ESPÍRITO SANTO - MANSÃO LANGE - QUARTO DA KATHERINE - 2017 - 02:23
KATHERINE POV.
Eu tô morrendo de fome, e o pior... acabaram todos os meus caramelos, agora vou ter que comer açúcar puro.
Desço as escadas e ando calmamente até a cozinha, vejo que a luz está acesa, ande devagarinho até a porta e vejo uma cena que não queria ter visto.
Rafael e Maethe estão transando em cima da mesa.
Aperto meus olhos contendo a raiva que estou sentindo agora, dou pequenos passos para trás e me viro indo em direção a porta da frente, viro a maçaneta, abro a porta e a bato fazendo um barulho imenso sair da mesma, vou até meu carro e dirijo por algumas horas.
Uma hora depois, parei em um posto de gasolina 24h, vejo 3 carros abastecendo e mais algumas pessoas na loja de conveniência.
- Com licença, eu quero tudo que tiver açúcar por aqui! - Digo a atendente.
- Claro, só um momentinho. - Ela dá a volta, pega todos os doces das prateleiras e os ensaca em 9 sacolas. - Vai comer isso tudo sozinha?
- Sim, algum problema?
- Não, mas por quê?
- Porque eu quero.
Vou até a porta da loja e a tranco, contando são 6 pessoas lá dentro, pulo em cima do balcão e quebro a câmera de segurança, volto ao chão e seguro o pescoço da atendente, eu a puxo por cima do balcão e soco seu rosto várias e várias vezes, seu nariz e boca começam a sangrar, seguro seu pescoço com as duas mãos e começo a bater a cara da atendente na caixa registradora, vejo que a mulher já está morta, parto para cima do cara que estava com a namorada, puxo seu cabelo e bato meu joelho em seu rosto, logo após, eu o jogo no chão e começo a pisar em seu rosto, quando o crânio do homem estava como uma melancia pisada, eu puxo a namorada pela perna e a quebro com meu cotovelo, cravo minhas unhas em seu pescoço e rasgo o mesmo, fazendo com que muito sangue esguiche em mim, rapidamente eu seguro sua cabeça e a viro jogando ela no chão.
Ainda faltava três mulheres, uma, pegou uma faca para se defender, chuto a mão dominante, fazendo a faca voar longe, eu chuto sua barriga e a mesma cai no chão, seguro um extintor de incêndio e amasso seu crânio com o mesmo, as outras duas ficaram abraçadas juntas, soquei o rosto das duas, e rapidamente pego as duas cabeças e as bato no chão, fazendo muito sangue espirrar em mim.
Saio da loja coberta de sangue, um rapaz que estava abastecendo me vê e entra dentro do carro, eu agarro a porta e a abro, seguro o rapaz pelos cabelos e deixo seu pescoço entre o carro e a porta, pego a porta e fecho o pescoço do mesmo, fazendo mais sangue jorrar em mim, meu olhar se volta para o frentista, ultima vítima, corro atrás dele e ele tropeça, eu o puxo pela gola do uniforme e pego uma mangueira de gasolina, enfio a mangueira na boca do frentista e aperto o botão, logo ele se entope de gasolina, engasga e morre.
ESPÍRITO SANTO - MANSÃO LANGE - SALA DE ESTAR - 2017 - 10:54.
POV RAFAEL.
- Gente alguém viu o Mike? - Pac pergunta aparecendo na sala e sentando no sofá ao lado do meu.
- Vê se não tá no banheiro da Katherine. - Digo.
- Alá, tá com ciúme mesmo Rafael! - Felps me zoa.
- Cala a boca Felps. - Digo irritado.
- Cara achei que você tinha transado com a Maethe! - Guaxinim fala.
- E eu transei cara, ontem de madrugada, na mesa da cozinha.
- Cara que nojo, com tanto lugar aqui na mansão, vocês foram transar logo na cozinha? - Pac diz enojado.
- Qual é, que perigo tem?
Ouvimos um carro chegar, me estico um pouco e era o carro da Katherine? Ué mas ela não tava lá em cima?
