História Cellbit, a vida com MITW - A dor do amor

P.O.V Rafael

Depois de todas aqueles posts, decido ir dormir no quarto de hóspedes de Felps. Não tenho palavras para descrever como o meu coração está partido. Não entendo o prazer de me fazer sofrer. Eu não conhecia esse lado do Mike, eu realmente estou desolado.

- Cell, você quer dormir no meu quarto? Tenho aquele colchão extra. – Diz Felps parado na porta do quarto no qual eu estava deitado na cama.

- Não Felps, e-eu só quero ficar sozinho, entende? – Digo começando a sentir meus olhos marejarem.

- Eu entendo... – Ele diz um tanto cabisbaixo. Tem alguma coisa acontecendo.

- O que você tem? – Pergunto me levantando e ficando cara a cara com ele.

- A Gabs pediu um tempo... – Ele diz e sabe aquele negócio chamado chão? Então, eu não tenho mais ele. Pois a única pessoa que consegue me fazer feliz, acaba de ser ferida.

- Co-Como assim Felipe? – Pergunto e ele apenas me abraça forte. - Olha Felps, não fica assim. Eu estou com você e você comigo. Um ferrado cuidando do outro, certo? – Digo o abraçando fortemente.

- Dorme no meu quarto comigo Cell, só hoje. Estou muito mal. – Ele fala enquanto se afasta e olha em meus olhos.

- Okay. – Digo enquanto pego meu celular, meu fone de ouvido e meu carregador.

Depois de Felps me explicar que a Gabs pediu um tempo para ele por causa que ele não dá muita atenção à ela por culpa do canal, o mesmo olha para mim, de cima da sua cama, enquanto eu estava no colchão extra do chão e esticou sua mão. Desvio meus olhos, do teto, para Felps e a seguro. Sinto sua necessidade de consolo nesse aperto de mão. Seus olhos imploram ajuda e eu simplesmente estou morto por dentro por esse dia ser mais longo do que eu esperava.

... Não consigo continuar, não hoje, não mais. Chega!

Solto a mão de Felps que logo me lança um olhar de decepcionado. Finjo não ver aquele olhar já triturando os pedaços despedaçados do meu coração, me cubro e viro para o lado.

- Boa noite Felpopito. – Digo e não recebo resposta alguma.

Acabo de magoar a única pessoa que me ajudou. Parabéns Rafael Lange, já pode morrer agora.

Fecho meus olhos e sinto meu celular vibrar. Ignoro e sinto novamente meu celular vibrando. Ativo o silencioso e agora vejo meu celular acender.

Não acredito no que meus olhos estão vendo... É o Mikhael me ligando.

Eu não quero atender. Mas sinto que preciso. Eu sou um idiota.

Me levanto do colchão e logo saio do quarto de Felps, encostando sua porta com cuidado. Vou até o quarto de hóspedes e atendo a ligação de quem partiu meu coração.

- ... – Por mais que eu queira xingar e brigar com ele, nenhuma palavra sai de minha boca.

- A-Alô? – Ele guagueija. Essa voz, ela me causa um sentimento muito estranho. Eu odeio isso.

- Linnyker...? – Pergunto tentando manter a voz firme, segurando o choro.

- Cell... Eu... preciso falar com você. – Ele diz em pausas.

- Olha Mikhael, eu não tenho nada pra falar com você. – Digo finalmente algo que me orgulho.

- Não... Cell... Por favor, você não entende... – Ele fica quieto depois disso.

- Fala. – Digo Seco e não recebo resposta. – Linnyker? – Ainda nada. – Mikhael, eu vou desligar... – Uma lágrima cai de meu olho.

- Aaah... Por... Favor... Cell. Isso voltou... Eu não... Consigo mais... É muito... Forte. – Ele parece gemer de... dor?

- Do que você está falando Mikhael? – Pergunto já prevendo a resposta. Não é possível. Não poderíamos mais estar... ligados.

- A dor... Essa dor Cell... Eu não... Queria falar... Mas... Eu não... Consigo mais. – Ele diz em meio de gemidos de dor.

- Fica calmo. Mike, calma, respira e fica feliz. – Digo sem saber o que fazer enquanto ando de um lado para o outro dentro desse quarto com o celular em meu ouvido.

- Não... Sou eu Cell... É você. – Ele diz e meu coração aperta.

- Eu o que? Eu estou feliz Mike olha só! – Digo com a voz mais falsa da minha vida, fingindo estar feliz.

