Ainda é PO.V Rafael
Meu peito queima de preocupação ao não ver ninguém na festa. Corro desorientado até meu quarto e quando chego, me surpreendo com a cena que vejo.
Batista está sentado ao lado de Pac que está deitado na cama, tossindo sangue. Batista passa um pano aparentemente úmido no rosto de Pac, parece que com o maior cuidado do mundo.
Eles não me vêem, então permaneço em silêncio na porta, observando a intenção de Batista.
- Vai melhorar... Calma. – Diz para Pac que tosse sequencialmente. – Não se lembra mesmo de quem fez isso com você?
- N-Não. – Pac responde e volta a tossir enquanto Batista tampa sua boca com gazes, não deixando o sangue espalhar.
- Eu sabia que tinha alguma coisa errada com você, Pac... – Batista dá uma pausa. – O Mike já te viu assim?
- S-Sim.
- Porque mentiu no café?
- Porq... – Pac não consegue falar, voltando a tossir forte e se sentando, por causa dos impulsos que seus pulmões dão.
- Respira, calma... – Batista fala se levantando e tentando levantar Pac. – Vai vomitar de novo, né?
Pac assente com a cabeça, apoiado em Batista, que segura uma sacola aberta, em sua frente.
Não aguento quando Pac começa a vomitar na sacola e entro no quarto, acariciando seus cabelos.
- Ele tá muito mal. – Batista fala olhando para mim.
- M-Mas eu dei remédio para ele e... – Me interrompe.
- E que fez mal para o estômago e fígado dele. – Fala calmo. – Tem que falar pro Gabriel, para irem à enfermaria.
- Ele não quer. – Pac vomita mais e mais, deixando algumas lágrimas caírem.
- Desculpa Rafael, mas não é questão de querer. Ou a gente chama o Gabriel e leva o Pac agora pra enfermaria, ou eu não sei o que vai acontecer com ele.
Damos um tempo e assim que Pac para de vomitar, o Pego no colo, estilo noiva e Batista anda na frente, pegando a pistola da desistência e atirando para cima.
Depois de alguns minutos Gabriel parece no portão.
- Quem desistiu?
- Ninguém. – Batista prontamente fala. – O Pac precisa ir pra enfermaria.
Gabriel olha para mim, em seguida para Pac, então vira de costas abrindo o portão para nós.
Link da foto do Gabriel nas notas finais
(...)
Faz mais ou menos uma hora que eu e Batista estamos ao lado de Pac que está na maca. O silêncio prevaleceu, mas logo encontro um meio de quebrá-lo com uma pergunta que está na ponta da minha língua.
- Batista... – Ele me olha. – Por que ajudou o Pac?
- Por que eu não ajudaria?
- Vocês saíram na mão àquele dia, sempre se odiaram... – Me interrompe.
- Mas ele foi o único que me ajudou quando eu mais precisei e o mais importante, ele me perdoou.
- Como faço para acreditar que não é mais jogada sua isso?
- Não vai acreditar de imediato, mas uma hora todos verão que eu mudei.
- Uhum. – Respiro fundo. – E o Mike? Tem falado com ele?
- Não... – Abaixa a cabeça.
(...)
13/11/2016
Domingo
17:32
P.O.V Mike
- Não acredito que isso chegou a esse ponto. – Digo sentado, passando a mão nos cabelos de Pac que está deitado na cama, com Cell e Felps ao meu lado.
- Nem eu. – Cell diz e Pac sorri fraco.
- Eu estou bem... Foi só uma costela. – Pac diz.
- Eu vou acabar com quem fez isso com você. – Digo e Felps passa a mão nas minhas costas.
- Não vai não. Seremos superiores. – Pac diz fechando os olhos, ainda sorrindo fraco.
- Você o viu vomitando? – Pergunto sem som à Cell.
- Sim. – Diz seco e Pac volta a abrir os olhos, me encarando.
- Não pensou que ele poderia estar com algum osso quebrado depois dele ser espancado? – Cell me olha cabisbaixo.
