História Change. - I Hate U, I Love U

 

Andrew me deixa a três quarteirão de casa, na verdade, exatamente onde me pegou. Ele zombou sobre me deixar na porta com um beijo de despedida, mas o ignorei.

A sensação era estranha, mesmo tudo que aconteceu, mesmo eu sabendo que deveria me sentir mal, estava leve e relaxado.

Até abrir a porta do loft e encontrar todos me encarando.Yara também esta la, me fitando com olhos preocupados.

- Liam Dunbar onde infernos você estava!? - Hayden diz alto vindo até mim e me analisando de cima a baixo.

- Lugar nenhum? - respondo indiferente. Ela toca meu rosto pé a analisar e tiro sua mão. - Cristo, Hayden para. Eu estou bem.

- Você parece surpreendentemente bem mesmo. - Mason me estuda de longe.

- Você sumiu! Estavamos preocupados. Sabe, considerando tudo e um louco fissurado por você… - Yara diz e leva uma cotovelada de Mason para fechar a boca.

Ah se eles soubessem…

- Eu não sumi, só tirei uma folga. - dou nos ombros pegando suco na geladeira de forma relaxada.

- Desde quando você tira folga da gente? - Hayden faz bico.

- Desde… hoje? Nada pessoal, eu só precisei sair.

- Tudo bem então. - Mason suspira fingindo aceitar. - valeu a pena pelo menos? - joga verde.

- Sei o que esta fazendo May. - digo antes de tomar meu suco. - mas se quer saber? Hoje o dia foi estranhamente surpreendente. - não consigo evitar de sorrir ao dizer isso.

O silêncio me incomoda, eles olham entre si e para mim com desconfiança.

- O que foi? - pergunto em um suspiro irritado.

- É que... Bem, Julian está na cidade… - Yara diz hesitante.

- Fiquei sabendo. - solto indiferente tomando mais um gole do suco de laranja que quase desejo ser whisky, se eu pudesse ficar bêbado.

- Nós sabemos que você sabe. - Mason destaca.

- Ok. - mantenho minha pose.

Hayden respira fundo impaciente.

- Theo nos contou. - diz por fim me fazendo encara-la de forma que ela quase se encolhe. - sobre vocês terem brigado…

- Ninguém brigou. - a corto sem pensar. - talvez ele tenha discutido sozinho. - considero.

- Liam, depois de ontem… - Mason começa.

- Não significou nada. - respondo rápido. - nem ontem, nem antes, nem nunca. - destaco rancoroso, mas logo me recomponha colocando o copo na pia. - além disso, parece que estamos quites agora. - digo já indo pro meu quarto.

 

Durmo antes que perceba e pela madrugada ouço Mason dizer a Theo para não me acordar, para me dar um tempo. Agradeço meu amigo mentalmente antes de cair no sono novamente.

Pela manhã acordo com despertador o que me frustra, mas me levanto e vou pra faculdade que é incrivelmente chata.

As horas passam devagar e meus pensamentos a não contribuem com meu humor. Penso no que Theo quer me dizer, e porque ele tem que dizer algo afinal?

Lembro daquela noite e na saudade que estava dele, mas logo a imagem de Julian o beijando com tanta paixão vem e meu coração racha mais um pouco.

Nunca havia cogitado que Theo pudesse ficar realmente com outra pessoa. Quero dizer, é o Theo e ele nunca gosta de ninguém, muito menos assim.

Me obrigo a esquecer isso enquanto trabalho. Jade esta ainda mais sorridente hoje o que me faz encarar e é a ver me encarando de volta.

- O que você tem? - pergunto enfim.

- Nada. - canta.

- Não parece nada. Viu algum passarinho verde?

Ela ri.

- Eu não, já você…

- Como assim?

- Vi você ontem. - diz radiante. - com o Andrew.

Meu coração acelera.

- O que exatamente você viu? - pergunto e não sei explicar o porquê do meu medo.

- Vocês dois, na lanchonete, rindo como um casal apaixonado. - cantarola ela.

