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História Casulo de Seda 2 - ItaIno - Noite interessante


Escrita por: HatakeSaturn
e HU31

Notas do Autor


Helloo! Voltamos...
As duas autoras estão trabalhando feito dois camelos, mas a gente sempre volta pra atualizar nosso bebê 🥰

Capítulo 21 - Noite interessante


Fanfic / Fanfiction Casulo de Seda 2 - ItaIno - Noite interessante



Ino estava impaciente, era a primeira vez em sua vida que não conseguia ler tranquila um dos seus livros favoritos, que pediu para a rainha Hinata mandar do reino da Lua, Sasuke estava plantado perto da porta de sua sala de treinos e não tirava os olhos de si. Kurenai folheava outro livro, também trazido do reino da ex-Yamanaka, sentada em outra poltrona. Estava um silêncio sepulcral, porém a rainha odiava ser observada, vigiada e acuada daquela forma. 


— Não lembro de ter pedido outra dama de companhia. 


Ino colocou o livro no colo olhando para o príncipe, que seguiu impassível onde estava. Kurenai apenas olhava de um para o outro, pensando quando precisaria se esconder, afinal, ali não era a biblioteca. O arco e flecha da Uchiha estava a poucos metros de si e o general tinha uma espada em sua cintura; ela estava apreensiva. 


— Não pediu, mas fui incubido de sua segurança.


— Estou dentro do castelo, meu arco e flecha estão ali — apontou. — Obrigada, estou segura.


— Não discuta, cunhada, estou cumprindo ordens do seu marido. Também não estou feliz com isso, poderia estar fazendo melhor uso do meu tempo.


— Nisso concordamos. — A loira soltou o ar com raiva e antes que pudesse continuar, batidas na porta foram proferidas. — Entre. 


— Desculpe incomodar, majestade. — O guarda reverenciou a rainha. — General, seu irmão pede sua presença imediatamente na sala tática. 


— Salva pelo mesmo que lhe colocou nessa situação. — Sasuke sorriu debochado e a rainha quis atirar uma flecha em seu cunhado, que saiu rapidamente para nem ouvir a sua resposta, deixando as duas mulheres finalmente sozinhas.


— Kurenai, vamos aproveitar e ir olhar a plantação. 


— Claro, majestade.


As duas saíram a passos apressados, desceram as muitas escadas até a sala que tinham escolhido para a sua experiência. Entraram e a Yui fechou a porta, Ino olhava as plantas, que mal haviam saído de apenas uma semente para um pequeno broto, murchas. Aquilo a desanimou, o que estava fazendo de errado? Seguiu todas as informações que tinha no livro e mesmo assim não obteve sucesso em seu teste. Olhou para sua amiga e deu de ombros, dizendo que deveria estudar mais para poder continuar os seus testes.


De qualquer maneira, as duas molharam os brotinhos e em seguida saíram dali, tendo a certeza de que ninguém as veria. Caminharam tranquilamente quando já estavam no andar onde só circulavam membros da corte. Ino pediu para que Kurenai fosse até a cozinha e pedisse para a cozinheira que preparasse um chá e cortasse pedaços de bolo. Ela seguiu caminhando e ao subir a escada encontrou Shikamaru, ficou feliz ao vê-lo e pediu para que a acompanhasse até sua sala de treinos, queria mostrar para ele o lugar. Além de que adoraria que visse ela treinando para ver se ela tinha melhorado desde que ele deixou a Lua. 




[...]




— Os homens invadiram o vilarejo, roubaram toda a comida do armazém e atearam fogo em algumas tendas da feirinha de rua da praça central. 


— E ninguém… — Apertou a ponte do nariz e soltou o ar com força. — Nenhum soldado impediu isso?! — Itachi socou a mesa, irritado.


— Majestade, eles eram muitos, só ficam 10 guardas no armazém e na praça central mais 15. — Asuma explicava. — Eles atacaram em bandos de 20 a 30 homens. 


— Estão aumentando os grupos, isso quer dizer que Fugaku está conseguindo mais apoio dos civis. — Shisui concluiu.


— Precisamos de mais homens nos vilarejos e nos armazéns! — O rei gritou e passou a mão no cabelo, nervoso. — Tenho que lhes dizer o óbvio! 


— Vamos ter que tirar de outros lugares, majestade. — Asuma observou, preocupado.


— Precisamos de mais apoio militar, alteza. — Shisui olhou para Itachi, que parecia tentar pensar em alguma solução e nesse meio tempo Sasuke entrou pela porta. 


