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História Chains - Verdades


Escrita por: Aly_AkaZ

Notas do Autor


Capitulo novo?
Eu vou um aleluia?
Deeeeeus, do nada eu parei na escola e pronto, resolvi escrever esse capitulo foda e muito amorzinho.
E ta aí, espero que gostem.

Capítulo 11 - Verdades


Acordo, resmungando algo que na minha cabeça deveria sair como um: ¨ Se me drogarem de novo, eu mato alguém. ¨, mas duvido que tenha sido isso a sair. Sentia todo o meu corpo formigar, provavelmente pelo conteúdo da seringa, e a cada misero movimento, meus machucados latejavam como se tivessem acabado de ter sido feitos. Deus... Quantos venenos eles tem nesse lugar?

Olho em volta, estou no chão de um furgão de traseira beeeem grande. Ainda estou preso pelas algemas, mas depois daquelas explosões e do veneno, não tenho forças para mais nenhuma gracinha. Izuku está sentado no banco da outra parede, me olhando com uma expressão de raiva, provavelmente pela minha tentativa de fuga. Separando nossa área da dos motoristas, que eram, provavelmente, os guardas que o ajudaram, está uma parede grossa com uma grade e portinhola para contato.

Me pergunto onde devemos estar a essa altura. Ou melhor, pra onde estamos indo? Será que eles tem uma outra base ou algo assim? Será que os invasores mataram alguém? Quem invadiu, herois ou vilões inimigos? DROGA! Sinto que vou explodir com tantas dúvidas e tantas coisas pra pensar, mas... Perder tempo com isso agora não vai ajudar a mim ou a Izuku. Tento me sentar e, sem a ajuda das mãos, falho. Não conseguia simplesmente me manter quieto, jogado no chão, esperando chegar para ser torturado por séculos ou simplesmnete que o olhar de Izuku me mate. Posso aproveitar essa situação para fugir! Mas... Vale a pena fugir e deixa-lo aqui, assim?

Me lembrar dessa parte da história me da uma estranha vontade de me encolher e gritar até perder a voz, nada do que tentei pareceu funcionar bem. Será que ele nunca vai voltar? E se ele não voltar, como posso fugir? Não vale a pena, não me restam opções. O carro da uma freiada brusca e sou jogado pra frente e pra perto de Izuku, que ainda me olhava torto, mas se agachou ao meu lado ao ver minha expressão de dor. Toda vez que olhava para ele, sem todo aquele ar... Deku... Só me deixava mais irritado, deuses, vou arrebentar a cara de todos aqueles vilões que tocaram nele! Imagino o que ele deve ter passado e me sinto ainda mais um idiota por estar reclamando de sofrer mais torturas, quer dizer... Eu posso continuar tentando, quem sabe com o tempo...? Ah, a quem estou enganando?

Izuku me empurra para o lado para checar o curativo de meu ombro, mas me debato e consigo me afastar dele, olhando-o como um cão raivoso, expressão que ele devolve quando volta até perto de mim e pisa em meu peito, me fazendo perder parte do ar.

- Eu se fosse você, parava de lutar, tigrinho! - Ele rosna, pressionando ainda mais meu peito, me fazendo tossir. E mesmo assim... Mesmo tomado pela fúria e pela dor, não conseguia direcionar minha raiva pra ele, simplesmente não conseguia ve-lo como o culpado da situação...

- É, eu preferia o antigo apelido... - Digo, entre tossidas. Se não me tem alternativas, pelo menos vou falar o que quiser.

- Outro apelido...? - Sinto o aperto em meu peito diminuir, e consigo respirar melhor, o suficiente para continuar falando. Ele parecia surpreso e curioso com o que tivesse a contar. - Que outro apelido?

- Kacchan. Era assim que você me chamava desde... Sei lá, sempre? Quando éramos pequenos, melhores amigos, vendo, juntos, videos do nosso heroi favorito... - Fecho os olhos, sabendo que agora, não pararia até ter dito tudo que queria. - Você sempre me pareceu tanto com o All Might, sempre gentil, querendo ajudar e proteger a todos... Por mais que tentasse, nunca chegaria aos seus pés, você se tornou meu heroi preferido, sem que nenhum de nós percebesse.