Faço uma careta por tentar entender se parecia mesmo aquilo ou ela está exagerando de propósito.

- Casal!? - ecoo.

- Apaixonado. - ela destaca.

- Você só pode estar brincando. - A voz de Theo nos faz olhar para porta e todo meu corpo congela.

Ele não só está furioso, mas transtornado. Percebo que tenta manter o controle para não se transformar.

- Theo… - solto em um suspiro.

- Opa. - Jade solta se encolhendo.

- Isso é verdade? - pergunta ele pra mim, o mais contido que consegue.

- Jade, posso fechar se você quiser. - digo me virando pra ela, o medo já beirando pânico.

- Tem certeza? Eu…

- Sim. Tudo bem. - digo mais firme. - É melhor você ir agora. - minha frase é um aviso que ela recebe.

Jade pega suas coisas e sai olhando de canto pra Theo, com receio. Ele nem a olha, está estático, me fitando como o lobo que é.

Respiro fundo e saio detrás do.balcão para ficar de frente pra ele.

- O que faz aqui?

- Você se encontrou com ele? - pergunta ignorando a minha.

- Sim. Não que isso seja da sua conta. - respondo com nó na garganta.

Ele parece ter sido atingido, cambaleia para trás um pouco.

- Porque? Por causa do Julian? Para se vingar de mim?

- Não tem nada a ver com você.

- Não minta. - seus olhos se abrem quase com pavor. - ou minta. Você gosta dele?

- Ah por favor…está sendo ridículo.

- me diga! - ele grita avançando em mim, segurando a gola da minha camisa com força, seus olhos fixos em mim.

- não me toque. - tiro sua mão e me afasto. - quem você pensa que é?

- quem você acha que eu sou? - ele rebate firme, mas ofendido. - você age como se não me conhecesse, como se…

- como se você não significasse nada pra mim? - completo. - e qual é a sensação Theo? De ser deixado de lado?

- você não está sendo justo. - diz falho.

- É você que sempre disse que a vida não é justa e agora está dessa forma.

- como posso agir de qualquer outra forma? - indigna. - porque quando penso que estou proximo de concertar as coisas, tudo vira de cabeça para baixo, e você me faz sentir como se eu ainda estivesse a milhas de distancia de você, mesmo estando assim…

- bem vindo ao clube. - bufo em humor negro.

Theo da um passo a frente e hesita ao falar:

- menos ontem. Menos quando pude te tocar realmente de novo.

- não diga essas coisas. - digo frustrado.

 

Feeling used
But I'm still missing you
And I can't
See the end of this
Just wanna feel your kiss
Against my lips

And now all this time
Is passing by
But I still can't seem to tell you why
It hurts me every time I see you
Realize how much I need you

Me sentindo usada
Mas eu ainda sinto sua falta
E eu não consigo
Ver o final disto
Só quero sentir seu beijo
Nos meus lábios

E agora todo esse tempo
Está passando
Mas eu não consigo dizer-lhe por que
Dói cada vez que eu te vejo
Percebo o quanto eu preciso de você

 

- porque? É tão dificil pra você admitir que ainda me ama?

- Quer saber? Na verdade é sim. - confesso já explodindo. - porque ninguem nunca me concertou e me quebrou como você. Porque admitir que você ainda tem esse poder me deixa louco! Porque você é um imbecil, insensivel, sociopata e egoista. Você pode dizer o que for pra mim, pode me fazer sentir como for por um momento, mas no fundo, eu nunca vou deixar de sentir… de pensar, que você apenas está marcando territorio. Porque Theo, você sabe, sem que ninguem precise dizer, sem que eu precise dizer, que… - meu ar falta e meus olhos ardem com lagrimas contidas. - você sabe que eu sempre vou amar você.

 

I hate you, I love you
I hate that I love you
Don't want to, but I can't put
Nobody else above you

I hate you, I love you
I hate that I want you
You want her, you need her
And I'll never be her

Eu te odeio, eu te amo
Eu odeio te amar
Não queria, mas não consigo colocar
Mais ninguém acima de você

Eu te odeio, eu te amo
Eu odeio querer você
Você quer ela, você precisa dela
E eu nunca serei ela

 

Ele me encara por um momento, os olhos grandes e brilhantes, posso ver que está pensando no que dizer, mas eu sei que nada parece certo agora.