— O que está acontecendo? — O príncipe perguntou, e Shisui explicou novamente ao mais novo, que logo teve uma ideia. — Envie uma carta para a rainha Hinata, irmão, aproveite a ida de Inoichi e peça a ajuda da Lua.


— Por que eu… — Sua frase morreu quando entendeu onde seu irmão queria chegar. O reino da Lua tinha o segundo maior exército, agora deveria ser o primeiro pelo desfalque que houve no seu. Hinata não se negaria a ajudar, muito pelo contrário, ela estava sendo uma grande aliada da reforma de seu reino. — Você é um gênio.


— Precisamos disso, e rápido, antes que eles juntem pessoas o suficiente para não ter mais volta. 


— Vou pedir a Inoichi que converse com Hinata em meu nome, por enquanto… — Itachi olhou para o irmão. — Sasuke, escolha homens de sua confiança e vá para o vilarejo, precisamos conter o caos que os rebeldes estão fazendo.


— E em relação aquela minha… tarefa.


— Eu cuido disso, mas tenha cuidado. Vá com a armadura completa, ninguém pode saber que é você.


— Sim, majestade. 


Itachi respirou fundo, estava apreensivo, não queria mandar seu irmão para o conflito, quase o perdeu. No entanto, Sasuke e Shisui eram os únicos em quem tinha completa confiança. Asuma deixou a sala com ordens de ajudar na segurança dos armazéns de comida, e Shisui olhava seu rei preocupado. Era complicado tudo que estava acontecendo, era realmente uma maldita guerra civil e ele não tinha muito o que fazer, a não ser proteger seu rei e sua rainha de qualquer infortúnio.


— Você deveria tomar um banho e descansar um pouco… 


— Ainda é cedo para isso, Shisui. — Tirou suas mãos da mesa e deu as costas, passando as mãos pelo rosto, tentando se acalmar para baixar a adrenalina que ainda corria em suas veias.


— E quando o fará? — perguntou, preocupado, pois sabia que ele não dormia bem há meses. — Agora é o momento, não temos muito o que fazer a não ser esperar. 


— Não consigo dormir sabendo que meu irmão está lá fora — disse apontando para um ponto qualquer, nervoso.


— Ele vai ficar bem, Sasuke sabe se cuidar, ele é um ótimo general, Itachi. 


— Eu sei… — O rei sorriu, orgulhoso do caçula.


— Ele parece mais com você do que pensa.


— Eu vou deitar um pouco, me acorde para o jantar.


— Como quiser, alteza. — Shisui curvou-se levemente e viu seu rei sair pela porta. 


Itachi caminhava devagar pelo corredor, quem queria enganar? Estava exausto, deitava junto com sua esposa, mas levantava algumas horas depois já que não conseguia dormir. Seu cérebro parecia lhe punir por ter assumido o trono de maneira tão sanguinária. Matou o próprio pai e estava enfrentando o que lhe era de direito, o pagamento pelos seus pecados tinha chegado ainda nesta vida para lhe assombrar. Chegou no corredor que levava ao seu quarto, mas ao chegar na porta de seus aposentos, ouviu algumas risadas e a porta ao final do corredor entreaberta. 


Itachi engoliu em seco e franziu o cenho, deu passos lentos e silenciosos e seu coração parecia ter parado ao ver sua esposa rindo e dando um tapa no ombro de Shikamaru. Estavam perto demais, na sua concepção, Ino segurava seu arco perfeitamente, a flecha entre seus dedos foi esticada junto a corda.


— Ino, a perna esquerda um pouco mais para trás. 


— A mesma coisa que você fala há anos e nunca errei uma flecha… — A loira revirou os olhos ajeitando sua perna para o local indicado.


— Pediu para que eu lhe dissesse o que estava errado… — O Nara cruzou os braços. — E continua fazendo a mesma coisa com o cotovelo… Aqui. — Shikamaru pegou no braço da ex-Yamanaka e ajeitou o cotovelo na altura correta, assim como com a outra mão forçou na parte superior das costas para que ficasse ereta.


— Assim, senhor perfeitinho? — Ela soltou a flecha que acertou em cheio o ponto vermelho no alvo. — Viu? 


— Vi, vi também que sua flecha foi mais rápido. Deceparia uma cabeça…


— Não exagere! — A loira gargalhou. — Sabe que isso é impossível. — O homem deu de ombros. 


