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História Catradora - Afetos são adoráveis. - Amizades de tempo.


Escrita por: Skidow

Notas do Autor


Não morri. só bateu um bloqueio e preguiça.

Agradeço muito a todo feedback, sério, vocês são demais.
Boa leitura

Capítulo 8 - Amizades de tempo.


Fanfic / Fanfiction Catradora - Afetos são adoráveis. - Amizades de tempo.

Amizades. Algo essencial para nossa vivência, seja para compartilhar um meme ou foto de gatinho, até mesmo um segredo.

As melhores são aquelas que mesmo sem contato, continuam amigues.

As valorizem pois essas são as melhores.

Talvez, só talvez Catra e Adora sejam essa amizade.

Ou talvez não.

Quem sabe?

POV'S ADORA

Tá tudo bem Adora, é só Catra, é só cuidar do machucado dela e pronto, só isso.

Ela é sua amiga e você prometeu cuidar dela.

Nós estamos no meu apartamento, Melog está andando por aí explorando e Wind ainda está do lado da Catra.

— Você vai precisar lavar o machucado, pra depois cuidar. Tem um banheiro a segunda porta a direita. — Apontei a onde era o local.

— É pra eu tomar banho?

— Banho não, pra lavar os machucados principalmente da perna, mas se quiser fique a vontade, eu pego uma toalha pra você, acho que tenho alguma roupa que vai te servir. — Vou pegar a pomada, começo a andar até o banheiro, Catra me segue e Wind também.

— Como eu vou tomar banho? Minha mãos estão raladas, não consigo nem fechar. — Catra pontua.

— Ah! Lava as mãos primeiro ou você quer que eu te ajude? — Pergunto, mesmo que eu não faça ideia de como eu posso ajudá-la.

— Só quero que pare de doer.

— Tá... Entra no banheiro, ai eu te ajudo com o machucado.

— Não precisa, acho que consigo tomar banho sozinha, qualquer coisa eu te chamo, ok? — Fala, aceno com a cabeça, aponto novamente onde é o banheiro, Catra vai até lá.

Começo a procurar uma toalha e pomada, e tudo mais o que for precisar, separo também uma roupa, pego um shorts vermelho com detalhes na lateral em branco, bem solto ao corpo, pra facilitar dela coloca, uma camiseta preta, acho qua faz mais o seu estilo, e roupas íntimas.

Caminho até a porta do banheiro, dou umas batida.

— Pode entrar. — Catra responde.

— Vou deixar a roupa e a toalha em cima da privada. — Ando até a privada com a minha mão no olho, não quero invadir sua privacidade, coloco as coisas lá. — Pronto tá tudo aqui, qualquer coisa é só me chamar. — Falo novamente, saio sem esperar uma resposta.

(...)

Estamos sentadas no sofá, a perna direta de Catra está sobre a minha, para que eu possa cuidar, esse é mais complicado por ter sido onde ela mais se machucou, os outros até que foi fácil, foi só passar uma pomada, para ajudar na cicatrização.

Depois de um tempo com pomada passada, curativo feito, instruções dada de como cuidar, principalmente dela ter que trocar todo dia o curativo.

Eu não sabia o que fazer, Catra não tirou sua perna de cima da minha e nem dava sinal de que o faria, porém não faço questão de que tire.

— Por que você me beijou? — Catra pergunta derrepente.

— O que? — Questionei confusa, eu tinha beijado ela?

— No meu aniversário de 16 anos, você me beijou, por que? — Insistiu mais ainda na pergunta.

Ook.

Não sei como responder isso.

Nem sei porque eu a beijei, só parecia que era isso que eu deveria fazer.

— Eu não sei. — Fui sincera. — Você pediu e como era seu aniversário, pensei "porque não?" — dei de ombros tentando deixar a conversa mais casual.

— Então você só me beijou porque era meu aniversário?

— Basicamente sim.

Acena positivamente com a cabeça, parecia chateada, será que ela acha que eu não queria a beijar?

— N-não que eu não quisesse te beijar, é-é que fiquei surpresa com o pedido. — Falo desesperada. — Ma-mas eu queria ter beijar, só fiquei surpresa, é eu queria. — Devo estar fazendo um cosplay de tomate com o quão vermelho meu rosto deve estar agora.

Catra solta uma risada, ela sempre gostou de me deixar sem jeito ou constrangida, esse e uns dos seus hobbies preferido. Porém ela não fala nada, em vez disso seu olhar para sobre um porta-retrato na mesa de centro, nele tinha uma foto minha e dela quando crianças, estou dando um abraço de lado na Catra enquanto a mesma estava mostrando a língua pra mim.

— Quando você saiu do orfanato, eu fiquei chorando por um bom tempo, antes de dormir. — Catra solta um suspiro profundo. — No inicio eu fiquei com muita raiva de você, como mi amigue disse, passei por todas as fases do luto. — Solta uma risada sarcástica. — Negação; raiva; barganha; depressão; aceitação.

— Eu também, não queria ter deixado você la sozinha...

