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História Castelo de Vidro - Chapter XVI


Escrita por: Shiniz

Notas do Autor


AEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEWWWWW SAIUUUUUUUUUUU SAIUUUUUU!!!!
Gente, mas que parto foi esse D: pensem em um capítulo que me deu trabalho D:
MAS ENFIM!!!! Saiu u.u

E me desculpem por uma história looooonga de Suga e Jimin. A forma como narrei... tenho medo de parecer cansativo pela falta de diálogos, mas senti que tinha que ser assim ^^

E fiz um cap bem grandinho pra compensar semana passada XD agora deixa eu postar logo que já vou começar o próximo aqui o/

BOA LEITURA !!!!!

Capítulo 17 - Chapter XVI



 

O pequeno grupo continuou seguindo na direção que os ventos os guiavam e apesar dos dois semideuses de Apas estarem animados para rever um dos templos mais exóticos já feito, também estavam confusos com a localização dele.

Jin e Ken sabiam que o templo de Vayu ficava no atual Oriente Médio, mas depois de três mil anos sem pisarem ali, não sabiam dizer exatamente onde o templo ficava. Os ventos iam ficando mais fortes a medida que eles caminhavam, no entanto, nenhum deles conseguia ver as enormes torres que já deveriam aparecer ao menos no horizonte daqueles morros.

— Será que foi tudo destruído no Período Sombrio? — Ken questionava ao amigo que ainda olhava ao redor.

— Talvez… — Jin respondeu um pouco preocupado. — Se for levar em consideração que aqui foi o palco principal daquela tragédia, não seria de se estranhar que o templo tenha virado ruína.

— Mas se estamos sentindo os ventos, então significa que o templo ainda existe, certo? — Taehyung entrou na conversa.

— Sim. Vamos procurar mais um pouco.

— Ventos? Mas que ventos são esses que vocês tanto dizem sen- — Antes de terminar de falar, J-Hope e os outros viram enormes torres surgirem do nada bem a sua frente. Era como se eles tivessem passado por um portal invisível que os levou a outra dimensão. — Nossa…

Os semideuses souberam na hora que os divinos de Vayu haviam escondido o templo com magia. Nenhum mortal ou vampiro podia enxergá-lo, apenas aqueles dois que estavam envoltos por magia também. E a medida que se aproximavam, mais tinham certeza do quanto a guerra afetou aquele lugar.

Jin e Ken lembraram da longa noite que caiu sobre o mundo. Dos vampiros invadindo os domínios de Vayu, destruindo toda a cidade de Babel, atacando os humanos, transformando alguns em criaturas também, dizendo que aquela era a nova forma de se tornarem semideuses.

Naquela época, Jimin foi adorado como um deus. Seu poder era compartilhado através de seu sangue e todos os seus descendentes podiam fazer o mesmo. Muitos humanos compadeceram de sua causa por isso. Todos queriam ser divindades.

E como Vayu foi o primeiro a sentir tamanha presença maligna em uma parte da Terra, e o primeiro a declarar extermínio a todos aqueles seres, Akasha não o perdoou.

 

-----§§§-----

 

Os dois semideuses de Apas se aproximaram da única construção que ainda tinha uma entrada, pois as outras torres estavam bastante destruídas e tomadas pela vegetação. O templo parecia abandonado. Nem mesmo os extensos jardins que Vayu tanto adorava existiam mais. Nenhum ser vivo também.

— Vamos voltar… — O semideus de Tejas pediu. Ele não gostava da sensação que o lugar o passava. — Não tem nada por aqui além de ruínas.

— Esse lugar deve ter bastante tesouro esquecido. — J-Hope sorriu, acabando por ganhar um olhar de reprovação do semideus ao seu lado. — Estou só brincando, calma.

— Apesar de não parecer, aqui já foi um lugar sagrado. Por favor tenha mais respeito. — Taehyung olhou estreito para o mercenário que apenas levantou as mãos se rendendo.

— Mas o que esses dois tanto querem aqui? — Jungkook já estava se irritando de novo. — Não temos que ir ao tal templo de Apas?

— Era o que eu também pensava. — disse Taehyung em um suspiro.

— Vocês deveriam parar de reclamar! — Jin gritou aos mais distantes. — Não estão vendo que estamos em um lugar histórico? Pensei que ao menos você fosse gostar, semideus V.

— Não que eu não estivesse curioso em relação ao templo de Vayu, mas sinto como se não fosse pra gente estar aqui. — Taehyung respondeu.

— Deixa disso, fogo. — Jin deu de ombros, continuando a se aproximar da entrada do antigo templo. — Vamos ver o que restou do lar de nossos antigos parentes. — Analisou a alta estrutura da construção principal. Lembrava vagamente de como era aquele templo e pensava para onde todos dali teriam ido.

— Com certeza os semideuses de Vayu foram morar em outro lugar — Ken olhou para o que restou da torre. Ele lembrava dela ser bem maior. Seu topo quase tocava as nuvens e por muitos anos foi considerada a maior construção já feita no planeta. Agora havia apenas sua metade de pé. O semideus foi em direção as grandes portas de madeira, forçando-as um pouco para que abrissem. — Mas se preservaram a segurança do templo, deve haver algum mo- — Parou de falar assim que as portas foram abertas, pois uma rajada forte de vento o empurrou para fora, arremessando-o para junto dos outros.

— O que foi isso? — Jungkook deu um passo para trás já puxando a espada.

— Não, espere. — Jin levantou a mão em direção a Jungkook enquanto observava a entrada do templo. — Para nos dar uma recepção dessas só pode ser uma pessoa. Não é… Arkaan?

Jin gritou e no mesmo instante os ventos pararam. E por entre as portas surgiu a figura de um garoto de olhos prateados com uma feição de poucos amigos.

— O que estão fazendo aqui? — O conhecido por Arkaan gritou aos demais. — Vão embora!

— Mas que garoto mais sem educação. É assim que recebe seus velhos amigos? — Jin fez um bico. — Vayu não lhe ensinou bons modos?

— Vayu me ensinou muito, mas o que vocês estão fazendo aqui? Perderam o juízo?

— Ora! Nós só sentimos os ventos e viemos pra cá. — Ken falou.

— Sim. E estranhamos isso, pois achávamos que a cidade estava deserta. — Jin completou.

— Ela está deserta. — Arkaan abriu os braços indicando tudo aquilo que o pequeno grupo já tinha visto. — E vocês não podem ficar aqui. Não podemos nos encontrar com outros divinos.

— Sabemos disso, mas a situação é outra no momento. — Jin tentou explicar, mas o garoto de etnia árabe estava bastante desconfortável com a situação.

— Quem é aquele garoto? — Jungkook perguntou a Taehyung.

— Mais um semideus. É o Arkaan do templo de Vayu. O mais jovem entre todos nós.

— Eu pensei que você fosse o mais jovem — Jungkook ficou um pouco confuso.

— Em tempo de vida, sim. Agora, em relação a idade que tínhamos quando recebemos nossos Tattwas, não. Ele foi o único que conseguiu se tornar um semideus antes dos cem anos. Mas ele já deve ter a mesma idade que Jin e Ken agora.

— Hã? E com quantos anos vocês costumam se tornar essas divindades? — J-Hope acabou escutando a conversa.

— Trezentos ou quatrocentos anos. — Taehyung respondeu.

