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História Casta 6 - Casar não é tão ruim


Escrita por: PJIKOOK , pjieun e ABOPalace

Notas do Autor


06/06/2020: Feliz Aniversário, "Casta 6"!

Capítulo 34 - Casar não é tão ruim


Na frente do Palácio havia uma grande comoção. Era possível dizer que a grande maioria dos súditos havia subido a colina até o castelo apenas para a apresentação que aconteceria ali, mesmo que esta depois estivesse sendo transmitida em praticamente todas as emissoras de televisão do reino. Estavam todos tão felizes e sorridentes, que a felicidade ultrapassava os limites das muralhas que cercavam o castelo e atingiam em cheio o coração dos Reis, que se sentiam gratos em ter tanta alegria correndo pelos seus súditos. O dia estava ensolarado, como se até mesmo os deuses quisessem que aquele dia, a única coisa que prevalecesse nos céus fosse o brilho estonteantemente acolhedor que o Sol oferecia.

Os olhares estavam voltados à grande varanda do Palácio, onde os Reis e príncipes costumavam fazer aparições ao grande público. No entanto, aquele dia era especial, era uma ocasião rara que merecia celebração maior por parte dos súditos. Os Casta Seis presentes ali estavam ainda mais nervosos e felizes, tanto por estranharem serem tão bem tratados entre os “superiores” de Castas mais altas, quanto pela aparição que seria feita em instantes. Não havia nem mesmo uma única alma ali que não estivesse com os maxilares doendo de tanto sorrir. Só havia alegria ali. Nada mais.

A mais pequena movimentação na varanda fez com que os súditos ficassem ainda mais em alerta. “Está chegando, está chegando!” diziam alguns, olhando para cima como se suas vidas dependessem daquilo. Então, os conselheiros apareceram e foram ovacionados. Cada um se direcionou para uma extremidade da varanda, Jung Hoseok instalado ao lado direito e Min Yoongi ao lado esquerdo. Pareciam igualmente sorridentes e felizes, o que apenas serviu para contagiar ainda mais os que lhe observavam de baixo. Seguido deles, os Reis também apareceram e foram aplaudidos loucamente. Bem, o alfa já havia pedido uma vez para que seus súditos não se curvassem em momentos como aquele, então o que fizeram foi simplesmente aplaudirem e gritarem.

Novamente divididos, Kunpimook Bhuwakul se encaminhou ao lado de Yoongi e Jeon Yugyeom tomou seu posto ao lado do ex-General do Exército. E foi naquele momento que o barulho cessou. De dentro do castelo, os príncipes se juntaram aos conselheiros e aos Reis, onde o ômega lúpus segurava seu filho, enrolado em uma manta lilás. O alfa lúpus vinha ao seu lado, com a mão direita acima do gama enquanto brincava com ele, sentindo o mesmo apertar seu dedo com força. Jeongguk sorriu para os súditos e Jimin fez o mesmo, usando o dedo indicador para apontar para seu próprio ouvido, sinalizando que Jongin usava pontos em sua orelha para que impedisse que os sons altos lhe ferissem.

E foi ali que a gritaria começou de novo.

- Olhe para o Príncipe Jimin, ele é tão bonito! – disse uma das mulheres no meio da multidão. – Não sei quem tem mais sorte, se é Príncipe Jeongguk ou ele próprio – falou suspirando e a garota ao seu lado balançou a cabeça afirmativamente.

- Com aqueles dois sendo tão bonitos, o filho deles deve parecer um anjo de tão bonito. Imagine só, ser filho de dois lúpus e nascer como um gama! Ouvi dizer que gamas são natural e geneticamente muito bonitos. Ah! A mãe natureza exagerou na sorte dessa criança – falou e a outra deu risada em concordância.

De cima, era possível sentir o carinho que todos ali sentiam pelo recém-nascido. Os Reis eram avôs coruja, os conselheiros eram completamente babões pelo garoto e claro, os pais já não tinham mais onde enfiar tanto amor. Jeongguk se recuperou rápido depois do parto e Jongin se recuperou mais rápido ainda, logo ficando mais saudável e forte. Faziam dois meses desde seu nascimento, então as mudanças e progressos eram perceptíveis.

- Olha amor, ele tá sorrindo – Jeongguk disse e balançou um pouquinho a criança em seu colo, ouvindo-o dar uma risada gostosa. – Jongin-ah, você consegue sentir as pessoas aqui, aplaudindo você, não consegue? Está feliz por isso? – perguntou e foi aí que o bebê se contorceu, numa careta animada ao que seu sorriso fez com que seus olhos ficassem ainda menores. – Meu Deus, será que a alegria dele é realmente por isso?

- Tinha uma história que minha mãe me contava quando eu era criança, repassada pelos meus avós, de que quando pessoas amam alguém e são amadas de volta, elas podem sentir tudo o que essas pessoas emanando por elas, desde tristeza profunda à mais pura alegria. Jongin nasceu como o herdeiro, um dia, ele será o rei e governará por todas essas pessoas. Ele já nasceu amando a sua nação, nasceu querendo o bom para as pessoas que compõem esse reino. Crianças são puras, amor... então, sim. Pode ser que ele entenda que todas as pessoas que estão aqui lhe querem bem e ele está feliz em ser tão amado – Jimin disse, acariciando as bochechas do pequeno com a ponta dos dedos.

Seu olhar não trazia nada além de devoção. Jimin se sentia leve enquanto olhava a carinha risonha do filho e a alegria estampada no rosto dos súditos. Ele tinha família mais linda do mundo, o noivo mais lindo, o filho mais lindo. Seu coração não poderia estar mais aquecido. Através da marca Jeongguk sentia toda aquela onda de amor e felicidade que atravessavam o companheiro e não pôde deixar de sorrir, sentindo o mesmo.

E pensar que antes da Seleção, achava que não conseguiria se apaixonar...


“Casta 6”: EPÍLOGO


Dois dias depois da comemoração envolvendo a primeira “aparição” de Jeon Jongin, o alfa lúpus resolveu ir até o centro de Busan de manhã. Avisou a mãe e o noivo e pegou o carro, levando cerca de vinte minutos para chegar no centro. Aquele reino era imenso, era um dos mais prósperos, mais modernos, renomados. Estava se tornando um grande pioneiro na luta a favor da extinção das castas e Jimin se orgulhava por ser o chefe daquela luta. Tudo começou logo depois que se tornou príncipe, já vinha desenvolvendo projetos para o fim das castas desde o final da seleção então os Reis já estudavam tudo minuciosamente. Aquela batalha duraria anos e o Park sabia daquilo, porém rendição nunca foi bem a praia do lúpus.

Jimin fora desviando das avenidas bonitas de Busan para se enfiar pelas ruas mais afastadas do centro. Eram quase sete da manhã, o sol já aquecia bem aquela porção do reino. A região sul, tão conhecida pelo príncipe, parecia agora um tanto diferente, já que as cores ali agora mostravam mais vida. Quando o lúpus parou o carro na frente de onde era a sua antiga casa, sentiu uma arrepio quase nostálgico subir pela sua coluna. Pôde enxergar o seu “eu” de anos atrás entrando por aquela porta de madeira simples, exausto pelo dia longo de trabalho, assim como pôde se ver saindo daquela mesma casa, com o corpo machucado, para entrar dentro de uma carruagem onde Min Yoongi lhe esperava com um sorriso pretensioso no rosto e um ar de “não seja formal comigo, ou eu te jogo na frente dos cavalos”. Sorriu. Já faziam mais de cinco anos e meio desde o dia em que saiu daquela casa sem olhar para trás, entretanto, as memórias permaneciam bem vívidas.

