- Yukino... - disse Natsu, tão descontente quanto eu pela visita inesperada dela.
- desculpe, eu não queria atralalhar, mas é que, eu precisava falar com você, com você e com Lucy. Prometo que não vai demorar.
Eu olhei de canto para Natsu e sabia que a decisão era minha.
- não vejo problema. - acho que eu já havia vencido nossa disputa, não tinha por que temer.
Escutei Natsu suspirar, então desceu o restos dos degraus.
- senhoritas, me acompanhem por favor. E aqueles que ficam, prometo que não vou demorar.
Natsu nos guiou até seu escritório, quando ambas entraram, ele fechou a porta.
- por favor, seja breve. - pediu ele.
- tudo bem. Eu vim aqui para me desculpar com vocês, principalmente com você Lucy, eu não devia ter feito e dito aquelas coisas. Eu peço que me perdoe.
Eu seria uma má pessoa se dissesse que não acreditei em suas desculpas?
- Lucy, eu sei que te magoei, mas agora eu percebo que errei.
- tudo bem. Se é meu perdão que você quer, eu a perdoo.
- ho, Lucy, você é um anjo.- exclamou ela me surpreendendo com um abraço, pela cara que Natsu fazia quando olhei para ele, eu não era a única que foi pega de surpresa com esse ato repentino. - muito obrigada. - agradeceu, doce e inocente, pelo menos é isso que ela aparenta, pena que ja conheci sua verdadeira face. - e Natsu...- começou ela, me largando tão rápido quanto me abraçou. - desejo que possa me perdoar, e que possamos voltar a ser amigos. Eu o amo e não quero perder sua amizade. - incrível, ela o ama, e nem se importa de dizer isso ma frente da noiva dele.
- bom, se Lucy consegue te perdoar, eu acho que também consigo. Só espero que isso não se repita.
- não vai!... - disse ela pulando em seus braços. Passou por minha cabeça afastar ela dele pelo cabelo, mas era melhor não, eu era uma dama, então resolverei isso como uma dama.
- bom Yukino, se ja esta tudo bem, peço sua licença, mas temos um almoço agora. - expliquei pegando sutilmente a mão do Natsu e o puxando para mim. - tchau. - acenei para ela, propositalmente ou não quis mostrar a aliança que Natsu me deu.
De volta a sala, os parentes do Natsu ja não estavam mais, provavelmente estavam reunidos na sala de jantar.
- tchau Natsu, tchau Lucy. E boa sorte.
Ela saiu, e eu olhei para Natsu ao meu lado, será que ele acreditou nela?
- bom, Lucy, vamos nos juntar a eles. - falou me oferecendo sua mão.
Entramos na sala de jantar e a atenção de todos se voltaram para nós, os cavalheiros se levantam para me cumprimentar, Natsu puxou uma cadeira para mim, e assim que estava em meu lugar ele se sentou ao meu lado.
- espero que não tenha tudo ocorrido bem com a conversa. - comentou minha mãe.
- sim, não se preocupe, ela veio se desculpar pelo seu comportamento.
- coitada, tem o noivo roubado e ainda tem que pedir perdão para a amante. - disse meu pai, ele não pararia até estragar a reputação de Lucy para todos.
- papai, se insinua que Lucy era minha amante, tenho que dizer que esta errado. E se for ficar aqui para insulta-la, peço que se retire da minha casa, pois não vou permitir que insulte minha noiva.
- você me expulsaria da sua casa, por ela.
- não só por ela, mas por todos aqui presente. Eu quero um almoço tranquilo com a minha família.
- esta bem, eu me calo.
- muito bem. Senhorita, não pude deixar de perceber que você surgiu do andar de cima. Por um acaso a senhorita esta morando aqui? - perguntou minha avó.
- sim, senhora.
- mas por que? Não me diga que seus pais a expulsaram de casa.
- precisamente não. Eu sai de casa.
- e veio morar com um homem viúvo. Isso não é bom para sua reputação.
- bom vovó, ela ficou aqui para cuidar dos estudos da Nashi.
- Natsu Dragneel, você se envolveu com uma criada. Meu Deus! - exclamou a senhora escandalizada.
- se acalme vovó. Ela não é uma criada, é uma senhorita de muita boa educação que se dispões a ensinar Nashi.
