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História Chamas Da Escuridão (Midoriya Izuku) - BNHA - O Único Motivo Que Resta


Escrita por: ESalete e ESalete2

Notas do Autor


Oi minhas crianças😘

Aqui está mais um capítulo

Eu espero que vocês gostem

E não é só isso não

Espero também que deixem a opinião de vocês

É importante😊

De qualquer forma, obrigada😄

Boa leitura❤

Capítulo 2 - O Único Motivo Que Resta


— Izuku? Izuku está tudo bem? - O som de leves batidas preenchia o banheiro, rodeando Midoriya e o puxando para fora de seus pensamentos.

Mais uma vez havia se deixado levar pelos seus devaneios, pior, mais uma vez havia deixado sua mãe preocupada. Não queria isso de jeito nenhum. Já não queria mais arrasta-la consigo para o abismo a qual estava condenado a se afundar.

A voz da mulher ainda ecoava em sua mente enquanto permanecia quieto, apenas encarando o espelho. Estava realmente acabado. Se sua mãe o visse assim acabaria tendo um ataque.

— Eu estou bem mãe. - mentiu para acalmar a mulher. - Eu fiquei sem sono, então vim tomar um banho. - Por mais que tentasse soar convincente, o tom de voz não enganava Inko. Ela o conhecia por inteiro, e seus instintos de mãe dizia que não estava nada bem.

— Tudo bem então. Vou preparar o café. - Mesmo sem acreditar em nenhuma daquelas palavras, Inko apenas suspirou. Não o obrigaria falar se não quisesse.

Assim que ouviu os passos se afastarem, Izuku desabou mais uma vez. Lágrimas começaram a rolar por seu rosto, já havia chorado tanto que não conseguia mais nem mesmo emitir algum som.

Sem querer se dar por vencido, afastou-se da pia caminhando até o box do banheiro, onde ligou o chuveiro. Entrou no banho da forma que estava, molhando todo o seu pijama. A água estava fria gelando sua pele por onde escorria, mas não se incomodava.

A sensação não era agradável, mas era capaz de mantê-lo fixo a algo e isso era o mais importante. Não queria se deixar levar mais uma vez e acabar vivendo novamente as lembranças que tanto o atormentava. Passado era passado e jamais deveria deixar de ser.

Seu corpo tremia por inteiro, os dentes batiam uns nos outros com os tremores da boca. Quando sentiu que não aguentaria mais, fechou o registro e saiu do banheiro.

Passos molhados ficavam por todo o corredor até a porta de seu quarto. Logo que se desfez das roupas ensopadas, vestiu o uniforme da escola, bufando para ideia de cumprir suas obrigações como estudante.

Era ridículo que ainda fosse obrigado a fingir que tudo estava bem. Já estava cansado de ter que freqüentar aquele lugar horrível, onde todos faziam questão de lhe lembrar o quão inútil era.

Mas não poderia deixar de freqüentar o lugar. Mesmo que já não tivesse um sonho, ainda tinha um motivo parar seguir em frente. Sua mãe ainda estava ali. Mesmo todas as vezes que o comportamento dela o fez se sentir ainda mais baixo do que já estava, ou quando suas falhas tentativas de animá-lo não faziam nada além de piorar a forma que se sentia. Mesmo assim se negava a deixá-la de lado.

Sem mais nenhum motivo para enrolar, finalmente saiu de seu quarto para encarar a realidade.

Inko estava na cozinha preparando o café da manhã. Desde o dia em que Izuku chegou abalado em casa, e definhou cada vez mais, ela procurava fazer tudo que estava ao seu alcance para ajudá-lo. As comidas preferidas para incentiva-lo a comer, os melhores passatempos para convencê-lo a se entreter e o seu grande herói para motiva-lo.

Mal sabia ela que esse era o seu maior erro. Mesmo que seu quarto ainda fosse extremamente sorridente com cartazes e figuras de ação do grande herói, mesmo que ainda fosse totalmente ligado a todas as notícias que passavam sobre ele, já não tinha os mesmos sentimentos.

A sensação de calor que o tomava por dentro toda vez que via o All Might na TV já não era a mesma. Se antes o admirava e se motivava com seus atos heróicos, agora isso não servia para mais nada a não ser empurrá-lo cada vez mais para o chão.

Se sentou de frente para a mesa, fazendo o possível para parecer que não se quebrada cada vez mais.

Izuku não era dramático, não fazia questão de deixar que os outros soubessem de seu sofrimento. Ele só não queria se sentir assim, vazio.

Mas não tinha outra forma. Como um ser humano poderia seguir em frente sem um objetivo? Como poderia dar um passo a frente sem saber aonde ir?

Não tinha como. Precisava achar um novo sonho, algo capaz de preenchê-lo e devolver a ele a determinação que havia sido arrancada.