— O quê?! — J-Hope se espantou. — E desde quando humanos vivem por tanto tempo? Quer dizer… Você foi um humano até os trezentos anos?

— Ah… — Taehyung torceu um pouco a boca. Ele não gostava quando o mercenário se tornava curioso demais sobre os semideuses. — Mais ou menos. Recebi meu Tattwa quando tinha Trezentos e dois. — Encarou o mercenário que não conseguia entendê-lo direito. — Quando um humano está no processo de se tornar um semideus, os deuses permitem a ele uma vida-longa até que esteja preparado para receber um Tattwa.

— Então você já foi um velho de trezentos anos?

— Os que estão destinados a seres semideuses jamais envelhecem. Tenho esta aparência desde que tinha vinte e dois anos.

— Nossa… — J-Hope sorriu. — Mais uma bela função.

Taehyung ficou sério de novo e antes de voltar a falar, percebeu que os outros três semideuses conversavam mais próximo.

— Jin, Ken, estou feliz por vê-los, mas eu não quero confusões — dizia Arkaan. — Vocês e os semideuses de Tejas precisam sair daqui. A proteção do templo ajuda a anular nossas presenças, mas ainda é importante que Akasha não saiba que nos encontramos.

— Semideuses de Tejas? — Jin levantou uma sobrancelha. — É apenas um, o V. Os outros dois ali são o Jungkook e… qual mesmo o nome do outro humano?

— Humano? Jungkook? — Arkaan acabou encarando os três que estavam mais afastados.

— Sim. Eles passaram pela proteção da magia de Vayu sem nenhum problema. Achei estranho isso. — Jin falava.

— Mas eu senti duas presenças de Tejas e três de Apas… — Arkaan estava confuso.

— Deve ser porque um deles está selado pelo V e o outro tem parte dos poderes de Mariah. — Ken explicou. — O que não deixa de ser um tipo de selamento também.

— Um deles foi selado por Mariah?

— Sim. E estamos seguindo para Bora Bora para levá-lo. Apas necessita vê-lo por alguma razão muito importante.

— Maldição… — Arkaan balbuciou, levando uma das mãos aos cabelos também prateados. — Está começando…

— Uma nova transição no planeta? É, sabemos. — Jin deu de ombros. — Só não sabemos o quão ruim poderá ser dessa vez.

Arkaan se afastou dos dois de Apas e se aproximou dos outros. Seu olhar estava fixo em Jungkook, e o caçador não gostava nem um pouco dele.

— O que foi? — Jungkook perguntou desconfiado. Ele ainda segurava a espada como se pudesse assustar algum daqueles semideuses.

— Olhos azuis… Vayu estava certo…

— Certo sobre mim?

— “O cavaleiro de olhos azuis encontrará o caminho para o templo perdido.” — Recitava uma das falas que ouvia seu deus mencionar pelos corredores destruídos do templo. — “E uma nova guerra contra Akasha e os seres da noite começará.”

— O quê? — Jungkook sentiu o coração acelerar ao ouvir aquilo. Suas mãos suaram e ele apenas olhou para os outros semideuses.

No entanto, Arkaan apenas abaixou o olhar e soltou um longo suspiro.

— Venham… — O garoto começou a caminhar de volta para a entrada de seu templo. — Agora eu preciso mantê-los seguros até que Vayu retorne.

— Vayu? Retornar? — Os três semideuses falaram ao mesmo tempo.

— Sim. — Arkaan olhou para trás. — Quando um deus morre, ele dá o coração a outro ser para que este se transforme em um deus.

A frase acabou ecoando na cabeça de Jungkook.

— Mas isso não foi permitido apenas para o deus Prithivi? — Taehyung questionou.

— Não.

Todos ali se entreolharam desconfiados e curiosos. Já Jungkook ficou mais nervoso que os outros. Tudo estava mesmo girando em torno de si e ele não fazia a menor ideia do porquê. O que ele apenas queria era sua vingança, ela era tudo que o mantinha em pé, pois já não tinha mais nada em que se apoiar. Talvez os poucos sorrisos e agradecimentos que recebeu em sua jornada o tenham impulsionado a sempre seguir adiante, contudo, a cada dia que passava Jungkook se via em meio a uma enorme teia que o prendia e o sufocava. Alé de começar a deixá-lo com medo.

 

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Entraram na ruína que era o templo dos ventos e encontraram seu interior bem mais conservado do que o lado de fora. Mesmo que as rachaduras ou pilares destruídos ainda fossem uma marca do lugar.

Seguiram o jovem de Vayu e pararam ao centro do templo. Observaram que haviam inúmeros andares a cima, porém, nenhuma escada.

— Como vocês sobem? — J-Hope perguntou enquanto analisava cada canto daquele lugar. Decorando-o bem.

— Hmm… — Arkaan olhou de canto para o mercenário. — Espero que não tenham medo de altura. — Ao terminar de falar, uma forte ventania preencheu todo o local e levitou a todos até um dos andares mais altos que sobrou na construção. O antigo aposento de Vayu.

Ali, eles se depararam com uma sala tão larga quanto o hall de entrada do templo. Haviam vários objetos cobertos por tecidos brancos que podiam notar pelo formato de que se tratavam de quadros. Muitos deles.

— Nossa… — Jin tomou a frente já olhando para aquela imensidão branca. — Não sabia que Vayu gostava tanto assim de arte. Que obras se escondem aqui? — perguntou divertido levantando um dos tecidos grossos que estavam por cima de uma das telas. E seu sorriso morreu no mesmo instante que se deparou com a pintura ali. — I-isso…

— O que tem aí, Jin? — Ken se aproximou do amigo quando percebeu a expressão contorcida deste. — Como isso é possível? — assustou-se ao também encarar a pintura, deixando os demais preocupados.

Jungkook e os outros também chegaram perto e ao baterem os olhos na tela, sentiram um frio percorrer em seus corpos.

A pintura na tela era exatamente aquele pequeno grupo de semideuses e humanos.

— É como se estivéssemos vendo um espelho. — disse Taehyung olhando a forma como o deus os havia pintado.

A visão da tela vinha de cima e pegava as costas de todos. Na tela eles estavam parados do mesmo modo, com as mesmas vestes, observando outra tela em que estavam retratados da mesma forma. Como se estivessem em um reflexo infinito.

Taehyung virou para o garoto de Vayu que se mantinha mais afastado.

— Quem pintou isso, Arkaan?

— Vayu. Ou melhor, o novo Vayu. Sempre que ele tem visões, ele pinta uma tela.

— Ele tem visões assim como Mariah tinha? — Jin perguntou.

— Não exatamente. Vayu não sabe interpretar o que vê, por isso apenas faz essas telas para tentar compreendê-las. — Arkaan Respondeu.

— E quando exatamente ele pintou isso? — Jin também perguntou.

— Hmm… pouco menos de trinta anos.

— Está brincando? — o mercenário sorriu nervoso. — Quer dizer que, há quase trinta aos, alguém já sabia dos meus passos?

— De certa forma, sim. Ele sabia. — Arkaan respondeu tranquilo. — Eu nunca vi muitos desses quadros, afinal Vayu não permitia, mas direto havia um ser de olhos azuis e espada na mão. — Olhou para o caçador que estava sério. — E agora você está aqui.

— Estão controlando a minha vida por acaso? — Jungkook estreitou o olhar para o garoto semideus.

