História Cavaleiros do zodíaco- Universo caotico - O fim de uma guerra!

Depois do grandioso golpe de Sayumi, que englobou toda a esperança do universo, Caos ainda estava de pé, no entanto ele parecia estar completamente fora de si, instável. O deus primordial então se envolveu em toda sua energia, prestes a explodir, o que desencadearia em um novo big bang. No entanto, antes que a energia pudesse avançar, ela por si só parou. Foi então que Soruzu apareceu e revelou a eles que Caos possuía um total de dezessete personalidades, e a pior delas havia tomado o controle após as grandes guerras que tomaram conta do universo. No entanto, a personalidade mais justa deles havia percebido o impulso maligno dentro de si, e colocou em ação seu plano milenar, que no final cairia sobre aquele momento. O casulo de energia que concentrava a força da criação começou a brilhar novamente. Foi então que uma criatura de pura energia surgiu de dentro daquele imenso casulo, comunicando-se apenas com Sozuru que entendeu o recado, saindo do grande templo caótico indo direto para a grande guerra que acontecia no confins do universo. A criatura de energia então se sentou no trono, e aos poucos ela foi se tornando Caos novamente, no entanto com os cabelos cinzas. O deus primordial não parecia mais maligno, no entanto sua energia estava mais poderosa do que nunca, e naquele momento nada nem ninguém tinha força o bastante para impedir Caos de fazer o que ele quisesse fazer.

Caos permanecia sentado em seu trono, olhando para onde a visão de ninguém alcançava. Todos ali, desde os olimpianos, até os guerreiros de Athena e a própria reencarnação da deusa da sabedoria, não ousavam se aproximar, ou até mesmo falar. Nenhum deles conseguia sequer sentir a imensa cosmo-energia de Caos, de tão insignificantes que eles eram perante ao deus primordial no momento.

Caos- ... Enfim, chegou o momento de consertar aquilo que eu mesmo fiz, e eu mesmo destruir.

Caos se levanda e olha ao seu redor. Ele ve um pouco de areia espalhada pelo chão. O deus primordial a recolhe, e aos poucos concentra seu cosmo na palma da mão. Em seguida, ele joga formando um véu de areia que não parava de crescer, e aos poucos o barulho de um relógio surgia em meio ao espaço.

Caos- Chronos, meu irmão. Entrego a você as areias do tempo novamente, com isso, será o bastante para que os segundos voltem a correr como deve ser.

As areias do tempo continuavam subindo, indo em direção ao espaço. Eis então que uma voz rouca, cansada e baixa tomou o local.

Chronos- ... É bom ter você de volta... Irmão estúpido...

Caos da um leve sorriso enquanto as areias do tempo se perdem em meio a vastidão universal. Algo diferente surgia nas mentes das criaturas do universo. Aos poucos o tempo voltava em suas vidas, e assim eles sentiam suas vidas voltando como era antigamente. O deus primordial então estala seu dedo.

Caos- O fim da guerra chegou, voltem para as areias do centro do universo.

Ao estalar seu dedo todas as criaturas do lado de fora do templo escutaram a ordem. Aos poucos os guerreiros do exercito caótico abaixavam suas armas, eles entenderam o recado. E assim eles deixaram o campo de batalha, desaparecendo no escuro do espaço, deixando o exercito da esperança ainda confuso, sem entender muito bem o que havia acontecido.

Kalos- ... Mas o que está acontecendo?

Soruzu- Eu posso explicar.

Soruzu se aproximava de Kalos, logo todos ao redor do antigo grande mestre ergueram suas guardas, com excessão do próprio Kalos.

Kalos- Entendi. Abaixem suas armas amigos, nossa batalha terminou.

Soruzu- Huhuhu, você é um cara esperto. Muito bem, exercito da esperança, não é? Assim que vocês se auto proclamaram. Pois bem, aqueles que estão mortos, finalmente terão o merecido descanso, apenas aguardem um minuto.

Soruzu se curva como se agradecesse, tirando sua cartola da cabeça com um largo sorriso. De volta para o interior do grande templo caótico, Caos arrancou alguns fios de seu cabelo. Com uma grande paciência e com seu cosmo, o deus primordial fez uma pequena rede.

Caos- Agora, volte véu que separa a vida e a morte. Crie o paraiso para aqueles que merece a eternidade, e traga novamente meu filho Tartaro a vida, para aqueles que merecem o sofrimento.

Caos arremessa a pequena rede, e assim que ela se solta de suas mãos ela se torna gigantesca. Aos poucos era possível sentir a separação da vida e da morte no universo novamente. No campo de batalha, Soruzu fazia com que um imenso portal se abrisse atrás dele.

Soruzu- Muito bem, aqueles que são almas agora podem descansar. Fizeram um bom trabalho guerreando, mas para aqueles que são qualificados... O paraiso os espera.

Sozuru faz o movimento como se indicasse o caminho para que os que já estavam mortos seguissem o caminho. Um a um, os guerreiros que morreram, começaram a se desfazer, se tornando unicamente luz, sendo tragados pelo grandioso portal. Era possível ver em seus rostos uma leve alegria, e uma leve satisfação por finalmente encontrarem o merecido descanso. Kalos foi o ultimo a se desfazer, se aproximando de Soruzu.

Soruzu- O que foi velho grande mestre?

Kalos- O que vai acontecer depois disso?

