História Cause I love everything, about you - Se deixasse dor, não deveria ter entrado amor

(Juh POV)

Não é possível voltar atrás e mudar o começo, mas é possível parar, começar novamente e mudar o fim! Os ventos as vezes nos tiram algo que amamos, são os mesmos que nos trazem algo que aprendemos a amar. Por isso, não devemos chorar pelo o que nos foi tirado, mas sim aprender a amar o que nos foi dado, pois tudo aquilo que é realmente nosso, nunca se vai para sempre.

Mas... E se tudo o que te fez mal de repente retornasse através de uma pessoa? E se você se visse perdendo o que custou conquistar apenas por ter guardando um segredo? 'E se?' 'E se?' 'E se?'. A maiorias das perguntas começam com essas duas palavras mas, 'E se' não houver resposta? Quem sabe um 'talvez não seja assim tão fácil ' ou então 'talvez esteja imaginando coisas e tudo ficará bem'.

Na verdade nada ficará bem, foi como se um filme tivesse passado pela minha cabeça: dois anos, exatos 730 dias, milhares de horas e milhões de segundos, cada um deles desperdiçados por orgulho de não correr atrás do que eu queria e só resolver ir agora, logo agora que tudo se enrolou novamente porque ELA resolveu voltar sem ao menos avisar.

Vieram Nathan, Caique e Jessica me enchendo de perguntas as quais eu fingia não ouvir, já que faltava a coragem de admitir a mentira. Ter mentido por ela, por mim, por pessoas que ao menos conheço, mas também ter colocado em risco relações importante em minha vida por causa de uma mentira.

Mentira, só leva a verdade cedo ou tarde, e quanto mais tarde, mais dor, quanto mais dor, mais perda.

Eu estava com medo, medo de ter estragado tudo, medo de ser julgada e incompreendida, tendo dentro de mim a sensação de sentir do próprio medo, mas... 'E se' eu não encara-los? Até onde você iria por medo? Isso, você caro leitor: você levaria pro tumulo um segredo ou resolveria tudo mesmo correndo o risco de botar tudo agua abaixo... Eu fico com a segunda e mais difícil decisão: encarar meu medo!

- Nathan, posso falar com você! Juro que depois ajudo vocês ai não me olhem com essa cara - eu disse para Caíque e Jessica que me encaravam com a cara "continua que eu te bato" - Vem comigo?

- Tudo bem, já volto - Nathan disse largando a vassoura já que eles limpavam a casa toda apos a quase destruída festa de noivado de Jessica e Caique - O que foi? Aconteceu alguma coisa? - Nathan disse se aproximando e segurando meu rosto.

- Aconteceu, ha dois anos.

- Me fala - ele insistiu.

- Aqui não, vamos lá pra cima.

- OK!

- Se eu escutar gemido de vocês eu juro que pego agua gelada e entro lá - Caique gritou enquanto nós subiamos.

Minha cabeça estava tão focada que nem deixei me levar por esse comentário dele e continuei arrastando Nathan comigo.

(...)

- Você o que Julia? Porque você fez isso? - Nathan gritou apos escutar toda a historia de ter escondido sobre Lany.

- Por favor não me julga, eu não podia contar por mais que eu quisesse. Eu queria te contar, juro que sim - eu respondi caminhando para teu lado

- E porque não contou hein? - ele disse me impedindo segurando meus pulsos com força - Prefiriu acobertar o hospital do que conversar com seu namorado é? O que eu sou pra você? Me diz? Eu nunca fui um nada né?! Porque se eu realmente fosse não teria escondido nada de mim, eu sempre fui tudo por você Julia, tudo! Mas você não se mostrou nem a metade por mim. Quer saber eu cansei! - ele disse soltando meus braços e ao olhar para o lugar que ele segurava havia marcas vermelhas de seus dedos e o lugar doía muito.

- Do que você cansou? - respondi de cabeça baixa ainda olhando meus braços.

- Cansei de você, cansei dessa vida, alias cansei de fazer parte da sua vida quer dizer, eu nunca fiz ne? Senão não mentiria pra mim.

- Mas eu não menti! - eu gritei chorando

- Ah não?! Então o que você fez? Vai diz, você me traiu, me escondeu algo tão grave assim.

- Para com isso amor

- NÃO ME CHAMA DE AMOR SUA VAGABUNDA! - ele gritou - E porque você ta chorando?

- Porque você me machucou - disse mostrando meus pulsos na esperança de que ele se acalmasse.

- Isso não foi nada comparado - ele disse deixando o pensamento no ar

- Ao que?

- Boa pergunta, mas a resposta é melhor ainda! - Nathan respondeu.

Não houve mais nenhuma palavra dita, somente um som que ecoou por toda a extensão de meu quarto e logo apos ele a dor. A dor que queima, que faz chorar como senão houvesse amanhã, eu levei minha mão ao rosto e enquanto as lagrimas caiam o mesmo ardia. Eu nunca imaginei que Nathan um dia faria isso comigo, nunca imaginei que ele ao menos alterasse a voz para mim mas não ele fez pior. Ele me bateu!

Eu o olhei entre os cabelos que pendaram em minha testa e ele me encarava com certo ódio no olhar, desviei meus olhos dos dele e me levantei, caminhei ate o espelho e vi ali em meu rosto a marca dos dedos do homem que eu amo, passei a mão ali na tentativa de que a dor fosse embora, tentativa falha é claro.

A covardia era tanta que não tinha vontade de me virar e ve-lo ali, permanência de cabeça baixa encostada ao espelho e senti alguém tocar meu ombro me assustando. Me virei e era ele, com lágrimas nos olhos me encarando querendo entender tudo mas ele sabia a razão de meu choro, eu sabia e sentia muito bem, mas era covarde demais para assumir.

- Tira a mão de mim! - Foi o que consegui dizer

- Julia eu

- Já falei pra tirar a mão de mim - eu disse o afastando

- Me desculpa meu amor, não sei o que deu em mim, eu... eu sinto muito, esse não sou eu

- Não não é, o que eu to vendo aqui é um covarde que bate na mulher que supostamente ama, eu não quero te ver Nathan. Eu tenho nojo de você!

- Me perdoa amor, pelo amor de Deus.

- Sai daqui, eu não quero te ver, não quero sentir você, não quero respirar o mesmo ar que o seu! Eu já falei, eu tenho nojo do que você se tornou, nojo de amar você. Se você acha que isso ficara impune você esta redondamente enganado. Eu vou te denunciar Nathan, imagina nos holofotes: Cantor teen é preso por bater na namorada

- Você não faria isso Julia, eu te amo, não faz isso você vai acabar com a minha vida!

- Pensasse nisso antes de encostar a mão em mim! O que ta fazendo aqui? Sai agora, sai da minha casa, sai da minha vida, eu odeio você!


Não dissemos mas nada, Nathan só assentiu e saiu porta afora, eu corri ate a mesma e a tranquei, me sentei atrás por ali e ali desaguei, eu queria ser forte o suficiente para enfrentar isso de cabeça erguida mas eu não sou nenhum pouco forte. Ali eu despejei todo o meu ódio e decepção juntos em um monte de lagrimas e mais lagrimas.

Odio por o amar, decepção por ele me machucar.


"Por muito tempo eu brinquei de ignorar
O que você fez, e o que você fez?
Me roubou de mim
Me deixou assim
Implorando por pedaços
Desse nosso amor que é tão errado"

Esse amor tão errado - Manu Gavassi