— Ninguém controla a vida de um humano.

— Não é o que está parecendo. — Jungkook encarou a todos naquela sala. — Estão atrás de mim por alguma razão.

— Então nesses quadros podem haver mais respostas. — J-Hope falou, dando a entender que o outro tirasse todos aqueles tecidos que escondiam as pinturas.

— Bom… — Arkaan se afastou um pouco e foi para o fundo da sala. — Eu sei que Vayu organizou seus quadros a medida que os pintava. Para ele, existia uma ordem cronológica nisso, mas não estava muito certo. Agora que vocês estão aqui, talvez possamos entender melhor a linha de tempo dessas pinturas. — O garoto puxou outro tecido, levantando uma bastante poeira no processo. — Acho que tudo começa aqui…

Jungkook se aproximou novamente e deixou o queixo cair ao notar que naquela tela estava retratada sua mãe. Ela segurava no colo uma criança com o rosto desfigurado, era possível apenas ver seus olhos, e eles brilhavam intensamente em azul. E mesmo assim, o caçador sabia que aquela era o dia de seu nascimento. Os demais detalhes batiam com as histórias que ela o contava na infância.

— Eu não posso acreditar nisso… — Jungkook paralisou em frente a tela, e enquanto a observava podia escutar os outros tirarem os panos de cima das demais telas.

— Olha isso! — Jin falou ao ver retratado o momento que encontrou Jungkook na França.

— Até o Akasha aparece nessa tela. — Disse Ken vendo outra.

— Aqui foi logo depois que conheci Jungkook. — Taehyung falou.

— Em todas as pinturas sempre aparece esse metido é? — J-Hope fez uma careta quando retirou o tecido de mais dois quadros. No primeiro acabou se deparando com o dia em que conheceu Jungkook e Taehyung. No outro, o dia em que se encontraram com Jimin em Nimes. — Bom, pelo menos eu faço parte da história desse mundo. Retratado por um próprio deus.

— Mas tirando o primeiro quadro que vimos, por que em todos os outros o rosto do Jungkook está sempre sem forma? — Taehyung perguntou, olhando para mais imagens. — É como se Vayu não soubesse a feição dele.

— Ele nunca soube. — Arkaan falou. — Vayu vivia me contando que haviam rostos demais na figura do cavaleiro de olhos azuis. Que ele podia ser qualquer um.

— “Ser qualquer um”? — Jungkook olhou para o garoto semideus. — Mas ele pintou a minha mãe e vários outros momentos da minha vida. Como ele não sabia como eu era?

— Eu não sei. Só digo o que me foi dito.

— Então você também não sabe o motivo de tudo isso? — Jungkook olhou para aquela sala. — Nem mesmo um deus com visões sabe dizer o que eu sou?

— Talvez ele saiba agora. Afinal ele o pintou perfeitamente neste quadro. — Apontou para o primeiro que todos haviam visto.

— E onde está o seu deus para me responder?

— Vayu saiu hoje mais cedo. E isso também é estranho, pois tinha quase quinhentos anos que ele não saía daqui.

Jungkook passou a mão na cabeça já se mostrando bastante inquieto. Passou os olhos por todas aquelas telas ainda cobertas e imaginou o que mais teria sido retratado por ali. E então começou a reparar na ordem que Arkaan os havia colocado. Se havia um início para as pinturas, então também teria um final. E foi com esse pensando que viu o provável último quadro ainda coberto.

O caçador caminhou até o fundo do salão e todos olhavam para si.

— Se tudo o que ele pintou aqui já aconteceu ou está acontecendo… — Jungkook falava. — Então significa que ele sabe como essa maluquice termina.

— Jungkook! — Taehyung correu na direção do outro. — Não está pensando em…

— Em ver o que vem pela frente? — levantou uma sobrancelha dando de ombros ao semideus. — Claro que sim.

— Mas e se o que você ver…

— Não for algo que o agrade? — J-Hope completou a frase de Taehyung, ganhando a atenção do dono dos brilhosos olhos azuis.

— E o que mais poderia me surpreender? — Jungkook voltou a encarar o fundo daquela sala. — Não foi preciso viver mil anos pra ver mais do que devia. Pelo menos agora poderei ter noção do que está por vir.

— Sim, mas… — Taehyung estava ficando nervoso.

— Sem conversa. — Jungkook interrompeu o semideus que estava ficando nervoso. — Vayu pintou um futuro que ainda não aconteceu. E se não aconteceu, sendo bom ou ruim, a partir de agora estará sujeito a mudanças. — Terminou de falar já puxando o leve tecido branco, e quando ele caiu no chão, a expressão do caçador foi de confusão. Na tela não havia nada demais, apenas ele mesmo olhando para algum lugar alto. Seu rosto continuava desfigurado, mas seus olhos representavam bem o espanto. E ao redor dele, podia reparar que estava no templo de Vayu. — Mas isso… — piscou algumas vezes. — Isso é agora?

Jungkook olhou para os lados tentando encontrar alguma coisa que pudesse fazê-lo ficar igual como estava na pintura. Foi nesse momento que ele olhou para o teto que era bastante alto. E ali havia uma pintura gigantesca. As cores fortes e as imagens retratadas mexiam tanto com a cabeça de Jungkook que ele nem ao menos conseguia piscar.

— Pelos deuses… — Taehyung levou as mãos à boca quanto também olhou para cima. E todos ficaram em silêncio.

Naquela pintura, Jungkook podia se ver perfeitamente nela. Seu rosto estava normal em uma expressão fechada e ao seu lado… estava Jimin.

Taehyung observou o caçador que começava a caminhar pelo salão sem tirar os olhos do teto, querendo saber o que se passava em sua cabeça no momento.

— Jungkook?

— Não. — Levantou a mão para que o semideus se calasse. Jungkook queria entender aquilo que parecia impossível de ser explicado.

Jimin e ele estavam banhados de sangue. Haviam chamas que circulavam seus corpos e tudo em volta e seus olhos estavam foram pintados de um vermelho intenso. Notou ao canto da pintura J-Hope e Taehyung. O semideus estava ajoelhado com o mercenário nos braços, e os corpos dos dois também foram manchados por aquela tinta vermelha vibrante. A face do mercenário claramente representava a morte enquanto Taehyung parecia sofrer muito com aquela perda.

Naquele momento o semideus e o mercenário se entreolharam. Tentavam descobrir apenas por aquele contanto visual o que teria acontecido na cena retratada por Vayu. Taehyung sentia seu peito doer por imaginar segurar o corpo morto de J-Hope daquela forma. Era triste demais.

Jungkook tentava reparar em cada cantinho da pintura, podendo ver do outro lado os dois semideuses de Apas juntos de muitos outros estranhos. E estavam todos mortos. Haviam pinturas de corpos por todos os lados e o fogo os consumia. E a imagem era tão real e tão viva que ainda dava para ver a tinta escorrer pelos cantos das paredes. O que deixava Arkaan confuso. Ele só podia crer que Vayu terminou aquela obra e saiu do templo por alguma razão.

— Namjoon… — Sussurrou aquele nome sem que os outros pudessem ouvir. Desviou o olhar para o chão e tentou pensar no que estava acontecendo. Reparando em seguida em algumas telas novas que ainda estavam no chão, encostadas na parede e viradas para trás. E também havia tinta escorrendo por elas.