Sem descer do carro, Jimin suspirou e olhou para seu lar uma última vez antes de seguir seu caminho. Inconscientemente, seu segundo destino fora o local onde havia preenchido o formulário de inscrição para entrar na seleção. Havia uma mulher ali, aparentemente com trinta anos no máximo, levantando as portas do estabelecimento para iniciar o trabalho, mesmo sendo tão cedo. Estacionado do outro lado da rua, o Park desceu de seu carro e caminhou até a mulher, que se assustou um pouco – e com razão – ao ver que o Príncipe estava ali.

- Alteza! – se curvou ainda meio atordoada pela presença do lúpus ali. Jimin somente repetiu a reverência, igualmente se curvando e sorrindo pequeno. Ainda não havia se acostumado com aquele tipo de tratamento.

- Peço desculpas pela aparição sem aviso... Como você está? – perguntou cordial e a mulher coçou a cabeça meio desconcertada.

- Ando meio cansada, a loja está dando bastante movimento esses dias... – disse sorrindo. – Mas, e Vossa Alteza? Deseja algo da loja...? – perguntou incerta e Jimin sorriu.

- Na verdade eu gostaria de rever uma pessoa. É um senhor, costumava trabalhar aqui a uns... cinco, seis anos atrás – Jimin falou, mantendo o sorriso curto na face.

- Oh... é o meu avô – a moça disse sorrindo, mas logo desviando o olhar e brincando com a barra da camiseta de mangas longas que usava. – Ele faleceu tem quase dois anos. Morreu de repente, sabe? Trabalhou o dia todo e quando se deitou pra dormir, não acordou mais. Ele dizia que era o tipo de morte que ele “gostaria” de ter – falou com um sorriso pequeno e Jimin suspirou, um pouco triste. Gostaria de tê-lo visto uma última vez para agradecer... as palavras de apoio daquele senhor nunca foram esquecidas por ele. – Eu fico muito feliz que você tenha se lembrado dele... ele sempre dizia orgulhoso que havia vendido o formulário de inscrição da seleção pra você e até rezava pra que você se tornasse príncipe. Ele ficou exultante quando soube que Vossa Alteza havia conseguido, mas não teve tempo de te ver sendo coroado.

- Ele me disse palavras muito encorajadoras quando vim aqui. Eu estava nervoso demais e... bom, eu só tinha dezenove anos, quase vinte. Era um moleque, entende? Ingênuo demais. E ele viu uma luz em mim que até mesmo eu era incapaz de ver – Jimin falou com um sorriso sincero, se lembrando perfeitamente dos olhos brilhantes daquele senhor. Logo, o príncipe teve um sobressalto. – Eu realmente sinto muito pela morte dele. Aqui – retirou o relógio que usava no pulso esquerdo e estendeu pra mulher, que arregalou os olhos. Na parte de trás do acessório, havia um desenho do brasão de Busan. – É apenas uma recordação. Ele me deu o empurrão que eu precisava pra ser quem sou hoje, então...

- A-Alteza... – a mulher gaguejou, segurando o relógio com mãos trêmulas. Em seguida ela sorriu e apertou o acessório contra o corpo. – Vou guardar junto com as coisas dele! Ele ficaria muito feliz com o presente, muito obrigada! – falou feliz e Jimin se despediu, fazendo uma reverência. A felicidade daquela mulher havia lhe atingido em cheio, sentiu seu dia completo apenas com aquilo.

O alfa decidiu que voltaria para o castelo. Colocou uma música tranquila para tocar e dirigiu um pouco mais devagar agora para que pudesse prestar mais atenção nos detalhes do reino, cada avenida, cada pessoa que passava pelas ruas. Mesmo que estivesse indo com lentidão, o príncipe não demorou muito para chegar ao seu destino. Desligou o rádio do carro e foi até a área externa do castelo onde ficavam os carros. Logo que guardou-o e saiu do automóvel, Jimin foi recebido com latidos, o que lhe deixou com algumas perguntas na mente. Franziu o cenho.

- Hein? – falou confuso quando o cachorrinho se embrenhou em seus pés, brincando animado e farejando seus sapatos. Mesmo que ele fosse um cão “sênior”, ainda era animado como um verdadeiro filhotinho. Ainda estranhando aquilo tudo, Jimin coçou os olhos na esperança de que o cachorrinho sumisse e ele tivesse certeza de que estava com febre, mas aquilo não aconteceu. – Não é possível... Yeontan?! – chamou o cachorrinho ficou ainda mais animado ao ouvir seu nome.

- Hyung! – ouviu ao longe. Quando Jimin olhou pra frente, suspirou ainda mais surpreso sorriu radiante ao ver Taehyung correndo em sua direção com uma alegria imensa. Então era isso, os nobres de Daegu haviam vindo sem avisar. – Vim visitar Jongin! Ia te dar as boas vindas primeiro, mas parece que o Tan já fez isso, hein? – disse dando risada, ainda correndo. Jimin havia cortado os seus cabelos antes de ser coroado Príncipe, mas Taehyung havia se apegado aos seus fios, que estavam presos por um rabo de cavalo e estavam, ainda assim, na linha de sua cintura.

- Só o Jongin? – Jimin perguntou e logo teve o corpo do alfa mais novo sendo jogado contra o seu. – Orra, cê vai me quebrar, moleque! – falou meio estrangulado, mas ainda assim abraçou seu dongsaeng com igual firmeza. Yeontan começou a latir animado com aquela agitação dos dois homens, que logo se separaram dando risada.

- Sim, só queria ver o Jongin. Você e o Gguk hyung eu já vejo direto, estou ficando cansado de olhar pra vocês. Tipo, “me deixem em paz”, sabe? Não estava com um ponto de saudade de vocês – falou com falso desdém e Jimin se limitou a dar uma risada irônica.

- Percebi que você não estava com nada de saudades. Foi por isso que você me abraçou com tanta força, né? Coitado do Gguk, você deve ter matado ele quando chegou.

Os dois alfas caminharam devagar até o interior do castelo, enquanto Taehyung trazia Yeontan a tiracolo.

- Que horas vocês chegaram? Eu passei menos de uma hora na cidade – Jimin perguntou e Taehyung manteve o sorriso.

- Tem uns vinte minutos. Me desculpe por não ter avisado, queríamos fazer uma surpresa. Saímos de madrugada de Daegu, mas a única pessoa que está dormindo agora é a Dara, já até a colocamos no berço do quarto de hóspedes... Vocês são demais, deixando um berço especialmente pra minha filha mesmo que venhamos tão pouco pra cá! – falou feliz e Jimin sorriu grande. – Yerin está deitada com o Jeongguk, mas acho que ele já estava se preparando pra trabalhar. Como vocês conseguem conciliar trabalho e os cuidados com o Jongs?

- Jongs? – Jimin perguntou dando risada. – Começamos a trabalhar essa semana, deixamos Jongin num carrinho ao lado da mesa. Quando ele está com fome, Jeongguk o amamenta e se ele começar a resmungar, nós dois paramos com as tarefas e brincamos por uns vinte minutos com ele, até ele cochilar. Sabe, nós dois não queríamos deixar nossas obrigações nem nosso bebê de lado, então demos um jeito de fazer os dois sem que nenhum lado seja prejudicado. Meus dias de trabalho são mais coloridos com o Jongin do lado. Isso quando Yugyeom e Kunpimook hyungs não disputam pelo meu bebê. Eles são muito babões, coisa de avô. Ah, Hoseok e Yoongi também parecem estar treinando.