- E-Eu não cheguei na hora, ele estava no quarto e o Batista e começou a vomitar... - O interrompo.
- O Batista? – Fico confuso.
- Sim. – Pac fala e nós três o olhamos. – Ele veio conversar comigo alguns minutos depois que vim para o quarto. – Olha para Cell. – Depois de algum tempo, não comecei a me sentir bem, então comecei a tossir muito e ele acabou me ajudando, principalmente quando comecei a vomitar.
- Vocês não se odeiam? – Felps pergunta.
- É uma longa história... – Cell fala encarando Felps. - Bom, vou trazer alguma coisa para você comer, Luv.
- Eu ajudo. – Felps fala se levantando da cama, junto de Cell.
- Eu também. – Digo e também me levanto.
- Mike... Pode ficar aqui comigo? – Pac pergunta e Felps me encara da porta.
- Nã... – Felps me interrompe.
- Pode ficar, Mike. Eu consigo ajudar o Cell a trazer. – Faço uma cara de confuso e ele apenas assente com a cabeça.
Cell e Felps saem do quarto, fechando a porta.
- Pac... – O chamo me sentando ao seu lado. – O Batista te machucou?
- Não... Por incrível que pareça, ele me ajudou mesmo, Mikaé.
Mikaé... Ah, que saudade...
- Não me chama assim... – Digo encarando seus olhos negros e sorrindo fraco. – Acho que Mitw não existe mais, não é? – Pergunto cabisbaixo, segurando sua mão e passando os dedos, sobre sua aliança.
- Mike... – O interrompo.
- Nunca pensei que Celltw pudesse ser mais real que Mitw... – Meus olhos marejam e ele puxa sua mão, se sentando na cama.
- Posso dizer uma coisa? – Ele pergunta e assinto com a cabeça. – Vem aqui... – Pede e me aproximo de seu rosto. – Mitw nunca foi tão real para mim, quanto está sendo agora... – Sussurra e aproxima seus lábios dos meus, os selando delicadamente.
Me aproximo mais de seu corpo e sinto a passagem, para minha língua percorrer cada canto de sua boca, ser cedida.
Pac retira meus óculos do rosto e acaricia minha bochecha, enquanto me arrepio com sua língua tocando a minha, numa sincronia que não há igual.
Não minto, estou o beijando como seu não houvesse amanhã.
Nosso ar faz falta e cessamos o beijo com uma sequência de selinhos lentos e molhados.
- Aceita? – Ele pergunta e o olho confuso.
- O que?
- Aceita ficar comigo e com o Rafa igual aquele dia?
- E-Eu tenho que pensar, Pac...
- É o Felps, né?
- Também... – Abaixo a cabeça. – Não é justo com ele. Eu posso ter vocês dois, mas ele não tem ninguém e... – Respiro fundo. – Eu sinto que ele está começando a gostar mesmo de mim.
- Podemos fazer uma coisa diferente. – Ele fala e fico confuso. – Mas... Só se você aceitar o que te pedi.
- E-Eu aceito... – Digo e selo nossos lábios num selinho lento. Recoloco meus óculos e o encaro. – Pode dizer agora moço... Que coisa diferente?
- Só mais pra frente eu posso dizer. – Sorri fraco e extremamente sincero. Retribuo o sorriso e beijo sua testa.
Felps abre a porta.
- Trouxe coisas pra gente comer. – Ele fala puxando a cadeira da mesa do computador e deixando a bandeja em cima da mesma.
- Cadê o Rafa? – Pac pergunta.
- O Gabriel chamou ele para conversar.
P.O.V Rafael
- O resultado do exame de sangue do Tarik saiu. – Gabriel fala após me puxar para o banheiro externo.
- Certo, e por isso me puxou pra cá? – Pergunto confuso.
- Não. O número de toxinas no sangue dele estão muito altas. Isso pode afetar os órgãos dele, se piorar.
- Ah, que merda... – Abaixo a cabeça.
- A enfermeira aplicou um remédio para tentarmos diminuir esse número... Mas não é isso que me preocupa.
- Como assim?
