História Chained Up - Por você

Hyuk

Acordei sentindo a respiração do N hyung na minha nuca, me fazendo estremecer, lembrei de tudo o que aconteceu ontem, cada palavra que ouvi, cada lágrima que presenciei, ele não merecia esta assim, sempre fora muito bom pra mim, não acho que tenha feito algum mal. Me virei e fiquei de frente pra ele, me levantei assustado fitando seu rosto, ele estava pálido, sem vida, seu peito subia e descia devagar e demorado, seus olhos estavam arroxeados. Mas, ontem ele estava bem, o que aconteceu? 

O balancei um pouco e ele não respondeu nem se quer resmungou, meu desespero aumentou e eu comecei a balança-lo mais, até que ele abriu os olhos devagar e com certa dificuldade.

- Le-o? - sua voz soa fraca, mas quem é Leo?

- Não, sou eu, Hyuk - acaricio seus cabelos e ele sorri fraco e  respira fundo - Hyung o que houve com você?

- Ele br-i-gou com-igo.

- Ele quem? Esse tal Leo?

- Hy-uk e-le vi-o, vo-cê - ele começou a chorar - Vá pr-a ca-sa, se-u namo-ra-do, dev-e ta' preo-cu-pad-o - falava arfando quase sem vida, como se tivesse corrido duas maratonas seguidas, sem intervalo.

- Não vou deixar você assim - como esse cara pôde, não viu o estado dele - Vem vou te levar ao hospital.

- El-e, me ti-ra d.. - ele virou o rosto sem forças e forçando a respiração, me levantei e procurei a chave do carro dele.

- Vamos Hyung - o pego no colo e levo até o carro, deixo no banco de trás.

Tento acalmar minha respiração e dirijo com certa pressa, mas sem exagerar, a cada três segundos olho no retrovisor pra ver se N está bem e o mesmo parece mais fraco a cada olhada, minha preocupação aumenta. Ontem não ouvi nenhum ruído, como foi que esse homemaparece? E porque fez mal ao N? Não que seja da minha conta, mas... Pare de pensar demais Hyuk, concentre-se em leva-lo ao hospital. Meu celular toca e o conecto ao bluetooth do carro.

- Hyuk?

- Hongbin - falo em tom baixo esperando gritos do mais velho.

- Onde você está? Te deixei ontem no sofá e quando voltei você não estava, liguei umas 20 vezes e você não atendeu, onde você está?

- Indo para o hospital com aquele a qual você envolveu numa aposta ridícula - cuspi as palavras, ríspido e sem paciência.

- Como? Você..

- Sim eu ouvi tudo, mas já que você fez o favor de ligar, avisa ao Ravi que o N está quase morto e eu não sei o motivo. Se foi ele, eu juro que mato! - gritei como se isso fosse me acalmar e desliguei o telefone.

Estacionei em frente a emergência e dois enfermeiros vieram correndo e o livaram as pressas para a sala mais próxima. Eu entrei e enquanto fazia as fichas, vi uma correria de enfermeiros e dois médicos para a sala onde N  hyung estava, fazendo meu sangue gelar e minhas mãos suar em nervosismo. O que está acontecendo? 

Me sento no corredor e estralo os dedos enquanto espero o médico. 20 min... Nada. 45 min.... Nada, meus pés batiam em continência no chão de tanto esperar. 1h 15min... E finalmente o médico aparece. Ele me olha por alguns segundos e sorri, apesar do olhar ser preocupado.

- Eu sei que não foi você, ele disse, alguém bateu nele, mas ele se nega a falar, ele estava fraco aparenta não comer adequamente e dormi menos ainda, um quadro de, talvez depressão, não sei, o que você pode me dizer sobre ele?

- Desculpe Doutor...

- Ah me desculpe, sou Choi Minho - ele estende a mão pra mim e eu aperto.

- Doutor Minho, ele é meu patrão e amigo, não sei dizer quem foi, não ouvi barulho algum, me sinto meio inútil - deixei em fim as lágrimas saírem - Ele deve está nesse estado de tristeza por que foi usado por um babaca que só queria... Bom.

- Entendo, ele está descansando agora, se quiser vê-lo, terceiro quarto a esquerda - ele sorri e se retira me deixando sozinho com meus pensamentos.

Corri para o quarto de N, o vendo descansar relaxa com um pouco de cor no rosto, mas ainda estava pálido. Fiquei observando ele por 20 minutos, mas lembrei da livraria e que preciso reativar o alarme. Me levantei pensativo e quando ia abrir a porta, ela foi aberta por um Ravi assustado e preocupado, me olhou pedindo permissão e eu abri espaço pra ele entrar.

- Eu vou sair rápido, cuide dele - ele sorriu e acenou.

Não confio nele, mas preciso sair e temo que a pessoa que bateu no N hyung volte, não suportaria vê-lo naquele estado novamente.

N

Acordei com um barulho distante vinda de algum lugar do quarto, ao abrir meus olhos me deparei com dois olhos negros me olhando com fúria, olhei pro lado e vi Hyuk dormindo tranqüilo, devagar me levantei e caminhei até ele, negando com a cabeça na intenção de mostra-lo que não havia acontecido nada. Ele agarrou meu braço e me levou até a sala, lá me jogou no chão e madou eu ficar de joelhos. Fiz o que me foi mandado e recebi dois tapas na cara, um de cada lado, escutando palavras ofensivas em tom baixo porém ríspidos, cortantes, marcantes, tal como tudo que ele me faz. Me levantou e pude ver lágrimas contidas em seus olhos, não entendi, ele nunca demonstrou. Ele me abraçou forte e pediu pra deitar comigo. Ele nunca fez isso, quando queria ele fazia, o que está acontecendo?
 

Me deitou na cama do quarto de hóspede e beijou cada centímetro do meu corpo despido, me causando arrepios, desceu suas mãos as minhas partes íntimas e enquanto me chupava afundou dois dedos no meu interior me fazendo contrair as costa em prazer. Foram poucas as vezes que ele me amava ao invés de bater. Se acomodou entre minhas pernas e me penetrou, movimentos tranquilos e intensos. Quente! Era isso! Seu corpo no meu, a textura de seus lábios que se encaixam perfeitamente nos meus. Movimentos sincronizados, respiração descompassada, a cama rangendo sem parar. A velocidade aumentando, com isso ouvi pequenos gemidos dos seus lábios e sorri internamente, o puxei para um beijo molhado num pedido pra gozar, nunca o fiz sem sua permição. Ele me concedeu e chegamos ao clímax juntos, gemendo um o nome do outro. Meu mundo estava embaçado, mas eu ouvi em alto e bom som.

- Não coloque outro homem na nossa cama, ou ele irá morrer.

Saiu me deixando sem forças naquele colchão. Me levantei devagar sentindo meu corpo desfalecer a cada passo para meu quarto. Coloquei uma roupa qualquer e me deitei ao lado de Hyuk. Dormi. É isso que eu preciso.
 

- Você vai ficar bem N - uma voz ao longe me dizia isso, mas eu não consigo voltar - Me perdoe - essa voz é do....

- Ravi...