- Ah, eu soube da gravidez do Yoongi hyung! Ele parece estar tão nervoso... – Taehyung disse preocupado.

- Ele tem trinta e um anos. Está assustado por ser uma gravidez de risco, e por mais que Amber noona já tenha dito que vai ficar tudo bem com ele, ele ainda assim acaba ficando um pouco ansioso. É normal... mesmo que seja perigoso pra ele e pro bebê. Mas Hoseok hyung está tentando dar um jeito nisso, está sempre fazendo alguma gracinha e dando algum mimo pro Min hyung na tentativa de acalmá-lo... e eu posso dizer com certeza que adianta bastante – Jimin disse rindo ao se lembrar do quanto Yoongi agradeceu o noivo ao ganhar um cachorrinho de presente, a quem chamou de Min Holy. Claro, o ômega depois chorou o bastante pra regar o jardim todo. Mesmo estando com o ex-General desde o fim da seleção, ainda não estava acostumado com tanto carinho.

- Enquanto isso, eu tô aqui, morrendo de vontade de ter mais um bebê. Será que a Ye me mata a facadas se eu conversar com ela sobre isso? – Taehyung perguntou, finalmente dentro do castelo. Jimin deu risada.

- Talvez ela só diga pra que você espere por alguns meses. Dara está muito novinha, você não acha? Eu também quero mais filhos com o Gguk, mas prefiro deixar que Jongin envelheça um pouco mais, talvez uns dois anos. Assim é melhor, cuidar de um bebê já é difícil, imagine dois? – Jimin aconselhou e o mais novo concordou meio robótico. – Mudando de assunto, você disse que estava tentando descobrir quem tinha mandado aquele enigma que te levou até o Taecyeon... conseguiu?

- Nada ainda, hyung. Estamos desistindo de descobrir quem exatamente foi – falou o alfa, suspirando. – Tudo o que sabemos é que a mãe adotiva de Taecyeon hyung o encontrou na porta de sua casa enrolado em uma manta suja. Então a nossa teoria é de que o rebelde que sequestrou meu irmão provavelmente se arrependeu do que fez, mas não teve coragem de devolver o bebê porque definitivamente seria executado por isso, então... tudo o que ele fez foi abandonar ele em um lugar qualquer.

- É isso o que me deixa puto... faz a merda e não tem peito pra enfrentar as consequências – Jimin falou um pouco mais sério e Taehyung lhe olhou de canto.

- Estamos falando ainda sobre o rebelde de Daegu ou agora o foco do assunto é um certo conselheiro de Busan?

A pergunta levou Jimin a engolir em seco. Seu ódio por Jongdae ainda era fresco. Taehyung suspirou e deixou Yeontan no chão para que pudesse dar um tapinha nas costas do hyung, como se tentasse o confortar de algo. Haviam feridas ali que nem mesmo seu sangue lúpus seria capaz de curar.

Os dois alfas tomaram caminhos diferentes. Jimin foi direto para o Gabinete e ao abrir a porta, deu de cara com Yerin e Jeongguk. O lúpus levou um sobressalto mas acolheu a ômega em seus braços com ternura. Mesmo que visse a melhor amiga com certa frequência, ainda assim sempre sentia falta da mesma.

- Eu vim aqui no gabinete porque tinha cer-te-za de que você não iria até o quarto de hóspedes me ver e aí a gente só ia se cumprimentar na hora do almoço. Que preguiça de você, oppa – falou emburrada e o alfa deu risada.

- Me desculpe, Yerin-ah. Aliás, Taehyung me pediu desculpas por vocês não terem avisado que viriam e no fim das contas eu acabei nem o respondendo, mas diga a ele que essa casa é de vocês, então fiquem a vontade.

- Você é um fofo mesmo, olha Gguk oppa, ele é um fofo – Yerin disse apontando pra Jimin dramaticamente. O ômega lúpus apenas deu risada enquanto colocava Jongin no carrinho. – Aliás! O que vocês dão pra esse beber comer, ou melhor, que tipo de silenciador que ele tem? Jongin não chora por nada, e sorri pra todo mundo que pega ele no colo. Sandara é um demônio em forma de bebê, ela é braba! Fica birrenta quando Taehyung ou eu não estamos por perto.

- Ela é braba? – Jeongguk perguntou, dando risada.

- Acho que ela puxou pra você, Yeye... opa, guarda a faca, Yeye. Guarda a faca – Jimin disse rindo e só ouviu a ômega resmungar um “se me chamar de Yeye de novo eu arranco suas bolas na unha”. – Não sei direito. Desde que aprendeu a controlar os músculos do rosto, Jongin é muito sorridente. Ele também é afetuoso e gosta de praticamente todo mundo... me lembra muito o Wai, filho mais velho do Henry hyung.

- Jongin é tranquilo, mas é fominha. Ele dorme enquanto eu amamento ele... e ele sempre come bastante papinha também. Mas ainda assim não engorda com facilidade.

- Tem que tomar cuidado com ele dormindo enquanto mama, Gguk... ele pode ter refluxo – Jimin disse, caminhando até o ômega e o abraçando por trás.

- Sim, eu sei. Já estudou mudando isso – falou tranquilo e Yerin sorriu observando.

- Bom, a conversa tá ótima mas eu sei que vocês precisam trabalhar agora, então vou deixar vocês sozinhos. Nós nos vemos na hora do almoço?

- Com certeza, princesa! – Jeongguk disse animado. – Se precisar de qualquer coisa, você ou Tae podem me ligar e eu vejo o que posso fazer.

- Pare de ser tão prestativo, você tem suas obrigações também! – Yerin disse indignada. – De todo modo, eu vou indo. Bom trabalho pros dois – falou sorridente e mandou um beijinho voador para o casal antes de fechar a porta do Gabinete.

Jimin ficou um tempinho apreciando a companhia no noivo. Apoiou a cabeça no ombro deste e ficou ali, com os olhos fechados apenas sentindo o cheiro gostoso que as roupas e a pele do ômega exalavam. Jeongguk amava quando seu alfa só ficava paradinho enquanto lhe abraçava, aproveitando de um confortável silêncio. Eram só as respirações dos dois, ritmadas e calmas, enquanto Jongin observava-os com um semblante curioso, típico de um bebê com seu tempo de vida, algo como: “Não sei o que está acontecendo, e por mais curioso que eu esteja, não ligo tanto.”

- Está animado pra mais um dia de trabalho? – Jeongguk perguntou, acariciando as mãos do seu alfa.

- Uhum. Afinal, vai ser caótico assim como vem sido desde que voltamos a cuidar dos assuntos do reino. Um dos Reis vai entrar aqui, fazer uma festa com Jongin no colo, este vai morrer de dar risada, resmungar com fome, você o amamenta e ele dorme. E então um dos conselheiros vem assistir ele dormindo e quando ele acordar, a gente começa a brincar com ele até que o ciclo se repita. Por mais repetitivo que pareça, é divertido – Jimin disse e suspirou, ouvindo a risada gostosa do ômega lúpus.

Jeongguk já havia voltado a se exercitar e malhar frequentemente. Geralmente o fazia antes do jantar, já que a jornada de trabalho e os cuidados com Jongin não permitissem que ele o fizesse mais cedo. Bem, os príncipes tinham a opção de deixar o pequeno herdeiro sob cuidados de uma babá, no entanto não queriam aquilo. Queriam passar cada instante possível ao lado do filho.