Por fim, ele consegue dizer a coisa mais errada possivel.

- Então, porque? Porque não fica comigo? Porque se encontrou com ele?

Solto o ar irritado e passando a mão no rosto para me recompor.

- são perguntas totalmente diferentes.

- parece ter o mesmo motivo.

- não tem. - afirmo rapido. - ele me encontrou e eu estava… - mordo o labio. - eu só queria ir pra longe e não teve nada demais.

- ele poderia ter machucado você, te seguestrado, te matado. Pode imaginar isso?

- sim, eu posso. - digo sincero. - mas naquele momento, não me importava.

 

I miss you when I can't sleep
Or right after coffee
Or right when I can't eat
I miss you in my front seat
Still got sand in my sweaters
From nights we don't remember

Do you miss me like I miss you?
Fucked around and got attached to you
Friends can break your heart too
And I'm always tired but never of you

Eu sinto sua falta quando não consigo dormir
Ou logo depois do café
Ou quando eu não consigo comer
Eu sinto falta de você no banco da frente
Ainda tenho areia nos meus casacos
Das noites que não nos lembramos mais

Você sente minha falta como eu sinto a sua?
Vadiei por aí e acabei me apegando a você
Amigos também podem partir seu coração
E eu estou sempre cansado, mas nunca de você

 

Theo respira devagar, as peças encaixando em sua cabeça.

- o que houve com o Julian, o que você viu….

- não precisa explicar, eu sei.

- não, você não sabe. Da para me escutar? - solta frustrado me fazendo fita-lo.

- acho que não tenho muita escolha agora… - murmuro mais para mim mesmo, o que ele ignora.

- quando fui embora naquele dia... Julian foi comigo. - ele conta receoso, as palavras pesadas demais para serem ditas alto. - ou talvez, eu tenha ido com ele. -  suas palavras ficam embaralhadas na minha mente por um momento, até que a dor vem.

- você… - dou um passo para trás, sem saber o que pensar ou sentir. - você foi embora com ele…

- Liam… - ele tenta me tocar, mas lhe dou um tapa.

- estava tanto precisando ficar sozinho que fugiu para longe com Julian!? - grito, minha voz misturando dor e odio.- você só pode estar me zoando.

 

If I pulled you on you, you wouldn't like that shit
I put this reel out, but you wouldn't bite that shit
I type a text but then I never mind that shit
I got these feelings but you never mind that shit

Se eu fizesse com você o que você fez comigo, você não gostaria dessa merda
Eu mandei a real, mas você não acredita nessa merda
Eu escrevo uma mensagem para você, mas depois eu não me importo com essa merda
Eu tenho esses sentimentos, mas você não liga pra essas merdas

 

- me escuta! - pede paciente, mas tambem receoso.

Conheço bem aquele panico de que eu surte. Porque acabamos de inverter os papeis. De novo.

- Porque está me contando isso? Não quero ouvir. - digo involuntario, na defensiva.

- saimos do Brasil juntos, porque ele tambem não queria ficar la. Foi só um atalho pra mim.

- mas não pra ele. - concluo.

Ele aperta os labios.

- eu não queria, nem esperava que ele me seguisse. Mas viajamos por pouco tempo até que ele tomou uma atitude. - enquanto ele conta, encosto no balcão porque sinto que vou desmoronar. Theo me observa apreensivo, mas sabe que tem que terminar, porque se não contar agora, talvez não conte nunca. então cauteloso ele continua: - eu estava frustrado, magoado e sem você. sei que foi culpa minha e isso só piorava as coisas. eu não pensei, não medi as consequências.

