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História Casulo de Seda 2 - ItaIno - Anotações milagrosas


Escrita por: HatakeSaturn
e HU31

Notas do Autor


Olá leitores, como estão? As autoras estão aqui só na fé, pq a correria tá demais, porém não tardamos! Olha a att! Esperamos que gostem 😍

Capítulo 16 - Anotações milagrosas


Fanfic / Fanfiction Casulo de Seda 2 - ItaIno - Anotações milagrosas


Itachi sentou na cabeceira da mesa vendo apenas Sasuke e Inoichi ali e franziu o cenho, tinha prometido que faria todas as refeições com sua esposa, mas aparentemente ela gostava mesmo de ficar sozinha. Não a culpava, talvez não fosse a melhor companhia no momento, ele se via estressado, ansioso, às vezes queria arrancar seus próprios cabelos com tantos problemas vindo de uma só vez. Assim que colocou um pedaço de pão na boca, viu Ino entrar quase correndo no salão de refeições e quando percebeu que chamou atenção dos demais, parou, respirou fundo e começou a caminhar devagar. 


Sentou-se na cadeira ao lado do rei e sorriu sem graça antes de dizer: — Bom dia. 


— Onde estava? — Seu pai perguntou em tom de reprovação. 


Por mais que Itachi não fosse um desses maridos possessivos, também estava curioso para saber e deu a devida atenção ao rosto da mulher. Ela estava um pouco vermelha e suada, devia ter corrido bons metros até ali e levando tanto tecido em volta do corpo, não sabia como as mulheres conseguiam tal proeza. 


— Treinando, papai. 


Itachi relaxou sua expressão, gostava de deixá-la à vontade para fazer o que quisesse no castelo, afinal, agora também era sua casa. Entretanto, Inoichi não pareceu tão feliz quanto ele, talvez tivesse algo que o deixasse preocupado por sua filha estar manuseando equipamentos perigosos, porém, o que o rei viu foi uma destreza e experiência que nem mesmo ele tinha com a arquearia.


— Continua com essa bobagem? Agora é rainha e não mais uma garota se divertindo por aí. 


— Sei bem do meu posto, papai. Não vejo arquearia como bobagem, gosto do que faço e sou boa nisso.


— Também gosto que Ino faça o que bem entende com o tempo dela, Inoichi. Ela é realmente muito boa na arquearia.


— Você… aprovou isso, alteza? — O Yamanaka estava sem palavras. 


— Sim, inclusive tomei providências para que ela treinasse de forma mais segura e confortável. — Ino o mirou sem entender nada e o Uchiha olhou para ela com um pequeno sorriso nos lábios. — Levarei você após o café, minha rainha. — Ele pegou a mão de sua esposa e beijou seu dorso, deixando-a sem graça pelo ato.


Terminando o café da manhã, Itachi pegou a mão da ex-Yamanaka e os dois saíram caminhando devagar, subiram as escadas e chegaram no corredor dos seus aposentos. 


— Acaso me levará para o quarto?


— Não seja ansiosa… 


Passaram pela porta dos aposentos reais e no fim do corredor, uma porta de madeira escura foi aberta pelo rei. Ino levou a mão a boca, que estava escancarada com a revelação. A sala possuía vários arcos de tamanhos diferentes, flechas bonitas, entalhadas e até com penas coloridas em suas pontas. Ela estava extasiada, ninguém nunca tinha dado tanta importância para algo que ela amava. Deu alguns passos para dentro da grande sala e viu alguns alvos nas paredes de diâmetros diferentes.


Tudo era bem iluminado por janelas grandes e na parede em frente a porta, bem no meio, uma porta para uma sacada. Havia também uma poltrona perto de uma das janelas com uma estante vazia ao lado, encostada na parede, além de uma mesa de canto com um candelabro. Ino virou para Itachi com os olhos marejados e não conteve seu entusiasmo, abraçou o rei com força.


— Obrigada, Itachi. 


Ele nem sabia o que fazer, ficou surpreso com o gesto da loira, mas sorriu ao notar o quanto tinha deixado sua esposa feliz, com o que para ele era um gesto ínfimo diante de tudo que ela fez por ele. Ele acariciou sua cabeça com uma mão e a abraçou pela cintura com a outra.