O alfa desgrudou do ômega e cada um se encaminhou pra própria mesa. E como Jimin havia previsto, aquele ciclo ao redor de Jongin se iniciou e se repetiu até o fim da tarde quando o trabalho daquele dia havia acabado. Jeongguk sempre ficava exausto – obviamente, já que além do cansaço mental com o trabalho, também havia o físico ao amamentar o filho. Sentia, querendo ou não, alguma fraqueza.

Naquele dia, todos jantaram juntos, brincaram com Yoongi sobre sua gravidez e Hyerin disse que Junmyeon e ela estavam pensando em adotar um bebê. Bem, era óbvio que isso aconteceria, já que a mãe de Jimin estava prestes a completar trinta e oito anos de idade e não seria nada bom uma gravidez naquele momento de sua vida, por mais que ela ainda estivesse em idade fértil e ela ainda fosse ter cios até os quarenta e cinco. Não queriam arriscar. A ideia fora bem recebida por Jimin e Seulgi.

Quando se retiraram, Hyerin se ofereceu a dormir com Jongin naquela noite. O cansaço nos olhos de Jeongguk era visível a quilômetros então Jimin agradeceu a mãe profundamente, mas ainda assim pediu que ela fosse até seu quarto caso precisasse de qualquer coisa. Ao chegarem ao seu quarto e trancarem a porta da mesma, o alfa lúpus logo se colocou à disposição do seu ômega.

- Vou dar banho em você, hyung. E te dar uma massagem, você está merecendo – disse segurando os ombros do mais velho e abrindo sua camisa azul escura. Jeongguk sorriu enquanto era despido e coçou os olhos.

- Você também parece cansado, jagi. Deveria receber o mesmo tratamento... – falou, parecendo um pouco penalizado. Jimin balançou a cabeça negativamente ao que a camisa de Jeongguk deslizou pelos seus braços.

- Não tem nem comparação, né? Amamentar parece ser desgastante. Vou aproveitar que Junmyeon hyung e a omma vão ficar com o nosso bebê por hoje, e eu vou cuidar de você. Vamos, tire os sapatinhos.

- Pare de me tratar como criança, Jiminnie. Parece que voltei a ter vinte e dois anos – falou rindo e Jimin lhe acompanhou. Não demorou muito para que os dois estivessem nus e se encaminhando para o banheiro que ficava no interior do quarto.

- Você está andando até lento, hyung. Vou deixar a água da banheira esquentando enquanto isso, vamos tirar esses brincos – disse e levou suas mãos até as orelhas do ômega lúpus, que eram adornadas com vários piercings. Dava até medo da orelha dele cair.

- Eu acho bonitinho quando você faz isso. Sabe, tirar meus brincos, me dar banho, lavar meus cabelos.

- Acha? – Jimin perguntou e sorriu quando Jeongguk repetiu o processo consigo, retirando seus piercings, que apesar de serem em menor número, ainda era uma quantia até considerável. – Pode parecer que estou forçando coisas fofas pra te impressionar, mas eu nem percebo. Gosto de mimar você, afinal.

- Eu sei que não é forçado. A primeira vez que você me deu banho, ainda era um selecionado – Jeongguk disse rindo e se abaixou para testar a temperatura da água na banheira. – Já podemos entrar, Jiminnie.

Jimin entrou na banheira e acolheu Jeongguk entre suas pernas. O ômega lúpus se encostou no peitoral firme do alfa e este usou a mão direita para jogar água sobre o tronco do mais velho, em seguida passando a esponja macia sobre a pele branquinha. O corpo grande relaxou e o Park sorriu, dando um beijo nos cabelos do Jeon.

- Amor, você se lembra do que Amber noona disse sobre os cios de Jongin? – perguntou baixinho enquanto recebia a atenção do noivo. – Eu estou preocupado com isso, jagi...

- Nós teremos que conversar com ele a respeito disso quando ele tiver uns quatorze, quinze anos. Nessa idade ele já terá uma ideia da própria orientação sexual e isso já vai ser de grande ajuda em certa parte... mas à respeito dos cios, nós dois teremos que apontar como funciona um alfa e um ômega, já que ele vai ter os dois tipos de cio ao mesmo tempo. Nós vamos ter que falar sobre a seleção também... – Jimin ponderou calmamente. – Quando ele entrar no cio, não vai ter como usar supressores ou o dopar. Vamos ter que deixar que ele seja saciado por alguém, e aí a seleção dele será mais curta.

- Você acha que ele pode ter o imprinting rápido como eu?

- Se encontrar uma alma gêmea é difícil, quem dirá duas almas gêmeas. É confuso... não sei se ele terá tanta sorte. De toda forma, ele pode ser apaixonar por alguém sem nem mesmo ter um imprinting com essa pessoa e ser feliz da mesma forma. Mas vamos torcer pra que ele tenha sorte, não é? Não quero que ele sofra.

- Digo o mesmo...

Os dois ficaram em silêncio por mais algum tempo e Jimin não pôde evitar o sorriso ao ver que Jeongguk estava todo sonolento com os cuidados que recebia. O alfa havia lavado até os cabelos do noivo, e provavelmente foi na hora de esfregar o couro cabeludo que este ficou tão molinho em seus braços. Era a coisa mais linda do mundo.

- Hyung, olha aqui um pouco.

Jeongguk abriu os olhos minimamente e virou-se para encarar o noivo, que segurou seu queixo e se inclinou, lhe dando um beijo lento. E era sempre a mesma coisa, o ômega ficando zonzo com uma fração de segundos, a língua do alfa que parecia mais habilidosa a cada beijo que trocavam. O mais velho foi virando todo o seu corpo lentamente, até que ficasse com a parte frontal do próprio quadril quase roçando a do noivo. Jimin o trouxe para o seu colo devagar, fechando as próprias pernas e permitindo que Jeongguk lhe montasse, tomando cuidado ao se sentar sobre suas coxas. Quando o alfa pressionou-o pela nuca, o Jeon suspirou e se sentiu excitar lentamente, em arrepios e ofegos sutis.

- Eu preciso que você se seque... pra que eu faça a sua massagem – Jimin murmurou entre o beijo. O ômega lúpus fez uma careta e se afastou um pouco, fechando os olhos ao sentir beijos molhados do alfa em seu pescoço. Mordeu o lábio inferior minimamente e suspirou.

- Por que eu estou tendo pressentimentos ruins sobre essa massagem?

- Ruins, Jeongguk?

O ômega amava quando seu alfa dizia o seu nome daquele jeito.

- Jimin-ah, fale o meu nome de novo...

- Jeongguk – sussurrou, sorrindo ladino ao ver os olhos do ômega lúpus se tornando azuis. – Se controle, Jeongguk.

- Você é horrível. Odeio você.

- Com cinco minutos de massagem eu aposto que sua opinião vai mudar – provocou. Jeongguk revirou os olhos e deu um último beijo em Jimin antes de se levantar da banheira. O alfa sorriu ao ver as pequenas estrias no abdômen (que já estava recuperando os músculos) do mais velho e ao se ajoelhar, segurou-o pela cintura e encheu aquele lugar de beijinhos, o que fez com que o Jeon sorrisse largo com a atitude.

- O que sente ao ver as marcas?

- Sinto que agora tenho mais lugares pra beijar, igual faço com as suas pintinhas – Jimin disse e então se levantou, saindo da banheira antes do noivo e pegando uma toalha felpuda. – Se seca, amor. Vou arrumar as coisas pra fazer sua massagem.

Jimin se secou rapidamente e vestiu um roupão de seda preto. Em seguida, estendeu um lençol impermeável em sua cama e deixou um frasco contendo óleo de massagem sobre a pequena cômoda que ficava ali perto. Jeongguk então saiu do banheiro com a toalha amarrada na cintura e arqueou uma sobrancelha.