Itachi não conseguia mexer um músculo, era como se seu sangue congelasse em suas veias, a mesma medida que sentia sua pele pegar fogo. Como era possível que tivesse tanto problema em conversar e ter sua presença apreciada por sua própria esposa. Ela tinha esse carisma que todos se encantavam por ela, mas ela era sua, apenas sua. Ino carregava o sobrenome Uchiha, era com ele que era casada, e ela tinha acabado de acordar algo dentro do marido que nem ele mesmo sabia que possuía.


O rei marchou para o quarto e bateu a porta o mais forte que pôde, isso fez com que Ino ouvisse e então fosse até o corredor. Shikamaru perguntou se estava tudo bem e ela disse que sim, mas pediu licença a ele que precisava resolver algo. Seu amigo entendeu e se despediu dizendo que a encontrava no jantar. Ela guardou seu equipamento e respirou fundo antes de entrar no quarto e fechar a porta atrás de si. Olhou ao redor e seu marido não estava ali, estava ficando louca, só podia. Jurou ter ouvido a porta bater, mas a porta da casa de banho estava fechada e tudo do mesmo jeito que deixou da última vez em que esteve ali, só poderia ter sido coisa da sua cabeça. 


Caminhou até a janela, que estava com uma fresta e a fechou. Quando virou deu de cara com Itachi. 


— Céus! — Colocou a mão no peito com o susto que levou. — Você quase me matou do coração, Itachi. — O Uchiha deu alguns passos, fazendo com que Ino andasse para trás e encostasse na parede gelada de pedra. — O que está fazendo?


— Eu poderia fazer a mesma pergunta. 


— Do que… — Ino engoliu em seco quando ele se aproximou ainda mais dela. — O que aconteceu? — disse em um sussurro, seus olhos não conseguiam desviar dos olhos pretos profundos que Itachi possuía.


— Você aconteceu, Ino… — A mão dele escorregou pela lateral do pescoço de sua esposa, até agarrar a nuca com posse. 


— Eu… Ita… — Não conseguiu terminar, os lábios de seu marido cobriram os seus com tamanha propriedade que esqueceu que lhes pertencia. Itachi prendeu a cintura fina em sua palma e trouxe o corpo feminino de encontro ao seu. Ino mal sabia o que fazer, mas apenas seguiu o que lhe era guiado, a língua quente do moreno pediu passagem entre seus lábios e ela os abriu, deixando que ele explorasse sua boca por completo. 


Ino sentiu sua respiração ficar ofegante, assim como seu coração batia forte contra o peito, o que era aquilo? Um beijo, apenas um beijo podia fazer todas aquelas sensações correrem pelo seu corpo, arrepiar sua pele e deixá-la completamente entregue ao homem que a possuía? Itachi selou os lábios nos dela mais uma vez antes de encostar suas testas e olhá-la nos olhos, aqueles olhos azuis que o faziam perder a sanidade, que fazia com que ele se irritasse pelas malcriações e ao mesmo tempo achasse atraente. Os olhos que o acalmavam nos momentos de fúria e que o acolhiam nos momentos de fraqueza. 


— Você era minha mesmo antes de eu tocá-la. — Ino ainda estava desnorteada, pela primeira vez estava sem fala, não sabia o que dizer, e nem mesmo sentia a necessidade de dizer algo. Era dele, agora sabia. — Você é minha, entendeu? — Ela balançou a cabeça devagar, ainda tentava voltar ao estado sóbrio, pois parecia que tinha bebido a ponto de se embriagar e não saber nem onde estava. Itachi tinha esse poder sobre ela? Desde quando? Eram muitas perguntas e ela queria mesmo saber a resposta para todas elas.



[...] 





A noite não havia sido das melhores. Seus olhos azuis vidrados, miraram todo o quarto e pareciam gravar cada detalhe, como se aquela fosse a última vez que estaria ali, mas Ino sabia que não era por este motivo que seu sono tinha a deixado aquela noite. Olhou tantas vezes para o marido, que dormia sereno e particularmente calmo em meio ao inferno que a deixou após aquele beijo, que mal teve tempo de sentir raiva pelo alvoroço que Itachi fez dentro de si.


A movimentação do quarto havia começado e com ela, certamente um novo dia. As criadas sempre deixavam água quente na casa de banho e tudo pronto para o casal real dar início a mais um dia, mas como afirmar que tudo aquilo era comum, como tantos outros após seu casamento? Sentia-se distante da realidade de um contrato e absolutamente incapaz de saber o que seria de seus dias a partir de então. 


