História Cativeiro - Mais um dia comum ?

- Ponto de vista Roberta -

Mais um dia cansativo de trabalho. Desci da minha Scooter G Strider preta, enfrente ao hospital em que eu trabalhava.

Eu era ortopedista e agora estava fazendo um curso suplementar para ser cardiologista. Se eu tinha vida social ? Não, não tinha! Vivo apenas para o trabalho e estudos. Amigos ? Apenas estagiarios na area na qual eu sou formada e colegas de trabalho, mas nada alem disso.

Não tinha estacionamento para motos no hospital, então estacionava minha moto em um estacionamento que ficava ha duas quadras do hospital. Todos os dias levava minha mochila onde tinha a minha roupa de trabalho e coisas para primeiros socorros, alem de maquiagem e absorventes... Coisas de mulher.

Eu tenho 18 anos, e ja sou formada ? Sim, eu sou considerada autodidata, não fiz os anos do colegial/Ensino Medio e ja fui para a faculdade de medicina. Mas não no Brasil onde nasci e cresci e sim na Coréia do sul, muitas pessoas me olhavam "torto" por não ser coreana mas eu não ligava muito para isso.

Hoje o dia foi extremamente cansativo, alem dos pacientes do dia a dia tambem tive que fazer 3 cirurgias, e nessas cirurgias tinham dois estagiarios assistindo, como se fosse uma aula pratica, mas apenas eu mexia no paciente.

Estava morredo de fome, não tive tempo para comer pois na hora do meu "intervalo" estava realizando a cirurgia de um dos pacientes, podia ouvir meu estomago roncar de fome, não via a hora de ir para casa e comer alguma coisa, depois me jogar na cama com a roupa que estava no corpo mesmo.

Ja eram 3:30 da manhã. Tinha terminado meu turno aqui no hospital, meu próximo plantão seria as 15:30 PM do dia seguinte. Minha mochila até parecia mais pesada quando voltava para casa, faltava apenas uma quadra para chegar ao estacionamento de sempre, foi ai que aconteceu.

Uma van de cor preta passava em alta velocidade pela rua, abriu a porta e me puxou para dentro fechando a porta logo em seguida, senti os ossos do meu braço estralando e ficando dolorido onde um homem segurava no meu braço.

Não conseguia ver muita coisa ali dentro estava escuro, minha primeira reação foi tentar fugir, ainda com a van em alta velocidade puxei meu braço com força e tentei me equilibrar correndo até aquela porta por onde tinha entrado. Mas não tive sucesso ja que um homem abraçou por tras minha cintura me fazendo sentar entre as pernas dele, deixando um braço em volta da minha cintura e o outro usava para se segurar.

O que eu fiz ? Nada ...Acho que estava em estado de choque, sentia apenas lagrimas escorrerem pelo meu rosto. Ainda como ultima esperança juntei o resto de coragem que tinha e tentei me levantar e ainda ir para a porta que estava na minha frente. 

Apoiei minha mão na coxa de um homem eu acho que estava ao lado desse que estava me segurando, esse homem gritou de dor e pude sentir algo liquido nos meus dedos.

- PORRA -Esse homem no qual tinha me apoiado gritou.

- Segura ela direito caralho ! -Disse um outro e senti meu cabelo ser puxado com força para tras.

Tanta força que podia jurar que ele tinha arrancado meu cabelo. Apenas deixei que minhas lagrimas termina-sem de escorrer pelo meu rosto, não tentei mais nada desde então.

Depois de alguns minutos a van parou e eles abriram a porta. A luz que veio direto na minha cara me cegou por alguns segundos, mas não tive tempo de raciocinar. Me empurraram para fora me fazendo cair no chão, não ralei meus joelhos ja que estava com uma calça jeans. E agora que olhei para os lados que porra de lugar estou ?