Enquanto isso, Jungkook apertava os punhos sem entender nada, porém, o que mais o chocava era o fato dele estar junto a Jimin, um olhando para o outro enquanto o resto do mundo queimava. Nisso acabou por notar um ponto brilhoso acima de tudo aquilo. Era um ponto dourado em meio ao céu escuro e cheio de estrelas. E sem dúvida aquele seria Akasha.

— A gente vai morrer? — Ken foi o primeiro a falar depois de alguns minutos em transe. — Jin? Jin, a gente vai morrer?

O outro semideus de Apas não respondeu nada. Não sabia o que pensar no momento.

— Porcaria! — Ken virou para o semideus de Vayu e se aproximou preocupado. — Ei Arkaan, o que isso significa? Não me diga que Vayu viu a vitória de Akasha sobre todos nós.

— Eu não sei explicar essa pintura, até ontem ela não estava aí. — Arkaan respondeu. — Estou tão surpreso quanto vocês.

— S-se ele pintou tudo o que de fato já aconteceu… — Taehyung começou a falar receoso. Não conseguia tirar os olhos daquelas cenas tristes e assustadoras. — Então… I-isso…

— Não. — Jungkook falou baixinho ganhando a atenção de todos. — Isso não pode ser o meu destino. Estar ao lado desse… vampiro. Eu não vou me tornar a mesma coisa que ele. — seu tom de voz ia aumentando a cada palavra.

— Acha que você se tornará um vampiro? — Taehyung perguntou.

— Os meus olhos… — Jungkook só conseguia olhar para aquilo agora. O vermelho intenso que estava neles.

De repente, todos sentiram a estrutura do templo começar a tremer. Olharam uns para os outros e o medo tomou conta do ambiente. Os céus ficaram escuros e ninguém conseguiu pensar em mais nada.

— Ken! — Jin foi para perto do parceiro de elemento e segurou sua mão. Eles precisavam estar prontos para uma nova batalha.

J-Hope também acabou se aproximando de Taehyung, deixando-o ainda mais preocupado.

Já Jungkook respirou fundo ao sentir o chão tremer ainda mais forte. Sua raiva estava tomando conta de seu corpo. E sem pensar duas vezes, correu para o outro lado do salão onde tinha a abertura para o que teria sido um jardim suspenso dali. Ele olhou para o céu escuro e esperou pelo que poderia surgir por entre as nuvens.

Arkaan também correu atrás do caçador, reparando que o piso abaixo dos pés dele ganhava algumas rachaduras finas. E a medida que se aproximava dele, os tremores ficavam mais fortes. E por mais que a preocupação de todos o tivesse deixado em alerta, Arkaan sabia que não teria como Akasha invadir sua proteção mágica. Não daquela forma.

— Não é o Akasha. — O garoto falou, sentindo os tremores diminuírem mais.

— Quê? — Jungkook ficou confuso.

— É o Namjoon! — O garoto sorriu já acenando para o brilho que prateado que surgiu no céu. — Ele voltou!

— Namjoon? — Jin levantou uma sobrancelha já saindo junto aos outros do salão das artes. — Por acaso o Namjoon…

— Oh! Eu ainda não me acostumei a chamá-lo apenas de Vayu. — Disse Arkaan. — Mas sim, é o Namjoon. Lembra dele?

Assim que Jungkook notou que o ser que descia do céu não se tratava mesmo de Akasha, pode respirar mais aliviado. E só assim para que os tremores parassem de vez. O que fez Taehyung o olhar desconfiado.

— Mas… Quem é aquele? — Arkaan estreitou o olhar tentando reconhecer a figura de preto que vinha junto ao seu deus.

Mas apenas Jungkook pode responder algo daquela vez.

— É o Jimin.

Em pouco tempo Namjoon pousou frente a todos e soltou o vampiro que ficou parado ao seu lado. Apenas o barulho do vento voltando ao normal era ouvido no momento. E aos poucos, a escuridão no céu ia se dissipando.

— Seja bem-vindo de volta, Vayu. — Arkaan falou, fazendo uma ligeira reverência com o corpo. — Estranhei sua ausência mais cedo.

— Viu a pintura, não viu? — Namjoon perguntou, novamente causando um desconforto no pequeno grupo.

— Ah… a nova no teto? Sim.

— Eu tenho todas as respostas agora. — O deus passou os olhos prateados em todos que estavam ali, parando-os em Jungkook. — Ou boa parte delas.

— Então… — Arkaan tentou formular alguma pergunta, mas não teve tempo para fazê-la. Namjoon se afastou de Jimin e parou bem em frente ao caçador que tentou se manter firme. Apertando mais a espada na mão.

— Obrigado por ter me incluído em seus planos. — Namjoon começou a falar. — Farei o que for possível para ajudá-lo a vencer desta vez.

— Quê? — Jungkook não estava gostando daquela conversa. Muito menos do olhar de Jimin para si no momento.

— Seja bem-vindo de volta, meu senhor. Desculpe por demorar a vê-lo e entender tudo.

— Mas do que você está falando? — Jungkook perguntou. — E por que ele está aqui? — Apontou para Jimin que continuava quieto.

— Ora, você não sabe? — Namjoon ficou confuso, encarando o vampiro que não parecia disposto a falar muita coisa. — Ele ainda não sabe, Jimin?

— Agradeceria muito se alguém pudesse me explicar de uma vez o que está acontecendo. — Jungkook cruzou os braços e por não ter nenhuma resposta de Jimin, Namjoon virou para o caçador e o encarou por um tempo. Ele achava que havia entendido tudo sobre as visões que teve, mas, pelo jeito, ainda havia um longo caminho pela frente.

— Você é o começo para a nova transição do mundo. E é aquele que vai derrotar Yoongi.

— Yoongi?

— O feiticeiro do Período Sombrio? — Taehyung perguntou.

— Yoongi não é um feiticeiro. — Namjoon respondeu, mas Jimin completou sua informação.

— Yoongi é o verdadeiro nome de Akasha. Nome de quando ele ainda era um humano.

— Mas… — Jungkook olhou para o mercenário que levantou as mãos e os ombros também se mostrando surpreso por aquela informação.

— Eu me recuso a chamá-lo de Akasha por isso. Esse miserável não merece ter o nome de um deus. — Namjoon falava.

— Então a história do feiticeiro chamado Yoongi que foi capaz de dominar todos os Tattwas e lutar no Período Sombrio ao lado dos deuses é mentira? — J-Hope já foi para frente do grupo tentando saber a verdade do que leu e ouviu na vila de feiticeiros. Ele não queria sair como mentiroso mais uma vez.

— Eu falei que não dava para confiar em feiticeiros. — Taehyung o repreendeu.

— Mas houve sim um humano que dominou os quatro Tattwas nesse Período. — Jimin falou de novo, e dessa vez, encarou Jungkook. — Foi você.

 

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Há muitos anos, no Templo dos Espíritos, existia um semideus chamado Yoongi. Ele havia se tornado divino pela vontade do deus Akasha, pois havia nascido com a capacidade de se conectar com uma das camadas do reino dos espíritos. A mais profunda e sombria, conhecida pelos mortais como Inferno. Yoongi podia ver e ouvir demônios, conversar com eles e até mesmo saber o quão corrompidos eram alguns humanos apenas por tocá-los.

