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História Chamas da Ilusão - Finalmente... Eu te amo


Escrita por: MMMJoi

Notas do Autor


Olá pessoas...
Eu preciso dizer para vocês que me enganei, e esse não será o último cap...uhulll
Tem muita coisa, o bichinho ficou muito grande, então dividi em 2.
Espero que tenham gostado da notícia.
E para compensar vocês por todo o sofrimento até aqui, esse capítulo tá uma boiolice só...sério, muito lambe lambe...kkkkkkkkkk
Obrigada Darcy do meu ❤️, pela betagem e o apoio de sempre.

Espero que gostem do cap. Boa leitura

Capítulo 12 - Finalmente... Eu te amo


Fanfic / Fanfiction Chamas da Ilusão - Finalmente... Eu te amo

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CHAMAS DA ILUSÃO

CAPÍTULO 12 - FINALMENTE…  EU TE AMO

 

Chanyeol não conseguiu dormir naquela noite. Ficou se revirando na cama por toda a noite, sentindo o cheiro de Baekhyun em cada canto. Sentou na cama e olhou o telefone, vendo ser no início da madrugada. Saiu do quarto tentando não fazer barulho e viu que a porta do quarto de Sehun estava aberta, não vendo ninguém no cômodo, e a outra, onde Kyungsoo dormia, estava fechada.

Desceu e foi até a cozinha, pegou um copo de água e foi para a sala. Ficou olhando as várias fotos na estante. Identificou Baekhyun criança, com bebês e um casal, que supôs serem os pais dos três. Havia outras fotos deles adolescentes, uma da mãe doente, e outra dos três, mais adultos, com uma senhorinha bem idosa. Pegou uma de Baekhyun sozinho e ficou admirando a beleza do ômega. Estava com muitas saudades dele.

Em um ato de coragem que não teve dias atrás, pegou o celular e enviou uma mensagem simples, mas que transmitia todo o sentimento que tinha. “Sinto sua falta, não está fácil dormir com seu cheiro e não te ter aqui. Te amo”.

Voltou para o quarto e deitou, não vendo se Baekhyun havia recebido e lido sua mensagem, e acreditava que não, pois ele devia estar dormindo.

Fechou os olhos, tentando pegar no sono. Ficou vários minutos em silêncio, e quando estava quase dormindo, ouviu um barulho ao longe. Um ruído que não soube identificar na névoa em que sua mente entrava, mas levou um susto e acordou quando sentiu o colchão mexer e braços passarem por sua cintura. Sentiu um corpo se encostar ao seu, e achou que estava sonhando quando sentiu o cheiro de Baekhyun o rodeando.

Se aconchegou nos braços macios, suspirando em seu sonho, mas quando um beijo foi deixado em sua nuca, despertou e abriu os olhos, não enxergando nada na escuridão do quarto. Quando sua vista estava acostumada, viu as mãos de seu ômega espalmadas em seu abdômen, já que estava só com uma bermuda para dormir. Virou na cama e esticou o braço até um abajur que havia ao lado, acendendo a lâmpada e encontrando seu pequeno com os olhos fechados e um sorriso arteiro na face.

— Baek? O que faz aqui?

— Também estava sentindo a sua falta — disse, e sorriu.

Chanyeol ficou olhando para ele, tentando assimilar a situação, até a ficha cair e entender que Baekhyun estava ali mesmo, nos seus braços.

— Ah, meu amor — disse, e segurou o rosto alheio, o beijando com toda a paixão que tinha. Os beijos foram retribuídos com a mesma intensidade. Baekhyun estava com um pijama de calça e camisa de mangas longas, que logo foi tirada de seu corpo. Quando o alfa desceu os beijos pelos ombros, clavícula, e chegou nos mamilos, Baekhyun gemeu alto.

— Chan, o Kyungsoo tá no quarto do lado, não podemos fazer isso aqui.

— A gente não precisa fazer nada, eu só quero te beijar inteirinho. Acho que vai demorar para matar essa saudade. Essa ânsia que eu sinto de você — Baekhyun riu, e aquele som desestabilizou o alfa, que olhou para ele novamente, e o abraçou, emocionado — Eu devia brigar com você por estar andando de madrugada na rua, e sozinho, mas tô tão feliz por estar aqui.

— É pertinho e aqui é um bairro seguro, não se preocupe — Chanyeol deitou e trouxe o menor para seus braços, o apertando e causando risos — Você vai me esmagar, Chan.

— Queria me fundir a você.

— A gente pode, quando voltarmos para casa — ele disse, com um sorriso sugestivo.

Chanyeol não aguentou e sentou na cama, ajudando Baekhyun a fazer o mesmo.

— Verdade? Você vai voltar comigo? — Baekhyun assentiu, sorrindo — Eu não tô sonhando?

— A gente ainda tem muito o que conversar, Chan. Eu tenho muitas dúvidas, que vou te perguntar, mas eu… — ele começou a dizer, afobado, respirou fundo e continuou — Essa noite, depois de conversar com meus irmãos ontem, eu li e escutei todas as mensagens que você me enviou essa semana. Escutei o que você falou sobre a ligação, sobre o que o conselho disse, e escutei todas as vezes que você disse que me ama — ele disse, ainda sorrindo, mas com uma lágrima de emoção escorrendo pela bochecha — Eu não sei se estou sendo muito fácil, é só que… Eu te amo, tanto. Não quero adiar isso que a gente tem por medo do que pode acontecer. E você disse que me ama também, então… — Não conseguiu prosseguir quando foi abraçado fortemente pelo alfa, que estava emocionado, pois aquela havia sido a primeira vez que escutava o menor se declarando, e enlaçou os braços no tronco dele.