- Não está... Cell... Por favor... – Ele diz e começo a me desesperar quando ouço Mike do outro lado da linha ficando sem ar.

- Am... é... Mike, Mike! – O chamo com o intuito de chamar sua atenção. – O que você acha de amanhã gravarmos um... am... Esconde-Esconde? – Continuo, enquanto me sento no chão e calço meu All star.

- Eu... Não... – Mike diz e fica mudo imediatamente.

- Mike!! Mikhael?! – Grito e nada.

Corro até a sala e escrevo um bilhete para Felps dizendo: “Peguei seu carro emprestado. Me perdoa, por tudo. Juro que farei qualquer coisa para me redimir.”

Deixo minha letra tremida e corrida no bilhete, pego as chaves do carro de Felps, entro no carro e tento ficar o mais calmo possível.

Não posso perdê-lo.

(...)

00:30

Abro a casa com a chave reserva que deixamos em baixo do tapete, entro devagar e silenciosamente e me dirijo até o quarto de Mike.

- Mike! – Sussurro, fecho a porta de seu quarto e corro até Mike que está no chão, mal respirando. – Mike, ei, eu estou aqui. Por favor, não me deixa, eu... Eu não estou sofrendo olha... Estou aqui com você, por favor................ Mike........ Por favor... – Digo já me esgotando e prestes a desistir, enquanto o olho nos olhos.

- Cell... – Mike diz como num sussurro.

- Shiii, fica quieto, não fala nada. Eu estou aqui com você. – Digo o pegando no colo estilo noiva e o colocando em seu colchão.

A cena mais dolorosa que já ví em minha vida, está acontecendo diante de meus olhos e eu não posso me desesperar, chorar, ou sentir algo. Então apenas deito no colchão de Mike, ficando cara a cara com ele, abro um sorriso e começo a acariciar sua bochecha, enquanto encaro seus olhos. Sinto sua respiração ir se normalizando gradativamente até que ouço sua voz.

- Cell, me perdoa...? – Ele diz ainda regulando sua respiração.

- Eu te perdoo. Agora, para de falar ok?- Digo e o mesmo assente com a cabeça. – Mike, Mike... – Digo brincando com seus cabelos. – Por que?

- O que...? – Ele pergunta com uma expressão de confuso.

- Por que isso acontece com a gente? Por que quando eu sofro, você tem isso? Por que... – Respiro fundo. – Por que teve que dizer aquilo pro Pac?

- Acho que somos mais ligados do que imaginamos moço. – Ele diz já com sua respiração normal. – Espera... O que eu disse pro Pac?

- Você sabe Mike... Eu ouvi tudo, tudo mesmo. – Digo deixando minhas lágrimas caírem.

- Eu não queria Cell, eu só falei aquelas coisas porque ele precisava ouvir aquilo. Ele é muito inseguro, estava com ciúmes de nós dois e eu na hora não pensei direito e disse aquelas coisas. – Ele responde.

- E a foto? – Pergunto já começando a soluçar por causa das lágrimas.

- Foi o Pac... Pára... Cell... – Ele diz em pausas colocando a mão no peito.

Não aguento mais isso.

- Ok. – Digo limpando minhas lágrimas e me levantando de seu colchão.

Coloco as mãos na cabeça, puxando meus cabelos para trás e olho fixamente para o teto, enquanto seguro minhas lágrimas. Volto meu olhar à Mike que ainda segura seu peito com uma expressão de dor em seu rosto.

Não posso mais ver isso. Tenho que fazer parar...

Me direciono à porta do quarto de Mike, à tranco e volto à seu colchão. Sento ao lado de Mike que está deitado de barriga para cima e tiro sua mão de cima de seu peito. Mike me olha assustado enquanto tiro seus óculos e me sento em cima de si.

- O que você... – O interrompo.

- Shiii, ainda está com dor? – Pergunto e Mike assente com a cabeça. – E agora? – Pergunto aproximando meu rosto do seu. – Ele assente novamente com a cabeça. – Mike... – Digo aproximando minha boca da sua, enquanto sinto as mãos de Mike em minha cintura.

-Cell, eu... – Não o deixo terminar e enfim selo nossos lábios.

Esses lábios... Essa maciez, esse beijo... Eu realmente preciso disso.