- Se as toxinas do Tarik estão tão altas desse jeito, precisamos saber das suas também. – Se apoia de costas na pia, me encarando.
- E por que se preocupa com o meu sangue? – Ele ri irônico.
Me apoio na porta, numa distância boa dele.
- Você é muito lerdo, Cellbit. Até o Tarik percebe e você não... – Encara meus olhos.
- Perceber o que?
- Vai ter que descobrir. – Fala, vindo em minha direção.
Ok, isso está me assustando.
- O que você quer? – Pergunto assustado com sua aproximação de mim. Está a um palmo de mim.
- O que acha que eu quero? – Se aproxima de meu rosto, me fazendo arfar, assustado. – Quero que saia da frente da porta, pra eu sair. – Ri próximo de meus lábios e gira a maçaneta ao meu lado. – Não se esqueça de fazer o exame de sangue amanhã ok? – Pisca com um olho para mim e sai do banheiro.
Permaneço paralisado por alguns instantes.
Que caralhos foi isso? O que eu não percebo?
(...)
14/11/2016
Segunda-Feira
13:06
P.O.V Mike
- Nossa fi, eu comi pra caramba... – Digo me levantando da mesa, junto de Felps, depois de terminar de almoçar.
- Quer ir um pouco pro quarto? – Felps me pergunta.
- Claro, eu preciso deitar e morrer na cama. – Rio e ele me acompanha.
Chegamos ao quarto e nos deitamos na cama, lado a lado. Permaneço alguns segundos encarando o teto, até que fecho os olhos.
- Então, o que rolou ontem no quarto? – Ele pergunta e penso bem no que combinamos.
- Acabamos nos beijando... – Já espero sua voz ficar séria e ele dizer que não quer mais tentar.
- E foi bom? – Abro os olhos e viro de frente para ele.
- S-Sim... – Hesito, mas respondo.
- Obrigado por me contar... – Felps se aproxima e sela nossos lábios, ficando por cima de mim, ao longo que adentra com sua língua em minha boca.
- Não está bravo? – Pergunto baixo em meio ao beijo.
- Não... – Ele se separa do beijo. – Você me faz bem, Mike...
Tira minha camiseta e meus óculos, encarando meus olhos e sorrindo.
- Quer terminar o que começamos àquele dia que o Cellbit interrompeu? – Ele pergunta e tira sua camisa.
- Demais. – Digo já excitado, apertando sua cintura.
Felps se levanta e tira sua calça junto à cueca, após trancar a porta.
Repito o ato ainda deitado e ele puxa a coberta, fica por cima de mim e nos cobre com o edredom.
- Ei... – Digo após senti-lo começar a me masturbar. – Eu controlo dessa vez.
Fico por cima dele e começo a masturbá-lo, debruçado, selando nossos lábios.
- Sexo casual? – Pergunta em meu ouvido, me arrepiando.
- Sim... – Mordo leve seu pescoço.
- Quer mudar?
- Não mesmo. – Me ajeito em seu membro, o fazendo entrar em mim aos poucos.
-Ahh... – Gememos juntos.
Cavalgo lentamente em seu membro, sentindo o calor em baixo do edredom, me fazendo suar, enquanto o beijo.
Alguns bons minutos se passam e não me canso de senti-lo dentro de mim, é como se eu precisasse disso, é como se eu precisasse dele.
Felps volta a me masturbar, enquanto aumento gradativamente a velocidade de meus movimentos, o fazendo tombar a cabeça para trás.
- Para... Eu vou gozar... – Ele diz, então paro meus movimentos, o sentindo pulsar dentro de mim e apenas sentindo sua mão tocando meu membro de cima a baixo, me fazendo subir às nuvens de tão excitado.
- Ahh, Felps... – As sensações boas começam a tomar conta de meu corpo, quando ele aumenta a velocidade em meu membro.
- Como você consegue ser tão gostoso, Mike? – Pergunta me penetrando levemente, me deixando com os lábios semiabertos e digamos que... Concentrado somente nesse momento.
Sinto meu ápice chegando então tiro sua mão de meu membro, as prendendo atrás de sua cabeça, após descer o edredom, o fazendo cobrir apenas a parte de baixo de nosso corpo.