— Eu te amo, Baek. De verdade, te amo muito. Quero  ter uma vida com você, quero ter filhotes com você, se quiser, é claro — disse, e riram — Quero tudo, mas principalmente, quero te fazer feliz.

Baekhyun lhe brindou com o sorriso mais lindo do mundo e o abraçou. Deitaram embolados e não demoraram a dormir.

 

Foram acordados com uma barulheira do lado de fora do quarto. Levantaram ainda sonolentos e Baekhyun coçava os olhos quando a porta foi aberta sem cerimônias e Sehun entrou feito um furacão.

— Sehunnie, o que aconteceu?

— O que aconteceu? Hyung, você sumiu. Sem avisar. Nós ficamos preocupados — ele disse, e se jogou na cama, colocando a cabeça no colo do irmão, que riu. Chanyeol gargalhou e voltou a deitar, colocando o braço sobre os olhos.

— Sei. Eu deixei um bilhete falando que tinha vindo para cá.

— Eu não vi. Já tava arrancando os cabelos, e você aqui namorando — disse, manhoso, se mexendo sobre as cobertas e dando sutilmente cotoveladas no quadril de Chanyeol, que Baekhyun tentava proteger.

— Vai ter que se acostumar, eu sou casado agora — ele disse, rindo e Chanyeol sorriu de orgulho.

— Hmpf. Jong disse para vocês descerem pro café — ele falou, fazendo careta para o lado de Chanyeol e saindo do quarto.

— Ele vai me odiar pro resto da vida?

— Não — Baekhyun falou, abraçando o maior — Só por uns anos.

Gargalhou e levantou da cama correndo, antes de ser pego por um alfa indignado.

Se arrumaram e desceram para comer. Entraram na cozinha de mãos dadas, e viram que Jongin estava sorridente conversando com Kyungsoo, enquanto Sehun já estava sentado, esperando as comidas serem servidas. Indicou uma das cadeiras para o alfa sentar e foi até a pia ver se o irmão precisava de algo.

Serviram e começaram a comer tranquilos, cada um com um sorriso escondendo algo.

— Hyung — Sehun chamou, e quando o menor olhou para o jovem alfa, sorriu — Você vai embora de vez?

Baekhyun ficou sério com a pergunta e olhou para Chanyeol, que sorriu para si. Ainda não haviam conversado sobre nada daquilo, mas sabia que ele não poderia ficar ali, e ele mesmo não queria mais ficar longe do alfa.

— Hmm, sim, vou. Acho que teremos que voltar até amanhã. Chanyeol tem uma empresa para cuidar na segunda — falou, e olhou novamente para o alfa e para Kyungsoo.

— Eu preciso voltar hoje ainda. Tenho alguns contratos para revisar e protocolar na segunda cedo — Kyungsoo comunicou.

— Se quiser, pode ir com o meu carro, eu alugo um aqui e vou com o Baek quando ele quiser.

— Não podemos deixar o Soo dirigir sozinho, então, vamos com ele hoje — Baekhyun repreendeu —, mas não se preocupem, eu vou voltar com mais frequência.

— Ou vocês podem ir nos visitar em Seul. O apartamento é grande, vocês podem ficar confortáveis lá, o tempo que quiserem — Chanyeol dizia, sem nunca tirar o braço do assento da cadeira que Baekhyun ocupava, acariciando o ombro dele com os dedos.

— Sim, iremos. Obrigado, Park — Jongin respondeu, recebendo um sorriso do irmão, e sem perceber, um sorriso de Kyungsoo, que tinha de concordar com Baekhyun, Jongin era um alfa completo.

Baekhyun perguntou sobre os trabalhos e aulas que eles tiveram no dia anterior. Jongin falou de sua aula, com os olhos brilhando e comentando com Kyungsoo os detalhes da matéria. Quando perguntou para Sehun sobre o trabalho, que ainda não havia conseguido fazer devido a tudo que havia acontecido, ele ficou reticente.

— Eu pensei em… talvez trancar o curso e me alistar. Depois que eu sair, penso no que fazer.

— Sehun, não precisa disso.

— Se você ainda está preocupado com as despesas, não fique. Baekhyun continua trabalhando bastante, e ganha um salário mensal — Baekhyun olhou espantado para o maior, mas não disse nada — Vocês não precisam parar de fazer qualquer coisa por achar que sou eu quem estou pagando. Além disso, eu sugiro que você preste o serviço militar no seu último ano. Poderá fazer a sua residência como médico do exército. Entra automaticamente com uma patente alta, vai ganhar experiência, e quando voltar, não precisará cumprir anos de estágio.

Sehun ficou olhando para o mais velho, ponderando o que tinha escutado, e sem querer dar o braço a torcer para a excelente ideia dele, deu de ombros, como quem diz que irá pensar.

— Jongin, quando precisar fazer seu estágio, fique à vontade para nos procurar. Posso te ensinar tudo que quiser — Kyungsoo falou, e suas orelhas ficaram vermelhas quando Chanyeol e Sehun riram, e ele entendeu que sua frase tinha um duplo sentido — Tudo que precisar, para o curso — queria se enterrar em sua tigela de arroz, de vergonha. Estava se sentindo um adolescente novamente, e não o ômega decidido de quase 30 anos.

— Agradeço muito, Sunbae.

— Hyung, está trabalhando com o quê? — Sehun perguntou ao irmão. Baekhyun ficou sem saber o que falar, e Chanyeol respondeu em seu lugar.

— Baekhyun tem participado com minha mãe da Instituição Beneficente que ela administra. E essa semana, ela me comentou que gostaria de se aposentar e se dedicar a minha vó, que já está bem idosa — ele disse olhando para os demais na mesa, até se virar para o ômega — Ela me perguntou se você aceitaria o cargo. Eu disse que seria uma excelente ideia. Além do mais, o Min me contou que você esteve estudando nesses meses, e que havia decidido por cursar a graduação de Administração de Eventos. Estou muito orgulhoso de você — Chanyeol disse a última parte baixinho, somente para o ômega, que estava com os olhos marejados de emoção.

