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História Castelobruxo: a História mais perto da gente. - 21 - A voz


Escrita por: Drakendione

Notas do Autor


Oiiii pessoal!!!
Queria agradecer as visualizações, comentários e aos novos favoritos:
~ maycongames
~ luna_tori
Agradeço especialmente a todos que comentaram no último capítulo, esse é uma continuação (mais ou menos isso)
Espero que gostem, BOA LEITURA!

Capítulo 21 - 21 - A voz


POV Anália

 

- AI MEU DEUS!!!!!! – esse foi o grito que eu ouvi de Mel alguns segundos depois de encerrar minha fantástica história de férias. Como fomos viajar quando os meninos entraram de férias, não havia contado a ela sobre o beijo e a declaração de Bruno, já que passei o primeiro mês de férias na casa dela e depois disso não a vi mais e achei que era um assunto um tanto quanto sério demais para contar por carta.

- Merlin! Vai me deixar surdo – Saulo entrou resmungando - ele não ficou feliz em nos deixar a sós - cheio de malões – Já acabaram de fofocar ou ainda não posso me sentar na cabine onde minha namorada está.

- Ora Saulinho, querido – Mel se levantou o empurrando para a porta – acho que você perdeu este posto! Anália te trocou, mas também, quem aguenta um insuportável irritante como você? – ela comentou zombeteira, pelo visto nem Merlin ajudaria com esses dois – E ainda não acabamos, vá procurar o que fazer! – ela fechou a porta e se virou pra mim com um sorriso enorme, ignorando completamente minha cara feia para ela.

- Meninas... – Saulo saiu resmungando.

- E ai? O que aconteceu depois? Você gosta dele? Foi estranho depois que se beijaram? – ela me bombardeou de perguntas.

- E-eu... eu... não conversei muito com ele depois disso – expliquei – depois que ele me beijou, a-acho que se arrependeu, ou não acreditou no que fez... e viu meus olhos arregalado... poxa, ele é meu melhor amigo desde os três anos, praticamente meu irmão e... me beijou – falei rápido tentando contar pra mais alguém o que eu vinha pensando desde aquele dia – Quando ele percebeu o que tinha feito se afastou de mim, iria falar alguma coisa, mas eu sai correndo, precisava pensar.

“ Arthur foi falar comigo no outro dia, não sai do quarto depois do acontecido. Eu tive que contar a ele, e... ele ficou dividido em dar os parabéns a Bruno por ter finalmente tomado coragem para se declara – parece que todos sabiam que ele gostava de mim, menos eu mesma -, ou me consolar, eu fiquei devastada com isso, como olharia para o rosto dele e não pensaria no que aconteceu?” – durante todo esse tempo eu fiquei pensando no que poderia fazer para que não mudasse nada entre nós.

- Ohh, Lia! – Mel me abraçou, nem percebi que algumas lágrimas marcavam meu rosto – Minha amiga, você é tão inteligente para algumas coisas e tão burrinha para outras! – ela me analisava, enxugando minhas lágrimas – Desde aquele dia na plataforma eu vi como ele olhava pra você, e, tenho certeza, que ele queria falar algo pra você aquele dia, talvez se declarar, e, se não fosse Saulo ter te tirado de lá, teria falado – ela me explicou sua teoria, um tanto quanto verdadeira, visto os acontecimentos do último dia – Por falar em Saulo, esse é outro que é apaixonado por você, e não adianta contestar – ela levantou a mão quando abri a boca para defender, afinal Saulo havia nos deixado na maioria dos sábados e domingos para passear pelo jardim com as garotas do primeiro e segundo ano, no último ano – você também gosta dele, fica toda irritadinha quando ele te troca por alguém nos finais de semana. Quase estuporou ele e aquela menina baixinha da Wise Owls ano passado quando ela tentou arrumar os cabelos bagunçados de Saulo... e ele também não fica muito atrás, ele briga com todos os meninos quando eles sentam ao seu lado na biblioteca. Vocês dois só são burros demais pra perceber que gostam um do outro.

