar assim antes que eu quebre sua cara.

Midoriya- você não faria isso comigo Kacchan.

Bakugo- eu te odeio.

Diziam enquanto andavam em direção ao mesmo restaurante daquela outra noite, deixando os problemas e o oceano para trás.







 

Passando pela rua do apartamento direto aceitando que tinha ainda mais pra caminhar, biblioteca e novamente estava nos corredores das ruas do velho bairro que a muito tempo já tinha sido seu, voltando pra mesma casa e tocou a campainha.

Natsuo- você aqui.

Todoroki- não se faça de surpreso você me chamou esses dias pra vir aqui.

Natsuo- é mais isso foi na noite passada, hoje eu estou sozinho e não tem nada pra comer pronto.

Todoroki- já imaginva, eu preciso da sua ajuda com uma coisa.

Natsuo- logo agora já é de noite e sem avisar ainda.

Todoroki- bem a Fuyumi pode me ajudar vou ligar pra ela, já que ela tá me devendo uma.

Natsuo- não, não, não eu ajudo pode falar.

Todoroki- os dois estão disputando quem vai ser meu favorito.

Natsuo- agora que o primeiro lugar ficou vago.- disse sorrindo e o bicolor por incrível que pareça também.

Todoroki- droga como eu sinto a falta dele.

Natsuo- ele provavelmente vai me assombrar se ouviu isso.

Todoroki- acho que ele não precisa mais dessa posição desde que ele se denominou meu anjo da guarda.

Natsuo- me surpreende, ele sempre foi tão cuidadoso com você.

Todoroki- ele mexia nas coisas pensando em todos.

Natsuo- não tem como negar que ele pensava mais em você.

Todoroki- óbvio eu sou o mais legal dos três não tem como eu não ser o favorito.

Natsuo- ele está sussurrando em algum lugar que é mentira.

Todoroki- com certeza está.- disse rindo.

Natsuo- enfim precisa da minha ajuda pra que?

Todoroki- pra ir na joalheiria da família.

Natsuo- querendo gastar o salário com joias alguém está ganhando ainda mais.

Todoroki- não quero nada caro, você vai ver em breve.

Assim que o maior ligou o carro os dois foram direto pro bairro onde o comércio  da loja de destino se encontrava, estacionaram e entraram pelas portas de vidro douradas pela luz para entrar nos piso de madeira marrom escuro estilo oriental, ambientada com uma música calma.

Natsuo- então o que você quer aqui.

Todoroki- alianças.

Natsuo- então vocês dois são algo sério mesmo.- o menor sorriu.

Todoroki- é, acho que já estamos pronto pro próximo passo.- falava olhando as vitrines.

Natsuo- e quando a gente vai conhecer o tal.- se encostou em um dos móveis.

Todoroki- quem sabe em breve.

Natsuo- é um progresso já, antes parecia que nunca ia acontecer.

Todoroki- não ia mesmo, mas vocês ficam grudados no meu pé.

Natsuo- cala a boca.

Todoroki- bem eu quero essas.- esperou pelo atendente e assim que pagou colocou a caixa de veludo no bolso.- pronto, vamos procurar por sorvete.

Natsuo- você é um bebê?

Todoroki- é uma tradição.- disse saindo da loja e sendo seguido por ele.

Quando estavam andando de volta pro estacionamento comiam as casquinhas de baunilha.

Natsuo- quer que eu te leve pra casa.

Todoroki- obviamente.

Natsuo- sabe Shoto, o Toya estaria muito feliz de ver isso.

Todoroki- ele está. - disse sorrindo.- eu também.

Natsuo- é ele sempre me disse que você era um coração mole e pior que é verdade.

Todoroki- isso é o máximo que você vai conhecer.

Natsuo- fico feliz em me contentar com isso.- disse rindo ao receber um murro amigável do irmão.- ei eu estou dirigindo.

Todoroki- obrigado pela carona, a propósito você é tão lento quanto ele.

Natsuo- vamos ver se na próxima vez você vai poder dizer isso.- sorriu antes de retornar para o caminho de casa.

Entrou no apartamento tendo um rápida recepção dos amigos e uma conversa rápida antes de ir a para o quarto, tomou um banho rápido sentindo o frescor de estar em casa como uma sensação tão apoiadora que podia deitar e dormir ali mesmo, pegou a caixinha vermelha e colocou em cima da mesa do quarto vendo o caderno de desenhos do seu menor ali, pegou ele abrindo na primeira página e passando página por página, a rua do apartamento dele, uma parte da cidade, o por do sol da cafeteira e...

Momo- Shoto o jantar está pronto.

Todoroki- já vou.- fechou o livro colocando as alianças em cima dele.

Momo- e agora você vai me contar todos os detalhes.

Todoroki- eu conto o que eu lembrar.- sorriu indo pra cozinha.