- Hoje eu controlo... – Digo voltando a cavalgar em seu membro.
- Ahh... Com certeza... Ahh – Geme enquanto o faço me penetrar mais fundo, acertando meu ponto de prazer. – Mas vamos gozar juntos dessa vez. – Solta sua mão direita e a volta com os movimentos de vai e vem em meu membro.
- Ahhh, meu Deus... – Gemo ao sentir seu toque em meu membro já úmido pelo pré-gozo.
- Eu vou... Ahhh... – Ele não termina de falar e se desmancha dentro de mim.
- Ahhh... – Me desmancho em seguida, após ele penetrar meu ponto de prazer sequencialmente.
Selamos nossos lábios, enquanto ainda cavalgo em seu membro.
- Humm... – Felps geme em meio ao beijo, a cada vez que o faço entrar novamente em mim.
Saio de cima dele e me deito ao seu lado. Nossas respirações ofegantes tomam conta do quarto.
P.O.V Rezende
- Hoje tem a competição. O que decidiu? – Polado pergunta enquanto o abraço por trás em nosso quarto.
- Vamos ter que continuar o plano... – Digo o encoxando cada vez mais forte, o sentindo totalmente em meu membro.
- Acha que dá tempo da gente... – O interrompo.
- Com certeza. – Abaixo sua calça de moletom, somente ao ponto de sua entrada ficar exposta.
Abro o zíper da minha calça e a desço até os joelhos junto à minha cueca, começando a me masturbar. O levo até a parede, o fazendo se apoiar pelas mãos e empinar o quadril.
Quando começo a sentir meu pré-gozo umedecer meu membro, paro de me masturbar e o penetro de uma vez o ouvindo gemer alto, do jeito que mais me excita.
Começo a penetrá-lo com movimentos rápidos e fundos, até que vejo suas pernas bambeando.
Saio de dentro dele e o viro até mim, tirando o restante de sua calça e cueca.
Tiro minha camiseta e o ergo, fazendo com que cruze suas pernas atrás de minhas costas, o apoiando com as costas na parede. O penetro novamente, arrancando sua camisa rapidamente de seu tronco, a jogando no chão.
- Ahh... Me beija Pedro... - O obedeço e começo a masturbá-lo o fazendo gemer em meio ao beijo.
- Ahhh... – Gemo após nos separarmos do beijo e fecho os olhos, apenas o sentindo.
A cena do Tarik comigo no banheiro da balada vêm à minha cabeça. (Capítulo 24)
Fico extasiado me lembrando de quando eu e Pac tínhamos algo. De quando transávamos. De como ele conseguia me satisfazer na cama, por ser tão sexy...
Seus gemidos, seus puxões de cabelo, suas unhas em minhas costas, o jeito dele gemer meu nome...
- Ahhh... Eu vou... – Polado geme, me trazendo de volta à realidade, e se desmancha em minha mão, sem ao menos terminar a frase.
Continuo o penetrando, então percebo que já me desmanchei dentro de si.
Droga Polado... Droga, Pac...
- O que foi? – Polado pergunta após eu sair de dentro dele, vendo meu líquido escorrer por meu membro.
- Pedro não, okay? – Digo olhando para ele, que assente confuso.
- Okay...
(...)
15:55
P.O.V Rafael
- Hoje a competição será diferente. – Gabriel começa no Megafone. – Será guerra de cotonete. Um de cada dupla, versos o outro da outra dupla. Eu montarei quem irá contra quem. Preparados? – Pergunta me encarando e sorrindo.
- Sim. – Pac fala desanimado enquanto todos gritam. – Tenho uma pergunta.
Todos olhamos para Pac.
- Pode falar. – Gabriel diz.
- Como quer que eu participe com uma costela quebrada? – Olho para Gabriel.
- Verdade. – Batista diz da outra ponta do sofá.
- Infelizmente hoje você não poderá participar, Tarik. – Todos o olham confusos. – Portanto eu serei a dupla do Cellbit.
Continua...
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