 

Oh oh, keep it on the low
You're still in love with me
But your friends don't know
If you wanted me you would just say so
And if I were you, I would never let me go

I hate you, I love you
I hate that I love you
Don't want to, but I can't put
Nobody else above you

Oh oh, não espalhe
Você ainda está apaixonada por mim
Mas seus amigos não sabem
Se você me quisesse, você apenas diria
E se eu fosse você, eu nunca me deixaria ir

Eu te odeio, eu te amo
Eu odeio que eu te ame
Não queria, mas não consigo colocar
Mais ninguém acima de você

 

- da primeira vez. - digo.

- o que?

- você estava assim da primeira vez. Mas e depois? Quantas vezes foram!? Quanto tempo ficaram juntos? - minhas palavras eram mais pensamentos alto.

Theo fica calado por um momento, pensativo e tambem surpreso, acho que nem ele sabe como explicar.

Por fim ele diz:

- Sei que errei.

- não foi um erro. - corto firme. - foram varias e varias escolhas, como as que você sempre faz e depois quer concertar. Desde sempre Theo. desde que te conheci você faz isso.

 

I don't mean no harm
I just miss you on my arm
Wedding bells were just alarms
Caution tape around my heart

Eu não quero te machucar
Eu só sinto falta de você nos meus braços
Sinos de casamento eram apenas alarmes
Uma fita de isolamento em volta do meu coração

 

- eu tentei dar um basta. Sumi por meses, mas ele sempre me achava. - engole em seco. - você tem que entender Liam que, depois de você não sou mais o mesmo, fiquei fragil e vulneravel e com Andrew sempre a espreita…

- não o coloque nisso. Não tente culpar ninguem alem de si mesmo.

- não posso mudar o que eu fiz. - diz baixo. - não trai você, mas sinto como se traisse. Porque tambem não preciso dizer que sempre vai ser você.

 

You ever wonder what we could've been?
You said you wouldn't and you fucking did
Lie to me, lie with me, get your fucking fix
Now all my drinks and all my feelings
Are all fucking mixed

Você já se perguntou o que nós poderíamos ter sido?
Você disse que não o faria, e você fez, porra
Mentir pra mim, depois se deitar comigo, arrume essa merda
Agora todas as minhas bebidas e todos os meus sentimentos
Estão misturados

 

Meu ar sai falho, o bolo em minha garganta dificulta a respiração.

- como acha que isso soa pra mim agora? - ele não responde. - falso? hipócrita? egoísta? - Theo abaixa os olhos coisa que acho nunca ter visto ele fazer. - você nem iria me contar. Só esta fazendo isso agora porque ele voltou, porque eu o vi...

Seus olhos azuis se voltam para mim, marejados, arrependidos.

- ele não significa nada. Eu disse que não queria mais nada, na verdade sempre disse que era só algo fisico...

Solto um riso de escarnio.

- que sincero. - ironizo.

- Liam, por favor. Você tem que acreditar em mim. - diz ele praticamente implorando.

O olho fixamente, o vejo novamente, o verdadeiro Theo Reaken. Aquele quimera obsessivo que conheci há anos atrás, mas tambem o meu companheiro, meu amigo, meu estranho amor...

 

Always missing people that I shouldn't be missing
Sometimes you gotta burn some bridges just create some distance
I know that I control my thoughts and I should stop reminiscing
But I learned from my dad that it's good to have feelings
When love and trust are gone
I guess this is moving on
Everyone I do right does me wrong
So every lonely night, I sing this song

Sempre sentindo falta de quem eu não deveria sentir
Às vezes você precisa queimar algumas pontes para criar alguma distância
Eu sei que eu controlo meus pensamentos e que eu deveria parar de lembrar
Mas eu aprendi com o meu pai que é bom ter sentimentos
Quando o amor e a confiança se vão
Acho que isso é seguir em frente
Todos a quem eu trato bem, me tratam mal
Então a cada noite solitária, eu canto essa música

 

- sabe o que é pior? É que eu acredito. Sei que há verdade em cada palavra que diz, mas… - engulo com dificuldade. - sua verdade é diferente da minha. Você vê confissão, rendenção, sinceridade. Eu só vejo traição, magoa, falsidade e uma grande ferida aberta.

Ele abre a boca para falar, mas levanto a mão o impedindo.