- Você já estava planejando isso?

- Sim. Desde que seu tratamento pós-parto acabou. Agora você está finalmente recuperado da gravidez, e como você aguentou muita coisa, quis fazer ao menos isso por você – falou sorrindo e o noivo o imitou. – Agora deita aqui – disse dando batidinhas na cama.

- Obrigado, Jimin... de verdade – falou Jeongguk, genuinamente feliz com o presente do noivo. O ômega então se deitou na cama de bruços e cruzou as mãos, deixando-as sob seu rosto. Quando seu corpo ficou relaxado, o alfa jogou uma pequena quantidade de óleo perto e seus ombros e começou a massagem. – Amor, agora que já estou recuperado, podemos finalmente nos casar, né?

- Sim, aliás, já estava querendo falar contigo sobre isso, mas a sempre acabamos tendo tarefas extras por causa do nosso Jongin. O que acha de já começar os preparativos? Podemos falar com os hyungs amanhã mesmo – disse, se referindo aos Reis. Jeongguk murmurou em concordância, agora fechando os olhos ao que a massagem se intensificou.

- Acha que o planejamento vai levar quanto tempo? Uns seis meses?

- Jesus, seis meses? – perguntou Jimin, chocado ao mesmo tempo que risonho. – Calma hyung, não é pra tanto. Teremos ajuda, afinal... três ou quatro meses vai ser mais do que o suficiente.

- Eu estou ansioso pra noite de núpcias.

- Você só pensa em sexo, por que você é assim?

- A culpa é sua! Eu não era assim antes da seleção. Eu era bem mais comportado antes de... de você me foder contra uma parede.

- Você confessou que ficava encarando os músculos dos meus braços logo no dia que eu entrei aqui pela primeira vez, não tenho cem por cento de culpa, ok? – Jimin refutou, um pouco envergonhado. Quando transava, perdia um pouco controle. Mas só um pouco.

- Não é só isso, Jimin... – Jeongguk falou, agora mais baixo. As mais de Jimin haviam ido para as laterais do seu corpo. – Eu venho pensado mais em sexo porque... você fez aquela promessa quando eu saí do trabalho de parto, de que iria transar comigo quando tivesse certeza de que eu estivesse saudável de novo. Eu sinto sua falta, sabe...

Naquele momento a mão esquerda de Jimin se enfiou por dentro da toalha e forçou a mesma para que ficasse mais folgada no corpo do ômega, que de imediato abriu os olhos e se moveu afoito sobre a cama, para que a toalha ficasse mais afastada de si. Sem nenhuma cobertura sobre seu noivo, o Park se afastou, apenas para pegar o frasco e jogar mais óleo nas costas deste, mas agora jogando também nas nádegas branquinhas.

- Tsc, tsc. E você dizendo que estava com pressentimentos ruins sobre essa massagem, Jeongguk...

Foi só naquele momento que o Jeon percebeu que Jimin havia armado aquela massagem para de fato, transar com ele depois. Os olhos do alfa ficaram vermelhos quando o ômega sorriu e empinou os quadris para cima. Jeongguk mordeu o lábio ao sentir as duas mãos do Park em sua bunda, espalhando o óleo que havia sido derramado ali e vez ou outra ameaçando afastar os lados.

- Seja rápido, por favor – Jeongguk sussurrou, parecendo sofrer. – Eu não aguento mais esperar por você, Jimin!

De imediato, Jimin enfiou dois dedos dentro do ômega, que já estava surpreendentemente molhado. Antecipação. Jeongguk parecia sensível, seu corpo tremeu com a primeira estocada.

- Rápido? – Jimin perguntou e o Jeon acenou afirmativamente com certo desespero. Seus olhos estavam marejados. O alfa se sentiu horrível. – Eu não vou mais brincar com você... me desculpe, hyung – disse antes de começar os movimentos, que vinham com rapidez e força. Jeongguk ofegou e gemeu alto em seguida, deixando a cabeça pender sobre o travesseiro quando o mais novo passou a mover os dedos em curva, tocando sua próstata de forma contínua.

E bem, Jeongguk sabia que Jimin não iria se controlar quando transassem de novo, mas de certa forma ele havia subestimado o alfa, que sempre, independentemente se era em um dia sem transar ou nove meses, conseguia lhe surpreender.

O casamento dos dois de fato, aconteceu alguns meses depois. A cerimônia foi grande, os convidados tomaram todo o salão. Henry e Lia não puderam comparecer devido ao filho mais novo deles, no entanto novamente o alfa lúpus fez questão de enviar um presente aos recém casados. Foi uma surpresa para Jeongguk ver que Yang Wu Mi – mãe de YiFan – também havia aparecido para a cerimônia, mas mais surpreendente que isso foi a mesma pedir para que Jimin não se culpasse, afinal de contas, “a morte de seu filho havia sido causada pelo caminho que ele próprio escolheu”.

A família real de Daegu também não deixou de visitá-los, dessa vez em grande número: até mesmo Jungyeon, a General do Exército estava junto dos nobres. Os outros selecionados – desde Jackson a Donghae – e alguns vizinhos próximos que Jimin teve quando criança também estiveram ali. E por mais expansivo que isso pareça, a cerimônia do casamento de Park e Jeon criou uma festa que durou quatro dias e uma das valsas em que Jimin dançou ao lado de Taehyung acabou virando manchete. Uma festa que durou dias, repleta de momentos que definitivamente, não aconteceriam todos os dias.

Se a vida de Jimin e Jeongguk fosse um livro, definitivamente o casamento seria um dos melhores capítulos.


Anos depois


Segunda Seleção – Reino de Busan


Os conselheiros reais convocam, com satisfação e entusiasmo, a abertura da inscrição para a Seleção que escolherá os futuros companheiros do Príncipe Jeon Jongin. É a primeira vez na história do reino de Busan que um gama nasce dentro da família real, e primeira vez que um nobre se casará com duas pessoas. Os critérios para a inscrição estarão descritos abaixo:

- ter entre 19 a 22 anos;

- não ter ficha criminal;

- não há distinção de Castas, gênero ou de classe lupina.

Serão distribuídos em Busan e nos reinos vizinhos o número exato de quinhentos formulários, e destes, cinquenta serão escolhidos para inscrição – dez alfas recessivos, dez alfas lúpus, dez ômegas recessivos, dez ômegas lúpus e dez betas – sendo, dentro de cada classe lupina, cinco homens e cinco mulheres. Os interessados podem se dirigir à estabelecimentos que tiverem o selo do reino em suas portas, onde haverão formulários disponíveis. As regras estão dentro do formulário. Que a sorte esteja com vocês!


Park Jimin e Jeon Jeongguk, Reis de Busan

Jeon Jongin, Príncipe Herdeiro e Jeon Somi, Princesa de Busan

Min Yoongi e Jung Hoseok, Conselheiros Reais


- Pai, o Jongin tá surtando lá dentro do quarto – Somi disse entrando no quarto dos pais, sem nem bater na porta. Jeongguk e Jimin estavam se arrumando pra participarem da cerimônia do início da Seleção.

Jeon Somi tinha acabado de completar quinze anos e era quatro anos mais nova que seu irmão, Jongin. Ela já havia tido sua maturação a dois anos, se revelando uma alfa. Diferente do irmão, a garota era um pouco mais fechada, era tímida e séria, gostava de dançar e de desenhar. Apesar da personalidade aparentemente fria, Somi era muito amorosa e vez ou outra, gostava de dormir com os pais.