— É sério? Ela quer que eu assuma?

— Se você quiser, é claro. E ela vai brigar muito comigo por estragar a surpresa. É um bom salário — ele disse, rindo.

— Eu adoraria. Não vejo a hora de vê-las — disse, com um sorriso nostálgico.

— Ficamos felizes vendo você feliz, hyung — Sehun falou, esticando a mão sobre a mesa e apertando a mão do irmão, que lhe retribuiu com um enorme sorriso. Jongin observou a cena com orgulho, sem perceber, sendo observado com admiração por Kyungsoo.

Passaram a manhã conversando sobre vários assuntos. Sehun se sentiu confortável em falar de suas aulas e ficava empolgado quando começava. Saíram para almoçar com os amigos Taemin e Minho, e Baekhyun apresentou seu alfa oficialmente para eles.

Baekhyun se despediu dos irmãos com abraços afetuosos, e a promessa de que viria com mais frequência, e novamente o convite para que eles fossem visitá-los na capital assim que entrassem em férias das aulas.

E no meio da tarde pegaram a estrada de volta para Seul.

No caminho, Kyungsoo foi no banco de trás, com seu fiel computador e fones, concentrado em suas atividades, e Baekhyun foi na frente com Chanyeol, que dirigia.

Estavam ambos em um mundinho próprio, com sorrisos constantes no rosto. Sempre que o alfa desviava o olhar momentaneamente do trânsito, para olhar para ele, ficava envergonhado, mas sorria, feliz. A mão de ambos grudadas o máximo de tempo que conseguiam.

— Chan, você sabia das minhas aulas? — Baekhyun perguntou, enquanto brincava com os dedos grandes do alfa.

— Minseok me contou essa semana. Me desculpa, Baek. Eu fui um idiota várias vezes com você e acabei te atrapalhando. Queria que tivesse me contado. Eu juro que teria te apoiado melhor.

— Eu fiquei com receio, depois vergonha, depois eu só fiquei com o orgulho ferido — disse, cabisbaixo.

— Eu vou repetir, você pode, e deve me contar tudo que quiser, sobre qualquer coisa — disse, e como estavam com um trânsito controlado, puxou o ômega pelo pescoço até deixar um beijo rápido nos lábios ansiosos.

— Eu sei que pedi para esquecerem que eu tô aqui, mas eu tô aqui. Presta atenção no trânsito Chan — Kyungsoo pediu do banco de trás, fazendo o casal na frente rir e pedir desculpas.

Fizeram uma viagem de retorno tranquila e quando deixaram Kyungsoo em sua casa, os dois estavam ansiosos por finalmente chegar na deles.

— Chan, estou com fome. Podemos pedir alguma coisa?

— Claro, só escolher o que quiser, amor — Baekhyun sorriu estasiado com o tratamento. Quase não podia acreditar em como as coisas estavam.

— Hmm, então vou pedir pizza, aquela ali de perto. Vai chegar junto com a gente.

Baekhyun calculou certinho, e quando finalmente Chanyeol estacionou o carro na garagem do prédio, foram até a portaria, cumprimentando o vigia e recebendo o entregador um minuto depois. Subiram trocando sorrisos que não tinham fim.

— Vou tomar um banho para podermos jantar — Baekhyun falou, deixando as caixas de comida sobre a mesa da cozinha. Chanyeol estava carregando a mochila de Baekhyun e uma pasta com suas coisas do trabalho. Deixou tudo no chão da sala e seguiu o ômega até o banheiro, o encontrando já despido e testando a temperatura da água no chuveiro.

Se apressou em tirar a roupa e abraçou o menor, grudando o peito nas costas dele.

— Hmm — Baekhyun gemeu, se deixando levar pelos beijos que recebia nos ombros e pescoço — Se formos ficar por aqui, eu acho que a comida vai esfriar.

— Você se importa em comer pizza fria?

— Não, nenhum pouco — Baekhyun respondeu, e se virou nos braços do alfa, que entrou de vez no box, erguendo o menor em seu colo, levando ambos até os jatos de água quentinha e aconchegante. Chanyeol capturou os lábios do ômega em um beijo intenso, cheio de saudades e amor. Se beijaram até perderem o fôlego, e quando Baekhyun afastou o rosto do alfa, sorriu divertido — Chan, eu posso não me importar, mas acho que meu estômago sim. Ele tá roncando.

Chanyeol gargalhou e colocou o ômega no chão do box com cuidado.

— Sem problemas. Vamos nos lavar, que eu preciso alimentar meu ômega.

Baekhyun sorriu feliz com o tratamento. Estava nas nuvens e não queria ter que pisar no chão novamente. Não queria ficar com insegurança, pensando se aquilo tudo era um sonho mesmo ou não.

Terminaram de se lavar entre risadinhas e beijos roubados, e Chanyeol o ajudou a se secar e se vestir.

Foram para a sala com taças de vinho e as pizzas. Sentaram no tapete, em volta da mesa de centro e começaram a comer.

— Já que estamos aqui, juntos, acho um bom momento para conversarmos —  Baekhyun falou, parando para dar uma mordida em sua fatia de pizza.

— Certo, vamos começar com você me contando o que ouviu naquele dia que foi me visitar na empresa.

Baekhyun estancou, parando até de mastigar e engolindo um pedaço maior do que o normal, causando um engasgo. Tomou um gole do vinho e respirou fundo antes de repetir as palavras que ficaram marcadas a ferro na sua memória.