Ela abre a porta, ela estava sem blusa novamente, de short preto e coberta de sangue.
- Katherine? Onde você tava? - Guaxinim pergunta.
- Liga a TV e descobre! - Ela fala séria.
- Já ficou sabendo da novidade do Cellbit e da Maethe? - Felps fala e eu o lanço um olhar matador.
- Já. - Nós a olhamos com dúvida. - Eu vi! - Ela rosna.
Ela volta seu olhar a escada e sobe rapidamente.
- Cara passa pro noticiário. - Digo pressentindo uma coisa.
- Tá. - Felps responde passando para o canal 26.
- Atenção, noticia urgente, um posto de gasolina foi atacado ás 3 horas da manhã, 7 pessoas foram brutalmente espancadas até a morte, não poderemos adentrar o local, devido a inapropriedade e da restrição de idade. Porém o local ficou completamente cheio de sangue, e nossos investigadores já revelaram que todos os doces da loja desapareceram antes da brutalidade acontecer, voltamos logo com mais informações.
- Você queria saber que perigo tem? Esse é o perigo Rafael, esse é o perigo. - Felps me diz sério.
- Cara, um ataque de ciúmes da Katherine aqui dentro, ninguém sobreviveria. - Guaxinim fala.
- Vocês estão exagerando.
- Você fala isso agora, mas daqui a pouco ela mata a Maethe e a culpa é sua. - Pac fala.
Do nada Katherine aparece na sala novamente coberta de sangue.
- Alguém viu o Mike por ai? - Ela pergunta.
- O que você quer com ele? - Eu pergunto sério.
Ela sorri um pouco e depois fica séria de novo.
- Não é da sua conta! - Ela responde friamente pra mim.
- Ele deve estar no quarto dele! - Guaxinim diz.
- Já fui lá, ele não estava. - Ela diz sorrindo e olhando pra mim.
Meus olhos cerraram na mesma hora.
- Então ele deve estar na cozinha. - Pac diz.
- Certo, ver se ele está lá.
- Katherine, me conta o que você quer com o Mike. - Guaxinim pede a Katherine.
Ela o abraça e cochicha algo em seu ouvido, Guaxinim ri na mesma hora, que saco viu!
Ela sai de boa até a cozinha, quando ela some da minha vista.
- Guaxinim, o que eles vão fazer? - Pergunto sem deixar meu desespero exautar.
- Eles vão transar! - Ele fala totalmente normal.
- Como é que é?
ESPÍRITO SANTO - MANSÃO LANGE - COZINHA - 2017 - 11:29.
KATHERINE POV.
Dou passos médios até a cozinha, encontro Mike sentado lendo uma revista em quadrinhos, me aproximo da mesa e ele leva um pequeno sustinho.
- Nossa, eu sou tão feia assim? - Digo simpática.
- Não, é que você tá cheia de sangue.
- Ah, isso? Foi um trabalhinho que o Gregory me mandou fazer.
- Ah sim.
- Tá lendo o que?-Digo me sentando em seu colo e pegando a revista.
- É, os vingadores, roubei de um garoto na rua. - Ele diz um pouco sem jeito.
- Tá nervoso por que? - Passo meu braço direito pelo seu pescoço.
- Um pouquinho né, você tá cheia de sangue, e tá no meu colo. - Diz, enquanto eu sinto o volume de sua calça subir.
- Ah perdão, eu preciso de um banho.
- E por que não vai?
- Eu vou.
- Então o que está fazendo aqui?
- Eu vim te chamar pra ir junto. - Sussurro em seu ouvido.
- Como é. - Ele sorri um pouco.
- O que você ouviu! - Me aproximo de seus lábios e os selo.
Seus lábios eram macios e carnudos, maravilhosos, suas mãos apertam minhas coxas e ele me segura, ele me leva no colo até as escadas, passando rapidamente por lá mando um beijo para Rafael, que me olha incrédulo, chegando em meu quarto, eu tranco a porta e rasgo a camisa de Mike, ele desabotoa apressadamente sua calça e a retira, tiro meu short preto e o puxo para o banheiro, chegando lá eu abro o chuveiro e sinto as mãos de Mike retirando meu top, nos livramos das nossas ultimas peças e Mike me segurou no colo e me penetra lentamente, arranho suas costas enquanto ele aperta minhas coxas me deixando completamente excitada, sei que estou fazendo isso para atiçar o Rafael mas eu assumo que o Mike é ótimo.