— Se me permitir, sempre farei o que estiver ao meu alcance para que sorria. 


Ino se afastou e o olhou nos olhos, secou algumas lágrimas que escaparam e sorriu, estava mesmo radiante com aquilo tudo. Não sabia mais o que dizer a ele, apenas admirava o homem à sua frente, que era tão diferente de tudo que já tinha lido sobre os Uchihas.




[...]



Itachi seguiu seus compromissos diários, teve uma pequena reunião com o conselho para atualizá-los de tudo que estava acontecendo e as providências tomadas. Todos sabiam que não seria fácil, mas estava sendo mais difícil do que o Rei pensou que seria. Estava tentando ser o mais paciente que podia, porém era quase impossível manter a calma quando nada estava saindo como planejado. Shisui e o rei saíram da sala de reuniões e foram em direção à biblioteca.


— Qual o problema? Estou sujo? — Franziu o cenho e parou no meio do corredor olhando para seu comandante, que insistia em olhar para ele de modo inquisitor.


— Percebi o sorriso que chegou esbanjando na reunião…


— Não seja intrometido, Shisui. — Entraram na biblioteca e Itachi tomou seu lugar na poltrona atrás da mesa. Itachi pigarreou para disfarçar o sorriso que insistia em querer emoldurar seu rosto quando notou os olhos de Shisui ainda em si.


— Jamais… Então, recebeu alguma resposta desde a sua última carta para o reino da pedra?


— Não, e isso está me preocupando. — O rei coçou a testa. — Não sei porque, mas sinto que foi um erro dizer que agora o reino da Folha é nosso aliado.


— Você precisava dizer… Onoki queria começar uma guerra a troco de nada! 


— Não, meu pai queria tomar as terras da Folha com mais derramamento de sangue e dar para Onoki.


— Itachi! — Sasuke entrou gritando na biblioteca. — Finalmente achamos até onde leva o túnel principal. 


— Uma boa notícia, afinal! — O Uchiha mais velho levantou, animado. — E onde seria isso?


— Alguns dos meus soldados voltaram e disseram que a saída fica na cachoeira de veridian.


— Isso já é no reino da Pedra! — Shisui alertou.


— Também sei ler os mapas, Shisui, obrigado.


— Foi mais um comentário, Sasuke. — Revirou os olhos.


— Então, irmão, acreditamos que eles estão na Pedra… 


Itachi trincou os dentes e respirou fundo antes de dizer: — Eu juro que eu vou matar Onoki se ele estiver sabendo que os traidores estão em suas terras e escondendo isso de mim. 


Sasuke engoliu em seco e trocou olhares com Shisui, era nítido que os dois estavam preocupados com os rompantes de raiva que Itachi estava tendo. Confiavam que ele não se tornaria um imperador como seu pai, mas não sabiam até que ponto ele iria para conseguir a paz do reino do Fogo. O príncipe saiu dali e foi a passos lentos para o estábulo, onde sua rainha já o esperava sentada em um feno e com um livro em mãos. 


Por mais que aquela ideia maluca da ex-Yamanaka de aprender a cavalgar tivesse o deixando meio receoso, ele achou interessante a coragem. Até gostava de dar aulas a ela, Ino era uma boa companhia, tinha uma língua afiada, que às vezes o deixava irritado, porém, no geral, era divertida. Ela estava melhorando rapidamente a cada dia, ele a admirava nisso, a rainha era dedicada quando colocava uma coisa na cabeça. Apesar das ideias completamente absurdas, tipo roubar a calça de seu irmão, onde já se viu, mulheres usando calças. 


— Temos que voltar antes que Itachi perceba sua ausência.


— Mas está cedo ainda, Sas… — Ino falou com um bico nos lábios.


— Ei, quem disse que podia encurtar meu nome? — O Uchiha uniu as sobrancelhas. — E acredite ou não, tenho mais o que fazer, Uchiha.


— Você chama seu irmão de Ita, qual o problema? — Ela deu de ombros, não acreditando em qualquer desculpa do moreno.


— Justamente esse, ele é meu irmão, cunhada.