— Eu tinha preparado nosso almoço e falado com o Jun, para não comentar nada com você, porque eu queria fazer uma surpresa. Quando eu cheguei, vi sua porta semiaberta, e quando ia abrir, ouvi sua voz alta e brava, então eu parei. Não tenho orgulho de dizer que estava escutando atrás da porta, mas não queria entrar e atrapalhar algo. Eu ouvi você falando que não passou o cio comigo, porque não queria sujar a linhagem dos Park com um ômega sem berço — Baekhyun disse, controlando a voz que ameaçava embargar, mas respirou fundo e sorriu para Chanyeol, quando ele esticou a mão, e segurou a sua, acariciando a pele. — Eu estava nervoso e preocupado com o fim do contrato, e não sabia o que seria de nós. Acho que tudo meio que ajudou na minha confusão.

— Me desculpa, amor. Você não precisava ter escutado tudo aquilo. Eu nunca diria isso, precisa acreditar em mim, eu te amo, e a última coisa que eu falaria, seriam essas coisas de você. Mas realmente, você ouviu certo. Como eu te expliquei nos áudios, eu tive uma discussão feia com meu tio e alguns dos velhos do Conselho de Acionistas, e eles realmente falaram isso. Eu estava muito nervoso e irritado, e quando o Kyungsoo me ligou, eu acabei usando ele para desabafar.

— Jun me enviou uma mensagem, falando que você enfrentou eles. Não devia ter feito isso, pode sair prejudicado.

— Antes eu até poderia, e não me arrependo do que falei. Faria de novo.

— Queria estar lá para ver você dar uma prensa neles — Baekhyun riu com a ideia —, mas não tenho confiança o suficiente para ouvi-los falarem na minha cara que sou alguém inferior.

— Se você estivesse lá, poderia mandar todos eles se foderem, de cabeça erguida, porque você é uma pessoa muito superior a todos eles, em vários sentidos.

— Você vai me deixar envergonhado.

— Eu tenho meses de elogios e declarações para te fazer, e uma vida inteira para me redimir.

— É isso mesmo que você quer, Chan. Estar casado, fazer dar certo?

— Sim, é o que eu mais quero. Mas, você precisa ser sincero com os teus sentimentos também. Não vou te pressionar, se não for isso que você quer. Eu te amo, Baek, e não precisa se sentir pressionado em me retribuir.

— Eu também te amo, Chan. Muito mesmo — Baekhyun falou, e se aproximou para abraçar o alfa, que o puxou para seu colo em seguida, deixando um selar longo nos lábios rosados.

— E mesmo que eu já tenha falado isso antes, eu nunca dormi com a Yoojin, ou qualquer outro ômega, há mais de um ano. Não que eu queira citar esse tema, mas gosto de você desde que começou a trabalhar no bistrô.

— Isso tem mais de dois anos, Chan — Baekhyun falou, espantado. 

— Sim, exatamente — Baekhyun sorriu feliz, e escondeu o rosto na curva do pescoço do maior, sendo apertado nos braços dele.

— Se você não fosse obrigado a casar, teria me convidado para sair?

— Eu queria, mas não tinha coragem. Mas quero pensar que sim, depois que tivesse resolvido essa questão da herança.

— Como você decidiu me pedir em casamento? — Baekhyun perguntava rindo, sendo aninhado no colo do alfa.

— O Jun que me deu a ideia, e ficou me incitando por dias, até que eu criei coragem e fui. Você viu que eu não tive tanto tato, não é?

— Sim — ele riu —, eu quase saí correndo de você, achando que estava doido.

— Ainda bem que você aceitou, senão, eu provavelmente, estaria casado com algum estranho.

— Eu pensei nisso várias vezes. Se eu não tivesse aceitado, e você aparecesse por lá casado, acho que eu ficaria muito desiludido, não que eu tivesse esperanças de ser notado, mas, minha imaginação pode ser bem fértil.

— Eu realmente não queria me casar. Cogitei os ômegas mais próximos a mim, mas decidimos por não levar adiante. Junmyeon me apresentou mais de dez nomes, e nenhum conseguiu me fazer pensar mais de uma vez, só o seu. Quando ele falou de você, eu realmente senti que essa poderia ser a solução — Chanyeol declarou, abraçando o menor e deixando vários beijinhos do ombro dele.

— Fico muito feliz por isso, e principalmente por estamos tendo essa conversa. Eu quero que sejamos amigos, antes de tudo, Chan. Quero que você me veja como seu apoio, mesmo eu sendo só um simples ômega.

— Não fale assim, Baek. Não há nada de simples em você. Acredite em si mesmo, você é mais importante do que pode imaginar, meu amor — ele disse, recebendo um sorriso e um beijo, que o deixou com o coração quente de amor.

— Chan, você já resolveu tudo mesmo, referente a sua herança?

— Semana que vem concluiremos todos os trâmites legais, e finalmente passar tudo para o meu nome. Porém, Kyungsoo já me confirmou que está tudo certo. Sem enganos dessa vez.

— O que vai fazer se seu tio tentar fazer algo contra você?

— Não se preocupe, desde antes de meu pai morrer, eu já ficava de olho nas coisas, e depois, eu comecei a juntar provas dos desvios deles. Tenho dossiês de cada um.

— O que pretende fazer com isso? Vai chantageá-los? — Baekhyun perguntou, preocupado.

— Não quero, mas se for preciso, não hesitarei. Eu quero mostrar para eles que estou a par da situação, que sei o que acontece, que não vai adiantar eles tentarem me passar para trás.

— Fico preocupado que alguém possa fazer algo contra você.

— Às vezes, também me preocupo, mas não acredito que eles fariam. Mesmo que algo aconteça comigo, nenhum deles leva nada, então, não há motivos para prejudicarem o próprio ganha-pão. Me preocupo mais com você, então, se qualquer coisa desagradável te acontecer, como às vezes que o Jisung mexeu contigo, por favor, me conte.