Akasha viu em Yoongi, um importante mediador dos mortais ao reino dos espíritos. Queria que ele entendesse a natureza dos demônios para ajudar os humanos a limparem suas almas ainda em vida, para que não corressem o risco de caírem no inferno. Akasha tinha bons planos para o órfão Yoongi, entretanto, eles não deram muito certo.

Yoongi sempre tentou ajudar os espíritos ruins a evoluírem, mas o mal era algo que dominava tanto as pessoas, que sua fé foi morrendo aos poucos. Como Yoongi era responsável pela última camada, ele não tinha permissão de pisar na primeira, o Paraíso, e sempre que era visto pelas demais camadas onde podia caminhar, os outros semideuses o olhavam torto. Todos tinham receio daquele que vivia nas sombras, além de que também não gostavam de conversar com alguém que só tinha uma visão negativa sobre tudo.

Com o tempo Yoongi foi se afastando dos irmãos semideuses, assim como do próprio templo. Ele tentou melhorar sua visão sobre o mundo. Quis encontrar algo que o desse alegria. Que significasse alguma luz em sua vida. Mas quanto mais tempo passava, menos esperança tinha.

Nessas fugas do templo, Yoongi costumava sobrevoar o planeta. E ao contrário de Akasha, os semideuses desse Tattwa podiam dominar apenas um dos quatro elementos naturais, e Yoongi optou por Vayu. Sentia-se livre com fato de poder voar pelo céu. E somente dessa forma se via livre das vozes dos demônios que nunca o abandonavam enquanto estava no chão.

O semideus foi o primeiro a sentir que o conflito entre humanos e deuses se tornaria grande e que isso acarretaria no primeiro grande período de transição do planeta. Ele esteve presente quando os deuses decidiram dar fim a primeira criação de humanos. Concordou e apoiou a ideia do extermínio, e nesse momento, Akasha pode ver uma sombra escura surgir através de dos olhos dourados do outro. Olhos esse que ele jamais foi capaz de decifrar. O semideus não hesitou em nenhum momento em eliminar a todos aqueles que um dia foi igual. Yoongi nunca esboçava nenhum sentimento ao ver uma vida nascer ou morrer.

Após muito tempo, depois que os deuses trouxeram novas vidas ao mundo, Yoongi se afastou mais de seus deveres. Ele não conseguia ouvir nenhuma das orações humanas, muito menos tinha interesse em ajudar aqueles mortais que tanto se corrompiam. Ele viu o mundo se tornar escuro, não importava quantas vezes os deuses criassem novos seres, Yoongi sabia que tudo acabaria em trevas. E por isso, decidiu abandonar tudo e jogou no espaço.

Ali, Yoongi vagou por centenas de anos. Sem propósitos ou pensamentos. Ele apenas queria ser tragado pela imensidão vazia. No entanto, seus anos de paz terminaram quando os demais semideuses foram atrás dele.

Como o Inferno havia ficado sozinho, os demônios conseguiam escapar com facilidade. E dessa forma, os demais espíritos eram corrompidos com mais facilidade. Os demais semideuses não davam conta de ajudar tanta gente, muito menos controlar os portões do Inferno. Muitas almas se perderam completamente durante aqueles anos. E o estrago estava tão ruim, que tiveram anos onde o Paraíso simplesmente parou de receber novos moradores.

Yoongi ainda hesitou em voltar. Ele não se importava ou amava os humanos. Havia perdido o sentido o seu propósito no mundo. Até mesmo chegou a oferecer seu lugar para qualquer outro semideus, mas todos recusaram. Ninguém queria ser responsável pelo Inferno, e sem escolha, Yoongi retornou ao templo.

Após retirar uma boa quantidade de demônios do mundo mortal, Yoongi observou o quanto dos humanos haviam sido manchados por eles e quantos se autossabotaram. E não foi surpresa que a segunda opção venceu. Humanos foram responsáveis pela própria aniquilação uma vez. Mais cedo ou mais tarde tudo aquilo aconteceria de novo. Todos os demônios nada mais eram do que pessoas que chegaram no limite da humanidade.

Yoongi via a missão de seu deus ser praticamente inútil. Ele caminhou por outras camadas daquele reino e reparou no tempo que os espíritos estavam levando para evoluir. Muitos passavam por diversas reencarnações e em nada se modificavam. No entanto, algo acabou chamando a atenção do semideus. Um espírito de luz caminhava em direção aos portões da Terra. Ele era tão bonito e tão puro que Yoongi não conseguiu tirar os olhos de sua imagem. Não havia um resquício sequer de impureza em seu corpo. E ver uma alma daquela forma era totalmente novo ao semideus. Ele, que nunca pode pisar no paraíso, estava diante de um futuro anjo.

Aquele espírito era um ser belo, e mesmo que sem forma definida - por estar prestes a reencarnar-, Yoongi foi preenchido por sua graça. Observou o espírito por um tempo até perceber que ele reencarnaria junto de outro ser. E este era o seu par.

No entanto, o par do bonito espírito tinha manchas demais pelo corpo. Chegava até mesmo ser uma ofensa alguém tão imundo estar ao lado do ser mais iluminado daquela camada.

Quando os espíritos foram criados, Akasha os fez em pares. E entre várias missões que cada criatura tinha na terra, uma delas era sempre encontrar seu par. A vida era cheia de regras que apenas os deuses sabiam, e cada espírito tinha um propósito além do conhecimento dos semideuses. Até onde Yoongi foi ensinado, quando um ser atingia o nível máximo de elevação ele se tornava um anjo. Anjos eram mensageiros dos deuses e guia dos humanos. Diferente dos semideuses, eles não dominavam Tattwas e agiam especificamente no mundo espiritual.

E diante de um ser já tão perfeito, Yoongi não conseguia acreditar que ele ainda tivesse um par tão corrompido. Tinha certeza que os dois precisariam estar no mesmo nível para que pudessem se tornarem anjos. Por isso o semideus se encheu de dúvidas, pois sentia que na reencarnação o espírito puro acabaria sendo corrompido pelo par. Não era preciso pensar muito para ter certeza daquilo. Yoongi viveu no Inferno tempo o suficiente para saber que a luz sempre era engolida pelas trevas.

O coração do semideus apertou naquele momento. Sua empatia aflorou e de repente, Yoongi se via entrando na sala da reencarnação para fazer algo proibido. Ele se aproximou do espírito manchado e o eliminou. Queria assim, proteger o outro e até mesmo fazê-lo ir para o Paraíso como anjo, afinal, se uma alma fosse morta no reino dos espíritos, nem mesmo Akasha poderia trazê-lo de volta. E sem a necessidade de cumprir o destino de encontrar o par, o belo ser de luz poderia seguir caminho para a elevação pessoal.

Pelo menos era nisso que o semideus acreditava.

No entanto, uma mancha negra surgiu no coração daquele ser. E ele foi sugado para o mundo mortal. Reencarnando dessa forma.

Yoongi ficou desesperado. Pensando no que teria feito de errado e, com medo de que o espírito de luz se tornasse um demônio, ele também saltou para a Terra.