- Olha Mel, sinceramente, eu acho que essas férias não fizeram bem pra você. Eu não estuporei a Katie Araci ano passado, eu nem lancei um feitiço, profa. Amparo disse que foi um feitiço involuntário causado por minhas emoções – expliquei o acontecido, aquele dia foi realmente estranho – E Saulo só possessivo e irritante, faz isso só para aparecer, como tudo o que ele faz na verdade.

- Bem, já que você não quer abrir seus olhos para a realidade, não posso fazer nada, mas não diga que eu não avisei – ela disse sabiamente olhando as unhas pintadas de verde – Mas não era sobre isso que estávamos falando. O que você sente por Bruno? – ela foi direta, e essa era a pergunta que rondava minha mente a um mês.

- Eu gosto de Bruno, como um irmão, como eu gosto de Arthur. Não o amo nem um pouco em sentidos românticos, ele é meu amigo, só isso – expliquei a verdade, apesar de nossa amizade ser muito mais conturbada do que a minha com Arthur o que eu sentia por eles era a mesma coisa: irmandade.

- E você falou isso pra ele? – ela perguntou.

- Não falei com ele depois do beijo – expliquei com a cabeça baixa – Mas Arthur disse que falaria com ele.

- Meu anjo, o que eu sempre te digo?! Não empurre suas tarefas para trasgos cabeças-ocas! – ela bateu na minha cabeça – Não seja fraca, você é boa de coração, está na Orange Sage, mas também é inteligente – até mais que os da Wise Owls – o que quer dizer que pode ser corajosa também, afinal quem é a única pessoa que enfrenta o Saulo e o faz estudar?

- Certo! – afirmei com a cabeça tentando absorver suas palavras – Vou falar com ele... vou falar... mas nas féria...

- Não senhora, vai mandar uma carta pra ele, assim que chegar no Castelo  - ela disse em tom autoritário.

- Está bem! – me rendi – Mandona.

- Água de ...

- Moças, se não acabaram de conversar, o problema é de vocês, porque eu – Saulo entrava pela porta do vagão com um pacotinho de feijõezinhos de todos os sabores na mão – vou ficar aqui! Já cansei de andar por aí e garota nenhuma quis me dar bola – ele fez um bico engraçado – Mas você vão, não é?! – e se dirigindo a mim, empurrou Mel para o lado e se deitou com a cabeça em minha coxa.

- Ser humano mais mimado que você não existe – Mel andou até o outro assento da cabine e se sentou de frente para nós dois – E me dá um pouco desse troço aí, estou com fome!

- Também quero! – eram um dos meus doces favoritos junto com varinhas de alcaçuz.

- Primeiro as damas gentis – Saulo se virou pra mim com um sorriso debochado no rosto. Levei minha mão à caixinha, porém um pontada no coração me fez parar e soltar um gemido de dor. Minhas mãos começaram a tremer e a soar, e tudo girou, a pontada ficava cada vez mais forte e a dor insistente e constante, parecia que alguém enfiava uma adaga em meu peito, perfurando meu coração, cada vez mais fundo... – Lia... Anália, olha pra mim! Você está bem? O que está sentindo? – Reconheci a voz de Saulo ao longe, mas era frágil e o barulho da chuva do lado de fora, a som do trem desacelerando, vozes e mais vozes que vinham do lado de fora e se misturavam em minha cabeça, não me permitiam distinguir o que ele falava.

Aos poucos a visão de seu rosto, o sorriso que já não estava mais lá, os olhos azuis que pareciam uma tempestade, agora aterrorizado, sumiam, tudo ficava ofuscado e algo me puxava para baixo. O mundo girou e tudo ficou preto.

“Socorro... me ajudem... o vento... a chuva... por favor!... Me ajudem...”

Foi a última coisa que escutei antes de sentir os braços de Saulo ao meu redor, a porta se abrindo e passos apressados se dirigindo ao corredor, sem forças, me entreguei a escuridão.


Notas Finais


E aí? O que acharam? O que acham que foi essa voz?
Cometem, adoro saber o que acharam!
Sábado que vem tem mais!
Até lá, beijos!!


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