— Pode deixar, eu farei — Baekhyun disse, se virando no colo do alfa, colocando as pernas em volta da cintura dele — Foi bem difícil para mim também, ficar essa semana longe de você.

— Se você não tivesse escutado aquilo e ido embora, eu juro que teria me declarado, acho que antes mesmo de completarmos os seis meses. Tinha medo de você interpretar errado e desistir de mim. Não quero que você sofra mais, Baek, principalmente se o causador desse sofrimento for eu. Se acontecer, me fale.

Baekhyun confirmou e o beijou, demonstrando naquele ato, toda a saudade e amor que sentia pelo alfa.

 

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Baekhyun estava vivendo no paraíso. Não conseguia tirar o sorriso do rosto desde que havia voltado para casa. Qualquer um que o visse, sabia que aquele era um ômega feliz. Radiante, foi a palavra que Minseok usou quando o viu na segunda-feira, e abraçou o amigo com força, lhe dando um tapa logo depois.

— Eu não acredito que você ia nos abandonar assim? — Minseok cobrou, com um bico nos lábios, que fez Baekhyun sorrir, e abraçá-lo novamente.

— Me desculpa, Min. Não foi minha intenção.

— Você devia ter falado comigo, eu teria te ajudado.

— Eu sei, devia ter feito muitas coisas que não fiz, e quase perdi tudo.

— Estou muito feliz que você está de volta, quando o Jun me contou que você pediu o divórcio, eu quase fui sozinho atrás de você.

— Eu não duvido — disse rindo, e sentando de lado no sofá, para poder conversar com o amigo — Obrigado por continuarem apoiando a gente.

— Eu sou amigo do Chanyeol, e respeito muito ele, mas Baek, aprendi a gostar e respeitar muito você também. Se eu visse que esse relacionamento não seria bom para você, que não tivesse nenhum futuro, eu juro que iria te ajudar. Mas, era claro desde o começo como vocês ficam bem juntos, e como gostam um do outro. Seria muito triste te perder.

— Você vai me fazer chorar, Min — Baekhyun falou, abraçando o loiro — Vocês são incríveis. Eu estou com vontade ficar em casa hoje, sem fazer nada. Podemos?

— Podemos, sua agenda está limpa.

— Amanhã, quero visitar a omma Choi. E talvez, ela me proponha algo. Se realmente acontecer, você vai continuar trabalhando comigo? 

— Ahh, Baekhyun, não se conta fofoca pela metade. O que é?

— Eu não deveria estar tão feliz, sem nem saber se vai acontecer mesmo, mas… o Chan disse que a mãe dele quer se aposentar e vai passar a presidência da Instituição Park para mim. Você acha que eu dou conta?

Minseok o abraçou com força, dando um berro no ouvido do amigo.

— Se dá conta? Com certeza, você mata de letra. Baek, você foi jogado nesse mundo, que não conhecia e fez um excelente trabalho. Ah, agora estou ansioso. Queria ir com você, mas não sei se vou conseguir disfarçar minha ansiedade.

— Obrigado, Min, por confiar em mim assim, às vezes, nem eu confio. Vá comigo, por favor.

— Precisamos trabalhar isso em você. Confiança. Você tem motivos de sobra para ser confiante, no seu talento, na sua beleza, mas principalmente, nesse coração puro. Você merece.

— Agora, não quero estragar o seu brilho, mas vou ser um pouco egoísta. Eu estava torcendo para vocês dois se acertarem, porque eu queria te falar uma coisa. Nessa semana que você esteve longe, Jongdae ficou comigo todos os dias, e sempre me contava o estado que o Park ficou com a sua ausência. Quando ele soube pelo Jun que você pediu o divórcio, o Dae despirocou. Ele saiu no horário de almoço e foi em casa me encontrar. Ele me pediu em casamento — Minseok disse, com um brilho no olhar, ao levantar a mão com um anel lindíssimo, contendo uma pedra redonda, mas discreta, todo em ouro branco e diamantes. A peça era linda, e Baekhyun abriu um sorriso enorme, abraçando o amigo.

— Nossa, Min, é lindo. Parabéns, estou tão feliz por você.

— Eu não tô me contendo de felicidade. Conversei com o Jun e o Soo, que são meu amigos há anos, e falei que o Dae vai chamar o Chan para ser o padrinho dele, então, eu queria chamar você para ser o meu. No civil, pelo menos. Na cerimônia, vão os 3. Você aceita?

— É claro que eu aceito, estou honrado, de verdade — Baekhyun disse, e fungou — Você vai me fazer chorar, não acredito.

— Como meu cio vai acontecer em quatro meses, vamos marcar a cerimônia daqui três meses. Você vai me ajudar a organizar?

— Com certeza. Vou estudar muito para te ajudar a fazer uma festa incrível. Tô muito feliz.

Passaram o dia descansando, assistindo filmes e comendo besteiras. Foi um descanso merecido de todas as tensões dos últimos meses. No horário de almoço, Baekhyun enviou uma mensagem para Chanyeol, perguntando se ele já tinha se alimentado, e recebeu uma ligação de volta, que atendeu com um enorme sorriso, e levantou apressado do sofá, indo em direção ao quarto para poder atendê-lo.

— Oi, Chan — disse, se jogando de bruços na cama grande.

Oi, Amor, como você está?

— Com saudades. Já comeu?

Eu também, muita. Já sim, acabei de voltar de um restaurante aqui perto. Fui almoçar com o Jun e o Dae.

— Manda um abraço para eles por mim.

Pode deixar. E você, já comeu?

— Sim… — ele respondeu, rindo —, um monte de besteiras com o Min.