Encaixo meus lábios delicadamente nos lábios de Mike e encosto minha língua em seu lábio inferior, pedindo passagem. Ele cede e então consigo passear com minha língua dentro de sua boca. Nossas línguas se encontram e parecem dançar dentro de nossas bocas, num beijo profundo, delicado e aparentemente apaixonado. Sinto Mike firmar suas mãos em minha cintura, então nos viro, deixando-o por cima. Paramos por conta do ar e então, quando abro meus olhos, enxergo um Mikhael que eu jamais vi. Ele está corado e seus olhos brilham enquanto me encaram.

Mike novamente desce seu rosto até o meu e sela nossos lábios, dessa vez num beijo profundo e caloroso. Passo minhas mãos em seu abdômen e logo em seguida tiro sua camiseta, interrompendo nosso beijo.

- Cell, você... – O interrompo.

- Shii, me beija. – Digo o puxando e então ele retira minha blusa junto à minha camiseta.

Olho para Mike e ele parece apreciar a vista. Nesse momento ele está sentado em cima de mim, passando suas mãos sob meus gomos. Enquanto eu estou olhando para ele hipnotizado nesse ser de cabelos negros.

Logo Mike desliza suas mãos de meus ombros até o começo de minha calça bem lentamente e desabotoa o botão, em seguida descendo meu zíper, enquanto olha no fundo de meus olhos.

O puxo pela nuca para um beijo e após alguns encontros de nossas línguas, Mike desce sua boca para meu pescoço, o mordendo de leve, o beijando e então ele morde minha orelha me fazendo arfar.

Ele desce sua boca, deixando trilhas de beijos em meu abdômen, até que chega ao começo de minha calça. Ele abaixa minha calça somente o suficiente para meu membro que está extremamente ereto ficar exposto. Desce sua boca até a base de meu membro o lambendo até minha glande me fazendo soltar um pequeno e rouco gemido.

- Shii – Ele diz colocando seu dedo em minha boca.

- Mike abocanha meu membro de uma vez, o chupando desde a base até minha glande, seguro meus gemidos ao máximo, mas quando ele começa a fazer movimentos de vai e vem, sinto meu ápice chegando, deixando meu prazer exposto em meu rosto e em meus gemidos mudos.

- Mike... Eu... – Ele para antes que eu me desmanchasse em sua boca e então me dá três dedos para chupar. Coloco seus dedos em minha boca, e os umedeço com minha língua olhando em seus olhos e então ele se levanta, retira sua calça, termina de retirar a minha e olhando para mim, que assenti com a cabeça para continuar, me penetrou com um de seus dedos, me fazendo gemer roucamente em seu ouvido. Logo Mike penetra seu segundo dedo, fazendo movimentos de tesoura e, então o seu terceiro dedo. Gemo de dor em seu ouvido e o mesmo me beija enquanto posiciona seu membro em minha entrada. Ele me penetra e logo mordo seu lábio inferior, pela sensação de dor insuportável que sinto. Mike fica alguns segundos parado dentro de mim enquanto me olha nos olhos, até que eu começo a fazer alguns movimentos indicando que pode prosseguir.

O moreno começa a me estocar devagar e logo começa a acelerar a velocidade. Mike pega em meu membro, me excitando ainda mais, fazendo movimentos de vai e vem no ritmo de suas estocadas. Ele me estoca fundo, forte e rápido até que acerta meu ponto de prazer, ao ver que gemi de uma forma muda somente abrindo minha boca, arqueando minhas sobrancelhas e apertando o lençol, o mesmo começa a estocar somente aquela área, me fazendo chegar a meu ápice, me desmanchando em sua mão e em nossos abdomens. Mike se posiciona mais acima de mim e continua as estocadas, enquanto me beija de um modo ardente, um modo caloroso...

- Cell, eu... Aaaah. – Geme Mike roucamente e baixo em meu ouvido ao chegar a seu ápice, se desmanchando dentro de mim.

O mesmo se deita ao meu lado, nos entreolhamos, sorrimos e, após alguns minutos, nos vestimos.

- Sua dor... – Digo e ele me interrompe.

- Parou. – Diz Mike se aconchegando em meu peito. - Você vai nos deixar de novo amanhã? – Ele pergunta e sinto uma sensação estranha dentro de mim.

- Não, nunca mais. – Digo abraçando-o.

Não sei mais o que fazer... Quando estou perto deles, sinto meu coração acelerar, parecendo que vai sair pela boca a qualquer momento. Todos em nossa volta desaparecem, mas quando eles se vão, meu mundo para e perde toda a cor, o brilho... E tudo o que era bonito se desfaz. Estou confuso... ( # ~Chumaluda *-*)

Continua...?