Após nosso "banho" Mike me segura no colo e me leva pra minha cama, nossos corpos se envolvem em uma sincronia incrível.
16:38
RAFAEL POV.
- Eu não acredito que ela fez isso. - Digo indignado.
- Qual é Rafa, vocês não tem nada! - Pac diz.
- E aliás achou o que, que ela ia ficar remoída pelos cantos chorando porque viu você transar com outra mulher? - Felps fala sensato.
- Sem falar no estrago que ela fez no posto de gasolina, só pra ela não matar a Maethe. - Guaxinim termina.
- Qual é, quem disse que eu tô com ciúme? Eu não sinto nada por ela.
- Tá Rafa, eu já cansei, come quem você quiser, a gente não vai mais falar nada. - Felps fala irritado.
- Cara o que deu em você?
- Nada, eu tô me mandando, fala pra Gabs que eu fui fazer o serviço que o pai dela me pediu.
- Alguém viu a Katherine? - Gregory pergunta aparecendo no mezanino.
- Tá no quarto dela!
- Então vá chama-la, quero vocês dois na minha sala daqui a 10 minutos.
- Eu não vou chamar ela, pede pro Guaxinim.
- Rafael eu tô mandando você ir AGORA. - Ele grita.
- Tá. - Rosno.
Subo as escadas e caminho em direção a porta do quarto da Katherine, chegando lá ouço alguns barulhos estranhos, bato três vezes na porta o barulho cessa.
- Quem é? - Katherine pergunta do outro lado da porta.
- Rafael!
A porta abre pouco e Katherine se revela nua, sorrindo e com a boca cheia de sangue, assim que me vê seu sorriso se fecha.
- Quié? - Ela pergunta seca.
- Gregory quer falar com nós dois, 10 minutos.
Ela revira os olhos e volta para o quarto.
- Mikhael, tenho o que fazer agora.
Ela abre a porta e Mike sai completamente nu de lá de dentro.
- Mais tarde a gente termina. - Ela continua.
Mike a abraça e lhe da um beijo demorado.
- Cacham! - Tusso.
Eles lembram que eu estou aqui e separam o beijo.
- Até mais tarde Kath. - Mike diz lhe dando um ultimo selinho demorado e sai do quarto.
Ela sorri para Mike, e quando o mesmo entra no quarto ela me fita séria e revira os olhos.
- Se quiser entrar fique a vontade vou demorar só dois minutos. - Ela diz entrando em seu closet.
Entro no quarto e reparo na completa bagunça que o mesmo estava. Cama bagunçada, roupas do Mike rasgadas no chão e... um corpo no banheiro?
- Katherine, por quê tem um corpo de uma mulher no seu banheiro?
- Que foi, achou que só você tinha o privilégio de torturar e estuprar alguém? - Ela diz isso do closet.
Me viro e a vejo colocar suas roupas intimas, ela é muito sexy, e louca desse jeito... melhor ainda.
- Tô pronta! Vamos?
Ela veste uma calça moletom e uma camiseta de alça, continuando descalça.
Andamos o imenso corredor até a sala de Gregory, Katherine abre a porta e entra.
- Estamos aqui Gregory.
- Estou vendo. - Ele diz se virando na enorme cadeira giratória dele. - Por que o sangue em sua boca Katherine?
- Estava me distraindo um pouco senhor, não se preocupe. - Ela responde.
- Fiquei sabendo do seu ataque ao posto de gasolina. - Ele fala tragando seu charuto.
- Se fiz algo de ruim senhor, o que posso fazer para me redimir? - Ela abaixa a cabeça e eu engulo em seco.
- Não se preocupe menina, não irei puni-la, quero que façam um serviço pra mim.
- Sim. - Ela diz levantando a cabeça.