Hmmm. Estou com ciúmes do Min, queria estar aí com você.

— Não se preocupe, estarei aqui bem lindo e cheiroso te esperando.

Ahh Baek, não fala assim, que eu fico com vontade de largar tudo e ir para casa.

— Melhor não, se não vão falar que eu estou monopolizando o CEO. Te vejo de noite. Te amo.

Também amo você. Até de noite — ele disse, antes de desligar. 

Baekhyun girou na cama com o celular no peito, dando chutes de felicidade no ar. Não podia acreditar que finalmente, eles tinha se acertado, que finalmente, podia dizer “Eu te amo”, para o maior, que finalmente podia falar abertamente que aquele era o seu Alfa.

Voltou serelepe para a sala, e Minseok riu, da cena.

— Tavam falando putaria, né, só pode, para estar com essas bochechas coradas desse jeito.

— Tava nada, Min. Eu tô feliz. Às vezes, fico com medo de ser só uma fase, uma bolha, mas sabe, quero aproveitar cada mínimo ato e ser feliz.

— Não deve aceitar só o mínimo, você merece tudo, exija isso dele, hein?

— Pode deixar.

 

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Baekhyun estava empolgado por visitar a sogra, e foi com grande alegria que foi recebido na mansão onde as senhoras moravam. Foi abraçado, apertado e mimado o dia todo, pela mãe e avó de Chanyeol, e pelas pessoas que trabalhavam na casa. Era tratado sempre como um príncipe, e não reclamava, sendo gentil com todos.

A senhora Choi HaeSook lhe contou depois do almoço seus planos, e Baekhyun faltou pular de alegria, a abraçando de felicidade.

— Omeonim, eu vou me esforçar muito, prometo que cuidarei muito bem de seu legado.

— Ah, meu querido, não tenho dúvidas. Você é um anjo que apareceu na vida do meu filho. Desejo que cuidem muito bem um do outro.

— Sim, vamos nos esforçar para isso.

— Quero muito conhecer seus irmãos, faz tempo que não tenho crianças em casa.

— Eles já são dois alfas adultos, mas vão amar ser mimados, como eu adoro. Vou convidá-los para virem até a capital no final de semana que vem, e os trarei até aqui.

Baekhyun voltou para casa naquela tarde, com o coração quentinho e cheio de bons sentimentos. Ligou para os irmãos, encontrando somente Sehun em casa, e contou o que tinha acontecido, mas principalmente, intimando-os a virem visitá-lo.

Sehun garantiu que falaria com Jongin, e que eles iriam sim.

— Quero ver onde o Park mantém meu irmão — ele disse, fazendo Baekhyun rir com o tom de ameaça.

Assim que desligou, deixou a mesa toda arrumada, colocou uma torta no forno e foi se arrumar para receber o alfa.

Naquela noite, Chanyeol escutou a empolgação do ômega com alegria e orgulho.

— Vou me matricular no curso para começar na próxima semana. Pretendo fazer de manhã, assim posso sair com você, terei a tarde para os temas da instituição e a noite para você.

— Cheio de planos esse meu ômega. Estou muito feliz vendo esse sorriso no seu rosto. Virou meu objetivo de vida manter ele sempre vivo.

Baekhyun o beijou apaixonado, e foi amado pelo maior, de tantas formas, que se sentiu o ser mais precioso do mundo. Estava deitado no peito de Chanyeol, após tomarem um banho relaxante juntos, e tinha o alfa acariciando suas madeixas.

— Sabe o que eu estava pensando?

— Hmmm.

— Em uma segunda Lua de mel — Chanyeol disse, fazendo o menor levantar a cabeça para encará-lo — Não, na verdade, quero uma Lua de mel com você todos os anos, quando completarmos aniversário de casamento. Porém, quero sair, só nos dois, passar uns dias curtindo. O que acha?

— Acho perfeito. Você pode se ausentar da empresa?

— Mês que vem, só por uma semana. Tem algum lugar que queira muito conhecer?

— Hmmm, bem, já te contei que nunca tinha saído da Coreia, até irmos para Bali. Foi incrível, amei cada minuto. Nunca imaginei ir até lá.

— Você pode escolher qualquer lugar no globo, porém, quanto mais longe, menos tempo teremos em terra pra gente.

— Tenho em mente um lugar mais perto. Pode parecer bobagem, mas, eu sempre quis visitar o Japão. É aqui pertinho, e eu adoro a cultura, a comida, mas nunca conheci. 

— Acho uma ótima escolha. Conheço alguns lugares incríveis que adoraria te levar.

— Eu não sei se comentei, mas eu falo japonês.

— Sério? Uau, que legal. Já sei quem chamar para as reuniões com os distribuidores de lá — Chanyeol riu — Como aprendeu?

— Eu trabalhei dois anos com um ômega japonês, o Shotaro. Ele veio para tentar ser idol, mas tinha que trabalhar até conseguir entrar em alguma agência. O coreano dele não era muito bom, o que dificultava bastante. Então, treinamos juntos por meses, eu o ajudei com o coreano e ele me ensinou japonês. Ele sempre disse que meu sotaque era perfeito.

— Eu imagino, não há nada em que você não seja perfeito.

— Não fala assim que eu fico com vergonha.

— Então, se acostume a ficar muitas vezes com vergonha, porque pretendo te elogiar constantemente.

— Eu te amo, Chan — Baekhyun declarou, mirando os olhos do alfa sem desfazer o sorriso de felicidade. Chanyeol ficou emocionado e o trouxe para seu peito, o apertando em um abraço.

— Eu também te amo, Baek. Muito — Prometo te fazer muito feliz.