Se passaram cerca de dezesseis anos até que Yoongi pudesse encontrar o mortal dono do espírito de luz

 

-----§§§-----

 

Antigamente, Jimin era apenas um garoto camponês que vivia com os pais em um vilarejo no meio das montanhas. Sempre ao final do dia, Jimin encarava o horizonte imaginando o que existira além do que seus olhos podiam enxergar. Ele nunca foi muito longe de casa e direto se pegava imaginando como seria o mundo. Sentia que sua vida não podia se resumir em viver naquele lugar pra sempre. Jimin adorava se juntar aos mais velhos e ouvir histórias de suas viagens, mesmo que as vezes acreditasse que a maioria delas fosse apenas invenções dos mais sonhadores. E muitas vezes o garoto se perguntou se seria igual aqueles senhores. Viver em seu pequeno vilarejo até se tornar velho e passar os finais de tarde contando histórias que só existiriam em sua cabeça.

E não que não gostasse de sua casa ou de todos que ali moravam, mas existia um vazio tão grande em seu peito que o fazia suspirar toda vez que olhava pra longe.

E naquele final de tarde, Jimin viu um brilho dourado cruzar os céus e parar repentinamente para seguir em sua direção. Não havia ninguém junto do garoto naquele momento para registrar a expressão que ele fez ao se deparar com aquele que flutuava majestosamente a sua frente.

Jimin foi tomado pela beleza divina de Yoongi. Ele parecia uma pintura viva. Já o semideus não podia dizer que a figura juvenil a sua frente possuía tanta graça assim. Mas a forma física de um humano nunca foi mesmo de chamar sua atenção. Apenas o que havia por dentro o interessava, e Jimin era imensamente bonito por seu espírito.

Yoongi tocou em seu rosto e ao reconhecer a mancha que existia em seu interior, sorriu. Jimin era o ser de luz que tanto procurava. Eles ficaram algum tempo apenas se encarando, decorando cada traço um do outro até que um deles resolveu abrir a boca e conversar. Poucas palavras foram ditas naquele primeiro contato, pois a maior parte do assunto parecia fluir apenas através de seus olhares.

Não demorou muito para que os encontros dos dois fosse mais frequente. Passavam o tempo caminhando pelas plantações do vilarejo onde Jimin vivia e conversavam sobre várias coisas. Jimin sempre se sentia bobo ao lado do imortal. Tentava entender o porquê de Yoongi gostar tanto de sua companhia, já que se considerava tão sem graça e comum. Era estranho para o garoto ter aquele ser como um amigo, mas sempre que a noite começava a cair, Jimin corria para o lago que ficava mais afastado do vilarejo, ao pé das montanhas. Ali era o lugar preferido dos dois.

Jimin ficava feliz com as constantes visitas do semideus. Yoongi sempre o contava tantas histórias do passado que o garoto até mesmo se sentia presente nelas. Sempre sentados abaixo das árvores, os dois passavam horas e horas em conversas animadas e trocas de olhares discretos.

E entre uma conversa e outra, Yoongi contou suas meias verdades sobre precisar estar junto a Jimin em sua última vida na terra. Disse que o ajudaria a evoluir o bastante para seguir como um anjo assim que voltasse para o reino dos espíritos. E para tentar preencher o vazio que descobriu que o garoto tanto sentia, Yoongi o levou para conhecer o mundo.

Jimin realmente podia dizer que aquilo enchia seus olhos e confortava sua alma, mas nunca parecia o suficiente. Ele não fazia ideia do que precisava encontrar e muito menos sabia explicar seus sentimentos ao semideus. Também não tinha coragem de pedir ou cobrar nada de Yoongi. Ele era um semideus de Akasha, e por mais que conhecesse o espírito humano, Jimin não sabia que conselho pedir para acalmar seu coração que sempre parecia tão perdido.

Passaram-se dois anos e eles foram mais do que o suficiente para que Jimin tivesse conhecido alguns dos pontos mais belos do planeta. Nenhum lugar parecia ser uma barreira para aqueles dois. E durante as viagens, Yoongi contava sobre os Tattwas e tudo o que pudesse ser relevante ao espírito de Jimin.

Yoongi falou sobre seus antigos deveres no templo de Akasha. Como era cuidar do temido Inferno e suas histórias sempre assustavam Jimin que direto perguntava se o semideus não tinha medo de conviver com demônios, ou ouvir vozes e ver sombras escuras em quase todos os lugares que ia, e isso fazia Yoongi dar boas risadas. Humanos eram medrosos e por esse motivo acabavam sempre se limitando as novas experiências. Yoongi nunca sentiu medo. Nenhum demônio podia fazer mal a si, e naqueles dois anos em que estiveram juntos, o semideus percebeu que mais nenhuma presença maligna o perturbou. Era como se a luz de Jimin afastasse todo o mal que sempre o perseguiu, e direto Yoongi se pegava sorrindo ao garoto, pois agora sua vida parecia ter mais graça.

E um outro sentido também.

Jimin estava se tornando um homem e mesmo que o semideus soubesse que a beleza de alguém não se dava pela aparência física, direto estava reparando em certos pontos do corpo de Jimin que se definiam mais. E por mais incrível e até mesmo absurdo que pudesse parecer, Yoongi se deparou com um dos grandes dilemas da vida de um ser mortal: o amor.

Yoongi ficou em dúvida sobre seus sentimentos. O que ele sentia por Jimin em nada se comparava ao tipo de amor que foi ensinado a ter por todas as criaturas do mundo. No entanto, o semideus não tentou reprimir aquilo. Estar apaixonado não era ruim. Muito pelo contrário.

Jimin também não se sentiu diferente do semideus em relação ao que começou a existir entre eles. Yoongi também o trazia luz, e a dedicação que ele tinha consigo o deixava extremamente feliz. Era como se o seu vazio finalmente estivesse sendo preenchido. E a aproximação sentimental dos dois foi uma questão de tempo. Ambos eram espíritos solitários no mundo, um seria atraído pelo outro em algum momento.

E quando essa atração se tornou forte o bastante, Yoongi não repreendeu Jimin quando este o roubou um beijo em mais um final de tarde. O semideus sabia sobre suas restrições como um ser divino, mas nem por isso ousou se afastar.

Mantiveram aquele relacionamento por alguns meses. — afinal ele em si não poderia mesmo ir muito longe.

Yoongi era um semideus e não podia tocar e ser tocado do modo que queria. Jimin era um mortal que jamais poderia ser ou ter o seu amado. Os beijos já se tornavam desesperados e as mãos buscavam pontos que necessitavam de atenção. O corpo de Jimin ansiava por mais e Yoongi nada podia fazer. As vezes nadavam juntos e quando os olhos de um encontravam o corpo despido do outro, seus corações aceleravam. Eles se amavam, porém não podiam demonstrar o que tanto sentiam. E aquilo os machucava.

Suas conversas começaram a ficar cada vez menos animadas. Jimin não sabia o que fazer ou dizer ao semideus. Yoongi era um imortal puro e aquilo fazia Jimin se sentir tão mal por nutrir tais desejos em relação a ele. E mesmo sem querer admitir, ele sabia que manter o relacionamento era errado. Por isso Jimin decidiu por um fim em tudo. Não queria terminar por prejudicar o semideus.

A última conversa que tiveram foi cheia de mágoas e tristeza. Era claro aos dois que não queriam se separar, mas não havia outra forma. Yoongi não aceitava o fim, tentou fazer Jimin entender a sua forma de amar, mas no final, se viu levando-o de volta para o vilarejo entre as montanhas.

Jimin também pediu para que eles não se vissem mais, pois só assim os corações deles poderiam seguir em paz por novos destinos, e isso terminou de destruir Yoongi.