- O que ele tem? – Jeongguk perguntou, coçando a cabeça e visivelmente preocupado. Aos dezenove anos, Jongin ainda não havia entrado no cio, e por mais que seus pais tivessem medo do momento que ele viesse, ainda assim acabaram tendo de lidar com um atraso com a organização da seleção, que deveria ter começado assim que o primogênito dos Reis completasse dezoito anos.

Jimin e Jeongguk haviam sido coroados a dez anos, assim que o quadro de saúde de Yugyeom piorou. Ao sentir que iria morrer, o rei alfa ajudou a organizar a cerimônia de coroação do filho e do genro e passou a coroa a estes. Também pediu para Kunpimook fizesse a cirurgia que removeria por completo a marca que compartilhavam desde que começaram a namorar, já que se não o fizesse, o ômega também morreria. Mesmo que a contragosto este obedeceu o pedido de seu marido, que faleceu dois anos depois de passar a coroa adiante. Ao ficar viúvo, Kunpimook decidiu voltar para a Tailândia, onde passou a administrar o reino como Príncipe Regente.

- Ele tá nervoso, eu acho. Sabe né, só teve uns namorinhos aqui e outros ali. Ele deve estar pensando que vai ter que se casar assim que fizer a escolha – falou, suspirando e jogando os cabelos pra trás. – Enquanto isso eu não vejo a hora de ter a minha seleção, pra ver se dou sorte de encontrar um ômega que me deixe em estado meloso igual vocês dois.

- Somi! – Jeongguk exclamou, parecendo chocado e Jimin riu alto.

- Daqui três anos você vai ter muitos ômegas aqui só pra você, meu anjo.

- Jimin, olha o que você tá falando pra menina!

- Nossa filha é moderna, amor! Deixa ela ser feliz.

- Se bem que acho que tanto faz... ômega, alfa... acho que sendo simplesmente do gênero masculino tá ótimo – Somi disse com um olhar distante, como se fizesse anotações mentalmente.

- Essa é hétero com força – Jeongguk disse se rendendo ao riso e se aproximou da filha, dando um beijinho em sua testa. – Pode ir fazendo suas anotações, vai nos ajudar muito quando você for ter a sua Seleção. – concluiu, recebendo um sorriso grande de Somi. – Agora faz um favor pro papai, e pede pro Jongin vir até aqui.

A garota saiu do quarto e em poucos instantes, Jongin apareceu. Já estava pronto, com a coroa na cabeça e parecia nervoso. O oposto de sua irmã: o rapaz era muito sorridente, extrovertido e apesar de ser muito estudioso – já que um dia seria rei, em um futuro distante – gostava de um tempo pra se divertir, e quando o fazia, geralmente era com Sandara (filha de Taehyung e Yerin), com Chaerin (filha de Yoongi e Hoseok) e com Luhan (filho de Hyerin e Junmyeon, irmão mais novo de Jimin, mas que tinha sua idade). No entanto, naquele dia em especial Jongin parecia bastante nervoso.

- O que há, filho? Senta aqui, ainda temos tempo até que a cerimônia comece – Jimin disse e deu batidinhas na cama sinalizando para que o filho se sentasse. Jongin sorriu pequeno e fechou a porta atrás de si para então caminhar até os pais. – Pode começar.

- Estou com medo, sabe? Só tenho dezenove anos, não quero me casar agora...

- Hm, exatamente o que Somi disse – Jeongguk disse e Jongin acenou. Os dois irmãos eram polos opostos, mas eram muito próximos. Um sabia exatamente o que se passava na mente do outro. – Filho, nós só fizemos essa seleção tão cedo por conta do seu cio. Claro que não queremos te forçar à nada. Queremos que você veja tudo isso como chance de você encontrar as suas outras partes do quebra-cabeça, e isso pode facilitar e muito quando sua maturação finalmente acontecer. Sobre o casamento, você não tem que se casar assim que escolher seus parceiros ou parceiras... Seu pai e eu só nos casamos depois de quase seis anos que ele se veio pra cá como um selecionado. Quem vai escolher quando se casar é você.

- Por mais que sejamos seus pais, não queremos tomar decisões por você. Não vamos nos meter na sua vida amorosa de forma alguma, você escolhe com quem vai ficar, assim como escolhe quando vai se casar. Se você quer se casar com, sei lá, trinta anos, iremos apoiar sua decisão até o fim. Você não precisa ficar tão nervoso assim – Jimin concluiu e Jongin finalmente deu um sorriso mais alegre. – É desse sorriso que eu gosto!

- Sabe que... olhando pra vocês dois, parece que casar não é assim tão ruim – Jongin disse sorrindo. – Eu espero encontrar alguém que me faça tão feliz quanto vocês são... mesmo que estejam juntos a mais de vinte anos, parece que se apaixonam todos os dias. Espero ter o melhor casal de todos.

- Você tem razão, eu me apaixono pelo seu pai todos os dias – Jimin disse com os olhos brilhando e Jeongguk sorriu. – Mas... você não vai ter o melhor casal de todos, porque o melhor de todos somos seu pai e eu. Talvez você tenha de se contentar com o segundo melhor... – falou e levou um tapa na cabeça, vindo do seu ômega. – Ai.

Com Jongin agora mais calmo e risonho, os três deixaram o quarto e assim que desceram as escadas, o príncipe foi recebido com gritos e assobios pelos moradores do castelo.

- Tá bonitão hein, cara! – Junmyeon acenou e Jongin riu, balançando a cabeça pro lado e acolhendo Somi que havia lhe abraçado de lado. – Parece até que vai arranjar uns namorados.

- Talvez eu vá, depende da luz – Jongin disse sorrindo. – Cadê o Luhan? – perguntou o príncipe, olhando pra todos os lados. – Foi buscar a namorada dele?

- Uhum. Deve estar chegando agora – Hyerin disse e sorriu para o neto, que logo foi tomar sua posição diante dos cinquenta acentos que estariam ocupados em breve. Paralelamente, Jimin e Jeongguk foram até Yoongi e Hoseok, este último que brincava com os cabelos da filha.

- Animado pra “segunda temporada”? – Jeongguk disse sorrindo e Yoongi pareceu confuso. – É a segunda vez que você ajuda na organização da seleção. Não está feliz?

- Sim, claro que tô feliz. Feliz e com sono. O que vocês Reis tem na cabeça de fazer tudo de manhã? Nem sol tem lá fora ainda. Vocês existem pra me torturar.

- Dá pra parar com o drama, Gloss? – Hoseok disse rindo. – Ele tá feliz sim, viu? Mais feliz do que com sono.

- Do jeito que ele fala nem parece que foi dormir oito da noite. Que drama, pai – Chaerin disse sorrindo e Yoongi pareceu ferido.

- Até tu, Brutus, filha minha?

- Pessoal, melhor ficarem em seus lugares. Os selecionados já estão lá fora – Taemin, Coronel do Exército, ditou e Jeongguk e Jimin sorriram para o mesmo, se sentando em seus respectivos tronos.

- Puta que pariu, caralho, merda, porra – Jongin sussurrou de olhos fechados e sua irmã, que havia acabado de se sentar, fez uma careta.

Ah, claro. Família Real de Busan sem caretas não é Família Real de Busan.

- Nunca vi ninguém rezar desse jeito – Somi murmurou e Jongin lhe olhou meio em pânico.

- Não é hora de me fazer rir, pabo! – Jongin disse como quem prende o riso e sua irmã colocou a mão na boca pra reprimir o próprio.