— Eu tinha vislumbres de medo que alguma coisa, ou algum momento, possa estourar essa bolha, mas decidi que não quero viver com medo, e confiarei em você. Só precisamos continuar assim, cuidando um do outro, e sendo sinceros. Se um dia você não se sentir mais bem do meu lado, se eu não for o suficiente, por favor, seja honesto comigo, e podemos evitar muita coisa.

— Eu digo o mesmo, porém, não imagino isso acontecendo.

Selaram aquele acordo com um beijo cheio de carinho, compreensão, amor, e dormiram tranquilos nos braços um do outro.

 

↭♡↭♡↭♡↭ 

 

Naquela semana, Baekhyun comentou com Chanyeol, enquanto faziam o desjejum, que havia convidado os irmãos para virem para a capital no final de semana.

— Pretendo levá-los para visitar a sua mãe, posso?

— Claro, ela vai adorar conhecê-los. Espero que eles aguentem os mimos.

— Ela ainda acha que eles são crianças, mesmo eu mostrando fotos dos dois marmanjos.

— Qualquer um na casa dos vinte vai ser considerado criança para ela e minha avó.

— Você está com ciúmes? Só porque passou dos trinta? — O menor brincou, recebendo uma cara emburrada do maior.

— Nossa, agora me senti ofendido. Você me acha velho?

— Claro que não, Amor. Você ainda fará 32, é um jovenzinho.

— Baek, tô sentindo um deboche aí — ele disse, sentindo o coração quentinho ao ouvir a risada gostosa do ômega.

— Não se preocupe, se cuidar bem de mim, estarei do seu lado até quando estiver com 80, ou mais — Baekhyun falou, se aproximando do alfa, e deixando um beijo estalado na bochecha, saindo em seguida para levar as louças usadas até a pia.

Chanyeol ficou observando a cena do menor se afastando, e suspirou, pensando na sorte que tinha de ter ele ao seu lado, e que precisaria se lembrar sempre disso, tratá-lo bem, para que Baekhyun nunca mais quisesse ir embora da sua vida.

Não trabalhou muito naquele dia, pois algumas ideias rondavam a sua mente. Não chegava a negligenciar o trabalho, mas passava alguns momentos do dia pensando em coisas que poderia fazer para agradar o esposo. Falou sério quando disse que seu objetivo de vida seria colocar sorrisos no rosto do ômega.

E depois que Baekhyun falou que os irmãos viriam visitá-los, teve uma ideia. Ligou para sua mãe, pedindo o contato de um corretor da família. Ela ficou curiosa e empolgada, insistindo que ele lhe contasse o que tinha em mente. Quando contou, ela lhe deu uma ótima ideia, o que se encaixaria até melhor em seus planos.

Ligou para Baekhyun, perguntando se ele tinha planos para aquele dia e se gostaria de jantar consigo, o que foi aceito prontamente pelo ômega. Saiu da empresa no horário de término do trabalho, recebendo um agradecimento efusivo de Junmyeon, que lhe confidenciou que aproveitaria a saída mais cedo para jantar com seu alfa.

— Mande um abraço para ele, e combine de jantarmos juntos. Baek sente falta do amigo.

— Ah, que ótima ideia. Poderíamos chamar o Dae, o Min e Soo. O que acha?

— Perfeito. Combina um dia com o Baek, e podemos fazer.

— A gente precisa achar um alfa para o Soo, com urgência — Junmyeon falou, sério.

— Que é, só porque deu certo com um, você já quer virar casamenteiro profissional?

— Adoro quando você admite que só está aí feliz com seu ômega por minha causa — ele dizia, enquanto empurrava o alfa pelo ombro, dentro do elevador. Quando estavam sozinhos, agiam como irmãos, guardando as formalidades para quando estivessem na presença de pessoas chatas.

— Por estar agradecido, que estou te dispensando mais cedo — ele disse, rindo da careta emburrada do menor —, mas sério, Jun. Eu realmente te devo muito. Quero te agradecer, então, pode escolher um feriadão prolongado e um lugar para curtir com o Zhang, por minha conta.

— Sério? — Junmyeon perguntou, pulando de alegria.

— Muito sério. Vou indo, se cuida, hein, até amanhã — Chanyeol se despediu, entrando no carro, onde Mark lhe aguardava.

Passou pelo centro, falou com a corretora que atendia sua família, pegou as chaves que precisava e foi para casa, buscar seu ômega. Estava ansioso para mostrar o que tinha em mente, mas preocupado que ele não fosse gostar.

— Oi Amor — Baekhyun o cumprimentou, quase se jogando em seus braços e lhe deixando um beijo estalado nos lábios. Chanyeol amava aquela empolgação do esposo, e retribuiu com entusiasmo — Como foi seu dia?

— Chato, estava com saudades de você.

— Agora você me tem. Onde vamos jantar hoje?

— Quero te levar em um restaurante japonês, com um sushiman renomado. Estou torcendo para que goste.

— Tenho certeza que vou amar. Oi Mark, como você está? — Baekhyun cumprimentou o motorista, sempre simpático.

— Muito bem, Sr. Park. Obrigado pela preocupação — ele respondeu, feliz pelo belo sorriso do ômega. A última vez que se viram, foi quando tirou Jisung do apartamento, depois dele atacar o ômega. Admirava Baekhyun pela força e educação de sempre. Tinha prazer em trabalhar para aquele casal.

O casal ficou conversando amenidades e trocando carinhos discretos no banco traseiro do carro, quando Baekhyun se espantou ao pararem poucos minutos depois de saírem de seu apartamento.

— Ow, o restaurante é tão perto assim? Não sabia que tinha algum aqui por perto.

— Não é o restaurante ainda. Quero te mostrar algo antes. Já voltamos Mark.

Chanyeol ajudou Baekhyun a sair do carro e o levou para a recepção de um prédio muito bonito, discreto, mas podia-se ver que não era simples. Passaram pela recepção como se fossem moradores, cumprimentando o porteiro, e seguiram para o elevador.