- a claro. Finjo que acredito.
- Lucy vem de uma boa família.
- claro, de que família ela é?
Natsu ficou calado e olhou para mim buscando a permissão de dizer, eu não tinha mais por que esconder.
- sou uma Heartfilia, senhora.
- Heartfilia... a senhorita é de Hargeon, tenho alguns conhecidos la.
- a senhora conhece minha família? - não seria algo bom se conhecesse.
- não. Mas conheço seu sobrenome, ouvi que uma senhorita da casa dos Heartfilia abandonou um jovem Eucliffe no altar, o coitado ficou arrasado. - a ultima coisa que Sting poderia ser é um coitado.
- não acho que tenha ficado tão arrasado, a garota deve ter tido seus motivos para fugir. - interveio Natsu.
- talvez, mas soube que eles estavam noivos desde crianças, o coitado estava apaixonado. - ele não estava apaixonado, ele estava doente, completamente louco.
- talvez esse amor tenha se tornado uma doença. E eu acho melhor não julgar as pessoas sem saber seus motivos. vovó.
- ai! Chega de conversa eu estou com fome. - berrou Nashi do outro lado da mesa.
- filha, não grite na mesa, não é educado. - repreendeu Natsu.
- eu concordo com a Nashi, vamos deixar para conversar depois que a comida estiver servida. Também estou faminta. - tudo para acabar com aquele assunto.
- claro. - concordou Natsu dando sinal para que a comida fosse servida.
~♡~
A mulheres e eu nos reunimos no jardim, depois do almoço, Natsu ficou dentro de casa discutindo com seu pai algo que não quero saber no momento.
Grandeeney brincava com a Nashi logo a frente. Apesar da idade ela parecia muito disposta. Não pude deixar de rir, provavelmente eu ja estaria ofegante a essa altura do campeonato.
- é lindo ver elas juntas não é? - comentou a avó do Natsu
-sim...
- ter um neto é como ter uma segunda chance de fazer tudo oque não fizemos para os nossos filhos, de não cometermos os mesmos erros.
- você acha que cometeu muitos erros como mãe?
- sim... é minha culpa ele ser assim hoje, eu ensinei que era o certo ter tudo em seu controle se não ele cairia. - isso explica sua mania de querer controlar o Natsu. - mas agora eu vejo meu neto, ele sempre seguindo seus instintos, sendo surpreendido, escrevendo uma pagina a cada dia sem querer saber se o futuro será de sol ou tempestuoso, apenas lutando pela felicidade.
- Natsu é um grande homem, sempre foi muito bom comigo.- mais do que qualquer outra pessoa ja foi boa comigo.
- nunca pensei diferente. E vou te dizer a mesma coisa que disse a primeira esposa dele: cuide do meu Natsu, ele é alguém que você não vai desejar perder.
- a senhora esta me dando a bênção para casar com ele?
- sim, garota. Eu vi como ele a defende e Natsu te levaria ao altar mesmo se eu o proibisse.
- provavelmente. - comentei rindo, pois era verdade.
- posso te dar um concelho?
- pode.
- quando você e meu neto tiverem um filho, de a chance da sua mãe de tentar de novo, Layla e uma boa mulher, só se casou com um mau homem.
- você a conhece?! - ela disse antes que não conhecia minha familia.
- sou velha, menina, conheço muitas pessoas, e sei me fingir de boba mas estou atenta a tudo.
- seguirei seu concelho, senhora.
- ja que pretende seguir meus concelhos, te darei mais um. Saia da casa do Natsu enquanto não estão casados, não é bom para reputação de vocês, aconselhe Natsu a mostrar a todos que esta a cortejando, e evitem contatos mais íntimos, vocês são jovens e se deixam levar muito pelo calor do momento.
- ela esta certa, não será bom se alguém os pega de novo daquela forma embaraçosa no sofá. - comentou Mavis que estava em silencio esse tempo todo.
- Mavis! - exclamei envergonhada.
- desculpe é que a senhora Grandeeney comentou comigo.
- alguém pode me explicar essa historia? - pediu a avó.
- não! - disparei.
- sim! - disse Mavis.
Por favor alguém me tira daqui.
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