- Como todos nós sabemos, nosso comboio de armas foi apreendido pela polícia, a função de vocês é trazer todas as armas de volta, como, vocês decidem, mas nada que traga a polícia até a mansão, fui bem claro?
- Sim senhor. - Katherine diz. - Já tenho um plano.
- Falta você Rafael.
- Sim senhor. - Resmungo.
- Ótimo, eu ia pedir apenas para você Katherine, mas como as armas são muitas resolvi que Rafael irá te ajudar. - Ele diz se levantando.
- Eu lhe prometo que as armas estarão na mansão até ás 10:00 horas de amanhã.
- Bom saber. - Ele se vira para o mezanino. - Podem ir.
Por algum motivo Gregory estava diferente, mais ...compreensivo? Não, não pode ser, ele nunca foi assim, o que será que o fez mudar tanto?
- Me espera no meu carro quando der 17:30. - Ela diz.
- Você acha que só porque o Gregory disse que eu vou te ajudar, quer dizer que você vai mandar em mim? Acho que não. - Digo com raiva empurrando ela contra a parede e apertando seu pescoço.
- Não estou mandando em você Lange, tenho a leve impressão de que Felps, Alan e Guaxinim pegaram o seu carro, amorzinho. - Ela diz sem um pingo de medo. - Se você duvida, ponha a mão no bolso e procure a chave.
Passo minhas mãos pelo bolso e não sinto nada. Droga, ela tem razão.
- Por que não tá reagindo? - Eu tento disfarçar a cara de tacho que fiquei agora.
- Ah você quer que eu reaja? Achei que quisesse que eu ficasse quieta, bom... tá bom.
Ela levanta o braço e o bate em meu braço que a sufocava, a libertando, rapidamente ela me da um chute na barriga, lentamente minha respiração começa a falhar, sou atingido por um soco no rosto quando ela se recompõe.
- Eu disse, me espera no meu carro quando der 17:30! - Ela sussurra no meu ouvido. - E acho melhor você sair daqui rápido antes que Gregory veja que o filho dele foi derrubado por uma garota.
Ela sai andando tranquilamente pelo corredor e entra em seu quarto.
KATHERINE POV.
- Eu não acredito que eu fiz isso.
- O que você fez Kath? - Noah me pergunta deitado na minha cama com as pernas pra cima.
- Eu enfrentei o Rafael, e ainda bati nele.
- Menina não me diz que você bateu naquele bofe maravilhoso?
- Qual é ele mereceu.
- Mas me diz o que ele fez.
- Deixa eu te contar do inicio.
- Conta menina, porque agora eu me interessei. Ele se senta cruzando as pernas.
- O Gregory mandou eu e o Rafael ir buscar as armas que eu apreendi, lembra?
- Sim lembro.
- Só que, ele ia pedir só pra mim, mas como são muitas armas, ele mandou o Rafael ir pra me ajudar.
- E qual o problema?
- Eu também não sei, ele cismou que eu queria mandar nele, me prensou na parede e apertou meu pescoço.
- Bom, nessa parte você tem razão, mas bem que eu queria que ele me prensasse na parede, ui.
- Meu Deus, Noah toma jeito, você tá morto esqueceu?
- E você faz questão de me lembrar disso né querida?
- Desaparece logo pra eu me arrumar.
- Humpf, querida eu sou Gay, não há nenhuma parte no seu corpo que me interesse, eu vou ficar aqui.
- Como quiser então.
ESPÍRITO SANTO - CARRO DA KATHERINE - EM FRENTE A DELEGACIA - 2017 - 03:17.
Estamos Rafael e eu no meu carro, em frente a delegacia, esperando dar 03:30 e todo mundo sair da delegacia. Rafael já tá quase dormindo no banco do passageiro ao meu lado, já eu, estou acordada e jogando GTA no meu celular.
- Rafael acorda! - Sacudo Rafael um pouco e o mesmo acorda.
- Ahn? Que horas são? - Ele coça os olhos.
- São 03:17.
- Pode me explicar o plano de novo?