— E como você acabou de dizer, eu sou sua cunhada, Sas — disse debochada e o outro apenas revirou os olhos. — Corrida até o castelo. — A mulher saiu em disparada. 


— Espera, Ino! — O príncipe bateu as rédeas para o alazão correr mais rápido. — Ela ainda vai me fazer ser morto pelo meu próprio irmão…


Após colocar os cavalos cada um em sua baia, Sasuke e Ino entraram no castelo conversando, o Uchiha dizia o quanto ela tinha sido irresponsável em sair correndo daquela forma. Ele se preocupava com ela e ainda mais com seu pescoço se o seu irmão descobrisse que ela morreu por estar cavalgando sem o seu conhecimento e consentimento, não que o segundo fosse realmente importante. Seria difícil explicar o por que mentiu e provavelmente seria executado em praça pública ao ser responsabilizado pela morte da rainha.


Bufou em alto e bom som quando a ex-Yamanaka ousou dizer que sabia o que estava fazendo e que não se machucaria. Sasuke estava impressionado com seu autocontrole e paciência ao lidar com a cunhada, a garota era desaforada, atrevida e audaciosa, Ino era uma grande interrogação na cabeça do príncipe. 


— Sasuke, onde estava?! — Shisui chegou sem fôlego chamando o Uchiha. 


Os dois se encararam, claramente pensando na desculpa que inventariam. 


— Sasuke foi me mostrar os cavalos. — Ino pensou que algo tão próximo do real seria a melhor solução para afastar desconfianças. Entretanto, o príncipe não pensava o mesmo e sentiu um arrepio correr pela sua coluna quando os olhos do comandante se apertaram, demonstrando suspeita na fala de sua rainha. — Agora vou tomar um chá. — A loira seguiu seu caminho e foi para o jardim de inverno. 


— Então, o que aconteceu de tão urgente? — Sasuke continuou a andar, sendo agora acompanhado por Shisui. 


— Asuma voltou com informações, seu irmão quer que esteja presente na reunião. 


Os dois apressaram o passo chegando logo em seguida na sala tática, Itachi e Asuma já estavam presentes, Sasuke os cumprimentou e tomou seu lugar em volta da mesa, onde o mapa estava estendido. Asuma começou a explicar o que seus infiltrados tinham descoberto, Fugaku tinha conseguido converter alguns civis a se juntarem com os rebeldes e participarem dos saques. Caso aquilo continuasse estouraria uma guerra civil no reino, e tudo que o rei não queria era mais derramamento de sangue do seu povo. 


Itachi respirava fundo olhando para o mapa, mantinha a cabeça baixa e tentava se acalmar antes de pensar em alguma solução, uma que não envolvesse mortes. Contudo, era quase impossível não sentir vontade de arrancar suas cabeças e colocar em estacas na praça principal para todos verem o que acontece com quem está contra o rei. Respirou mais uma vez, as mãos apoiadas na mesa à sua frente se fecharam. Parecia impossível transformar Uchihas em algo diferente do que animais que querem a todo custo matar seus iguais.


— Identifiquem todos os civis que estão participando disso e prendam-nos. — Sasuke tomou a frente. — De modo silencioso, vamos pegar um a um, discretamente. 


— Sim, general. — Asuma bateu continência. — Acredito que dessa forma será mais fácil identificar os demais. 


— E também pode causar revolta interna. Podem achar que estão prestes a serem traídos com os sumiços de seus companheiros de causa. — O príncipe concluiu. — Conto com você para colocarmos um fim nisso. Está dispensado por agora. — O Yui concordou e saiu da sala.


— Pensou rápido, Sasuke. — Shisui cruzou os braços em frente ao peito e aprovou a atitude do mais novo.


— Obrigado. — Agradeceu ao comandante e virou para o rei, que se mantinha quieto. — Está tudo bem, irmão?


— O que acha, Sasuke? — Itachi levantou a cabeça, mostrando os olhos escuros com um brilho rubi. — Isso não vai ter fim! — Ele jogou o que estava em cima da mesa no chão, fazendo os objetos de prata fazerem um barulho alto pela sala. — Preciso… respirar. — O rei saiu pisando duro, mal sabia o caminho que fazia, apenas marchava com os punhos cerrados, pronto para socar o primeiro que lhe cruzasse o caminho. Pôs os pés na sacada e puxou o ar para seu pulmões, manteve os olhos fechados e passou as mãos pelos cabelos. 