— Izuku, meu filho. Eu não vi você chegando. - Inko sorriu para ele, tirando-o mais uma vez de seus pensamentos. - Coma bastante para não ficar com fome depois.

— Pode deixar. - forçou um sorriso de volta. Sem muita coragem, levou um pedaço de panqueca até a boca. O doce do mel se espalhou e desceu pela garganta, junto a massa que desmanchava ao entrar em contato com sua língua.

Costumava amar as comuns, porém deliciosas, rodelas de sabor que sua mãe preparava todas as manhãs. Mas agora já não lhe fazia diferença. Preferia jamais ter se encontrado com o motivo da mudança, pelo menos assim não teria ouvido aquelas palavras.

Quando sentiu que os pensamentos tentavam retornar a sua mente, se levantou com tudo, se afastando da mesa.

— Izuku?! - chamou por ele enquanto se afastava no corredor. - Izuku! Não vai terminar o seu café?

A mulher ainda olhava em sua direção quando retornou com uma mochila.

— Eu lembrei que tenho que terminar um trabalho. Então já vou indo. - Se afastou com uma despedida a distância. Um se cuida foi a última coisa que ouviu quando fechou a porta.

Logo que saiu do apartamento se escorou de costas na porta, sua respiração estava acelerada. Não se orgulhava de ter fugido mais uma vez, de ter dado as costas ao problema que deveria encarar de frente.

Mas o que poderia fazer? O que seria capaz de mudar a forma como se sentia? Se houvesse alguma luz no fim do túnel, alguém por favor o avisasse, porque não conseguia enxergar nada. Nem mesmo uma faísca.

Quando tomou a coragem necessária, mais uma vez, rumou desanimado para o pior lugar a qual tinha que freqüentar. Não que odiasse estudar, muito pelo contrário, adorava a sensação de consumir conhecimento.

Midoriya Izuku era um excelente aluno. Tirava sempre as maiores notas, aprendia rápido e costumava ir muito além do que lhe era ensinado. Se o professor lhe mandasse ler um livro, ele lia dois. Não gostava de se limitar ao básico, queria sempre mais.

Mas mesmo que o colégio servisse para saciar a sua fome pelo saber. Haviam muitas coisas ruim que o afastava cada vez mais do lugar. Por ter nascido sem uma individualidade, costumava ser alvo de bullying até mesmo dos professores.

Os alunos do colégio o desprezavam, os de sua sala então, o viam como nada além de um verme. Mas isso não era nada comparado com o que sentia quando o bullie era o seu próprio professore.

Era de se esperar que crianças agissem de forma maldosa umas com as outras, mas adultos? Era tão revoltante que a única coisa que conseguia fazer era ficar quieto e ignorar.

Fez isso por muito tempo. Quando dizia que iria ser um herói como o All Might, todos da sala caiam na gargalhada. Sempre fez de tudo para ignorar, mas agora não conseguiria continuar da mesma forma. Afinal de contas, descobriu recentemente que o próprio All Might considerava impossível.

Quando finalmente chegou na escola municipal onde estudava, não pode fazer nada a não ser suspirar derrotado. Sem chamar muita atenção, ou melhor, nenhuma atenção, se direcionou diretamente para sua sala de aula.

Não costumava se reunir em grupos antes das aulas, a falta de amigos não permitia. Naquela escola não havia ninguém que o visse de outra forma além de um completo inútil que não sabia fazer nada.

A sala ainda estava vazia. Costumava se sentar mais ao fundo, para evitar chamar muita atenção. Não demorou muito tempo e logo os outros alunos foram chegando.

O sinal tocou e a aula começou. Sem mais nada para fazer, não lhe restava nenhuma forma de entretenimento. Geralmente, Izuku costumava passar seu tempo, distraído, fazendo anotações em seu caderno.

No entanto, o objeto, que costumava ter muito valor, já não era tratado do mesmo jeito. Se antes não saia de sua bolsa, agora estava jogado em algum canto de seu quarto.

E pensar em quantas vezes havia apanhado por ter sido pego mexendo em anotações sobre heróis. Costumava, contra a vontade é claro, apanhar todos os dias da semana.

Não importava a hora, o dia ou o motivo, apanhar já fazia parte da sua rotina. Com o pensamento em mente, olhou em direção ao principal culpado pelo bullying, Bakugo Katsuki.

O loiro de cabelos espetados não se sentava muito a frente, com apenas duas carteiras de distância entre eles. Izuku ainda se lembrava de momentos de diversões que haviam passado juntos quando criança.

Como moravam no mesmo bairro era normal que brincassem com o mesmo grupo de crianças. Enquanto Bakugo era o líder da turma, Izuku costumava ser apenas a pessoa que os seguiam.

Em toda a sua vida havia admirado o garoto, não apenas por causa de sua individualidade, mas porque os dois tinham o mesmo objetivo. E, assim como ele, Bakugo também sonhava em se tornar um herói como o All Might.