¨ Eu admirava como você conseguia fazer amizade, fazer todos te adorarem, mesmo sem nem tentar! Só que quando fizemos 4 anos e minha peculiaridade apareceu, me senti tão bem...! Senti que poderia me tornar um heroi, pela primeira vez na vida pensei que poderia te superar. Mas mesmo que estivesse mais forte, você não parava de se preocupar comigo, correr para ajudar  a qualquer sinal de perigo, me chamando por esse apelido idiota... Passei a te menosprezar, te ofender e machucar, odiava como fazia me sentir um lixo, como fazia mil amigos e como se encolhia quando te ameaçava... ¨

¨ Cara... Você não faz ideia de por quantos anos me forcei a te odiar enquanto odiava a mim mesmo. Eu nunca conseguia ser uma boa pessoa, alguém legal, um herói... Afastava todos que se aproximavam de mim, enquanto buscava superar o menino, que, novamente, tinha me rebaixado como nunca consegui em anos. E o pior de tudo... Mesmo que eu fosse horrivel com você, mesmo que eu mesmo me odiasse mais do que a tudo no mundo, você ainda se preocupava comigo... E me chamava de Kacchan... ¨

Sorrio, um sorriso fraco e triste, diferente dos meus sorrisos falsamente confiantes, refletindo sobre o quào idiota fui a minha vida inteira. As vezes eu parava pra pensar nisso, mas só conseguia olhar pra trás e lamentar não ter mudado enquanto pude, e só me restava pensar em desistir de tudo aquilo, desistir de tentar ser alguém, cortar todas as minhas relações, por mais idiotas que fossem, e apodrecer... E nesse momento, esperando o riso maldoso ou a surra daquele ser horrivel que uma vez foi meu melhor amigo e, que ainda é, uma das pessoas mais importantes da minha vida, a ideia de me matar parece cada vez mais tentadora.

- Eu só queria que você voltasse...

Só que pensando em morrer agora, não me sinto um covarde ou um fugitivo, morrerei em paz de saber que pelo menos, assim, estou evitando mais horas de tortura que chegariam as mãos da sociedade e causariam caos, e uma possivel barganha com os heróis. E o principal: talvez, só talvez, isso possa trazer Deku de volta. Eu morreria, mas ele poderia fugir e voltar pra casa e para seus amigos, valeria a pena... Não é como se minha vida valesse mais alguma coisa sem Deku para ultrapassar, ou melhor, sem meu melhor amigo...

Respiro fundo, lembrando da localização de cada um de meus pontos, calculando o quanto deveria me debater para abrir a todos e me levar a morte por falta de sangue. Planejava faze-lo ainda de olhos fechados, não quero que minha ultima visão fosse da expressão distorcida no rosto do meu Deku. Lagrimas correm silenciosamente pelos meus olhos ainda fechados e, dessa vez, me sinto bem em chorar, mas quando ouço um choro, que, com certeza, não era meu...

- Kacchan...

Abro os olhos instintivamente, aquilo não poderia ser... Era Izuku, Izuku de verdade! Putaquepariu, eu consegui! Ignorando a dor latejante, me sento, olhando-o perplexo. Izuku estava de joelhos na minha frente, apoiando no chão com as mãos e chorando até soluçar. Tudo nele, tudo, suas sardas, sua pele brilhando pelas lagrimas, sua posição, até o som de seu choro, eram todos tão caracteristico, tão dele... Senti falta até disso.

- Me desculpe! M-me... - Ele gaguejava tanto, chorando até perder o ar, parecia não ter coragem de olhar pro meu rosto, mas cada vez que seu olhar pousava sobre um de meus machucados, parecia chorar mais. - Sinto muito, Kacchan...!

Só que, naquele momento, nada mais me importava, nem nossa situação, nem como fugiríamos, nem a dor, só conseguia olhá-lo, com um sorriso idiota e olhos esbugalhados... Eles esta aqui... De verdade... Ainda sorrindo, levei minhas mãos algemadas até seu rosto e o ergui, obrigando-o a me olhar, então pude aproveitar cada detalhe de seu rosto, de seus lindos olhos.

- Céus, Deku... - Disse, sentindo mais algumas lagrimas fugindo, escorrendo pelo meu rosto como gotas de chuva, trazendo um alivio imediato. Ele volta a chorar, só que agora chora baixo, e sem demora, se joga contra mim, me abraçando e agarrando minha blusa, molhando-a toda. Aperto-o com força do jeito que consigo, nada que pudesse dizer conseguiria expressar minha felicidade, só queria ficar abra´cado com ele pelo resto de nossas vidas, queria que aquilo durasse para sempre.

 

 


Notas Finais


DEEEEUSES
Espero que esteja grande o suficiente, e me desculpem, mas não consegui expressar bem os sentimentos deles.
E olha que gay e clichê, a chave para quebrar a peculiaridade que afetava Izuku era, simplesmente, algo para acorrentá-lo de volta a sua verdadeira personalidade.


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