- Desculpa, oppa – falou com os olhos marejando. Estava realmente se esforçando pra não rir. – Não se preocupa, tá? Se alguém pensar em te fazer mal aqui dentro, eu mando matar. Amo você.

- Também te amo, mas você me assusta.

As portas do castelo então se abriram e os selecionados entraram em fila. Somi sentia o nervosismo do irmão e tudo o que pôde fazer foi segurar sua mão direita para tentar lhe acalmar, enquanto que Jimin e Jeongguk os observavam, orgulhosos da relação que os filhos tinham. O alfa lúpus olhava para os selecionados como se estivesse se recordando de como era estar entre eles, com toda a ansiedade e o nervosismo presentes. Jurou sentir até mesmo a sua cicatriz na lombar dar algumas pontadas. Quando todos os selecionados se sentaram, os Reis se levantaram e vieram para frente.

- É uma honra ter vocês aqui – Jeongguk disse, com um olhar animado. Queria tentar animar ao menos um pouco todos aqueles homens e mulheres em sua frente. – Bom dia à todos. Estão cansados? – perguntou e ouviu um “sinto sono” de um dos selecionados que lhe fez gargalhar, assim como todos no salão. – Ah, eu realmente peço desculpas por isso! Você poderá dormir à vontade depois querido, me desculpe mesmo. Bem, pra introduzir essa jornada eu gostaria de, primeiramente, falar um pouco sobre mim. Eu imagino que todos vocês conheçam a minha trajetória com meu esposo, Park Jimin. Nós passamos por muitas coisas, enfrentamos muitas coisas e mesmo com a superproteção de meus pais, algumas coisas deram terrivelmente errado. Eu acho que nem preciso dizer que boa parte dessas coisas foi motivada por preconceito de castas, estou certo? Inclusive, imagino que vocês tenham prestado muita atenção nas regras dessa seleção. Meu esposo e eu temos projetos igualitários para Castas, para que elas sejam até mesmo extintas no futuro, mas todo passo deve ser tomado com cuidado. Mesmo que hoje, cerca de sessenta por cento das crianças da Casta Seis sejam alfabetizadas, por exemplo, sabemos que o preconceito ainda existe. Então, eu deixo bem claro, que preconceito contra castas resultará não apenas na expulsão do selecionado como também na prisão do mesmo. Vocês estão muito bem avisados. Seguindo essa regra, vocês estarão agindo da forma minimamente aceitável. E por fim – suspirou, desarmando o seu tom sério e sorrindo cordial. – Sejam todos muito bem vindos.

Jimin se levantou quando Jeongguk deu as costas aos selecionados, segurando a mão desde com leveza ao passar por ele. O alfa lúpus então suspirou, olhando para os selecionados de maneira até sonhadora.

- Alguém está totalmente desperto? – brincou, arrancando novas risadas dos selecionados. – Não tenho muita coisa à acrescentar, já que alguém aqui não sabe dividir discursos – falou olhando para Jeongguk, que lhe mostrou a língua. – Bom, eu sei o que vocês estão sentindo agora... Vocês sabem, eu já estive onde vocês estão agora. Eu tinha dezenove, quase vinte anos de idade na época, e tudo o que eu pensava no início era sobre conquistar Jeongguk, e esse foi um erro meu no início. Me recordo de algo que meu falecido sogro me disse certo dia: ao vencer essa seleção, eu não seria apenas o namorado do príncipe. Eu seria o futuro Rei. Eu espero que todos vocês estejam cientes do quão perigoso é estar aqui dentro. Por favor, levem essa seleção a sério. Isso não é apenas sobre namorar um nobre, mas sobre decidir que tipo de governo o povo de Busan terá no futuro, e essa é uma responsabilidade imensa. E claro, antes que eu me esqueça... respeitem Jongin. E aqui novamente repito uma fala do meu sogro. Não estou fazendo esse pedido como rei, e sim como pai. E claro, porque minha caçula é assustadora e é bem próxima de Jongin – disse e os selecionados riram quando Somi fez uma falsa careta intimidadora. – Sejam muito bem vindos, a casa é de vocês.

Jimin deixou a posse do discurso para Yoongi, que iria relembrar as regras e chamar os selecionados para os seus respectivos quartos. Ele usou o mesmo método da primeira seleção, com um discurso animado e até meio desajeitado, para que os “convidados” fossem se soltando. Naquele momento, Jeongguk deu risinho afetado que chamou a atenção de seu esposo.

- O que foi, jagi? – Jimin perguntou, tocando a mão direita do marido, que lhe olhou com um ar meio zombeteiro.

- Jimin-ah, eu acho que estou tendo um déjà-vu – disse e então se aproximou do alfa para sussurrar, já que seria problemático se ouvissem. – Jongin... Jongin está com os olhos cor de caramelo.

O mais novo arregalou os olhos e discretamente olhou para seu filho, que de fato tinha os olhos em tom mais claro, mas não parecia ter notado. Os Reis então olharam para os selecionados, tentando encontrar alguém com os olhos diferentes entre eles e ainda que não devesse ficar surpreso, Jimin não deixou de se espantar ao ver uma garota com os olhos em um tom cinzento.

- Eu acho que vou parar de procurar. Estou tendo spoilers demais – Jimin disse colocando as mãos nos olhos e Jeongguk riu.

- Estou vendo um garoto com olhos verdes translúcidos, Jimin-ah! – Jeongguk disse em um sussurro enquanto dava risada e Jimin ofegou.

- G-G-Garoto???? – perguntou chocado. – Então ele já teve os dois imprintings logo de cara! Spoiler!

- Quieto, alfa! – pediu o mais velho escondendo o rosto entre as mãos e se recompondo ao ver que o primeiro selecionado se aproximava para pegar o par do seu quarto. Em alguns minutos, a cerimônia do início da seleção havia finalmente acabado.



O gabinete dos Reis tinha uma prateleira repleta de fotografias. Na mais de baixo, eram fotos de Jeongguk quando criança, na maioria das vezes acompanhado por Yerin ou Taehyung – separadamente. À medida que iam subindo os “degraus”, o ômega lúpus ficava mais velho, e na prateleira do meio já haviam algumas fotos com Jimin, como a do dia em que o mais novo havia ido para Daegu pela primeira vez, quando viajaram para a coroação de Taecyeon como Príncipe. Ali, já apareciam fotos de Jeongguk com uma barriga avantajada, momentos dele segurando Jongin e então, fotos do casamento. A cerimônia foi gigante, até mesmo a princesa Taeyeon de Seul se aventurou a participar, trocando farpas com o Jeon na frente de Jimin, que apenas sorria disfarçadamente.

Olhando para os retratos, o Park conseguia notar que Jeongguk praticamente não envelheceu, já tinha quarenta e seis anos de idade mas o seu rosto havia travado nos trinta. E foi algum tempo depois de atingir a terceira década que o ômega descobrira Somi. Jimin ainda se lembrava tranquilamente do quão feliz ficou ao saber que teria mais uma filha, e ainda mais que seu esposo não sofreria como sofreu com a gravidez de Jongin. O nascimento de Somi foi tranquilo, e a saúde do ômega lúpus não ficou debilitada durante a gestação.

Jeongguk assistia seu esposo enquanto este olhava para a prateleira, atenciosamente. Devagar o ômega foi se aproximando, até que pudesse abraçar Jimin por trás, como sempre costumava fazer, e o alfa sorriu sentindo o calor do parceiro.

- Eu não tinha notado que a Taeyeon havia saído na nossa foto de casamento – falou meio áspero, arrancando um risinho do mais novo.

