When the days are cold and the cards all fold and the saints we see are all of gold.
(Quando os dias estão frios e as cartas já foram lançadas e os santos que vemos, são todos de ouro).
When your dreams all fail and the ones we hail and the worst of all and the blood's run stale.
(Quando todos os seus sonhos fracassam e aqueles que aclamamos são os piores de todos e o sangue para de correr).
I want to hide the truth, i want to shelter to you. But with the beast inside, there's nowhere we can hide.
(Eu quero esconder a verdade, eu quero abrigar você. Mas com a fera dentro, não há para onde nos enconder).
No matter what we breed, we still are made of greed. This is my kingdom come. This is my kingdom come.
(Não importa o que fazemos, nós ainda somos feitos de ganância. Esse é o meu destino. Esse é o meu destino).
When you feel my heat, look into my eyes. It's where my demons hide. It's where my demons hide.
(Quando você sentir o meu calor, olhe nos meus olhos. É onde os meus demônios se escondem. É onde os meus demônios se escondem).
- Demons - Imagine Dragons
《♡》
As pessoas dizem que demônios não existem, só porque não os vêem, ou simplesmente porque não acreditam neles.
Os demônios existem sim. Os religiosos acreditam nos demônios que estão na Bíblia, seres perversos e malignos que saem por aí para atormentar a vida daqueles de coração bom.
Muitas das vezes, estes demônios estão dentro de nós mesmos.
E quando estão dentro de nós, o que temos que fazer é enfrentá-los, e quando não conseguimos, acabamos cedendo a eles.
Caitlin já cedera aos seus demônios uma vez. Ela sucumbiu a dor, e então Killer Frost tomou o controle e surgiu de dentro dela. Mas um anjo, com todo amor que sentia, a salvou.
Barry foi um anjo e uma âncora para ela naquele momento. Ele a puxara de volta em um de seus momentos mais sombrios.
E como um anjo, a envolveu em seus braços, então ela ali, já coberta por lágrimas, pôde sussurrar seu nome e desculpar-se.
Barry também já sucumbira a seus demônios uma vez, no futuro.
Ele se afundou na escuridão. Estava quebrado e sozinho. Perdido e rejeitado. Savitar havia surgido de dentro dele, tirado da sua mais profunda dor e tristeza. Mas isso mudou quando o Allen criou essa realidade.
Iris precisava morrer para que Savitar nascesse. Ela era o grande amor da vida de Barry Allen, e a morte dela seria essencial para a sua ascensão.
Mas como Barry havia criado essa realidade, ele nem ao menos tinha ficado com Iris.
Então, sem a perda de Iris, sem Savitar.
Aqui, o deus da velocidade nunca existira, pelo menos é o que Barry acha.
Barry e Caitlin haviam sucumbido a seus demônios. Os dois estavam quebrados e sozinhos, os dois cederam ao seu lado maligno.
E esse era mais um ponto em comum entre Barry e Caitlin. Os dois haviam sucumbido pelo mesmo motivo: Dor. Embora, esse ponto em comum fosse trágico.
Caitlin tivera complicações com Killer Frost no início, mas com o tempo, passou a aceitá-la e até conviver com ela. Tudo fica mais fácil, quando você aceita as coisas como elas são.
E isso era uma das coisas que Barry precisava aprender. Ele estava já há um tempo nesta realidade, convivendo de acordo com tudo que estava presente nela, mas não conseguia aceitar as coisas com elas são - ou como ele fez ser.
Barry ainda amava Iris, mas tinha algo em Caitlin que o fazia ficar confuso quanto a seus sentimentos. Além de que, a própria West o fazia duvidar do que ele sentia.
Iris estava mimada, insensível, e até mesmo nojenta. E essa era uma Iris que ele não conhecia e também era um dos motivos que o fazia se afastar dela.
Caitlin era sempre tão doce com todos. Seu olhar o dava alívio e a sua voz o causava arrepios, mas de um jeito bom.
Em relação à Barry, Caitlin nunca deixou de amá-lo. Desde o momento em que ele lhe disse que eles não estavam juntos na outra realidade até agora, ela continuou o amando.
Caitlin é o tipo de pessoa que quando ama alguém, se entrega de todo o coração. Foi assim com Ronnie. Foi assim com Jay/Hunter. E é assim com Barry.
Agora, o Allen se encontra dentro da casa de Joe. Olhando o teto de seu quarto.
Ele olha para cada extremidade das paredes, a cada canto do quarto, tentando encontrar algo que chame a sua atenção, mas falha.
Ele já estava ficando entediado, se não fosse pelo barulho de seu celular tocando, com um alarme de meta-humano tocando.
Ele logo se levantou da cama e correu até os laboratórios, vestiu o seu traje e saiu as ruas, onde seu celular mostrava.
Ele não estava sozinho. Cisco e Killer Frost esperavam por ele na rua.
- Acho que se atrasou, Flash. - A mesma disse com sua voz que fazia eco.