Yoongi voltou para o reino dos espíritos e se isolou no Inferno onde podia conviver com sua tristeza. Olhava em volta e se sentia tão triste por imaginar que o resto da sua eternidade seria resumida naquelas trevas. Em algum momento Jimin se elevaria o suficiente para se tornar um anjo e eles nunca mais se veriam. E essa ideia o incomodava muito.

Passaram-se mais dois anos desde que se despediram e o semideus já não aguentava aquele lugar tão negativo. Os demônios o perturbavam por onde quer que ele fosse, assim como também acabaram fugindo por Yoongi não conseguir se concentrar mais em nada. A saudade que sentia era muito grande. Jimin acabou tomando conta de seus pensamentos e o semideus só queria ficar ao seu lado pra sempre.

Yoongi saiu do reino dos espíritos direto para o vilarejo onde aprendeu a sentir aquela bela presença. Foi em direção ao rio no pé da montanha onde tanto se encontraram nos fins de tardes, porém seu sorriso tão amplo morreu no mesmo instante que percebeu Jimin junto a outra pessoa bem ali. Yoongi não se aproximou o suficiente para que aqueles dois o notassem, mas pôde vê-los muito bem.

Jimin estava acompanhado de rapaz que aparentava ser um pouco mais novo que ele. Estavam sentados abaixo daquela bonita árvore que tanto tinha um significado para o semideus. Aqueles dois conversavam animadamente e quando o mais novo se aproximou de Jimin, inclinando seu rosto para junto do outro, os ventos ficaram fortes.

Yoongi podia interpretar muito bem as ações humanas.

O semideus foi na direção dos dois e teria atingido o estranho de olhos verdes com alguma magia se Jimin não tivesse se colocado a frente deste, protegendo-o sem perceber.

A troca de olhar entre os dois foi intensa e cheia de sentimentos bagunçados. A conversa que tiveram em nada se assemelhava com todas as outras que compartilharam naquele bosque. Jimin implorou para que o estranho rapaz fosse embora antes que Yoongi fizesse alguma besteira e quando conseguiu ficar a sós com o semideus, Jimin pediu para que ele também se fosse. Já haviam conversado muito sobre o tipo de relação que tiveram e principalmente sobre a que jamais teriam. O melhor que podiam fazer um para o outro era seguir vidas separadas. Mas Yoongi não queria aceitar aquilo, muito menos aceitar que Jimin se envolveu com outra pessoa.

Os dois conversaram, brigaram e entre tantas palavras Jimin confessou algo a mais:

Estou morrendo, Yoongi. E a culpa é sua.”

O semideus ficou sem ação ao ouvir aquilo.

Jimin contou que, alguns meses após terem se separado, o próprio deus Akasha o visitou. Akasha explicou sobre o motivo de Yoongi ter se aproximado do mortal. Contou sobre a morte de seu verdadeiro par e a culpa que carregava por ter manchado seu espírito. Jimin era um ser antigo que estava quase completando sua missão no mundo mortal e em pouco tempo se tornaria um anjo, mas no momento que perdeu o par, uma mancha escura tomou conta de seu coração. E ela era tão profunda que seu corpo se tornou doente. Jimin possuía um coração fraco e sua vida não se estenderia por muito mais anos. E assim que morresse, seu espírito desapareceria pra sempre.

Jimin estava magoado com Yoongi. Ouvia suas desculpas e mesmo que uma parte de si quisesse perdoar o semideus, o vazio que sempre perturbou sua alma não era capaz daquele gesto.

Yoongi não entendia o porquê de seu deus ter se metido naquela história, mas a dor que sentia ao olhar nos olhos de Jimin e ver tamanha magoa o destruía. Jimin continuava a dizer que só queria terminar sua vida de forma feliz e havia encontrado uma pessoa que, mesmo sem ser o seu par, era alguém que o completava.

Jimin continuou com seus pedidos para que o semideus fossem embora. Não queria brigar com aquele que tanto amou e ainda amava, mas que sabia que não era o certo. Yoongi também não podia fazer nada em relação ao seu fim prematuro. O semideus tinha o poder de curar qualquer dano ao corpo de qualquer criatura viva, porém, não era capaz de fazer nada ao seu amado. A mancha que Jimin possuía era obra das leis de Akasha e apenas ele poderia fazer algo pelo mortal.

Yoongi teve que partir mais uma vez, mas ainda queria se redimir por tudo. O semideus seguiu em direção ao templo de Akasha para ter uma conversa séria com ele. E assim que pós os pés no templo, Akasha já o esperava.

Yoongi… Sabias que este dia tem a chance de terminar apenas de duas maneiras?”

Akasha perguntou, mas tudo o que recebeu, além de uma expressão confusa do semideus, foi seus pedidos de perdão. Yoongi pediu para que Akasha curasse o espírito de Jimin e o desse uma nova missão no mundo. Pediu para que a punição fosse dada a si pelo que fez e não ao humano que apenas era uma vítima.

Tu estás crente de tuas falhas, porém sabes que não há o que fazer quando um espírito é solitário. Tu tirastes deste ser o par. O condenastes ao vazio e o motivo dele ainda ter voltado ao mundo mortal, foi para a tua remissão. Tu o deras dias felizes. O preencheu com teu amor e tua luz divina. Fez o teu papel, Yoongi.”

Me tornes então o par de Jimin para que ele não desapareça do mundo, meu senhor.”

O pedido de Yoongi surpreendeu Akasha. No entanto, eles tinham regras.

Ser o par de alguém não és mais a tua missão, Yoongi. Tu decidiras por tornastes semideus e agora que és um, não podes mais ter o direito a liberdade de um mortal. Terás que se esquecer dos sentimentos mundanos que nutre por este jovem e apenas amá-lo como a qualquer outro mortal que exista neste mundo.”

Akasha sabia que se Yoongi realmente quisesse ir atrás de Jimin, ele ainda poderia ir. Entretanto, também não queria perder o seu mais amado semideus. Não queria que este largasse o Tattwa e fosse viver como um humano qualquer. Ainda mais por saber que aquela alma era bastante perturbada por sentimentos perigosos. Yoongi foi um dos únicos humanos que Akasha não conheceu completamente.

Terás de esquecer o humano.”

Yoongi deixou a testa tocar o chão enquanto aquelas palavras ecoavam em seus ouvidos. Ele não podia esquecer Jimin… Não mais.

De que formas queres que o dia termine, Yoongi?”

Akasha voltou a perguntar e o semideus apenas levantou a cabeça com seus olhos vermelhos pela dor que sentia.

O isolarei de teus poderes e o enviarei ao universo para que reflitas sobre tuas últimas escolhas. E somente voltarás quando Jimin tiver partido desta vida. Esta é uma das formas de como o dia termina hoje.”

Yoongi questionou sobre a outra forma do dia terminar.

Tu se negas.”

Os dois se encararam por um tempo e era claro que faziam ideia do que o outro pensava. Akasha tinha conhecimento do potencial daquele semideus, e Yoongi sabia que havia apenas uma forma de mudar a decisão de seu deus sobre alguma coisa. Ou ele fazia algo ou perderia para sempre Jimin.

Yoongi se pôs de pé e mesmo que seus olhos continuassem a transbordar em tristeza e raiva, juntou coragem para enfrentar seu deus.

Eu me nego.”