- Por que você ainda não decorou? É muito simples, a essa hora, as unicas pessoas que ficam na delegacia são os guardas das celas, como não houve nenhuma prisão essa semana, então sem guardas, e a sala de evidencias é vazia, sem falar que as câmeras serão desligadas pelo lado de fora por mim, então o plano é entrar, pegar as armas e sair.
- Tá, você pensou nisso tudo agora?
- Não, o Mike me ajudou com a parte de desligar as câmeras.
- O Mike, sei.
- Que foi?
- Que história é essa de Kath? - Ele pergunta.
- Ah, esse foi o apelido que ele me deu enquanto a gente tava... você sabe.
- Sei.
- Você tá estranho sabia?
- Estranho como?
- Sei lá, quando eu falo do Mike você fica diferente... mais irritado.
- Eu realmente não sei do que você tá falando.
- Tá bom então.
Ficamos em silêncio esperando dar a hora.
- Nossa ficou um maior climão aqui hein? - Noah fala sentado no banco de trás do carro.
- Ah cala essa boca. - Eu digo para noah e Rafael me olha.
- Eu não falei nada. - Rafael diz olhando para mim sem entender nada.
- Não tô falando com você. - Digo para Rafael.
- Então com quem, só tem nós dois aqui. - Rafael diz.
- Heloo, esqueceu que ele não pode me ver? - Noah fala.
- Eu sei que ele não pode te ver sua bixa loira idiota. - Eu digo para Noah.
- Como é que é? Você tá tirando com a minha cara? - Rafael fala.
- Rafael, eu não tô falando com você, eu tô falando com o Noah.
- Quem é Noah, Katherine?
- O Noah é meu melhor amigo na época da MSA, ele morreu na ultima tarefa.
- Como é que é?
- Esqueceu que eu sou esquizofrênica?
- Ah, é verdade, ele tá aqui?
- Não mais... ele foi embora.
Meu celular toca.
- 03:30, Hora de agir.
Saímos do carro e vamos para a frente da delegacia.
- Tá, você fica aqui e me espera, eu vou para a salinha de controle que fica ha alguns metros daqui, eu desligo a energia e a gente entra, caso eu não volte em cinco minutos você entra e segue uma listra azul escura, ela vai te levar até a sala de evidências, as armas vão estar na sala 4J, entendeu?
- Entendi.
Eu corro até a pequena construção do lado de trás da Delegacia e arrombo a porta, acesso os computadores e desligo a energia, saio da pequena sala e me deparo com um vigia noturno.
- Eu já esperava por você Lucas.
Soco seu rosto, chuto sua perna e quando ele cai, quebro seu pescoço, arrasto o corpo até a mata que tem ali perto e volto correndo para a entrada da delegacia.
- Eu já ia entrar. - Rafael me diz.
- Vamos logo, não temos muito tempo.
Entramos na recepção e seguimos a faixa azul escura, caminhamos vários corredores até encontrarmos a sala de evidências, entramos na sala e procuramos a sala 4J, encontramos a mesma e adentramos, demos de cara com as caixas com as armas, pegamos o carrinho de carga e colocamos as caixas no mesmo, saindo da sala de evidências passamos pela minha antiga sala.
- Vai, eu tenho que pegar algumas coisas, eu alcanço você.
- Como é que é? Nem pensar, não vou deixar você sozinha aqui, e se chega alguém?
Eu sorrio um pouco com a reação de Rafael.
- O máximo que eles farão é perguntar por que eu sumi, já você...
- Mesmo assim, eu vou esperar você aqui.
- Ai, tá bom. - Reviro os olhos.
Entro na sala, pego minha mochila e pego algumas coisas, depois que encho duas mochilas, eu saio.
- Vamos logo.
Corremos até a porta de saída e levamos o carrinho até minha BMW preta, abrimos o porta malas e colocamos as caixas no mesmo.
- Vamos logo, daqui a pouco a policia vai chegar pra ver o que aconteceu.
Adentramos o carro e eu piso fundo.
Na estrada de volta para a mansão Rafael me fita de um jeito estranho.
- O que tem nas mochilas? - Ele pergunta.
- Coisas minhas.
- Posso ver? - Ele diz pegando a mochila azul escura.