Não por ser um local com muitas paredes e a voz fazer eco ali, mas porque era algo típico de Killer Frost.
- Eu acho que cheguei bem na hora... Frost. - Barry deu uma pausa na frase, antes de dizer "Frost".
Barry olhou para o meta em sua frente. Ele não parecia ser um grande vilão, muito pelo contrário, parecia até ter medo do que estava fazendo. O Flash ficou receoso diante daquilo.
Ele fez aquela pergunta cliché:
- Quem é você?
- Eu... Nã - não sei. - o homem gaguejava.
- O que quer aqui? - dessa vez, Cisco fez a pergunta.
- Controlar.
- O que quer dizer com isso? - Frost perguntou dando um passo a frente.
- Eu não sei. Ele me mandou controlar você.
- Ele? - Barry perguntou confuso. - Ele quem?
- O cara com a armadura de ferro. - o meta parecia mais confuso que o próprio Flash. Ele parecia não saber do que estava falando. O mesmo falava em controlar, mas ele que parecia estar sendo controlado.
- Ele está louco? - Frost quis saber, chegando mais perto do meta, encarando-o. - O que há de errado com você?
Pela primeira vez, Barry viu ou sentiu uma parte de Frost preocupada. Ela era sempre tão fria - quanta ironia - e até cruel, as vezes, mas ela parecia estar preocupada com o homem, que ela nem sequer conhecia.
Ela viu uma parte de Caitlin Snow em Killer Frost. E não era o rosto, mas algo do interior.
- Controlar. Controlar. - o meta repetia. - Controlar você. - dito isso, o meta colocou suas mãos em Frost, formando um onda de poder transparente em volta, jogando a mesma contra uma parede que havia no beco da rua.
Assim, que foi jogada, a mesma tratou de levantar do chão rapidamente, agora com seus olhos azuis brilhantes, e suas mãos esfumaçando algo gélido.
- Eu estava tentando ser legal com você, seu idiota. - ela disse e colocou suas duas mãos no chão, congelando o mesmo até onde o meta estava, fazendo com que seus pés ficassem presos ao gelo.
Ela fez um sinal com a cabeça para Barry, que deu um soco no rosto do mesmo, que caiu no chão, desacordado.
- Até que foi rápido. - Cisco disse e abriu uma brecha. - E eu não precisei fazer nada.
- Você está bem? - o Flash perguntou a Frost que ia andando até a fenda de Cisco.
- Não é uma jogada na parede que vai me derrubar. - ela disse simplesmente. - Aliás de que uma jogada na parede é bom de vez em quando. - falou e passou pela brecha de Cisco
- Como essa mulher é tão fria, mas ao mesmo tempo consegue ser quente? - Cisco perguntou a Barry, que deu um sorriso engraçado.
- Frost é alguém difícil de se decifrar.
- Você que o diga. - o Ramon falou. - Pega o cara. - Cisco pediu tombando a cabeça para o corpo desacordado do meta. E então, ele passou pela fenda.
(...)
Os mesmos passaram pela brecha e então voltaram ao laboratório. Barry havia colocado as pulseiras que reprimia os poderes no meta.
Killer Frost havia ido e Caitlin retomou o controle de seu corpo.
Cisco pediu que a mesma fizesse um exame ou um raio - X para ver se estava tudo bem com Caitlin. O meta poderia ter feito alguma coisa com ela quando a jogou na parede.
- E então? - Barry perguntou a ela, quando a mesma se retirou da MedLab.
- Meus exames não indicaram nada de anormal em mim ou nos meus sinais vitais, então aparentemente, eu estou bem. - ela explicou, fazendo com que Barry e Cisco ficassem aliviados.
- Mas por que aquele cara só atingiu você? - Barry perguntou, intrigado.
- Talvez porque Frost tenha o atingido antes que ele fizesse algo mais. - Cisco argumentou, respondendo a pergunta do mesmo.
- Sim, mas ele disse "controlar você" diretamente pra ela. Por que ela em específico?
Cisco pareceu não ter uma resposta para a pergunta dele. Talvez fosse só uma coincidência.
Caitlin parecia não entender nada daquilo. Ela não sabia o que acontecia quando Killer Frost estava no controle.
- Pela primeira vez na minha vida, eu não tenho uma resposta pra te dar, cara.
- Gente, tá tudo bem. - Caitlin tentou calmá-los de alguma forma. - Eu estou bem. Não se preocupem comigo.
- É praticamente impossível não se preocupar com você, Caitlin. - Barry falou.
- Sim, você é muito... preocupante. - Cisco falou e isso causou risadas entre eles. Logo, Harry, chegou ao laboratório junto com Ralph.
- Do que estamos rindo? - Ralph perguntou fazendo todos olharem para ele.
- De algo que o Cisco disse. - Barry parou de rir e o respondeu, seco.
- Cisco me falou de um meta que enfrentamos mais cedo. Como ele está? Alguém se machucou? - Harry perguntou ignorando o papo de Ralph.