Se ela poderia beijá-lo? Se ele a beijaria quando bem quisesse, e ela esperava que não fosse na frente de ninguém, não daquele jeito ao menos. Se ele fingisse que nada havia acontecido? Seu coração apertou ao pensar em tal possibilidade, notando que seu marido tinha finalmente acordado e uma pergunta poderia dar fim ao seu martírio, Ino sentou-se na cama e esperou que Itachi lhe dirigisse o bom dia de sempre, mas nem isso o Uchiha fez. O rei se levantou e seguiu para a casa de banho, saindo pronto para o dia muitos minutos depois e Ino fez o mesmo, desistindo de entender a mente do marido.


Saiu de seu quarto percebendo que a companhia desagradável de seu dia já estava a postos e o sorriso presunçoso de Sasuke a fez revirar os olhos claros. 


— Quer saber uma novidade? — O cunhado tinha o péssimo hábito de sempre deixá-la curiosa demais a ponto de não conseguir fingir que não o via. 


— Eu vou gostar? 


— Não sei, mas houve um ataque ontem e eu liderei a tropa de reconhecimento. — As mãos do moreno estavam enlaçadas em suas costas e o corpo um pouco inclinado para frente, o deixando quase do tamanho de Ino. 


— Isso é triste, mas não é novidade. — E poderia explicar a raiva do marido e todo peso que havia em seu quarto ontem, contudo não entendia onde Sasuke queria chegar.


— Os soldados de Hinata podem estar sendo organizados agora mesmo, cunhadinha. Seu pai deixou o castelo assim que o sol nasceu. 


— Então estamos em guerra? 


— Acho o contrário. — Sorriu para a mulher ao tomar a frente e abrir as portas duplas da sala de jantar para si. — Podemos finalmente ter paz. 


A mulher sorriu para o Uchiha, contente com a forma de Sasuke encarar um problema daqueles. Esperava mesmo que não acontecesse mais nada com o povo daquela terra e que seu marido pudesse ter um pouco mais de paz em seu árduo trabalho. Exatamente no momento que dirigiu seu olhar para o homem, que sentava na cabeceira da mesa, seu sorriso morreu e a preocupação de antes voltava com tudo a sua mente. 


— Bom dia, desculpem a demora. — Acuada pelo olhar negro fixo em si, a Uchiha apenas iniciou a refeição silenciosamente, não dando a devida atenção aos convidados. 


Mesmo que não soubesse o motivo da cara do marido, torcia para que aquele ato não tivesse sido por raiva de ter o vilarejo atacado e claro, perdido alguns civis ou homens de seu exército. Temia que fosse, porém gostaria de calar a voz que insistia no absurdo de ser usada para extravasar sua raiva.  


— Está tudo bem? — Shikamaru perguntou, tomando a atenção de Temari e Itachi, ambos ao seu lado. — Está calada demais, aconteceu alguma coisa? 


Conhecia o Nara desde a infância e sabia que o olhar escuro indicou rapidamente o marido e Ino sorriu, negando. 


— Não estou muito disposta hoje.


— Se alguém lhe fez algo, insisto que me conte, majestade. — Shikamaru pegou sua mão e Temari franziu o cenho, preocupada também, confirmando a fala do seu noivo. 


Ino quis perguntar de uma vez para ambos o que aquilo significava e o que poderia esperar de seu casamento agora, contudo sua mão esquerda havia sido capturada por Itachi, que a levou até os lábios finos, selando o dorso em seguida, deixando a rainha incrédula. 


— Minha esposa está bem, acredite. Eu mesmo garanti que Ino tivesse uma noite interessante. — Os olhos negros encararam os azuis com uma intensidade ímpar e a loira conseguiu apenas confirmar as palavras do rei, maneando a cabeça. 


O sorriso ladino de Sasuke e Shisui foi a última coisa que Ino notou antes que todos se levantassem da mesa ao terminar a refeição. Os convidados passaram por si e mesmo sob o olhar desconfiado do melhor amigo, a loira ficou no local com o pedido mudo do marido e esperou que estivessem mais uma vez sozinhos. 


— Eu não dormi…


— Sei que foi uma noite difícil e que provavelmente está com raiva de mim, mas a menos que não queira e deixe isso claro, eu pretendo continuar o que começamos ontem. 


O silêncio não era mais constrangedor e Ino sentiu um alívio insano ao ouvir as palavras do Uchiha, naquele tom tão baixo e rouco que fazia sua mão suar em contato com a pele do moreno. 


— Eu também quero… 


A loira se levantou pronta para deixar a sala, contudo seu rei a puxou pela cintura, mantendo a outra mão em sua nuca e selou outra vez sua boca, de forma menos intensa, mas parecia ter algo a mais naquele singelo roçar de lábios. 


— Ótimo, mais tarde conversamos. 

 




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