- Não, deixa isso ai.
- Vai, me fala o que você pegou.
- Tá. - Reviro os olhos. - Peguei minha M9 e algumas munições.
- Pra que?
- É minha pistola favorita, nunca me separo dela, infelizmente, quando Alan veio me buscar eu a esqueci na delegacia.
- Ah, foi com ela que você atirou em mim?
- Sim.
- E o que mais?
- Uma foto minha com toda a MSA, gosto de me lembrar dos meus antigos amigos, embora estejam todos mortos.
- Certo.
- Também tem a minha blusa xadrez preta, cinza e branca favorita.
- Tá... e... o que é isso? - Ele tira um coelho de pelúcia da mochila.
- Deixa isso aí. - Digo tentando pegar o coelho.
- Por quê você tem um coelho de pelúcia?
- Eu tenho ele desde que eu entrei para a MSA, foi presente do Sr. Ryuzaki, ele me deu quando eu tive meu primeiro pesadelo devido ao transtorno de ansiedade, ele é muito especial pra mim, pode colocar ele de volta na mochila por favor?
Sem querer uma lágrima escorre de meus olhos, eu a seco rapidamente porém infelizmente Rafael viu.
- Certo, e... o que tem nesta mochila? - Ele abre a outra mochila preta.
- Não por favor não abre essa.
Rapidamente várias barras de caramelo caem no chão do carro.
- Você não sabe o trabalho que deu pra eu colocar isso tudo ai.
- Deixa que eu guardo tudo.
Eu dou um sorriso de leve pra ele e o mesmo corresponde, me perco um pouco em seu sorriso mas volto a mim rapidamente.
- Então... como vão as coisas com a Maethe? - Tento mudar de assunto.
- A Maethe? Sei lá, não falo com ela desde que... - Ele para de falar e volta a pegar as barras.
- É eu sei, não precisa ficar sem graça.
- Eu só achei que você não gostasse dela.
- Por quê você acha isso? - Rio um pouco.
- Bom.. porque você gritou com ela quando você pediu o pacote pra ela na sala.
- Ah, aquilo? Eu tava com raiva e pedi o pacote pra ele, como ela não me deu então eu gritei.
- E o posto de gasolina?
- Bom vamos... mudar de assunto.
- Ok então, e você e o Mike?
- O que tem eu e o Mike?
- Vocês tão ficando ou algo do tipo?
- Por que você quer saber? - Rio novamente.
- Ué, hoje de manhã você foi pro seu quarto no colo dele...
- Ah, aquilo. - Eu rio sem graça. - Depois do meu ataque ao posto eu precisava desestressar um pouco.
- E a boca cheia de sangue junto com a garota do seu quarto?
- Aquilo foi um complemento pra nossa diversão, enquanto Mike a estuprava, eu cortava ela, e depois a gente trocava.
- Trocava? Como assim?
- Ele cortava ela e eu... você sabe.
- Como é que é?
- Ai, você só tá falando isso hoje.
- Bom, isso não é uma coisa que eu esperava de você.
- Eu nunca disse que eu era hétero apenas.
- Então você é bi?
- Bingo!
- Legal, então enquanto o Mike cortava a garota você...
- Eu fazia oral nela, isso mesmo.
- Estranho mas legal.
Começamos a rir.
ESPÍRITO SANTO - MANSÃO LANGE - SALA DE ESTAR - 2017 - 6:12.
Depois de pegar as armas assaltamos uma loja de bebidas, voltamos para a mansão e deixamos as armas na sala de Gregory.
- Muito bem, estou satisfeito com o trabalho de vocês, me orgulho muito de você Katherine.
Rafael franze o cenho nessas palavras.
- Certo, podem ir.
Assim que saimos da sala de Gregory Rafael me olha com um olhar abatido.
- Rafael, me desculpa, vamos pra cozinha beber alguma coisa.
Descemos pra cozinha e pegamos as garrafas que roubamos, tiro as tampas das duas garrafas de Vodca, dou uma para ele e tomo a outra pra mim.