- A Caitlin se machucou, mas ela já tá bem. - ele sorriu para ela, que sorriu de volta e assentiu.
- O meta está bem. - ela começou a falar. - Aparentemente, ele estava sendo controlado por "Ele". - Caitlin fez o sinal de aspas com as mãos.
- Ele? Ele quem? - Ralph quis saber.
- Foi o que eu perguntei a ele. - Barry disse se levantando da cadeira e andando até um canto do laboratório.
- E o que ele respondeu foi "o cara com a armadura de ferro". - Cisco deu continuidade à frase do Allen.
- Que isso, Tony Stark? O homem de ferro tá aqui e eu não sei? - Ralph disse e os demais reviraram os olhos.
- E quem seria esse "cara com a armadura de ferro"? - Harry perguntou ignorando a frase do Dibny.
- É o que estamos tentando descobrir. - Caitlin falou. - Esse meta dizia "controlar, controlar", mas ele que parecia estar sendo controlado.
- Então, nós supomos que "Ele" seja alguém que seja capaz de controlar um meta humano. - disse Barry dando progresso ao pensamento da Snow.
- Então, nós também supomos que ele seja alguém forte que seja capaz de ter força para controlar um meta humano. - Cisco falou, dando continuidade ao pensamento de ambos.
- Então, nós também podemos supor que ele seja alguém inteligente o bastante para possuir uma armadura. - Harry argumentou, e começou a escrever no quadro as características do homem.
Inteligente, forte e controlador eram as palavras que Harry escrevera no quadro.
- Talvez ele seja um cientista. - Ralph falou finalmente.
Todos olharam para ele.
- Talvez. - Harry também escreveu no quadro: "Talvez, um cientista".
- Temos essas características, mas ela não nos leva a nada. - Barry falou, parecendo cansado.
- Já é um começo. - Harry disse.
O celular do Allen tocou e o mesmo olhou a mensagem de Iris no seu celular.
- Eu tenho eu ir pra casa. Iris está dizendo que ela vai dizer algo importante e quer que eu esteja lá. - ele comunicou e guardou o celular no bolso.
- Pode ir, cara. - Cisco disse e Barry assentiu.
Antes de sair, ele foi até Caitlin.
- Está tudo bem mesmo com você? - perguntou, preocupado.
- Sim, Barry. Eu estou bem. Se tivesse algo errado, eu falaria. - ela respondeu doce.
- Tudo bem. - ele pausou. - Te vejo depois. - concluiu e saiu pelas portas do laboratório, deixando um rastro de uma luz vermelha por onde passou.
(...)
- Então, o que é tão importante? - Barry perguntou, assim que fechou a porta da casa dos West's.
Quando se virou, percebeu que na sala, estavam Iris, Joe, Cecile e Eddie. Os quatro pareciam felizes.
- Humm, Barry você e eu fomos criados desde criança como irmãos, você já sabe que iremos morar juntos, e também deveria saber que Eddie me pediu em casamento. - a West disse com um grande sorriso estampado no rosto.
Barry paralisou por um instante. A mulher que ele amava - ou que ele amou - iria casar com outro cara.
Ele já vivera esse momento na outra realidade. Ele vira Iris se apaixonar por Eddie, namorar com ele, e morar com ele. E agora, iria se casar com ele.
A diferença era que aqui, havia alguém por quem ele nutria sentimentos, além da West.
- E nós queríamos chamar você pra ser nosso padrinho de casamento. - Eddie fez um pedido de forma não concreta, levantando-se do sofá.
- Você aceita? - Iris pediu e ela parecia fazer uma súplica com o olhar.
- Mas, é claro. - ele respondeu sorrindo. Embora, um pouco mexido com tudo isso, estava feliz por eles. - Eu adoraria participar desse momento da vida de vocês.
Iris sorriu grandemente. Ela seria a noiva mais feliz do mundo, a partir de agora. Eddie sorriu com o nariz.
- Eu vou casar!
Joe e Cecile sorriram um para outro no canto da sala.
O West mais velho sempre protegia Iris. Não queria que ela ficasse com qualquer homem, e ele sabia que ela deveria ficar com quem ela amasse. Então, se Iris amava Eddie, estava de bom tamanho para ele.
- E Barry, não hesite em levar a Caitlin ao casamento. - Cecile avisou ao mesmo.
Joe contara a ela o que havia se passado com o Allen e a Snow. Barry sorriu e assentiu.
- Mas, não precisa levar se não quiser. - Iris falou dando um sorriso disfarçado.
- Iris. - Eddie a reprimiu.
- O que? Só estou dizendo que ele não precisar levar a doutora Snow se Barry não quiser. - disse ironicamente.
Barry revirou os olhos. Sua atenção se voltou a seu celular, que vibrava frequentemente.
Havia uma mensagem de Cisco bem na frente da tela de bloqueio do aparelho.
Mensagem recebida de:
Cisco: Você precisa vir para o laboratório agora. Tem algo de errado com a Caitlin.
Continua...
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