— Está tudo bem? — Ouviu a voz melodiosa de sua esposa e abriu os olhos notando a loira parada próxima do parapeito. Os olhos azuis o miravam de um jeito que lhe trazia conforto, nunca sentiu julgamento vindo da loira e aquilo o deixava feliz de certa forma; era a única que não o olhava como um Uchiha.


— Estou melhor, obrigado. — Foi a passos lentos até a mulher, que sorriu singelo sem deixar de acompanhá-lo com os olhos. — Não está muito frio para estar aqui?


— Me sinto bem aqui, eu gosto da sacada. — Ela voltou seus olhos ao horizonte, as montanhas já cobertas pela neve espessa, apesar de não estar caindo nenhum floco naquele momento.


— Eu sei, por isso escolhi uma sala que tivesse uma para ser sua sala de treinamentos.


— Obrigada novamente. — Ela mordeu o lábio e acariciou as próprias mãos desviando o olhar do dele. — Ninguém nunca se importou o suficiente para fazer algo assim para mim. 


— Eu me importo, Ino, com você e com o que te faz feliz. — A mão de Itachi abraçou uma das dela e ele nem ao menos pensou ao fazer aquele gesto. — Não hesite em me falar o que quer. — Seus olhares se encontraram novamente e definitivamente o arrepio que sentiram em seus corpos não era do frio.


— Não hesitarei. 



[...]




Ino já tinha feito aquele caminho mais vezes do que podia contar, entrou animada pela porta e viu a morena sorrir para si. Estava pronta, aquilo que a ex-Yamanaka tanto esperou, que no começo parecia uma completa loucura, tinha dado certo e a ajudaria nas aulas com Sasuke. Talvez não só para cavalgar, mas para se sentir menos limitada dentro de suas saias. Mal podia fazer um movimento brusco sem suas vestes íntimas correrem perigo de ficarem expostas. 


Experimentou a calça, feita de um tecido leve, já que sua saia já pesava o suficiente. Caminhou pela sala, pulou, levantou a perna, a outra e feliz, virou radiante para sua fiel costureira.


— Está perfeita, Kurenai. 


— Fiz o meu melhor, alteza. 


— Muito obrigada. 


— Não deve agradecer, majestade. És minha rainha, devo servi-la. 


— Claro que devo. — Ino virou para o espelho e continuou testando a calça e sua desenvoltura com ela. — Não contou ao meu marido o que fizemos aqui, além de ter se dedicado a uma ideia maluca. — A mulher sorriu sem graça e foi até a mesa, puxando um livro antigo e surrado de sua gaveta.


— Eu achei o livro do meu pai. — A Uchiha virou surpresa para a Yui e sorriu largo. — Eu espero verdadeiramente que isso ajude o nosso reino. — Ela caminhou até a rainha e ofereceu o livro surrado.


— Você não faz ideia do quanto está ajudando, Kurenai. Mais um motivo para agradecê-la. — Ao pegar o livro, tocou as mãos da mulher e sorriu para ela. — Obrigada, vou fazer de tudo para ajudar Itachi. 


Ino saiu dali com a certeza que encontraria respostas naquele livro, e com essa confiança foi até sua sala de treinamento, que na última semana tinha pedido para um dos guardas colocar uma mesa e cadeira. Sentou-se em sua mesa e abriu o livro, começou a folhear devagar, tinham alguns desenhos de plantas, legumes e até mesmo de estruturas para plantação. Aquilo era um tesouro, o pai de Kurenai tinha sido perspicaz só por ter pensado em tudo aquilo, porém, a ideia de escrever e deixar tudo muito bem explicado, tinha sido genial.


Ela estava esperançosa, parecia ter a solução de todos os problemas em suas mãos, então, pegou um papel e sua pena e começou a estudar como fazer aquilo funcionar, pois ela faria funcionar, nem que passasse dia e noite enfurnada naquela sala.






Notas Finais


E aí, oq acharam? Conta pra gente suas teorias e não se esqueçam que estaremos aqui para a próxima att 💜


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