Soruzu- Pouco lhe interessa. Você não faz mais parte disso... Mas se quiser, posso te dizer... A vida vai continuar,, até que o ciclo se repita.

Kalos deu um leve sorriso, e logo começou a caminhar em direção ao grande portal.

Kalos- Isso é ótimo. Isso mostra que a vida vence e assim voltamos para a esperança... Até mais... Soruzu.

Soruzu olha sem entender muito bem, mas dá de ombros enquanto Kalos desaparece em meio ao portal. Enquanto isso, no grande templo caótico, Caos suspira, e aos poucos caminha, voltando a se sentar em seu grande trono.

Caos- ... Vamos, venham de uma vez.

Os cavaleiros da esperança olhavam uns para os outros, naquele momentos todos eram iguais. Ninguem parecia confortável o bastante, mas mesmo naquela situação eles acataram a ordem de Caos. Com os corpos frios, o peso dos ferimentos e a pouca energia que causava uma grande fadiga dificultava os movimentos dos guerreiros. Muitos mancavam, outros se apoiavam em seus amigos para se aproximar do deus primordial, que olhava para todos eles com olhos neutros.

Zeus- Então... O que vai ser, Caos?

Zeus foi o único que parecia ainda ter folego para quebrar o silêncio. Caos então se curvou para frente, apoiando os cotovelos em suas pernas, colando as palmas das mãos a frente do rosto.

Caos- Dentro de mim, ainda existem os outros dezesseis que formam Caos... No momento, o mais maligno deles está sendo julgado por sua tentativa de acabar com a criação... Eu, sou o original, a personalidade mais justa entre todos eles. No entanto, eu sou aquele que executa a decisão, e por minha parte não participo do meu próprio julgamento... No entanto, a sentença de vocês já foi decidida.

Todos olhavam uns para os outros, o nervosismo era nítido no rosto deles. Todos estavam atentos a cada palavra que Caos falaria.

Caos- ... Mortais, deuses... Seres vivos de todo o universo. A existência ainda existira, assim foi decidido por Caos.

Sayumi- Você desistiu de destruir o universo!? E o que vai fazer a partir de agora Caos!?

Caos- ...

Caos respirou fundo, o que para todos parecia ser ameaçador, no entanto era apenas um momento de reflexão para o deus primordial. O caótico então se levantou e começou a andar em direção ao grupo de guerreiros. Ao ficar frente a frente com Sayumi, Caos cruzou os braços.

Caos- O que vai acontecer daqui para frente, é exatamente a mesma coisa que acontecia daqui para trás. O universo continuará existindo, o bem e o mau continuaram se enfrentando. A vida vai surgir, a morte vai leva-la, o tecido de matéria escura continuará se expantindo, ao infinito juntamente com a extenção do meu cosmo. Eu voltarei para meu repouso, e assim tudo vai continuar.

Caos então olha nos olhos de Sayumi.

Caos- Posso ver em você Sayumi, algo que não via desde o ponto de criação. Quando uma de minhas personalidades criou essa anomalia, fizeram com que Athena não reencarnasse. Mas sim, que o espirito da deusa da sabedoria vivesse dentro de um corpo de uma mortal comum. E assim foi feito.

Zeus- ... Então quer dizer que...

Caos- O corpo que se chama Sayumi, é uma humana, apenas com o espirito de Athena. No entanto existe algo além disso... O espirito da própria esperança habitou seu corpo garota humana. Isso um dia vai cobrar seu preço...

Sayumi olhava curiosa, sem entender o que Caos tinha para dizer. O deus primordial então vira as costas e volta a se sentar em seu trono. Ele respira fundo e um imenso portal brilhante se abriu atrás do grupo, ao mesmo tempo fora do grande templo caótico, aqueles sobreviventes do exercito da esperança observavam o mesmo portal, que os levaria para casa.

Caos- O que vai acontecer daqui para frente? Vivam para saber. Guerreiros que aqui chegaram, dou a vocês um pequeno fragmento de sabedoria como um reconhecimento de seus atos. A entropia é a lei que minha criação segue, assim o universo sempre tenderá a mim... Sempre tenderá ao caos. Mas se existe uma mensagem que a entropia carrega é que, tudo isso vai passar. A bondade, beleza, alegria, tudo isso vai passar. Mas ao mesmo tempo, a ignorância, a tragédia, a injustiça, a maldade, tudo isso vai passar. Sempre passa... A realidade perante a mim, é impermanente. Então tudo o que vocês podem fazer é... Aguentar firme com suas chamas da esperança.

Caos falou em um tom de despedida, e um a um foram indo em direção ao portal, desaparecendo em meio a luz. A ultima que ficou foi Sayumi e os cavaleiros de ouro.

Sayumi- Enquanto, houver vida, vai haver esperança.

Os guerreiros se viram e andam ao lado de Sayumi.

Caos- Não foi em tom de pergunta...

Sayumi- É porque não foi.

Sayumi e os cavaleiros sorriem e assim entram no grande portal, deixando para trás Caos em seu trono.

Caos- ... Élpis e sua complexidade...

Caos olha para cima e da um leve sorriso, como se estivesse nostálgico, enquanto Soruzu se aproximava dele. Enquanto isso na Terra, onde antes foi aberto o portal que Chronos criou, surgia outra passagem, e dessa vez saia os guerreiros da esperança, e ao ver aquela cena, todos que estavam ali esperançosos comemoraram a vinda deles. A guerra teve o fim.