- Ele não falou nada Katherine, nem olhou pra mim. - Ele da um gole virando a garrafa. - Desde pequeno aquele idiota me chama de imprestável, inútil, e eu só fico de cabeça baixa.
Eu viro minha garrafa junto com ele seguido de duas caretas.
- Desde que você chegou aqui ele acha que num passe de mágica eu vou me transformar em você.
- Como é? Se transformar em mim?
- É você...
- Rafa? Katherine, o que vocês estão fazendo aqui a essa hora? - Maethe aparece na cozinha atrapalhando nossa conversa.
- Ah Maethe, para de ser entrometida. - Ele fala sério, rapidamente ele pega as garrafas na sacola e me puxa pela mão. - Vem Katherine, vamo conversar no seu quarto.
Subimos as escadas e entramos no meu quarto, Rafael tranca a porta e se deita na cama ao meu lado.
- Onde a gente parou?
- Você disse que acha que seu pai quer que você se transforme em mim.
- Ah claro, mas não é? Você é corajosa, não tem medo de nada, luta muito bem e ainda é mais inteligente que qualquer um aqui.
- Caraca.
- Você não vê como ele olha pra você? É como se você fosse a filha perfeita que ele sempre quis ter.
- Rafa, você tá com ciúmes de mim?
- Como é? Nunca eu só...
- Eu sei o que você tá passando Rafa, você deu duro pro seu pai reconhecer o trabalho duro que você faz pra ter o reconhecimento dele, e de repente vem uma qualquer e toma o seu lugar. - Eu bebo vários goles da minha garrafa.
- É... isso mesmo e ...Não, não é isso, você não é qualquer uma. - Ele se vira pra mim. - Você é maravilhosa, bonita... incrível, você nunca vai ser qualquer uma, Kath eu tenho inveja de você porque eu nunca vou chegar ao seus pés.
- Você já tá bêbado... não é?
- Não, eu não sou fraco pra bebida, provavelmente você também não.
- Rafa, você não tá falando sério não é?
- Por que eu não estaria?
- Você nunca falou desse jeito comigo.
- Porque eu sou um idiota Kath, eu não penso em nada, só deixo meus desejos me controlarem.
- Rafael, eu quero que você saiba que eu não escolhi isso, só aconteceu, eu nunca pedi pra ser detetive, mas se eu não passasse, eu ia voltar pro orfanato, e nunca ia ser essa pessoa que eu sou hoje, mas.. isso não quer dizer que eu agradeço por ter ficado a minha adolescencia inteira lá, eles me torturaram, me fizeram mexer em cadáveres, me deixaram em uma sala onde eu quase enlouqueci, e onde eu vi vários amigos morrerem, foi um inferno.
Rafa levanta a garrafa.
- Um brinde aos nossos problemas.
- Um brinde aos nossos problemas. - Bato minha garrafa na dele.
Viramos a garrafa e bebemos muito em um gole, tossimos um pouco e fazemos careta, nos viramos um de frente pro outro e ficamos ali, deitados na cama um fitando o outro, eu sorria para ele enquanto ele olhava para meus olhos verdes sorrindo.
- Você é muito bonita, sabia?
- Não sou não, eu sou muito estranha. - Rio sem graça.
- Eu disse que você é bonita, que você é estranha, eu já sei. - Ele acompanha minha risada.
Eu não parava de olhar para seus lábios vermelhos graças a vodca, do mesmo jeito que o mesmo fitava meus lábios entre abertos.
- Bom eu acho que eu vou tentar dormir um pouco. - Ele interrompe meu transe.
- Ahn, claro, eu vou... tomar um banho.
- Quanto tempo faz que você não dorme?
- Sei lá, faz tanto tempo que nem eu sei mais.
- Por que?
- Meus pesadelos são piores do que qualquer coisa que possa existir na vida real, por isso não durmo.
- Certo, bom, meus pesadelos são melhores que os da vida real então eu posso aguentar.
- Tá bom dorme nem que seja 1 hora. eu vou fechar as cortinas.
- Tá. - Ele sorri.
Eu tiro minha roupa e vou em direção ao banheiro, tranco a porta e ligo o chuveiro.
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