— Mas deixou. — Catra interrompe de uma maneira abrupta. — Assim que você saiu SW fez questão de deixar claro, que você só foi fazer faculdade no fim de mundo por minha causa, que se não fosse por mim você estudaria em uma faculdade mais perto, que como foi bom que você saiu e se afastou de mim... — Seu olhar era distante, seu tom era melancólico. Ela estava se segurando pra não chorar. — Assim você teria um "estorvo" a menos na sua vida, que eu só estava te atrasando.

— E-eu sinto muito. — Catra faz sinal de negação com a cabeça, me interrompendo e retira sua perna de cima da minha, sentando olhando fixamente pra foto na mesa.

— O pior é que eu acreditei nisso, ou queria acreditar, parecia mais fácil acreditar, que você foi embora por tanto tempo porque eu era um "estorvo" do que você só foi embora porque queria seguir seu sonho. — Catra encosta suas costas no encosto do sofá. Repito seu movimento. — Parecia mais fácil assim, você sempre quis ser veterinária afinal.

— Catra eu sei que errei, eu só demorei pra te falar sobre a bolsa, porque eu passei na risca, tirei a mesma nota que outra pessoa, eles demoraram pra analisar quem ficaria com a vaga.

— Por que não me contou? — Falou com tom irritado.

— Medo eu acho, e-eu não sei, tinha estudado tanto, pra depois nem passar direito. — Solto um suspiro frustrada.

— Medo do quê Adora? — Pergunta novamente mais firme.

— Eu não sei! — Acabo me exaltando. — Acho que foi medo te falar que eu não tinha "passado" é como se eu fosse dizer "eu olha eu sou um fracasso e não consegui, passar numa prova idiota, que passei horas estudando" — Suspiro. — E ainda tava rolando todo aquela briga sua e da SW, você já estava toda estressada, não queria te causar mais uma preocupação, sei que também estava preucupada por mim. Desculpa por tudo, eu sinto sua falta.

— Tanto faz, não é como se eu realmente ligasse pra isso afinal, acho que me acostumei a não ter você, quando tinha uma tempestade. — Isso doeu como uma faca. — Desculpa qualquer coisa também, acho que também fui babaca.

— Tá desculpada. — Respondo a imitando.

A mãe da Glimmer, minha melhor amiga, sempre disse que a melhor amizade, é aquela que você pode ficar anos sem se falar, que quando voltam a ter contato, parece que sempre se falaram.

Talvez eu e Catra sejamos essa amizade, não importa quanto tempo fiquemos sem nos falar, sempre vamos ter essa amizade. Como se fosse uma conexão, que não se pode romper.

— Eu quero te conhecer! — Disse de supetão.

Derrepente o universo me ilumina com uma idea, talvez, não tão genial, como se fosse uma lâmpada que acende acima da cabeça, penso; E se eu conhecer a Catra novamente, não só para recuperar o tempo "perdido" mas saber de seus pontos de vista sobre as coisas, porque ela me falou, não porque a conheço desde crianca.

— Como assim, idiota? — Catra me questiona.

— Quero te conhecer. — Viro meu corpo para sua direção. — Faz tempo que não nos falamos, deve ter um monte de coisa sobre você que perdi como; namoros, faculdade esse tipo de coisa, então... — Minha voz foi diminuído, toda aquela coragem que eu tinha antes, sumiu.

— Então o que? Desembucha!

— Você topa, tipo assim, sair comigo pra algum lugar, pra podemos nos conhecer? — Pergunto desviado o olhar.

— Tá eu topo.

— Ok... pra onde? — A chamei e não fazia a mínima ideia de onde levá-la.

— Você que me chamou.

— Ah é, gosta de cafeteria?

— Sim.

— Então na frente de onde trabalho tem uma, é um pouco longe daqui, mas prometo que é muito bom.

— Você trabalha naquele petshop, com um letreiro vermelho não é? — Pergunta e aceno positivamente com a cabeça, será que ela já me viu lá? — Sei onde é, hora e data pra mim, preciso sair. — Se levanta do sofá.

— Pode ser no sábado as 4 hora da tarde? É quando saio do serviço. — Entrego a ela a pomada que passei nos machucados.

— Pode sim, viu Melog? Ele sumiu.

— Acho que ele foi no meu quarto, pera aí. — Sem esperar nenhuma resposta dela, vou até meu quarto.

Chegando lá encontro ele, sobre a minha cama deitado sobre o meu travesseiro, de barriga pra cima, com a cabeça quase caindo pra fora, Wind está em cima da cama também, deitado de lado com a cabeça na direção que Melog está deitado. Com cuidado pego o bichano, que mia em desagrado, mas logo se aconchega em meu colo, realmente era muito preguiçoso.

Caminho novamente até a sala, e o entrego até sua dona que o prende na coleira, ela não cosiguiria o levar no colo.

— Até sábado as 4 horas da tarde, na cafeteria, te espero lá. — Catra diz já na porta, pra sair.

— Até. — Digo apenas.

Catra acena e sai, a observo caminhar até o elevador, onde entra. Volto para dentro e sento no sofá, Wind aparece e apoia sua cabeça na minha perna pedindo carinho.

— É Wind... Talvez o destino esteja dando uma nova chance pra gente, espero que eh consiga aproveitar.

Talvez eu possa voltar a ser sua amiga novamente. 


Notas Finais


Feedbacks são bem vindos.


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