Mas tirando isso não havia mais nada de parecido entre os dois. Até porque, diferente do garoto, Izuku jamais conseguiria.

Ainda olhava na direção do outro quando o mesmo o encarou de volta. Os olhos vermelhos sangue pareciam perfura-lo de tanto ódio que emanava. Já dava até para saber o que aconteceria no intervalo.

E não foi diferente do que imaginava. Assim que o sinal tocou a sala se esvaziou por completo, ficando sozinho para trás. Respirou fundo e se levantou, quanto mais rápido acabasse com aquilo melhor seria.

Mal chegou na porta e foi barrado pelo grupinho de comparsas do Bakugo. Todos apenas o encaravam com sorrisos no rosto. Costumava sentir muito medo nessas horas, mas já não era assim, já não tinha mais motivos para temer seja lá o que fosse.

Bakugo poderia lhe causar dor? Iria espancá-lo e xingá-lo até não querer mais? Pois bem, que o fizesse. Duvidava que o garoto seria capaz de machucá-lo mais do que já estava.

Digamos apenas que já não tinha mais motivos para temer a morte, se já estava morto por dentro.

Ao perceberem a sua falta de reações o empurraram para trás, dando passagem para o principal agressor.

— Oe, Deku! - usou o insulto que existia desde sempre. - Eu ainda tenho algumas coisas para resolver com você, vagabundo. - se aproximou ainda mais, na tentativa de causar as costumeiras reações.

— Kacchan. - O tom desinteressado, que usou para pronunciar o apelido, não passou despercebido e ele foi jogado com tudo contra a parede.

Na última semana, Izuku havia aprendido que Bakugo se parecia em muito com um animal selvagem. Se você reagisse contra o que era feito ou falado, ele o espancaria cada vez com mais prazer. Se você o ignorasse, ele se irritava e te espancava até perder a graça. Se aguentasse até o final, logo ele iria embora.

— Você se acha, não é? - Avançou em sua direção, agarrando-o pela gola de sua camisa. - Você não passa de um inútil, seu maldito.

— Kac... - Antes que pudesse falar, Bakugo acertou, em cheio, um soco em seu rosto.

Uma dor agoniante cortou seus sentidos. Não conseguia focar nem mesmo no rosto que estava a meros centímetros de distância.

Antigamente, era necessário pelo menos uns cinco daqueles para que começasse a fazer efeito. No entanto, suas condições atuais não eram uma das melhores. Agradecia mentalmente que pelo menos ainda estava consciente.

Ainda ouvia a voz de Katsuki, mas não conseguia distinguir as palavras. Ao ver o estado em que Izuku estava, o largou no chão, desapontado pela diversão ter acabado mais cedo do que gostaria.

— Tch. Você não presta nem para apanhar. - se virou e foi embora. A única prova de que estiveram ali eram as risadas que ecoavam pelo corredor e, que logo, se dicipariam totalmente.

Sem outra solução, Izuku ficou sentado, esperando que sua visão e audição voltassem ao normal. Fazia o possível para controlar sua respiração e focar no chão em que estava.

Parecia que a cada dia que se passava, Bakugo ficava cada vez com menos vontade de espancá-lo. O que era bom, porque se continuasse pelo caminho que estava, logo não aguentaria nem mesmo o sopro do agressor, quem dirá um soco.

Sorriu com a ideia. Realmente tinha chegado ao fundo do poço e não conseguia fazer nada além de rir da situação patética em que estava.

Quando sentiu que poderia se levantar mais uma vez, retornou a sua carteira. Se antes queria sair dali para evitar topar com certas pessoas, agora já não havia mais nenhum motivo.

Ficou com a cabeça deitada em seus braços até o momento em que o sinal tocou. Era incrível como ainda sentia vontade de chorar, mas não poderia fazer isso. Deveria evitar, a todo custo, chamar a atenção de qualquer um ali.

Só mais duas aulas e finalmente estaria livre por hoje. Suspirou cansado. Ainda teria que retornar amanhã, no dia seguinte, depois do dia seguinte e assim por diante. Mal via a hora de se ver livre daquele imenso pesadelo. 


Notas Finais


E é isso

Mais um capítulo

Sabe, eu estava pensando aqui, é meio clichê começar a história com ele na escola e tudo...

... Mas é necessário para que eu possa mostrar a vocês como que as coisas acontecem nessa fic

Então espero que não esteja muito chato

Eu estou dando o meu melhor aqui, então por favor comente

Me digam o que acharam

A história está indo legal?

A escrita da para entender?

Ei! Deixa eu contar

Acreditam que eu escrevi esse capítulo ouvindo a música Pesadão da Iza?

Pois é 😄

Até que não deu ruim kkkkk

Até o próximo capítulo

Espero vê-los lá 👋♥


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