E de todos os cenários que o deus pode visualizar, nunca acreditou que Yoongi se tornaria uma divindade caída. O semideus levantou os braços e figuras negras de olhos vermelhos surgiram por todo o templo. Eram demônios. Yoongi passou tempo suficiente no inferno para ser capaz de controlar aqueles espíritos malignos. Todos eles.

O templo foi tomado pelos demônios e mesmo que os demais semideuses tivessem aparecido para enfrentá-los, ao fim do dia o silêncio reinava naquela região. Yoongi era o único que caminhava pelo templo e seu corpo estava banhado em sangue. Era triste saber que as trevas sempre venciam no final. Ele sabia daquilo desde quando passou a conhecer os espíritos do mundo.

Levou a mão ao peito e a energia que percorria em seu corpo era gigantesca. Ele havia mesmo roubado o coração de um deus, e por um momento teve medo do que havia se tornado. Não era apenas Akasha a partir daquele momento, era algo pior.

Mas agora Yoongi tinha o domínio sobre todos os seres do mundo. E ele podia fazer o que quisesse com Jimin.

 

-----§§§-----

 

Foram poucos os dias que passaram desde que Yoongi se tornou Akasha. Ele retornou ao vilarejo de Jimin e dessa vez todos puderam sentir sua presença. A terra tremeu e os ventos ficaram fortes. Yoongi ainda não tinha completo controle de seus novos poderes, mas tudo o que o interessava era ter Jimin de volta, curar aquela mancha em seu espírito e levá-lo consigo.

Porém sua decepção foi grande ao ver que seu amado continuava na companhia daquele rapaz desconhecido.

Dessa vez o deus não quis uma conversa. Levantou a mão em direção do estranho e o prendeu em um buraco que se abriu no chão. Aquele ser não era para Jimin. Yoongi nem mesmo conseguia interpretar que espírito era aquele. Havia um grande poder dentro do estranho, mas isso não foi o suficiente para que este conseguisse escapar.

Jimin apenas assistia a cena com pavor. Ainda tentou gritar para que Yoongi parasse, mas foi em vão. Viu o brilho nos olhos verdes de seu novo companheiro desaparecer aos poucos. E com isso, seu coração começou a falhar.

Jimin sofria de uma rara doença no coração que a cada dia o deixava mais lento e cansado. E naquela situação extrema seu corpo não aguentou. Jimin tentou respirar, mas sua visão apagou e ele foi de encontro ao chão. Somente quando o viu caído foi que Yoongi percebeu o que havia feito ali. Ele correu em direção ao outro, mas era tarde. O espírito de Jimin já havia se desprendido daquele corpo.

Yoongi não pensou duas vezes em seguir para o reino dos espíritos que naquela altura já estava um verdadeiro caos por não existi mais nenhum semideus para ajudar a todos que chegavam ou os que precisavam reencarnar. Ele procurou por Jimin em todos os lados e na fina camada onde existia aquele reino e o desconhecido, Yoongi pode ver o espírito de Jimin ser puxado para um buraco negro.

Yoongi ainda conseguiu tocá-lo, mas a mancha em seu peito se espalhou por todo o corpo, deixando Yoongi ainda mais desesperado. Ele lutou para que Jimin não desaparecesse e contra tudo o que conhecia, arrancou o espírito de Jimin daquele reino e o fez voltar para o plano mortal.

Ainda houve resistência do corpo morto em aceitar a reencarnação forçada, mas Yoongi não desistiu.

Existia um motivo para que os mortos não pudessem retornar a vida se não fosse através de reencarnação, ainda mais na situação de Jimin, que pouco tinha o que fazer ainda em vida sem seu verdadeiro par. E por isso, quando um espírito retornava de um jeito não natural, ele jamais seria o mesmo.

Seu corpo continuaria morto e a “vida” em si seria um carma. Regra essa imposta pelos deuses quando começaram a deixar humanos fazer parte dos imortais. Akasha sempre soube que aqueles que se unissem ao seu templo tentariam tal façanha em algum momento, sabia o quanto seus humanos prezavam pelos entes queridos e que a morte, por mais que fosse necessária, não era bem-vista por todos.

E após tanto insistir, Yoongi viu Jimin abrir os olhos mais uma vez. A emoção foi tanta que Yoongi apenas o abraçou e começou a chorar. Seu amado havia retornado a vida. No entanto, demorou alguns minutos para que o deus percebesse que o outro não havia se mexido nem um pouco desde que despertou. Yoongi levantou o rosto e encarou o outro que apenas encarava o céu. Seu corpo não se movia e estava frio. Nem mesmo o movimentar da respiração Jimin possuía. Yoongi começou a sacudi-lo pelos ombros tentando ganhar sua atenção, e quando este finalmente olhou para si, era como se não existisse nada dentro de Jimin.

Yoongi aproximou o rosto minimamente e notou que aqueles belos olhos negros ganharam uma coloração avermelhada que ficava cada vez mais intensa. Quando pensou em se afastar, sentiu os braços de Jimin o agarrarem e puxarem para perto. Jimin mordeu seu pescoço de forma selvagem e começou a sugar seu sangue.

Jimin mais parecia um animal daquela forma. Prendia Yoongi com seus braços e pernas, empregando uma força descomunal. Até mesmo parecia mais forte que o próprio deus. Yoongi tentou se soltar quando se sentiu zonzo pela falta de sangue e teve que usar alguma magia para prender Jimin que começou a se debater no chão. Yoongi levou a mão ao pescoço fazendo o ferimento fechar enquanto olhava para um Jimin que ele simplesmente não conhecia. Sabia que seu espírito tinha ficado ainda mais impuro com a forma que foi trazido, e agora sentia medo do seu amado ter se transformado em algum tipo de demônio sem consciência alguma.

E quando Jimin sentiu o corpo ser preenchido pelo sangue alheio, parou de se mover.

Yoongi voltou a se aproximar devagar, notando que outro estava com uma expressão assustada. Seus olhos continuavam vermelhos e o brilho era tão intenso que chegavam a iluminar. Ouviu um último suspiro deixar os lábios de Jimin e os olhos dele começaram a transbordar em um líquido também vermelho.

Jimin tremia de frio e de medo. Não sabia em que lugar estava e muito menos o que havia acontecido consigo. Sentia dores por todo o corpo, assim como uma forte energia. E ela até podia fazer as dores sumir, mas não o seu medo. E enquanto chorava, ouviu os passos do deus que se aproximava, reconhecendo-o na hora.

Yoongi? O que a-aconteceu?”

E com aquela pergunta Yoongi só pode sorrir. Seu amado estava de volta afinal.


Notas Finais


[ATUALIZADO MAI/2019]
AEWWWWW. Quero saber tuuudo u.u Quero saber oq acharam da história do Suga e Jimin!!!!!!!!
Quem aí teve surpresas? Quem aí já imaginava algumas coisas? Quem aí imaginava tudo? 8D quem aí está na UTI nesse momento? Naaaah... foi cansativo o capitulo? .-.

E olha só esse final~ como sempre 8D paro nessas partes hohohohohohoh

Desculpem pela demora e até o próximo genteeeee o/
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Att: Playlist da fic Playlist da Fic https://www.youtube.com/watch?v=RRGSHvlu9Ss&list=PLM8HeRcFlSdu6O_sbn2Ti0Q-DJrzH3Nil
(Obrigada a Nyu_KillerQ pela ideia ;D)


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