- Nunca tive opinião nenhuma sobre sua vida, mesmo as decisões que me afetam diretamente. Então, não venha querer ter qualquer uma sobre o que faço ou com quem saio. Sei bem quem o Andrew é. Não, na verdade não sei, mas sei o suficiente. E eu ja disse, você e ele são bem diferentes. - Theo me encara escondendo a dor e a indignação, o que não permito me afetar, não com ele na minha frente. - ele pelo menos sabe o que está fazendo.

 

I hate you, I love you
I hate that I love you
Don't want to, but I can't put
Nobody else above you

I hate you, I love you
I hate that I want you
You want her, you need her
And I'll never be her

Eu te odeio, eu te amo
Eu odeio te amar
Não queria, mas não consigo colocar
Mais ninguém acima de você

Eu te odeio, eu te amo
Eu odeio querer você
Você quer ela, você precisa dela
E eu nunca serei ela

 

- está defendendo ele agora? Depois do que ele fez? - indigna baixo.

- não. Só estou explicando as diferenças.

- está procurando razões e argumentos para me machucar. - suspira. - tudo bem, eu mereço. Mas não tente ver algo nele que não existe só porque está com raiva de mim.

- você não sabe nada sobre ele. - argumento.

- e você sabe? - rebate me fazendo hesitar. - foi o que pensei. - bufa.

- eu queria dar a ele uma chance...

- uma conversa leve e um sorvete te convenceram de que ele merecia uma chance?

Meus dentes apertam. O modo como ele disse isso me deixa totalmente irritado.

- não temos mais nada pra falar. Pode ir agora. - dispenso ja me recompondo e fechando a loja.

Theo permanece parado me observando.

- de tudo que falamos, é isso que te chateia? - diz ele incredulo.

- você me chateia toda vez que abre a boca. - resmungo. - e isso só foi a gota d’agua. - continuo arrumando e ele não se mexe, ja estou quase enlouquecendo, então o encaro. - por favor Theo, apenas suma da minha frente. - peço exaustivo.

 

All alone I watch you watch her
Like she's the only girl you've ever seen
You don't care, you never did
You don't give a damn about me
Yeah, all alone I watch you watch her
She's the only thing you've ever seen
How is it you never notice
That you are slowly killing me?

Completamente sozinha eu observo você olhar para ela
Como se ela fosse a única garota que você já viu
Você não se importa, você nunca se importou
Você não dá a mínima para mim
É, sozinha eu observo você olhar para ela
Ela é a única coisa que você já viu
Por que você nunca percebe
Que você está me matando lentamente?

 

- por quanto tempo? - pergunta ansioso. O encaro sem saber como responder. - não me obrigue a ir embora de novo.

- ninguem te obriga a ir embora. - falo chateado. - isso é só mais uma de suas escolhas. Meu pedido se refere a não te ver mais.

Ele pondera, considerando aquela resposta, depois coloca as mãos nos bolsos do casaco.

- eu vou voltar. - diz com os olhos firmes em mim. - de uma forma ou de outra, querendo ou não, eu sempre volto para você.

E com isso ele sai me deixando desmoronar enfim.

 

I hate you, I love you
I hate that I love you
Don't want to, but I can't put
Nobody else above you

Eu te odeio, eu te amo
Eu odeio que eu te ame
Não queria, mas não consigo colocar
Mais ninguém acima de você

 

Quando sei que ele ja está longe o suficiente caio no chão, abraçando os joelhos atrás do balcão e deixando toda dor e frustração fluirem atraves das lagrimas.

 

Me perco no tempo, mas o choro não cessa, diminui, aumenta, mas a crise continua. Ouço alguem entrar, vejo a sombra pairar acima de mim e depois se ajoelhar, mas não consigo ver nada, mesmo que esteja a minha frente.

- shh… - diz me acalmando e hesita ao me tocar, o vejo mexer nos pulsos e depois nos bolsos então seus braços estão em mim, me levantando me ajudando a cambalear. - vamos, vou te levar pra casa.

Não tenho nem forças para recusar a oferta de Andrew.