- Meio que todos os convidados saíram na foto, amor – rebateu, acariciando as mãos do ômega que estavam entrelaçadas sobre sua barriga.

- Eu não convidei a Taeyeon... e ela começou a dar em cima de você quando descobriu que você também se relacionava com mulheres antes de ficarmos juntos! Maldita!

- Eu não retribuí as investidas dela, hyung! E outra, seria deselegante mandar ela embora. A viagem de Seul a Busan é longa... e ela era a futura rainha, né.

- Você está defendendo ela, Park Jimin? – Jeongguk perguntou com o timbre lúpus. Jimin riu.

- Não diga o meu nome todo... parece que você quer arrancar minhas bolas.

- Daqui alguns anos, quando você não conseguir mais transar comigo, talvez eu considere o caso – falou e Jimin gargalhou. Jeongguk sorriu e se manteve em silêncio por algum tempo. Os dois continuaram abraçados e depois de alguns instantes, o ômega voltou a falar. – Jimin-ah... Você acha que deveríamos ter tido mais filhos?

De todos os pais que eram amigos de Jimin e Jeongguk, Yoongi e Hoseok eram os únicos com apenas uma filha: Chaerin. Os Reis de Busan tinham Jongin e Somi, Taehyung e Yerin tinham Sandara, Taehyun, Joohyun e Eunha, Seulgi e Chanyeol tinham Yeonjun e Yeji. O Park sabia que inicialmente, haviam planejado ter mais do que somente dois filhos, no entanto, as obrigações com o Reino não lhe permitiam mais a pausa necessária para uma gestação. Não havia mais Kunpimook e Yugyeom ali para ajudá-los naquilo.

- Bom, você já está fora da idade fértil, seus cios estão acontecendo com cada vez menos frequência, se você engravidasse agora seria perigoso – Jimin ponderou, suspirando. – Mas, ainda assim, acho que adotar não seria difícil pra gente. Quantos mais você quer? Dois? Três? Podemos visitar um centro de adoção... tem um exclusivo para crianças de Casta Sete que foram abandonadas.

Os olhos de Jeongguk brilharam tanto que pareciam estar marejados, mas não havia nada além de alegria em seus olhos.

- Sério? – perguntou, soltando Jimin e indo até sua frente. O alfa se sentiu contagiado pela alegria do mais velho. – Você não acha que tem problema?

- Por que teria? Eu também quero ter filhos. E você parece tão feliz... nem se eu discordasse de você, não poderia negar – falou, segurando o rosto de Jeongguk com as duas mãos e se inclinando para beijar sua testa. – Quando você quiser, podemos visitar esse centro de adoção que te falei. Mas acho que é melhor deixarmos algumas roupas compradas, dependendo do quanto você quer adotar... o que você acha? – perguntou entusiasmado. O Jeon não pode evitar o sorriso, levando a mão direita até o rosto de Jimin e acariciou ali, vendo toda a sua história com o alfa passar diante dos seus olhos.

Aquele alfa havia entrado a seleção para conseguir o coração do príncipe, mas a questão é que no fim das contas, Jeongguk é quem se sentia sortudo em ter o coração daquele homem. Selando os lábios do mesmo com leveza, o Rei ômega abriu o sorriso mais sincero de todos.

- É um excelente começo... Vossa Majestade.


Histórias de amor verdadeiro não possuem “FIM”,

E sim um eterno “RECOMEÇO”



Notas Finais


[FATOS NÃO ESPECIFICADOS NA HISTÓRIA]


- Junmyeon e Hyerin adotaram Luhan quando ele tinha só dois meses de nascimento. A idade dele ao fim da fanfic é de dezenove anos.

- Chaerin é quase um ano mais nova que Jongin. Ela tem dezoito anos e é a única filha do Yoongi com o Hoseok.

- As idades dos filhos do Taehyung com a Yerin são: Dezenove (Sandara), dezessete (Taehyun e Joohyun) e treze (Eunha). Jisoo, filha do Taecyeon e da Solji, já tem vinte e quatro.

- Yugyeom morreu, ironicamente, de pneumonia (mesma doença que matou Jihoo, pai do Jimin). Ele não pôde ser salvo porque os sintomas foram silenciosos e quando descoberto, já era tarde.

- A idade atual do Kunpimook é de sessenta e três anos.

- Os filhos de Chanyeol e Seulgi têm dezessete anos.

- Henry e Jimin conseguiram dar um golpe militar em Zhengzhou cinco anos depois do Park ser coroado como rei. Então, com o pai fora do poder, Henry e Lia se tornaram a autoridade máxima em seu reino e usaram de seu poder para quebrar as correntes da ditadura que o lugar vivia. Henry fez questão de adicionar o brasão de Busan no canto da bandeira do reino.

- Jimin e Jeongguk adotaram três crianças: Chaeyoung, Gikwang e Nayeon, sendo as meninas com cinco anos de idade e o menino com três. Nayeon é uma ômega lúpus.

- A garota que teve imprinting com Jongin logo no início da seleção é uma ômega recessiva chamada Jennie. O outro selecionado que também teve o imprinting com o príncipe é Do Kyungsoo, um alfa lúpus.

_______________________________________________

QUE PUTA JORNADA, MEU POVO!

Casta 6 não vai ter uma segunda temporada, mas talvez eu faça um capítulo mostrando o cio do Jongin. Tem muita coisa pra explicar sobre um gama durante o cio, afinal... Se eu o fizer, não sei se vai ser um capítulo bônus ou simplesmente uma One-Shot avulsa.

Enfim, aguardemos!

Hoje, fazem dois anos que postei o prólogo dessa fanfic. "Casar não é lucrativo" mostrou uma família real bem fora do padrão, desde sub-conselheiro trocando farpas com o Coronel do Exército, até um príncipe chamando o seu pai de "Patão" em meio à várias caretas desnecessárias. E então, o enredo se desenrolou em paixões, discussões, tragédias inevitáveis e se tornou o que é agora.

É impossível eu falar de Casta 6 sem falar do quanto essa história me mudou. Eu, sem perceber, aprendi com o Jimin que não dá pra ser bonzinho o tempo todo. Não dá pra simplesmente fechar os olhos diante de certas coisas e esperar que o tempo faça o trabalho sujo por nós. Casta 6 me salvou em dias de crise, me fez sorrir enquanto eu lia alguns comentários, me animou. E, se depois de certas coisas, ainda assim eu consegui recuperar meu amor em escrever e querer trazer mais longfics pra esse site, é graças à vocês.

Bruna (@wgyukhei), Amandinha (@PETIKOO_), Luke (@jimirn), Lara (@shippernamjin), Lu (@ChoiLulo), e a todo mundo que acompanhou essa história, mesmo que não tenha comentado ou favoritado, obrigada. Do fundo do meu coração.. encerrar essa estória só é tão difícil porque desde o início, vocês fizeram com que eu me sentisse realmente amada. Vocês fizeram com que eu me esquecesse da dor que eu costumo ter constantemente nos pulsos por conta dos vários problemas que tenho, porque quando eu me lembrava dos comentários que eu recebia com essa história, escrever se tornava ainda mais divertido. Passamos por muita coisa, e é hora de encerrar esse ciclo, correto?

Obrigada por tudo. Eu amo vocês, de verdade. Foi uma honra escrever essa fanfic e mostrá-la pra vocês.

Espero ver ao menos alguns de vocês nas minhas próximas estórias, já que sendo ou não em longfics, não pretendo deixar a escrita de lado tão cedo.

Até breve. Se cuidem ❤️ XOXO


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