— Você não vai me contar o que é?

— Já estamos chegando.

Baekhyun olhou desconfiado, mas apertou a mão do alfa e foi com ele. Saíram no sexto andar, em um corredor bem iluminado, onde o ômega contou seis portas. Foram até o 604, e Chanyeol tirou uma chave do bolso e abriu a porta, deixando o esposo entrar primeiro.

Baekhyun entrou olhando ao redor, e sorriu. Era um apartamento muito bonito, bem menor do que aquele em que viviam, mas parecia aconchegante e bem decorado. Já estava decorado, com todos os principais móveis na sala e a cozinha já tinha fogão e geladeira. Ele olhou em volta e sorriu para Chanyeol, deixando claro que não estava entendendo.

— Você quer se mudar, Chan? — perguntou, curioso para saber o que estavam fazendo ali.

— Não, não é para nós, mas é seu — Chanyeol falou, entregando as chaves nas mãos de Baekhyun, que ficou olhando para a peça, ainda confuso e retornou ao alfa.

— Eu não tô entendendo.

— Desculpa, ficar te enrolando, não quero te deixar mais confuso. Seguinte, quando você falou que finalmente seus irmãos virão nos visitar, eu pensei em algo. Como eles ainda estão no início da faculdade, acha que eles topariam trocar a Universidade de Daegu pela SNU? Minha mãe conhece o reitor, e pode ver uma vaga para eles. É a melhor universidade do país. Então, se eles aceitassem, esse seria o local onde eles poderiam morar. É pertinho de nós, eles poderiam nos visitar sempre que quisessem, e você a eles. Sei como você sente falta deles.

Baekhyun ficou escutando o que Chanyeol dizia e a cada palavra, sentia seus olhos marejarem e seu coração apertar, de felicidade. Nunca pensou que estaria com sua família tão próxima de novo, na mesma cidade, no mesmo bairro, sem precisar viajar horas para poder abraçá-los.

— Isso é sério, Chan? — perguntou, segurando para não deixar as lágrimas caírem, mas com a voz já embargada.

— Sim, muito sério. É lógico, se eles aceitarem, e já adianto que essa missão será sua. Ah, não posso esquecer. Esse apartamento é da minha mãe, ela mantinha para locação, porém estava fechado há alguns meses para reforma. Ela me deixou passar para o seu nome.

— Eu ainda não tô acreditando. Obrigado Amor, por tudo. Eu não acredito que terei meus pirralhos de novo pertinho de mim — ele disse, não aguentando mais e deixando as lágrimas de felicidade fluírem. Enxugou o rosto rapidamente — Ainda vamos jantar? Eu não quero estragar a minha maquiagem.

— Está ótimo, e continuaria perfeito sem ela. Vamos, que eu quero alimentar o meu amor — Chanyeol falou, abraçando o menor e o levando para fora do apartamento.

Durante o jantar, conversaram sobre os planos de trazer os irmãos Byun para a capital, sobre os planos de ambos e a empresa. Havia momentos em que parava para pensar se aquilo não era um sonho, uma miragem, uma ilusão, mas era acordado com Chanyeol lhe deixando beijos suaves nos lábios.

— Ah, quase esqueço. Pedi para o Jun combinar com você um dia para jantarmos todos juntos.

— Amei a ideia, vou combinar com ele —Baekhyun respondeu, porém, parou para pensar e virou o rosto para o lado, olhando para o alfa, como quem estava bolando algo. Chanyeol sorriu para ele, que retribuiu, como se tivesse tido uma ideia perfeita.

— Chan, será que sua mãe gostaria se invadíssemos a casa dela? Para passar o final de semana?

— Como assim? — ele perguntou, rindo curioso.

— A mansão é grande, tem piscina, poderíamos passar o final de semana lá, com todos, Xing, Jun, Min, Dae, Soo, meus irmãos — Baekhyun dizia, contando nos dedos.

— Espaço tem de sobra. Acho uma ideia ótima, e tenho certeza que ela iria adorar. Faz tempo que não há um agito naquela casa. Mas vou falar com ela primeiro, ok? Amanhã eu ligo e te aviso.

— Se ela não quiser, por causa da vovó Choi, poderíamos alugar uma casa assim. Bem no começo, quando vim para a capital, trabalhei de garçom em festas feitas em mansões alugadas, mas daí não precisa ser tão grande.

Chanyeol olhava para o menor encantado, sorrindo pela felicidade dele, pelos planos que fazia, e a empolgação em reunir os amigos todos, coisa que eles não fizeram durante meses, com medo de descobrirem a situação em que aquele casamento estava. Por culpa sua, o privou durante meses desses momentos. Largou os talheres e segurou uma das mãos de Baekhyun, chamando a atenção do menor, que finalmente olhou para si. Baekhyun ficou olhando para ele com um brilho no olhar, se vendo refletido nos olhos do maior.

— Acho que eu exagerei um pouco, não é? Me empolguei demais — disse, receoso.

— Não, pode continuar fazendo planos, eu estou amando te ver assim — Chanyeol disse, puxando a mão do ômega até seus lábios e depositando um beijo no torço — Eu te amo, Baek.

— Te amo, Chan — Baekhyun respondeu, com os olhos marejados e se aproximando para deixar um beijo nos lábios do alfa.

Finalmente, a ilusão parecia não mais existir, e o “Eu te amo”, se tornaria presente na vida deles.

 


Notas Finais


E aí, o que acharam? Me deixem saber, vou adorar.
O próximo tá cheio de coisa boa, e também vai ficar grandão. Se eu conseguir terminar antes de sexta, posto para vocês, porque estou ansiosa para compartilhar.

Bjos, até o próximo.


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